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Ermos e Gerais

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Bernardo Élis nasceu em Corumbá de Goiás, em 1915. Em 1924, menino, presenciou, na sua terra natal, a marcha dos revoltosos de Prestes. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro em 1944. A dimensão do político, conhecida por acaso, converte, mais tarde, o jovem escritor num ficcionista engajado. Desse modo, a partir da sua região, Bernardo Élis produzirá uma literatura permeada pela realidade humana e social. Ermos e gerais, de 1944, seu livro de estréia, situa-se no que podemos denominar um regionalismo que segue o paradigma do romance de 30. As suas narrativas compreendem casos, fábulas típicas em linguagem típica, que ilustram a fala e a conduta de um grupo apartado dos centros de decisão. São narrativas que encenam histórias num espaço aberto, desabitado, e num tempo degradado, sem grau, sem qualidade, sem dignidade. Ao lado de Bernardo Élis, nessa época, década de 40 do século passado, encontraremos escrevendo também uma literatura com marcas regionais; Herberto Sales, Francisco Martins, Dalcídio Jurandir, Jorge Amado, José Condé, José Lins do Rego, Adonias Filho, Guimarães Rosa e, logo depois, na década de 50, Mário Palmério e J. J. Veiga. Luiz Gonzaga Marchezan.

287 pages, Paperback

First published January 1, 2005

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Bernardo Élis

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Displaying 1 - 3 of 3 reviews
Profile Image for Murilo Silva.
127 reviews10 followers
February 14, 2025
Uma coletânea de contos (e uma novela, “André Louco”) de cunho regionalista, mas um regionalismo leve, onde você não precisa ser nem de Goiás nem do Centro-Oeste para entendê-los bem, apenas ter tido algum contato com a vida na cidade pequena e nas fazendas do interior do Brasil.

É um livro bem fácil de ler, apesar de tratar de alguns assuntos pesados como violência, tortura, enchentes, transtornos psicológicos etc.

Achei os contos, em sua maioria, muito crus. Bernardo introduz muitos elementos numa história que não levam a lugar nenhum. Dispensáveis, desnecessários. Palavras e parágrafos que não agregam na narrativa nem na construção dos personagens. Pelo contrário, alguns personagens são tão mal construídos que eles mudam da água pro vinho em questão de duas, três linhas.

É difícil enaltecer um compilado de contos regionalistas depois de ter lido o suprassumo deste gênero: Tropas e Boiadas de Hugo de Carvalho Ramos. A nota de corte está muito alta agora para mim. Inclusive, o livro de Carvalho Ramos saiu mais de duas décadas antes de Ermos e Gerais, então inspiração não faltava.

Se estiver procurando algo mais ou menos no estilo destes contos aqui, recomendo os de Bariani Ortêncio, paulista por nascimento, goiano por amor.

Mas, para ser justo, este realmente não é considerado a obra-prima de Bernardo Élis e sim Veranico de Janeiro. É o próximo que lerei dele, mas também tenho curiosidade por O Tronco que ficou famoso por ter sido lançado como filme de projeção nacional com Rolando Boldrin, Letícia Sabatella e Antônio Fagundes.
Profile Image for Mateus Bernardes.
9 reviews2 followers
November 28, 2023
O Brasil que era um grande ermo, bruto, rural, largado, contado pelo fino olhar social de Bernardo Élis.

As origens do que hoje é o Estado de Goiás e Distrito Federal, antes das capitais Goiânia e Brasília serem construídas. As paisagens se transformam rápido, mas e as ideias? Quantas gerações são necessárias para a evolução delas?

Conjunto de contos e uma novela. Histórias muito interligadas. Fantástico!
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