Da incrível imaginação de Giu Domingues, um dos maiores nomes da fantasia nacional, Canção dos Ossos é um romance gótico e sáfico, em que a magia sai das melodias para viver entre as palavras. Feche os olhos e deixe a música te guiar.
Ser uma soprano do Conservatório de Vermília é um privilégio. Por meio do canto, é possível criar magia e, talvez, até sonhar com um futuro promissor. E ninguém sabe disso melhor do que Elena Bordula. Ser uma das Prodígios é a única chance ao seu alcance para fugir da sombra dos crimes cometidos pela mãe, que arruinaram o nome da família.
No entanto, Elena se encontra em uma destacar-se perante às outras Prodígios pode colocar em risco o relacionamento entre ela e suas melhores amigas, Margot e Cecília. Um laço que antes parecia ser tão sólido quanto as paredes do Conservatório subitamente ameaça desmoronar a qualquer instante. Mas subir na hierarquia da Orquestra é a chance de Elena provar que é muito mais do que um sobrenome manchado por sangue.
A ambição tem um preço, e Elena se sente mais solitária do que nunca... mas ela estará mesmo sozinha? Das sombras da ópera surge uma figura enigmática, provocando inspiração e mistério. Quem é a voz no espelho? Estará Elena sucumbindo à maldição que leva sopranos a enlouquecerem?
direto do meu blurb: Em Canção dos Ossos, Giu Domingues nos conduz pelas profundezas mais sombrias do desejo de forma magistral, nos embalando em uma história vertiginosa e arrebatadora. Um banquete para quem ama personagens moralmente ambíguas e ambiciosas.
Impacto 2; Imersão 3; Desenvolvimento de personagens 2; Prosa 4; Enredo 2; Desfecho 2,5.
Média: 2,58
Peguei esse para ler porque estava com saudades de uma fantasia. Vi que era uma autora brasileira e me animei muito. Sou uma grande fã do gênero e a premissa de magia através da música me pegou. Mas foi uma grande decepção.
Os personagens são, basicamente, insuportáveis. Não se pode esperar nada de bom de nenhum deles, exceto a Theo, que é descrita de forma tão perfeita que chega a dar náuseas. Os demais são tão falsos, maldosos e vingativos que deixam de ser críveis. Elena, a protagonista, é uma chata que passa metade do livro lambendo suas feridas e a outra metade fazendo sexo. Ela é uma coitada "vítima das circuntâncias" e é isso, aí ela usa essa justificativa pra matar as pessoas e tá tudo bem.
Falando nisso, eu estou longe de ser contra cenas de sexo nos livros, mas esse aqui ficou sem sentido. Um monte de páginas explícitas sem nenhum propósito, ao meu ver, exceto, talvez, mostrar que Elena tem tesão pelo poder? Ou que fazer sexo consigo mesma é o auge do narcisismo? Apesar de bem escritos, achei muito excessivos os hots.
A escrita da Gio é muito boa, ela tem uma excelente construção de universo e de ambiente. Dá para sentir a tensão nas páginas. As partes das apresentações musicais mágicas são incríveis.
O enredo prende, pois a curiosidade vence. Mas é meio arrastado com a Elena se fazendo de coitada e depois ficando com tesão de novo e de novo e de novo. O plot era meio óbvio. Achei as escolhas da protagonista um pouco duvidosas, meio esquisito alguém ter a mãe morta por algo que abomina e depois seguir o mesmo caminho.
Em suma: escrita boa, personagens insuportáveis, enredo mediano. Não gostei muito.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Tenho opiniões mas acho que qualquer coisa que eu comentar pode ser spoiler, então fica registrado que teve umas coisas que poderiam ter sido aproveitadas melhor, mas mesmo assim gostei muito.
não é "o fantasma da ópera" - e isso é ao mesmo tempo bom e ruim. é bom porque seria cansado se o fosse; porque a gente tá buscando vozes novas, não ecos; porque "fantasma" é um clássico atemporal e por mais genial que possa ser o autor e/ou sua história, não há batalha nesse campo criativo: o original sempre terá aquilo que o fez chegar no patamar de clássico.
só que é ruim porque se sustenta com as pernas de "fantasma". é quase como o filme novo de "mean girls", baseado no musical de teatro: uma estrutura e um ambiente familiares, mas com retoques e maquiagem que tentam criar um "algo a mais" que supere o anterior. frequentemente cita músicas e trechos, recria a queda do lustre, as catacumbas; o fato de a melhor amiga de elena se chamar meg me matou por toda a duração do livro - é impossível desassociar meg giry de margot mirza. só que margot, por mais que no final torne-se vítima, é uma "garota malvada", enquanto a meg do musical (que a mim pessoalmente marca muito mais do que a do livro, já que neste ela aparece pouco) é um raio de sol e a única verdadeira amiga de christine, uma criatura adorável que nós amamos "shippar" com christine.
ele quer ser "fantasma"... mas não chega lá.
colocada contra erik, eco é infinitamente mais cruel. é óbvio, em retrospecto, que a única razão pela qual elena continua a se voltar para a mestre fantasmagórica, a obedecê-la e venerá-la mesmo com toda a dor, é porque- bem, no frigir dos ovos é impossível fugir de si mesmo. eco é uma criação da própria mente dela para justificar e terceirizar a culpa de todo o horror que ela foi capaz de arquitetar para alimentar sua ambição e alcançar seus objetivos. porém, há uma (auto)flagelação que lá pra 60~70% do livro já se torna exaustiva. erik venera christine e é incapaz de feri-la (não que isso faça dele um santo; aliás um dos meus primeiros comentários sobre "canção" é como a autora se referenciou em algo que é bastante problemático e conseguiu deixar o dela pior nesse aspecto, o que talvez tenha sido propósital e, de qualquer forma, não é justo esperar que ela "conserte" os "erros" [não há erros, o papel da arte também é gerar desconforto] do original); eco tem prazer em causar dor em helena. o que faz sentido no final, quando entendemos o quadro por completo... mas até lá, confesso, em vários momentos precisava respirar fundo e me forçar a ler agumas das interações entre as duas simplesmente porque o choque do horror já havia passado e dado lugar ao cansaço do abuso repetitivo.
em mim, o romance não conseguiu imprimir a tensão sexual entre elena e eco - de alguma forma eu gosto disso. o livro de "fantasma" também não me trouxe essa sensação, acho que esse mérito é mais do musical. então fiquei surpresa com a abertura dos trechos de erotismo, o quanto são descritivos; até então pensava que o romance ia se manter na linha de um juvenil. entendo perfeitamente: faz parte da jornada de elena, no mergulho dela pela escuridão, que traz uma busca por tudo que sempre lhe foi proibido ou tabu. há algo, porém, nas cenas de sexo que para mim não está nem aqui ("amo"), nem lá ("odeio"); quando tento chegar no ponto específico, o pensamento que me vem é que o romance é maior do que elas, o que não diz muita coisa. de qualquer forma, sou grata pelo aviso de gatilho no capítulo específico e por nele, em especial, a autora ter escolhido reduzir a duração das/e as ações descritas.
ainda nesse tópico, também acho cansativo o modelo pudico das publicações que tentam descrever tudo por metáforas (porém, entendo/suponho que seja uma cobrança do mercado e das editoras, não uma escolha criativa dos autores). prefiro, e novamente tudo isso é meu gosto pessoal, quando o material assume sua luxúria e dá nomes aos bois. aliás, esse parágrafo é quase uma nota de rodapé, porque não diz respeito direto ou exclusivo a "canção", mas foi algo que refleti durante a leitura.
após ler os agradecimentos da autora, eu entendo de onde vêm tantas temáticas obscuras, tanta violência; a obra é uma catarse dos próprios sentimentos dela, algo que preciso considerar e respeitar profundamente - e respeito, com a alma de quem conhece esses sentimentos no íntimo, na pele.
a maestria da autora está, sem dúvida, na construção do universo. a cidade, os círculos sociais, a magia, as camadas da magia; tudo é extremamente palpável e eu sinto como se pudesse me transportar pra dentro do conservatório de vermília a qualquer momento, mesmo agora, sem precisar do livro. a escrita é extremamente cinemática, só que de uma maneira deliciosa - não como alguém que tem o hábito de escrever roteiros de audiovisual e tenta escrever romances, falhando na profundidade dos personagens e do mundo. aqui, os personagens têm vozes distintas, eles têm rostos, tamanho de roupa e sapato, comidas e livros favoritos. eles existem e caminham no mundo ao meu lado - me vi comparando os regentes de vermília com alguns maestros por quem já passei, todos com o mesmo ego (todo mundo já me ouviu dizer mil vezes o quanto a gente deveria manter distância de homens músicos, risos) e os mesmos trejeitos. tudo é muito tridimensional, e é facílimo visualizar os efeitos da magia, das sensações que ela traz; é muito rico. ela é uma grande compositora de deliciosas sinfonias narrativas que são um deleite para o leitor imersivo.
aliás, outra coisa que me peguei adorando durante a leitura foi como eco apelidou elena de "passarinho" - como uma soprano qualquer eu amo e vivo a piada de que somos todas "passarinhos". há uma adoração à música que perpassa as personagens e o romance - ou a autora é realmente muito boa no mergulho da pesquisa, ou ela também é uma amante da música e isso se faz muito notável na história dela. de qualquer forma, saber transcrever tudo isso tão bem é uma habilidade linda. obviamente há muito amor colocado no material.
um outro (pequeno) detalhe que aqueceu meu coração foi a introdução de theodora: elena e as amigas a citam inicialmente apenas como "theo" e é uma surpresa agradabilíssima quando, na sequência do diálogo, descobrimos que "theo" é "ela" (mesmo sabendo que se trata de um romance sáfico; seria fácil fazer "um" theo com quem a família e a sociedade esperavam que elena se casasse, mas que ela obviamente não conseguisse de forma alguma amar). ainda mais do que o raoul de christine (pelo que já citei acima sobre erik vs eco), ela seria a escolha óbvia, um amor tão puro e verdadeiro; sabendo a verdade do final, faz sentido elena ter se recusado a aceitar a ajuda e proteção de theodora, afinal, e mais uma vez, é impossível fugir de si mesmo.
acho que no geral ele é um grande livro se você desconsidera a ideia de que seja uma releitura de "poto". sozinho, ele é maior do que sob a sombra do clássico. ele é original e fantástico, rico e viciante - durante toda essa semana eu simplesmente não consegui parar de ler, mesmo com o desconforto de alguns trechos, o que por si só diz muito. mas também não conseguia evitar comparar com "fantasma" e isso tirava um pouco do brilho. no mais, foi só enquanto buscava a página dele para enviar a ume amigue como recomendação que percebi que a autora é a mesma da duologia boreal, que tenho na minha lista de leitura há meeeeeses, então com certeza vou correr pra compra-los também agora que sei o quanto ela é incrível.
This entire review has been hidden because of spoilers.
apesar de ter tido alguns problemas durante a leitura, não impactou pra que a nota fosse menor que 5 estrelas pra mim, eu amei demais! principalmente sabendo que é de uma autora bissexual 🩷💙💜
Não foi pra mim, mas entendo que muitas pessoas podem adorar.
Era julho, férias de inverno, e a sensação era de que havia pessoas pra todo lado lendo esse livro. Pessoas no ônibus lendo esse livro, pessoas na fila do banco lendo esse livro, a moça do supermercado lendo esse livro , minha tia lendo esse livro , minha avó lendo esse livro, então pensei "vou ler esse livro". Então eu lembrei porque eu sempre espero um tempo considerável depois do lançamento e pesquiso bastante sobre um livro antes de pegá-lo para ler.
A história é ótima, cativante e intrigante. O sistema de magia é bem original, magia através da música e a força da magia dependendo do quão bom musicista você é, um conservatória sendo a escola de magia. A ambientação é incrível, um castelo gótico/ dark academia. Eu sentia a neve caindo lá fora E a escrita é mesmo muito boa. Mas a história tem um elemento que me desagrada em qualquer livro, é extremamente sexual (E ninguém estava falando disso até o momento em que eu peguei esse livro, então, é bem provável que eu que seja meio chata com esse assunto). A história tem muita conotação sexual, a protagonista parece estar o tempo todo excitada, tem um bocado de cena de masturbação, algumas cenas bem descritivas de sexo, e algumas outras cenas de abuso sexual - com a protagonista e com personagens secundários. Algumas cenas sexuais ainda são meio do tipo dominadora e submissa que definitivamente não é o meu tipo. Eu achava que depois ia ter algum paralelo com relacionamento abusivo (e até que tem), mas, ainda assim, nessas cenas é descrito a protagonista ficando excitada quando a outra a tratava como lixo. Definitivamente, não é algo para mim.
Além disso, essa é uma história sobre pessoas ruins, pessoas babacas, e, por causa disso, por várias vezes, eu me sentia desmotivada a continuar. Eu não tinha pra quem torcer, o ideal, pra mim, era que todo mundo morresse e o conservatório se explodisse. Alguém me explica porque a Theodora gostava tanto da Elena? Eu não entendi! Que vontade de dar uns tapas na cara dela e mandar ela acordar pra vida. A pessoa se dava bem ou se dava mal eu falava "ah ta" , a pessoa perdia um braço eu falava "ah ta ", a pessoa morria eu falava "ah ta". São pessoas babacas, elas podem ficar lá se comendo vivas, eu não tô nem ai, elas se merecem.
(Vocês podem estar pensando "nossa, Tamires, por que você não abandou a leitura?", é porque, antes desse, eu já tinha abandonado outros 2 nacionais e eu não queria cometer pecado 3 vezes seguida)
Dito isso, para mim, metade do livro foi bem difícil de ser lido, ai veio o final e foi muito bom! A tentação de dar mais estrelas foi grande, mas eu não podia ignorar todo o resto.
não sei o que eu estava esperando, mas definitivamente não era ISSO.
surpreendente o quanto gostei deste. fui com as expectativas de que se tratava de algo bem mais na linha da literatura jovem, e me deparei com algo bem diferente. definitivamente o tom gótico profundo já se insinua desde o prólogo, mas foi satisfatório perceber que isso era somente um gostinho das sombras que iriam consumir não só a protagonista, elena, mas todos em sua nação tão fascinante mista da frança com o brasil.
fazer reimaginações de clássicos é sempre um baita desafio, mas eu acho incrível como a versão mais popular de 'o fantasma da ópera' não é o romance mas sim, inegavelmente, o musical do fim dos anos 80. não sei qual foi a maior referência para a giu, mas é inegável ver como o ritmo de andrew lloyd webber está mais onipresente do que gaston leroux. não que isso seja um problema, considerando o muito criativo sistema de magia interligado com música, que faz com que este seja um universo bem mais vivo do que quando as últimas páginas são fechadas.
o componente erótico também me pegou desprevenido. não só ele é bem competente, bem escrito, como também serve como parte do jogo de poder entre os envolvidos. a autora escolhe tirar raça e sexualidade dos conflitos, mas mantém os padrões de beleza e a classe social como pontos de ruptura. certamente é uma escolha consciente, e que aqui funciona enquanto a trama ecoa partes de bridgerton, de babel da r. f. kuang e de um caldeirão de referências que criam algo novo, único e perversamente brasileiro.
tenho questões com o final. a grande reviravolta principal é bem óbvia, mas sua execução é dúbia. o não esclarecimento sobre se tratar de uma circunstancia extraterrena ou não funciona muito bem, mas, este de fato é um universo de fantasia, e a ponta solta enfraquece a força do momento, além da rapidez com o quanto ele é mostrado. dito isso, existe um divertimento genuinamente perverso na conclusão de tudo, mostrando que este de fato não é um livro de romance, e isso o eleva. é difícil infelizmente ver histórias atuais dispostas a flexibilizar a moralidade de seus protagonistas, e este o faz com bastante orgulho.
um grata surpresa. um livro assumidamente queer, e mal intencionado. dá gosto de ler.
Decepcionante é pouco pra dizer sobre essa história. Tudo é mediano pra fraco, a construção do mundo até as personagens, tudo deixa a desejar e muito.
Nada convence na história, nada faz a gente torcer por nada e por ninguém. A leitura tem um passo arrastado (NADA acontece nas 200 primeiras páginas). Os relacionamentos são rasos e sem graça e a heroína é a própria prefeita da coitadolândia, misericórdia. Sem contar que não só bebe na fonte de Fantasma da Ópera. Praticamente se joga e toma banho por completo.
E como se já não fosse péssimo personagens sofrendo ab*uso como parte de um desenvolvimento pessoal, qnd é escrito por uma mulher, gera um gosto amargo na boca.
Tinha bastante potencial, tinha mesmo. Mas esse potencial ficou no primeiro rascunho.
Eu não lia um livro que me provocasse tantas emoções assim há muito tempo. Deliciosamente gotico, dark e arrojado, sem medo de ousar, Canção dos Ossos é uma excelente adição pro catálogo de fantasias e de livros lgbt - nacionais. Amei as referências bem colocadas de Fantasma da Ópera, tanto do musical, quanto do livro de Leroux. Como fã de carteirinha de Fantasma, foi um prazer anotar todas e vibrar quando reconhecia uma referência. Mas esse também é um reconto de respeito, que entendo muito bem seu Tema e sua mensagem e usa o material de inspiração de forma muito única, interessante e criativa. O worldbuilding é impecável, e o sistema de magia é muito bem concebido e executado. O único ponto que realmente, realmente me incomodou foi que a figura que faz as vezes de Raoul aqui - o/a mocinho/a da história, o raio de sol que faz contraponto com a escuridão do Fantasma, e por quem a protagonista de apaixona - é prima dela. Isso mesmo. Temos um romance incestuoso aqui. E que vai além do crush e do flerte, mas que é, de fato, concebido, e floresce como algo natural ao longo das páginas. As cenas com Theodora foram muito desconfortáveis de se ler, pessoalmente, e eu não entendi a necessidade dessa escolha criativa. Que elas fossem amigas de infância bastaria, sem precisar causar esse desconforto no leitor com esse grande tabu. Me surpreendi com a mocinha. Elena às vezes até parece sonsa, mas sua ambição onipresente, que se sobrepõe a tudo, a torna uma personagem interessantíssima. Adivinhei o plot twist antes de ele vir, mas quase não me importei, já que o livro é cheio de reviravoltas e cenas chocantes (she went there!) que satisfazem a necessidade que eu tenho, como leitora, de sentir grandes emoções e ser surpreendida por um livro. Fora que a revelação final faz muito sentido, e é, tematicamente, perfeita, super “vem amarradinha”. Giu Domingues evoluiu muito desde Luzes do Norte e fico muito feliz por ter tido a oportunidade de ler esse livro incrível. Precisamos de mais vozes como a dela no mercado nacional.
Já sou familiarizada com a obra da Giu há algum tempo e sou muito fã da escrita dela, mas esse livro me surpreendeu positivamente. Ela pegou todo seu conhecimento de construção de universo e elevou a uma potência indescritível, povoando esse mundo mágico cheio de música, traições e crueldade com pessoas que poderiam existir na nossa realidade. Elena é uma protagonista complexa que às vezes nos atrai e às vezes nos repele, mas não permite que a gente tire os olhos de sua jornada. Não precisa gostar de fantasia para aproveitar essa história - basta gostar de protagonistas femininas fortes e impactantes e de uma trama muito bem contada.
2.5 Eu fiquei muito triste de não ter gostado dessa história, considerando que O fantasma da ópera (musical mais que o livro) é uma das minhas histórias favoritas. Eu adoro a escrita da Giu e já desde o início dá pra ver como ela linkou personagens e criou um mundo fantástico. Mas os personagens na minha opinião ficaram todos muito rasos, porque na tentativa de fazer eles serem “horríveis”, eu não vi muita motivação ou sentido além do ser horrível por ser horrível… ou pior serem chatos. A Elena é insuportável o livro inteiro. As amigas também a eu nao senti a morte delas mas tb não sentia mta raiva delas pq era meio que esperado elas serem ruins… Também achei a relação da Elena com a Eco, muito pouco desenvolvida e secundária, quando eu espero que fosse o principal na história…
Enfim! Não foi um livro pra mim… :(
This entire review has been hidden because of spoilers.
Eu queria ter gostado desse livro. Ultimamente tenho uma vontade de ler sobre personagens duvidosos, de índole questionável e pelo o que tinha ouvido falar (sem spoilers) desse livro me soava como algo gótico que iria para alguns temas mais profundos. Infelizmente, acho que não era uma leitura pra mim. Mas foi uma leitura bem rápida, no entanto, gostaria de que os avisos de gatilhos e temas sensíveis que o livro aborda fossem mencionados no início do nível, antes de qualquer coisa. Eles estarem na borda dos acontecimentos serem narrados me deixou desconfortável. Sem contar que houve esse aviso em cima da hora em apenas uma cena e nos agradecimentos do livro, sendo que houveram muitas outras cenas com conteúdo sensível. Poderia ter tido uma nota no início do livro indicando os temas abordados, porque estar à mais da metade da leitura e ver um aviso do nada no início de um capítulo e mais a frente na história outros temas serem mencionados sem aviso não foi uma experiência agradável. E nem estarei entrando na forma como um dessas temas em específico foi abordado, que também não me agradou.
Spoilers apatir de agora: Não consegui entender Elena, por mais que tentava vê-la como uma personagem complexa e que não entende completamente o que está sentindo. Selena.... se a história sempre fosse do ponto de vista dela (além da 3° pessoa) com os pensamentos dela ou a Elena dando voz ou querendo entender os sentimentos de avareza dela, talvez eu tivesse gostado mais. Ficou muito com um sentimento de que poderia ter sido muito mais. Fui até o final porque vi esse potencial na estória. Queria mais. Mas acho que esse livro foi muito mais para a autora do que para qualquer outra pessoa. Creio que ela curou ou se entendeu durante a escrita desse livro, mas não foi para mim.
Gatilhos que percebi durante a leitura (posso ter esquecido de algum no momento que escrevo aqui): -tentativa de suicídio -abuso sexual -gordofobia
Ah, mas queria TANTO ter gostado desse livro, fiquei mais triste por não ter gostado do que qualquer outra coisa :(
Está com 2 estrelas mas eu dei 2,5. Porque o goodreads não deixa dar meia estrela? Afff
A escrita é muito exaustiva. Todos os mínimos detalhes de aparência, roupas, cômodos, ambientes são descritos aqui. Isso fez com que as 500 páginas parecessem 1000.
Também não consegui me conectar com nenhuma das personagens. Só tive pena da Theo, mas também não me importei com o final dela, então ...
Gostei do final porque achei corajoso e coeso com o resto do plot da personagem principal. Se for pra me fazer odiar a "mocinha", eu quero um final exatamente assim 🤷🏻♀️
Primeiro livro da Giu que leio! E caramba, que universo incrível criado aqui. Eu não sou a pessoa mais nerd de música, mas adorei a forma como ela é o poder desse mundo fantástico, como as partituras e magias são descritas e como cada tipo de poder foi pensado. Literatura é um recurso tão bom né??? Eu gostaria de ler mais histórias nesse lugar.
Talvez por eu ser lerda, eu não consegui sacar o mistério até o final! Isso ajudou a me prender na história e inclusive tenho teorias kkkkkkk
O ruim foi que eu passei boa parte do livro incomodada com como alguns personagens, pensamentos e situações eram descritas. Alguns conceitos foram muito repetitivos, como a perfeição de Theo e a fragilidade de Cecília. Por outro lado, eu não conseguia encontrar conexão entre as falas e atitudes da Elena. Talvez se os sentimentos tão complexos dela fossem mais aprofundados, eu acharia menos artificial.
No mais, gostei bastante do final e fiquei com vontade de ler Luzes do Norte! (mesmo que não seja sequencia desse kkkkk)
O que o brasileiro gosta mesmo é história de lgbts trambiqueiras, empinando moto e cometendo crimes. Se for com um contexto de magia e mulheres bonitas ainda? Sucesso. Dito isso, tô um pouco perturbada das ideia depois de terminar esse livro kkkkk
Giu Domingues é tão potente quanto cada uma das magias presentes nesse livro. É o tipo de obra que divide a literatura fantástica nacional entre antes e depois dela.
Há muito tempo eu não lia uma fantasia, e certamente esta foi uma volta agradável. Eu adoro a escrita da Giu Domingues, e neste livro ela surpreendeu com um sistema de magia muito interessante e fora do padrão. A escrita é poética, sem ser maçante ou "difícil", trazendo muitas alegorias da música e do próprio sistema de magia, de forma não cansativa. Tive raiva de várias personagens, inclusive a protagonista que muitas vezes me irritava, e me dava vontade de chacoalhar dizendo 'ACORDA FILHA'. Conseguir fazer-nos sentir algo tão vívido, quanto a raiva, nojo, ou ansiedade e medo, mostra como a autora foi capaz de criar personagens reais e singulares. Infelizmente li esse livro num momento de ressaca literária, mas não tirou de mim o prazer de apreciar uma escrita e história tão boas quanto essa.
A decepção com esse foi tão grande que no final fiquei chateada. Eu estava gostando muito: magia musical, a narradora que você não pode confiar, o contraste das amizades em que você ama as pessoas mas se sente julgada ao mesmo tempo (IYKYK), a pergunta "até onde você é capaz de ir para ser perfeito?". Estava adorando tudo... até o ato final. Ai sério, que "plot twist" ridículo foi esse? Fiquei com a sensação que tudo que tinha lido até ali foi inútil. E acho que meu cérebro já estava prevendo algo do tipo porque quando chegou no evento da primavera demorei 3 dias para terminar o livro. Simplesmente não tinha vontade de descobrir como a história iria terminar* (sim, sim, estou bem revoltada rsrs). Outra coisa, chamar esse livro de uma versão nova de O Fantasma da Ópera é forçar demais. Só porque o personagem usa máscara branca e capa preta não quer dizer que é baseado nessa obra. Inclusive eu tinha planos de rever os filmes e ler o livro original, só para comparar e ver o que achava, mas deixa para lá.
Os primeiros parágrafos da história foram uma gangorra em meu cérebro, entre o encanto pelas palavras e a estrutura textual ainda inexplorada por mim. Sem a familiaridade com a escrita de Giu, o começo me deixou cambaleando procurando entender o que tão rápido era fascinante.
A escrita carrega trechos sinestésicos com as referencias a sons, instrumentos e vibrações, mas também com gostos, toques e texturas e cores destacadas como uma protagonista brilhante. Há tropeços aqui e acolá com repetições daquilo que já foi dito, mas nada suficiente para atrapalhar a leitura.
A história iniciou um caminho cativante no meu coração em seus detalhes, as conversas movidas a quitutes e folhados, as gárgulas com nomes que começam com "g", a descrição da magia, e claro, tudo ao redor de música, mas foi o decorrer dos dias de Elena, que eu ansiei por devorar cada pedacinho de cada letra percorridas pelos meus olhos.
As personagens intragáveis alimentadas por venenos humanos, mentira, ódio, inveja, egoísmo e ciúme, foram um especial deleite, afinal, adoro livro de mulher maluca. Também me encontrei em êxtase na linha tênue em cores contrastantes que é o desejo, a atração e o carinho, mas entre todos eles, a obsessão, a necessidade de possuir, de ser o Sol ao redor de planetas humanoides, de ter absoluto controle enquanto a de respirar.
E o final, os últimos capítulos, nossa, era tudo que eu almejava enquanto me aproximava do fim.
Se há um gosto amargo em caminhos iluminados, sempre existirá uma doçura como puro mel, naquilo que for sombrio.
Cara, eu gostei muito da ideia da autora de fazer inspirado em "O Fantasma da Ópera", o jeito que ela construiu o mundo é muito bom e a escrita dela é bem fluida. Eu amei muito o final e eu sou apaixonada por essa ideia de personagens principais que fariam de tudo e mais um pouco pra alcançar os próprios objetivos, e a autora nao pecou nisso. O problema é que os personagens são muito chatos. De começo eu achei que a autora tava tentando mostrar que ela também não era perfeita e tinha os defeitos dela, mas ao longo do livro eu percebi que talvez o defeito dela seja apenas ser uma tadinha monga mesmo, a meg é outra insuportável e a Cecília outra coitada chata. Outro ponto é que na metade do livro eu já não aguentava mais a Elena falando sobre como a buceta dela tava molhada. No geral, o livro é bem daorinha, eu gostei muito da construção, da história e da ideia no geral :D
visceral. é um livro que incomoda e instiga. você se irrita, chora, entende e não entende. é uma história sobre se entregar e não uma leitura para agradar. é uma história que desperta coisas em você. sem falar na escrita fenomenal e fascinante da Giu. esse é o melhor livro dela e dá pra ver que ela deu tudo de si para que ele acontecesse.
Peguei esse livro originalmente porque estava com saudade de ler uma fantasia gótica, queer, e vendo que o autor era nacional, apenas me apeteceu ainda mais, porém, NADA poderia me preparar para o choque que foi esse livro (e eu amei ele por isso).
Elena é uma personagem muito bem escrita, e uma pessoa horrível, mas que nós envolve de um jeito gostoso, nós fazendo se enxergar nas suas piores emoções, na sua inveja, na sua desonestidade e o mais importante, na sua raiva.
Elena, não é uma personagem que se baseia puramente em coitadismo como pode parecer para alguns leitores mais desatentos, pelo contrário, ela usa disso para manipular o próprio leitor a se compadecer e justificar seus atos até que tudo se torne insustentável, mas ainda assim, não consegui odiar a personagem em nenhum momento, afinal, como se esperar que a alguém como Elena tivesse sucesso em um sistema que não a permitia ter uma doce vitória se quer? No final, mesmo que torcemos por um breve momento que Elena se recupere, abandone a orquestra e viva com Theo, onde ela poderia de fato ter relevância sem se ter que usar as pessoas ao seu redor, o leitor entende porque ela não a faz, entende as diversas violências que fizeram Elena se tornar Echo, mesmo que ela mesma apenas perpetue o mesmo ciclo vicioso de engolir os mais fracos para ser mais forte, por que foi assim que ela foi moldada, pelo próprio conservatório e pela vida miserável em si.
Falando em violência, as relações de Elena com os personagens são partes vitais do seu desenvolvimento, e me impressionou o jeito que Gui foi capaz de desenvolver cada um deles de maneira tão complexa. A mãe de Elena, que tem um ar tão misterioso durante a narrativa, assombra a história de uma maneira impecável: não entendemos quase nada da sua história própria, mas entendemos que ela é o mestre de marionetes que suga Elena mesmo em morte.
Ceci, a amiga de Elena que apesar de a primeira instância parecer doce e inocente, mais parece ocupar um lugar de filha doque para Elena, e não no bom sentido. Ceci constantemente demanda sem oferecer, e a relação delas é essencial para construir a amargura de Elena, que se sentia mais como algum tipo de cachorro de serviço para Ceci: necessária na sua vida, oferecendo uma proteção e cuidado para a garota, mas sempre um pet, que ela poderia facilmente abandonar na estrada, e ninguém ligaria.
Alex, um personagem tão vilanizado na visão da própria Elena, parece ser quase uma previsão doque ela viria se tornar: uma cobra, que engole os mais fracos pra garantir o seu lugar no topo. O personagem que causa tanta dor de cabeça no início, e é de primeiro apresentado com uma aura próxima ao de uma divindade porém diabólica, como se fosse uma representação dos próprios demônios e piores traços de Elena, se revela no final pelo que ele realmente é: um adulto cansado tentando desesperadamente se agarrar ao olhar e atenção do homem que não fez nada além de sugar sua juventude e talento para o deixar oco. Apesar disso, Alex também se aproveita de privilégios que Elena não pode se dar o luxo de ter: o privilégio de ser um homem e facilmente admirável, ele é instável e de certa forma, mais o manipulado do que o manipulador de fato, onde ele falha, Elena tem sucesso, porque ela o observa com o intuito de ir ainda mais longe que ele.
Theo, de longe a pessoa mais saudável do ciclo de Elena, também é uma representação de privilégio, existe um motivo para a personagem ser tão madura e estável, ela nasceu no topo, e mesmo que ela reconheça isso, ela não é capaz de entender a dor de não estar lá, e Elena também não a ajuda: ela constantemente ESCOLHE se fechar para Theo, e é trágico o quanto Theo e Elena estiveram tão perto de terem o seu “final feliz” mas no final, é a própria simpatia sem limites que atrai Theo para o seu próprio fim. Theo se permite ser manipulada por Elena não só por amor, mas por também não a enxergar como um todo, enxergar as partes boas e ignorar as ruins, é o que a leva a sua própria ruína.
Margot também foi, pelo menos pra mum, a personagem que mais se aproximou da personalidade de Elena. Apesar de parecer insensível e falsa no começo do livro, entendemos que esses são traços que a própria Elena compartilha com ela, isso, e ambição. Ambas as personagens constantemente manipulam uma a outra para atingir os seus próprios objetivos, e francamente: confesso que elas tinham muito mais química para mim doque Theo e Elena, principalmente já que Margot é o estopim que marcar o próprio fim de Elena. Margot é a primeira que Elena mata totalmente consciente das suas ação, e ambas sabem disso. O horror gráfico da morte de Margot, é necessário, pois mostra o próprio veneno mútuo presente tanto nela, quanto em Elena.
Termino essa review com os meus sinceros parabéns a Gui, essa obra definitivamente vai estar na minha estante (e coração) pra sempre.
This entire review has been hidden because of spoilers.
cara... que desperdício. esse é um clássico caso de um livro que tinha TUDO pra dar certo quando você entende a premissa, mas que descarrilha e pega fogo conforme a leitura.
primeiro ponto que me incomodou: a escrita BREGA. jesus cristo !!! a autora até que consegue nos apresentar bem o universo frankenstein que criou, mas não é algo que se mantém por todo o livro. tinha tanta passagem brega brega brega que eu me contorcia de vergonha alheia. coisa estilo frase manjadona de fanfic. me desanimou muito conforme fui lendo, cada página era praticamente uma tortura infindável.
a personagem principal, que ao meu ver foi uma tentativa de personagem/narrador não confiável, na verdade se transformou na personagem completamente detestável. sendo sincera, Todas as personagens são tão mesquinhas e ridículas que mesmo você entendendo o porquê a autora quer que elas o sejam, a única vontade minha como leitora era que do nada o conservatório explodisse e absolutamente todos morressem de tão sem paciência que estava.
as cenas de sexo hiper descritivas foram algo que me pegaram desprevenida. não tinha nada sobre isso no material de divulgação. eu não sou puritana, e até tentei ver as cenas explícitas como uma tentativa de desafiar o que é erótico e o que é pornográfico, mas não deu. conforme iam se repetindo eu só consegui enxergar como algo fetichista.
falando em fetichismo, é uma coisa surreal o quanto esse livro trata a dor e o sofrimento de uma maneira fetichizada. em várias passagens em que a personagem principal é tratada como lixo a autora demonstra (em diferentes graus) que a Elena está excitada com a situação. deprimente. sem contar em várias situações de self-harm, suicídio e outros abusos (além do sexual) que simplesmente surgem ali na escrita sem nenhum tipo de aviso prévio.
por vezes quis simplesmente abandonar, mas foi presente de uma pessoa especial e quis fazer o esforço. acho que esse tipo de literatura não é pra mim mesmo e ok, mas não consigo deixar de pensar em como tudo nesse livro é de fraco pra baixo.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Estou absolutamente em choque desde que terminei esse livro, algumas horas atrás. É fato de que esse livro estava interessante por vários motivos: universo construído, personagens multifacetados, abordagem interessantíssima da música despertando a magia (sério, absolutamente apaixonada por essa parte), além de personagens queer completamente naturalizados.
Também era óbvia a abordagem psicológica de Elena: uma personagem que veio de um passado de privações e sendo menosprezada de várias formas, se equilibrava entre uma posição passiva e bebendo da ambição sem medidas. Como uma pessoa que batalha com saúde mental, me identifiquei com muitas partes da personagem, especialmente os polos com os quais ela via a si mesma e aos outros. Essa visão de extremos é muito comum para quem passou por situações de abuso emocional por seus cuidadores, o que totalmente é o caso, e claramente marca como Elena se relaciona com o mundo ao seu redor. E isso era ainda mais importante para a trama do que eu conseguia imaginar.
Como eu disse, estava gostando do livro, mas estava incerta sobre algumas coisas, especialmente no que dizia respeito a Elena. Era clara a dualidade nela e, ao mesmo tempo (talvez porque eu não tinha ainda a visão do todo), algo me soava estranho e fora do lugar. Ela flertava com o que condenou a mãe dela, pelo menos era a impressão que eu tinha, mas não era aberto. A magia dos ossos (e muitas outras coisas) tinha lacunas, coisas que faltavam pra mim. E ao final entendi o motivo. E, quando percebi, o meu cérebro simplesmente explodiu.
Já acompanhava a Giu nas redes sociais, mas ainda não tinha tido a oportunidade de ler algo dela. E digo que estou absolutamente encantada. Desde a qualidade da escrita e do universo criado, complexidade das personagens e perfeição em emendar a trama, estou completamente de joelhos. Mal posso esperar para ler mais dela.
Eu desejei ao longo da leitura que a Eco fosse totalmente apaixonada pela Elena e que mantivesse sua ferocidade contra todos, mas me peguei assustada quando em alguns momentos nem a Elena foi poupada, sendo castigada a cada momento que não correspondia aos desejos de Eco. Eu gostava da dinâmica da Elena com a Theodora e vibrei com o envolvimento romântico das duas e ao mesmo tempo torcia para ler mais sobre a evolução do relacionamento da Elena com Eco. Ao longo da leitura peguei um spoiller que me permitiu ver o livro sob outra perspectiva e ao mesmo tempo torci muito para o spoiller ser mentira. Acontece que não era, e no fim, a Eco era a Elena e não havia como ter um romance desenvolvido ente as duas, consistia na relação abusiva que a Elena tinha com os desejos dela e de uma versão da que ela escodia tão profundamente de si mesma que desassociava, criou uma outra versão de si mesma, exterior . No fim, quem ganhou foi a Selena, a versão da Elena que abre mão de tudo que amava, suas amizades, sua noiva Theodora, abriu mão de uma versão de si mesma pelo poder. Apesar de ter recebido um spoiller na metade do livro sobre quem era Eco, não me decepcionou ou impediu de continuar, quis ler mais e mais para saber como isso se desenrolaria na história. O livro é genial, nos prende do início ao fim nesse universo e na Elena e Eco, e me fez pensar o tempo todo se no lugar da Elena eu realmente agiria de outra forma pelo que queria. Me fez torcer para ela tocar o órgão e descobrir por fim que tipo de poder que ela ainda alcançaria mesmo que o preço que ela pagou na minha opinião foi alto demais
This entire review has been hidden because of spoilers.