PARA QUEM SOBREVIVEU À PRÓPRIA INFÂNCIA E NÃO ENCONTROU EM NENHUM LUGAR ESCUTA, APOIO E RECONHECIMENTO DE SUAS DORES Ao longo de nossas trajetórias individuais e coletivas, todos nós atravessamos algum tipo de deserto, seja ele existencial, sentimental, emocional. E é na família, aquela que já nos concebia simbolicamente mesmo antes de existirmos, que podem residir os maiores mobilizadores para a criação – e manutenção – desse cenário. Muito de quem somos é causa e efeito dos cuidados que recebemos, por isso, invariavelmente, dinâmicas familiares adversas têm grande potencial de provocar feridas que vão impactar de modo resolutivo a nossa saúde mental, os nossos relacionamentos e o nosso dia a dia. Em Atravessando o deserto emocional, a psicanalista Thais Basile repercute temas delicados ligados à parentalidade, idealização familiar;dilema transgeracional;dispositivos de negligência e silenciamento;projeções e transferências nos filhos;identificação de limites;afastamento e rompimento das relações primeiras;construção de mecanismos de autoproteção. Ela busca respostas sobre como podemos subverter as repetições problemáticas do ciclo geracional e nos tornar reflexos mais positivos para as nossas crianças. Com um olhar atento e acolhedor, sobretudo quanto aos papéis socialmente impostos às mulheres no processo do cuidar, a autora nos convoca a abraçar nossas vulnerabilidades, resgatar nossa essência mesmo nos lugares mais inóspitos e reencontrar quem seremos do outro lado. O texto conta com apresentação da pedagoga Ariella Wanner e da escritora best-seller Elisama Santos
A autora se debruça sobre um assunto que ainda é considerado tabu: dinâmicas familiares adoecidas e, consequentemente, adoecedoras.
O tema é destrinchado de forma clara, direta e sensível. Mesmo assim, precisa de uma dose de coragem para enfrentá-lo. Uma vez que você vê, é impossível desver.
No final, a autora nos indica uma bibliografia extensa que fundamentou seu livro, uma verdadeira "matrioska" para quem quiser ir mais fundo.
Leitura excelente tanto para quem já faz tratamento psicanalítico quanto para curiosos.
Um dos livros mais bonitos e importantes que já li! Li ele devagar e com muita atenção. Pra todas as crianças que tiveram que ser responsáveis por tudo desde cedo, que são hiper vigilantes e se sentem culpadas pela dinâmica das suas famílias: esse livro é pra vocês e vocês vão se sentir abraçadas com essa leitura potente!