A estreia da autora de Parque das irmãs magníficas na Companhia das Letras. Um romance sobre amor, desejo, corpos rebeldes e novas configurações familiares.
Uma atriz trans adota um menino de seis anos com seu marido, um advogado gay. O garoto traz consigo uma história trágica: soropositivo, não conheceu seu pai biológico, e sua mãe se suicidou quando descobriu que o contagiou com o vírus HIV. A partir deste enredo, a prosa inclassificável de Camila Sosa Villada nos conduz por uma espécie de sociologia da família, uma indagação comovente sobre os papéis que a compõem, sobretudo no que diz respeito às possibilidades do amor. Até que ponto é possível domesticar um corpo? Como conviver com as feridas do outro? O que fazer quando se cai nas garras das convenções, do socialmente respeitável? A literatura de Camila Sosa Villada -- "a coisa mais importante que li sobre sexualidade desde Jean Genet", anotou o autor francês Édouard Louis -- desafia de modo cabal nossas emoções. Nesta história de pactos invisíveis, de uma rebeldia profunda e convulsiva, de paixões arrasadoras, ninguém sai como entrou.
Si «sentar cabeza» tiene siempre un regusto a domesticación, cuando se es de una pasta muy concreta (de un material ególatra, taciturno y salvaje) esta domesticación acaba sabiendo a cárcel, a condena elegida, a cadenas de oro. Si el matrimonio y la familia son siempre realidades difíciles de sobrellevar, lo son mucho más cuando son condiciones autoimpuestas para desmostrarle al mundo que eres tan bueno como cualquiera.
Camila Sosa Villada vuelve a zarandearnos con su prosa después de «Las malas» y «Soy una tonta por quererte». Esta vez lo hace con la historia de un una exitosa actriz travesti que se ata a un matrimonio urbano, burgués y queer creyendo que eso serviría para sentirse más digna, más ordenada, más sensata... cuando, en realidad, apenas consigue hacerla más consciente de su diferencia.
Esta es una novela de contrastes: de un pasado pobre contra una actualidad privilegiada; de unas flores urbanas contra unas raíces silvestres; del reconocimiento contra el rechazo; de lo libre contra lo domesticado. Sosa Villada sigue siendo una máquina sensual e imprevisible que no para de ofrecernos textos tan incómodos como placenteros.
Por fin un libro en el que pasan cosas. Una sucesión de eventos contundentes que asemejan a una película por su urgencia temporal. Los acontecimientos son todos grandilocuentes e hiperbolizados. Una tragedia griega en tantos sentidos. Cada personaje tiene su afán y la protagonista es ruda, persistente y odiosa en tantos sentidos como suave, añorada y exquisita. Un gran sí a esta obra de teatro que nos entra en forma de libro.
É isso: basta uma travesti. Uma só travesti consegue torcer a vida de um homem, de uma família, de uma instituição. Uma só travesti é capaz de abalar os alicerces de uma casa, desfazer os nós de um compromisso, quebrar uma promessa, renunciar a uma vida. Uma só travesti é capaz de fazer chorar um homem, fazê-lo sentir-se uma merda ou um pássaro, uma só travesti é suficiente para iluminar, amplificar ou até revelar a face criminosa de um Estado.
Ainda que livre das constrições heteronormativas, “Tese sobre uma Domesticação” não deixa de ser o retrato de um casamento em crise, que só era novidade nos tempos de Adão e Eva, e o desenrolar de uma lista de infidelidades, esse tema tão original que remonta aos deuses de Homero. Que interesse suscita então Camila Sosa Villada para ser tão elogiada? É o de ter como protagonista uma “mulher com pila” (ipsis verbis)? Já o seu conterrâneo Manuel Puig o fez nos anos 70 com mais sofisticação em “O Beijo da Mulher Aranha”, já Pedro Almodóvar o fez com mais alma na sua longa filmografia. É uma questão de voyeurismo? De facto abundam as cenas gráficas de sexo puro e duro (às vezes, frouxo) e é flagrante a hipersexualização das personagens independentemente da idade, em que tanto as crianças como a avozinha dão asas à sua líbido e em que um homem charmoso que frequenta o ginásio tem o mesmo sex appeal que um bêbedo a tresandar a urina. É, de facto, uma obra disruptiva, se é isso que procuram na literatura. Eu já me contentava com uma narrativa em que a autora me demonstrasse que as personagens são assim e assado em vez de mo explicar…
A mulher não fode quando está muito calor. Também não fode sem tomar um duche primeiro. Não se deixa penetrar sem ter lavado muito bem o reto com um irrigador ominoso, um enema fúcsia concebido por um designer de brinquedos sexuais. Não o beija sem ter lavado os dentes. Não vai para o palco sem lavar os dentes. Também não sai de casa sem pôr perfume Samsara, da Guerlain, desde que pôde pagá-lo pela primeira vez. E não gosta de falar ao telefone. Apesar de ser atriz, é tímida. Fica apagada em reuniões onde não conhece ninguém. É cínica. Se encontra uma ferida, esfrega-a com sal.
…e em que não houvesse incongruências de principiante. Somente um exemplo: o irmão da actriz é um trolha, labrego e sem grandes posses pelo que se dá a entender, mas pede à irmã que fique com a filha durante um fim de semana para ir a um recital em Buenos Aires, para onde tem de ir de avião. Risível! Incrivelmente, é a diferença de classes um dos grandes temas desta obra, visto que a domesticação referida no título passa também pelo aburguesamento da actriz, ex-prostituta oriunda de uma família modesta, através do casamento com o advogado proveniente de uma família bem. Para nos dar conta dessa ascensão social, há não só a descrição detalhada do luxo em que vive o casal, como um debitar de marcas só superado por “Psicopata Americano”:
Depois atirou a roupa dele pela janela. As camisas Yves Saint Laurent e Key Biscayne, os fatos Ralph Lauren, as sedas, as gravatas, a roupa interior de velho burguês. Voavam pelo ar como sacos de nylon. Não restou uma cueca nas gavetas nem um par de meias.
É, digamos, uma tese com mais circo do que pão.
Sem saber bem o que era, o advogado pensava que havia qualquer coisa de muito vulgar na marida, talvez por ser da serra, por ser uma camponesa. Por ser atriz. Era preciso passar o país a pente fino para encontrar uma atriz refinada, quase todas eram assim. Havia algo nela que lhe parecia de muito mais gosto. Nesses momentos, a classe era mais forte que o amor. Até mais forte que a religião da sua homossexualidade.
Primero, la domesticación; después, también. Pagar por quién se busca e intenta ser. Una lucha contra la nada que hace a una sociedad sobrecargada de imposiciones que obligan a sostener la mentira de la monotonía. El precio siempre es el dolor, porque la estupidez, como bien supo escribir, nunca es gratuita.
CAMILA LEEME TE AMO OJALÁ ALGÚN DIA ESCRIBA IGUAL DE BIEN QUE VOS. TE ADORO PERDÓN POR QUERERTE TANTO SOY UNA TONTA POR QUERERTE
La verdad no entendí por qué tanto melodrama, tanto circo, maroma y teatro para distanciarse de la supuesta cursilería. Estaba por dejar el libro cuando entró el tema de la maternidad y la familia nuclear y con eso aguanté el resto de la novela que a ratos me agobiaba y de repente tenía destellos brillantes.
Camila Sosa Villada é a autora de um dos melhores livros que li em 2023, "As Malditas". Por esse motivo, tinha muita vontade de ler este seu segundo livro traduzido em Portugal.
"Tese sobre uma domesticação" fala sobre relações: relações familiares, casamento, amor, maternidade. O ponto de vista sobre estas relações parte do seu lugar como travesti e, por isso, acrescenta camadas a estes temas.
A protagonista é uma atriz, bem sucedida, rica. O seu marido é um advogado de sucesso, homossexual, apaixonado por ela. Esta família nuclear completa-se com a adoção de um rapaz. O casamento e a existência de filhos, apesar das nuances de diferença, resultam na aparente aceitação da norma social. O equilíbrio entre esta "domesticação" e o desejo individual não é fácil de encontrar.
A escrita de Camila Sosa Villada é forte e provocadora, sensual e selvagem, mas capaz de transmitir as emoções das personagens de uma forma real e muito sensível.
Este livro tem já uma adaptação para o cinema, que não vi, mas ao longo da leitura, lembrou-me por diversas vezes o universo dos filmes de Pedro Almodóvar.
É um livro bastante diferente de "As Malditas" mas, apesar de não ser tão impactante, não deixa de ser muito interessante e importante para abrir reflexões sobre diversidade.
Camila siempre es maravillosa, porque, tal y como se la describía ayer a un amigo, su escritura es seca, porque, a su vez, ha vivido tanto y escribe desde tal honestidad que no necesita de florituras para que su historia sea importante. La adoro porque es sincera, rabiosa, emocional, apasionada, enojona; porque su escritura y sus historias siempre son piel. Pero sobre todo porque le da exactamente igual todo, los lectores, la corrección, las comidillas, pese a estar siempre en la ambivalencia de una vanidad que la acompaña a ella como a escritora y a sus personajes como protagonistas.
Una anécdota: la adoro tanto que cuando leí «Las malas», me apasionó de tal manera, que, llevando el libro en el bolso el día que me despedí de Barcelona, con muchas cervezas y muchos chupitos encima, estando Sandra, Georgina y yo en unos bancos de Plaça Universitat hablando con un desconocido, cogí mi ejemplar, absolutamente subrayado y anotado, y se lo regalé, en una pequeña epifanía/ida de olla por la que supe que el mundo sería un lugar infinitamente más cuerdo y más honesto si todos leyésemos a Camila. «Tesis sobre una domesticación» me lo confirma.
suis vraiment très impressionnée par la plume de l'autrice dont je comprends GRANDEMENT la hype immensément méritée. j'aime le fait qu'en littérature en 2025 les couples queer puissent avoir leurs histoires un peu chiantes et pas très intéressantes exactement comme les couples hétéro. genre c'est les mêmes délires mille fois lus et relus de lassitude jalousie amour passion qui a changé qui s'est affadie mais en même temps qu'on peut toujours réveiller ronpiche comment faire durer le couple une fois qu'il s'est métamorphosé par la parentalité etc. mais version couple ouvert chaos meuf trans et mec gay qui s'est découvert bi en la rencontrant. j'aurais aimé à vrai dire davantage de choses sur le côté comédienne théâtre. mais c'est OK ce n'est pas ce qu'est le livre ! bravo c'est cela le progrès nous aussi nous avons désormais nos romans sur "comment faire durer la flamme dans le COUPLE" c'est touchant je crois presque. c'est pas mauvais du tout c'est même je pense bien mais juste ça me fait pas vibrer du tire-bouchon. tout va bien
Me debatí entre las cuatro o cinco estrellas y finalmente me decidí por la última opción por la forma en la que está escrita esta novela y por la forma, también, en la que se narra y se cuentan los personajes, las situaciones y los lugares; y por cómo se ponen de manifiesto las emociones que se transmiten de la historia al lector de manera instantánea al leerla. Un 10 para esta novela aunque las estrellas hayan sido cinco.
Camila Sosa Villada é uma das autoras a que sempre volto. Sei que em cada livro me irá trazer algo novo e enriquecedor. Nesta novela re-equaciona o casamento como modelo de "domesticação" social. Mas este é a obra em que o olhar de uma mulher trans sobre o conceito difuso de família nos obriga a uma intensa reflexão.
Muito bom! Quando comecei, achei que não ia me envolver tanto porque achei a protagonista intragável. Só que é intragável de um jeito BOM, de um jeito que te enche de curiosidade. Ela tem muitas camadas, a história vai se desenrolando de um jeito que você entende cada personagem em suas complexidades. Amei que nenhum deles tem nome também.
Completamente maravillado con la bestia que es Camila Sosa Villada. Toda ella, su persona y su escritura que me sacude, me acongoja, me eriza y me hace llorar todo de una.
Un roman que je trouve plus brouillon que Les Vilaines dans sa construction. Une femme trans célèbre qui incarne le monologue de Cocteau dans La Voix Humaine mariée a un avocat homosexuel. Un enfant adopté, un ménage, un foyer.
Comment faire famille dans un cadre si peu commun? Comment survivre aux différents traumas ? Quelle sexualité adopter ?
Le ton est lourd et détaché. Peu de place pour l'émotion tant l'autrice s'attache a mettre de la distance entre le lecteur et ses personnages. On peut facilement tous les détester malgré les différentes épreuves qu'ils ont vécu.
Beaucoup de passages m'ont plu malgré tout mais seulement car ce sont des thèmatiques qui me sont chères : la fuite vers la ville, la construction de sa sexualité, le retour chez les parents.
le doy 4 estrellas sólo porque "las malas" me cambió la vida y para no ponerlo al mismo nivel que una epifanía, pero vaya en otro momento se lo podría cambiar. de este libro me gusta hasta el título, llevo semanas (el tiempo que llevo sabiendo que me lo iba a leer en cuanto pudiese) dándole vueltas al título como a un caramelo. me gustan las palabras "tesis" y "domesticación". por gustarme, me gusta hasta la sintaxis de la frase, me recuerda al título de la película "anatomía de una caída". me gustan el ritmo, sobrio pero medio cómplice, y la precisión quirúrgica de sus términos. como "las malas", este libro es de cogerlo y tirarte cuesta abajo con él, de no dejarlo hasta que te lo terminas. este libro es lo más interesante de tu día, un evento por el que te saltas una clase, les mientes a tus padres, te tiras cuatro horas inmóvil en el lugar arbitrario donde tu amiga y tú os habéis citado, te plantas en una fiesta llena de desconocidos, sólo porque debes conocer esta historia de principio a fin y sin respirar. a veces querrías descansar o incluso rumiar un poco lo que vas leyendo pero no puede ser, es urgente saltar al siguiente capítulo, saber más. es curioso, porque tampoco son libros con tramas especialmente trepidantes, son más como una novela-fotografía, apenas "pasa nada", por lo que la fuente del ansia por seguir leyendo se encuentra en otra parte. como siempre, se trata de un libro complicado, sexual, pulsante, repugnante, divertido, afilado. se siente la tensión de una familia, el rechazo a las "burguesadas" (sobre todo a las de los disidentes burgueses), los resquicios de amor, el derrumbe de éstos, la fragilidad de las relaciones humanas que nos hace estirarnos de los pelos. es, en cierto modo, el testimonio de una familia "à la 100 años de soledad" pero, mientras que esta obra tiene un veneno que fluye lentamente de generación en generación, en las tuberías de la casa, alimentando y desnutriendo a los hijos de los hijos, "tesis sobre una domesticación" atrapa los destellos de un jarrón agrietado pero que aún no se derrumba (no se sabe muy bien cómo), despuntes de luz cuya procedencia, arco y destino inciertos nos dedicamos a estudiar bajo la tutela de la autora. definitivamente diría que este libro tiene más ponzoña, más rabia, más "mala leche" que "las malas". estamos seguros de que en este libro hay algún amor, algún cariño, pero en "las malas" era mucho más sencillo señalarlo, mientras que aquí muchas veces nos preguntamos si alguno de estos personajes verdaderamente soporta a los otros. pese a las muertes proféticas, el sexo doloroso (en más de un sentido) y el descontento que subyace tras todas las relaciones, o precisamente por estas razones, nos encontramos ante obras profundamente humanas y ante un lenguaje que reitera imperiosamente que se debe escribir más y mejor en español, que mira toda esta belleza, mira cuánta sinceridad
Camila Sosa Villada ha dicho que rechaza la categoría “mujer trans” y prefiere definirse como “travesti”, porque es una palabra que “inmediatamente resuena en el cuerpo de quienes leen u oyen”. Esto nos indica claramente cuál es el abordaje que da la autora a la fabulosa historia sobre una famosa actriz travesti que trata de ser "domesticada" a través del vínculo matrimonial con un exitoso abogado gay y la adopción de un hijo. ¿Hasta qué punto ser "socialmente aceptable" significa renunciar a la esencia individual, al amor propio, al deseo de ser disidente?
É assim: basta uma travesti. Uma única travesti é suficiente para revirar a vida de um homem, de uma família, de uma instituição. Uma única travesti é suficiente para minar os alicerces de uma casa, desfazer os laços de um compromisso, quebrar uma promessa, renunciar a uma vida. Basta uma única travesti para fazer um homem chorar, para fazê-lo se sentir uma merda ou um pássaro. Basta uma única travesti para iluminar, engrandecer ou mesmo revelar a criminalidade de um Estado. Basta uma única travesti para que se resolva a orfandade de um menino.
Camila Sosa es simplemente increíble. Está vez ha logrado crear —con un estilo que combina lo mejor de la narrativa de Puig y el lenguaje de Lemebel— algo completamente nuevo. Al haber leído sus otros libros uno ya puede reconocer que Camila está creando una especie de mitología, un bestiario en torno a su escritura que incluye travestis, colas, putas y otros seres que habitan los márgenes y que, desde ese particular espacio, cuentan una historia que deja en evidencia que, al final del día, nuestro interior está construido y relleno por la misma viscosidad.
La historia acá transcurre en pocos días pero Camila nos deja hurgar en el pasado de la protagonista mientras nos relata de manera furiosa los acontecimientos. Con un manejo impecable de los tiempos, los giros y los arcos narrativos, esta novela se perfila —a mi juicio— como la mejor obra de Camila aun cuando “Las malas” ocupa un lugar muy especial en mi pila de leídos.
Si no la han leído háganlo y si pueden escucharla o seguirla en Instagram, les recomiendo los reels donde Camila comparte algunas lectura porque lo hace divinamente!
Claramente no se domestica a las bestias salvajes. A las que tienen el espíritu rebelde, la lengua suelta, el brío. Esto ya se sabe. Se sabe también que algunas pueden fingir, posar de tiernas. En esta novela, entre un juego sexual del que nadie escapa, una de esas bestias, tan dócil o tan fiera como sea necesario, es hija, madre, actriz, puta, esposa, mujer. Animales cambiantes. Historias tan antiguas que se pierden en la genealogía, sin razones, dolores, esquivas alegrías. Así es el universo travesti de Camila Sosa Villada.
Camila tiene un estilo singular, único, genuino; hay un punto en la historia en la que sabes a ciencia cierta que estás leyendo algo de ella, sus historias solo ella las puede contar así, crudas, enteras, estoicas, cínicas, con una gran entrega y sensibilidad. 4.5🌟
me gusta muchísimo cómo escribe camila! he estado enganchada y he entendido perfectamente a todos los personajes (y mira que están llenos de asperezas y contradicciones).
es cero políticamente correcta y hay que jugar en su campo para entrar bien en la historia, pero si se consigue hacer, es una maravilla de viaje.
me quedo especialmente con el personaje del hijo ❤️🩹 y luego toda la descripción de la madre de la actriz (ningún personaje tiene nombre en esta novela lo cual me ha parecido un toque guay)
je suis vraiment désolée mais apparemment je n'ai pas d'autres choix que de faire de goodreads mon nouveau twitter pcq je sais pas comment faire sinon mais Y A UN FILM QUI SORT AUJOURD'HUI ??? je vais peter mon crâne
"Tese sobre uma domesticação" é um livro que mistura uma linguagem poética, crua e profundamente humana. Nele, a autora mergulha no universo da experiência trans e nas feridas causadas por uma sociedade que insiste em normalizar a violência e silenciar as diferenças.
A escrita é ao mesmo tempo forte e delicada. A autora fala com uma sinceridade sem rodeios, revelando as contradições da vida, do amor, da marginalização e da luta constante para não ser "domesticada" pelo sistema. Em alguns momentos parece que nos está a sussurrar ao ouvido e noutros dispara verdades com uma intensidade necessária, como se nos estivesse a confrontar.
O livro não é fácil e talvez nem devesse ser. Provoca, incomoda e é escrito de forma bela. A autora faz-nos encarar realidades que muitas vezes preferimos ignorar e faz isso com uma escrita talentosa. “Tese sobre uma domesticação” não é só uma leitura, é uma experiência. É daqueles livros que ficam na gente, que deixam marcas. Uma obra que confirma Camila Sosa Villada como uma das vozes mais fortes da literatura contemporânea em espanhol.
Una lástima, porque estuve enganchado todo el tiempo. Me interesaba muchísimo la historia que se estaba construyendo, sobre todo por cómo plantea que algunas relaciones, no necesariamente heteronormativas, también pueden ser igual de conflictivas, complejas y violentas. Ese punto me pareció poderoso: mostrar que el amor, sin importar su forma, también puede ser tóxico.
Los personajes me parecieron bien deconstruidos, con matices y contradicciones interesantes. Sin embargo, hacia el final, la historia da un giro que cambia por completo el tono. Aparecen personajes que no me interesaron y el desenlace se siente abrupto, como si todo se cerrara de golpe, sin una construcción sólida detrás. Pareciera que se busca impactar por impactar, ya sea a la protagonista o al lector. A mí no me convenció. Y el epílogo… pues, menos.
Aun así, adoro a Camila Sosa, me gustó el libro en muchos aspectos y sin duda la seguiré leyendo. <3