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Putins krig mot kvinner
Russland har aldri tatt et oppgjør med sin imperialistiske fortid. I stedet har Kreml fokusert på å skape fiendebilder, og slik legitimere bruken av seksuell vold i krig og å dehumanisere ofre for menneskerettighetsbrudd. Likestillingen er i sterk tilbakegang i Putins Russland, hvor kvinner trues til stillhet, voldtekt brukes som våpen, og hvor ofre ydmykes i media og trues med mer seksuell vold. Putins krig mot kvinner er en historie om kolonialisme, undertrykkelse og folkemord. Det er en historie om krig og om kvinner, om kvinners rettigheter og viktigheten av å løfte frem deres stemmer. For vi er nødt til å snakke om krig, og vi er nødt til å snakke om krigsforbrytelser. Stillheten kan aldri vinne. Dette er en nødvendig bok, skrevet med Sofi Oksanens særegne og vakre språk.
238 pages, Hardcover
First published October 4, 2023
147 people are currently reading
2234 people want to read
About the author
Sofi Oksanen
23 books1,158 followersSofi Oksanen was born in Finland to a Finnish father and an Estonian mother. In 2010 she won the Nordic Council's Literature Prize for her third novel (originally a play), Puhdistus (Purge).
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Community Reviews
Displaying 1 - 30 of 170 reviews
March 30, 2025
During my student years, I became familiar with all the classics of decolonization, from Edward Said on. However, any treatment of Russia's colonial history was absent from the lectures I attended... I grew up during a time when decolonialization was a big deal and voices of otherness were being amplified. I attended gender studies lectures. Yet every lecture that dealt with otherness and the silence that accompanies it overlooked the Eastern European experience.
I identify as a postcolonial writer because I recognise my own experience best through that frame of reference and because it makes my work better understood in areas where Soviet imperialism is not well known.
Hands up, this book made me feel guilty and ashamed of my own lack of comprehension of the experience of countries formerly in the Soviet bloc who gained their independence after the fall of the USSR - and that's despite being a Londoner with many friends who are Polish, Georgian, Ukrainian, Finnish...
In some ways, Oksanen's narrative is a messy one: part essay, part journalistic tract, part history - but it's that very messiness that makes it so compelling, not least her personal involvement and the anecdotes from her own life and that of her family who are Finnish and Estonian. It's also a much wider story than the title indicates: there are, of course, issues around misogyny and rape as a political and military strategy wielded by Russia, but a clear impetus is the current invasion of Ukraine both in terms of the horrific sexual violence being enacted as well as this war as a continuation of Russian imperialism.
There are shocking stories here: the castration of Ukrainian men; the Russian wives and mothers supporting their soldier husbands and sons and encouraging them to rape Ukrainian women as long as they use a condom. But Oksanen puts this into a long historical and political context of Russian imperialism and colonialism that opened up, for me, a new way of making sense of our recent past and present.
This isn't a long read (175 pages of text with about 80 pages of notes, references and sources following) but it is a hard one in many places. And however much Oksanen tries to remain cool and objective, her frustration, her anger, her outrage break through especially about the way former Eastern European countries have been largely written out of the European narrative.
Do have a look at the quotations below to see the range of topics covered and the extent to which this book is serving as a necessary corrective to those of use brought up with a Western European education. Despite the bleakness, this is a book which I would urge everyone to read. Especially as it intersects with another book I recently finished: Money, Lies, and God: Inside the Movement to Destroy American Democracy which documents the huge amount of Russian funding that is flooding into anti-democratic, neo-conservative/neo-fascism institutions, think tanks and other bodies supporting and pushing racism, misogyny, homophobia and anti-abortion/contraception rights for women globally.
Thank you to everyone who commented, supported and clarified updates while I was reading this - I appreciate all your insights and thoughts.
February 25, 2025
Багато виділяла собі і рефлексувала. Це прекрасне саммарі всього, що хочеться сказати і прояснити щодо цієї історичної помилки, раку на карті світу, яка несе лише біль та темряву. Бо це все що вона знає і завдяки чому живе
Авторка майстерно пройшлася по основних пунктах - причина і наслідок, без емоційних маніпуляцій чи тиску, знаєте? Не було відчуття, що трагедію згадують лише щоб зачіпити, а аби підсвітити і продемонструвати. Не всім вдається зберегти у цьому делікатному питанні баланс💔
Так от, закінчу тим, що писала протягом читання - якщо хоча би інтелектуальна еліта Заходу прочитає цю книгу, цього вже буде більше, ніж достатньо
І коли зрозуміють, що за романтичним зображенням країни 404 є лише гниль та ненависть
Авторка майстерно пройшлася по основних пунктах - причина і наслідок, без емоційних маніпуляцій чи тиску, знаєте? Не було відчуття, що трагедію згадують лише щоб зачіпити, а аби підсвітити і продемонструвати. Не всім вдається зберегти у цьому делікатному питанні баланс💔
Так от, закінчу тим, що писала протягом читання - якщо хоча би інтелектуальна еліта Заходу прочитає цю книгу, цього вже буде більше, ніж достатньо
І коли зрозуміють, що за романтичним зображенням країни 404 є лише гниль та ненависть
February 26, 2025
4,5*
O bebé afogado no Mediterrâneo, a menina com napalm, o urso-polar à deriva: estas são imagens que mudam mentalidades. Porém, para as vítimas de violação na guerra, a fotografia marcante ainda não foi tirada ou, se foi, não foi publicada. Continuo à espera do dia em que teremos uma imagem chocante na primeira página, como uma caixa de Viagra aberta recolhida no local do crime. Contudo, não é certo que isso venha a acontecer. Porque é demasiado perturbador. Porque é mais fácil desviar o olhar. Porque a violência sexual e a impunidade ainda são possíveis.
Nesta fase em que se leio não resenho e se resenho não leio, preciso de empurrões para me sentar à secretária e pôr a escrita em dia. Três anos – TRÊS – de invasão da Ucrânia por Putin parece-me a altura ideal, para mais quando se juntou à festa o bobo americano da propaganda.
A tática é herdada do departamento de desinformação do KGB, que seguia à risca a doutrina de Lenine: “O inimigo mais forte só pode ser derrotado se nos concentrarmos com cuidado e a máxima cautela, minúcia e habilidade, na discórdia que existe dentro dele… por mais pequena que seja… para dela tirar partido.
Este é um livro simultaneamente acessível e complexo, com ideias por vezes repetidas e, outras vezes, ligeiramente forçadas, mas que fornece muito alimento para o cérebro, um extenso contexto para compreender não só a mente doente de Putin mas toda a mentalidade doentia de um povo com vetustas ambições expansionistas. Doentia como a de todas as nações que algum dia acharam aceitável invadir território alheio, obviamente.
A Rússia (...) segue uma linha de colonização antiga. Os autóctones são obrigados a abandonar as suas regiões e a deslocar-se em massa. São alvo de purgas e substituídos por russos. Os que ficam são assimilados, ou seja, russificados. A história e a cultura da região são suplantadas pela mitologia do conquistador.
O melhor deste livro, no entanto, é a perspectiva de Sofi Oksanen, como mulher, como habitante do leste da Europa, como herdeira do trauma intergeracional da população estónia e, sobretudo, como autora pós-colonial.
Talvez o imperialismo russo seja finalmente considerado um assunto tão importante noutras partes do mundo quanto na Europa do Leste. Talvez a Europa do Leste deixe de ser vista apenas como um exótico “nenhures da Rússia”. Talvez a lente deformadora do exotismo e do orientalismo ocidental tenha sido finalmente posta de parte. Para isso, foi necessária a corajosa resistência do povo ucraniano. Nessa resistência, ouço a voz da minha tia-avó.
Recuando aos tempos da defunta URSS, Oksanen fala-nos da sua tia-avó estónia que, depois de uma noite inteira de interrogatórios, deixou de falar para sempre e de como o Ocidente sempre teve dois pesos e duas medidas quando se tratou de punir a Alemanha de Hitler e a Rússia de Estaline. Com base na experiência dessa sua parente, abre de imediato as hostes falando da violação como arma de guerra.
Após duas semanas após o início da ofensiva, foi solicitado à organização feminina lituana Lygiai que enviasse testes de violação para a Ucrânia. A fundadora e presidente (…) ficou estupefacta com a rapidez com o que o pedido chegou. Os voluntários imediatamente lançaram mão sobre os stocks de pílulas do dia seguinte disponíveis nas farmácias da Lituânia e enviaram tudo o que puderam.
Igualmente chocante é saber que muitas das mães e companheiras dos soldados russos apoiam este comportamento, pois devido a uma lavagem cerebral e a uma longa tradição de desumanização do inimigo, o roubo e a humilhação são aceites e vistos até como troféus.
Nem todos os soldados do mundo recebem, quando estão na linha da frente, chamadas telefónicas das mães e das mulheres pedindo-lhes que enviem as máquinas de lavar das mães do bairro. (…) Num mundo assim, é perfeitamente normal que um soldado russo invada uma casa de uma ucraniana, reviste o seu guarda-roupa e telefone à namorada a perguntar que tamanho de copa usa. (…) Para ela trata-se de um presente, não de algo mórbido.
Se a propaganda é “a morte do significado”, não espanta que a sistemática demonização do Ocidente e de tudo o que dele vem, como o feminismo, seja considerado terrorismo.
A Rússia é um exemplo clássico de um Estado autoritário assente num regime patriarcal, que restringe os direitos das mulheres regulando a procriação, flexibilizando a legislação relativa à violência sexual e à violência doméstica, impedindo as mulheres de acederem a cargos políticos importantes, limitando a sua participação na vida pública e reforçando papéis hierárquicos tradicionais em que as mulheres são inferiores aos homens.
Ler “A Guerra de Putin Contra as Mulheres” é passar da repulsa, à indignação, da incredulidade ao nojo em subcapítulos com títulos tão explícitos como “O pacote de maternidade russo”, “As mulheres farão mais pessoas”, “Carne para Canhão”, “Crimnésia”, “As Deportações” e “Ensino”. Este livro que está evidentemente proibido na Rússia, e é uma mini-enciclopédia sobre o Homo putinicus que, apesar do cenário negro, deixa uma mensagem de esperança:
Lembremo-nos de que ninguém poderia imaginar que o presidente sérvio Slobodan Milosevic viria a ser chamado a responder por crimes de guerra em Haia. No entanto, foi exactamente isso que aconteceu.
O bebé afogado no Mediterrâneo, a menina com napalm, o urso-polar à deriva: estas são imagens que mudam mentalidades. Porém, para as vítimas de violação na guerra, a fotografia marcante ainda não foi tirada ou, se foi, não foi publicada. Continuo à espera do dia em que teremos uma imagem chocante na primeira página, como uma caixa de Viagra aberta recolhida no local do crime. Contudo, não é certo que isso venha a acontecer. Porque é demasiado perturbador. Porque é mais fácil desviar o olhar. Porque a violência sexual e a impunidade ainda são possíveis.
Nesta fase em que se leio não resenho e se resenho não leio, preciso de empurrões para me sentar à secretária e pôr a escrita em dia. Três anos – TRÊS – de invasão da Ucrânia por Putin parece-me a altura ideal, para mais quando se juntou à festa o bobo americano da propaganda.
A tática é herdada do departamento de desinformação do KGB, que seguia à risca a doutrina de Lenine: “O inimigo mais forte só pode ser derrotado se nos concentrarmos com cuidado e a máxima cautela, minúcia e habilidade, na discórdia que existe dentro dele… por mais pequena que seja… para dela tirar partido.
Este é um livro simultaneamente acessível e complexo, com ideias por vezes repetidas e, outras vezes, ligeiramente forçadas, mas que fornece muito alimento para o cérebro, um extenso contexto para compreender não só a mente doente de Putin mas toda a mentalidade doentia de um povo com vetustas ambições expansionistas. Doentia como a de todas as nações que algum dia acharam aceitável invadir território alheio, obviamente.
A Rússia (...) segue uma linha de colonização antiga. Os autóctones são obrigados a abandonar as suas regiões e a deslocar-se em massa. São alvo de purgas e substituídos por russos. Os que ficam são assimilados, ou seja, russificados. A história e a cultura da região são suplantadas pela mitologia do conquistador.
O melhor deste livro, no entanto, é a perspectiva de Sofi Oksanen, como mulher, como habitante do leste da Europa, como herdeira do trauma intergeracional da população estónia e, sobretudo, como autora pós-colonial.
Talvez o imperialismo russo seja finalmente considerado um assunto tão importante noutras partes do mundo quanto na Europa do Leste. Talvez a Europa do Leste deixe de ser vista apenas como um exótico “nenhures da Rússia”. Talvez a lente deformadora do exotismo e do orientalismo ocidental tenha sido finalmente posta de parte. Para isso, foi necessária a corajosa resistência do povo ucraniano. Nessa resistência, ouço a voz da minha tia-avó.
Recuando aos tempos da defunta URSS, Oksanen fala-nos da sua tia-avó estónia que, depois de uma noite inteira de interrogatórios, deixou de falar para sempre e de como o Ocidente sempre teve dois pesos e duas medidas quando se tratou de punir a Alemanha de Hitler e a Rússia de Estaline. Com base na experiência dessa sua parente, abre de imediato as hostes falando da violação como arma de guerra.
Após duas semanas após o início da ofensiva, foi solicitado à organização feminina lituana Lygiai que enviasse testes de violação para a Ucrânia. A fundadora e presidente (…) ficou estupefacta com a rapidez com o que o pedido chegou. Os voluntários imediatamente lançaram mão sobre os stocks de pílulas do dia seguinte disponíveis nas farmácias da Lituânia e enviaram tudo o que puderam.
Igualmente chocante é saber que muitas das mães e companheiras dos soldados russos apoiam este comportamento, pois devido a uma lavagem cerebral e a uma longa tradição de desumanização do inimigo, o roubo e a humilhação são aceites e vistos até como troféus.
Nem todos os soldados do mundo recebem, quando estão na linha da frente, chamadas telefónicas das mães e das mulheres pedindo-lhes que enviem as máquinas de lavar das mães do bairro. (…) Num mundo assim, é perfeitamente normal que um soldado russo invada uma casa de uma ucraniana, reviste o seu guarda-roupa e telefone à namorada a perguntar que tamanho de copa usa. (…) Para ela trata-se de um presente, não de algo mórbido.
Se a propaganda é “a morte do significado”, não espanta que a sistemática demonização do Ocidente e de tudo o que dele vem, como o feminismo, seja considerado terrorismo.
A Rússia é um exemplo clássico de um Estado autoritário assente num regime patriarcal, que restringe os direitos das mulheres regulando a procriação, flexibilizando a legislação relativa à violência sexual e à violência doméstica, impedindo as mulheres de acederem a cargos políticos importantes, limitando a sua participação na vida pública e reforçando papéis hierárquicos tradicionais em que as mulheres são inferiores aos homens.
Ler “A Guerra de Putin Contra as Mulheres” é passar da repulsa, à indignação, da incredulidade ao nojo em subcapítulos com títulos tão explícitos como “O pacote de maternidade russo”, “As mulheres farão mais pessoas”, “Carne para Canhão”, “Crimnésia”, “As Deportações” e “Ensino”. Este livro que está evidentemente proibido na Rússia, e é uma mini-enciclopédia sobre o Homo putinicus que, apesar do cenário negro, deixa uma mensagem de esperança:
Lembremo-nos de que ninguém poderia imaginar que o presidente sérvio Slobodan Milosevic viria a ser chamado a responder por crimes de guerra em Haia. No entanto, foi exactamente isso que aconteceu.
February 25, 2025
September 22, 2024 Update I see that the English translation Same River, Twice: Putin's War on Women from the original Finnish language by Owen F. Witesman is now listed on Goodreads and is to be published by HarperVia on March 4, 2025.
Into the Same River. Putin's War Against Women
Review of the Varrak hardcover edition (April 11, 2024) translated into Estonian by Ave Leek from the Finnish language original Samaan virtaan: Putinin sota naisia vastaan (October 4, 2023).
I'm writing this review in English although I read the Estonian edition. Oksanen did say on X (formerly Twitter) that an English translation was in the works, but at the Salomonsson Literary Agency no publisher is yet listed, so publication may be several months away. See below under Links for an extended English language excerpt though, which begins at the sub-chapter 1.2 section in the book format.
Although centering on the current Ukrainian War, Oksanen's premise extends not only to Russia's subjugation of women, and by extension to all minorities of races and genders which it sees as questioning its patriarchal, imperial colonial rule and aspirations. Oksanen's own family history of her mixed Finnish-Estonian parentage comes into play as she reveals that it was the imprisonment and rape of a great-aunt on her Estonian side during the Russian communist invasion which inspired her to begin writing the currently unfinished Estonian Quartet, with the work Puhdistus (Finnish 2008) translated into English as Purge (2010) representing a striking back.
Oksanen provides documentation and links to the various sources which document Russia's war crimes in the Ukrainian conflict. Extensive footnotes with url addresses link to the source material of articles and studies. Individual cases (often with protected identities) provide horrendous personal accounts. The Estonian cover design emphasizes the brutality with a collage of ripped paper cutouts of a bruised woman's face as if tied together with red string. This better signals the book content than the more prettified blue and yellow floral design of the original Finnish edition. Although even there the corona of flames symbolizes the trauma.
The lead title and the epigraph is a bit of an enigma. I didn't notice it being discussed further in the book. I would interpret it as Russia proceeding as it has always done, i.e. stepping into what it thinks is the same river. But it doesn't realize that it is not the same river and that the world is not going to continue to accept its terrorism and territorial claims as it might once have done. The hope being that Ukraine will remain free and that Russia's ingrained regime of terror (which goes back as far as Catherine the Great, Ivan the Terrible, etc.) and threat to free, independent countries on its borders will end one day.
Trivia and Links
See review excerpts and translation updates (in English) at the Salomonsson Agency here.
An early excerpt in English was published online at UpNorth.eu which you can read at Putin's War Against Women, October 24, 2022.
Into the Same River. Putin's War Against Women
Review of the Varrak hardcover edition (April 11, 2024) translated into Estonian by Ave Leek from the Finnish language original Samaan virtaan: Putinin sota naisia vastaan (October 4, 2023).
No man ever steps in the same river twice, for it's not the same river. - quote from Heraclitus (c535-c475 BCE), used as the epigraph for "Into the Same River. Putin's War Against Women" by Sofi Oksanen.
I'm writing this review in English although I read the Estonian edition. Oksanen did say on X (formerly Twitter) that an English translation was in the works, but at the Salomonsson Literary Agency no publisher is yet listed, so publication may be several months away. See below under Links for an extended English language excerpt though, which begins at the sub-chapter 1.2 section in the book format.
Although centering on the current Ukrainian War, Oksanen's premise extends not only to Russia's subjugation of women, and by extension to all minorities of races and genders which it sees as questioning its patriarchal, imperial colonial rule and aspirations. Oksanen's own family history of her mixed Finnish-Estonian parentage comes into play as she reveals that it was the imprisonment and rape of a great-aunt on her Estonian side during the Russian communist invasion which inspired her to begin writing the currently unfinished Estonian Quartet, with the work Puhdistus (Finnish 2008) translated into English as Purge (2010) representing a striking back.
Oksanen provides documentation and links to the various sources which document Russia's war crimes in the Ukrainian conflict. Extensive footnotes with url addresses link to the source material of articles and studies. Individual cases (often with protected identities) provide horrendous personal accounts. The Estonian cover design emphasizes the brutality with a collage of ripped paper cutouts of a bruised woman's face as if tied together with red string. This better signals the book content than the more prettified blue and yellow floral design of the original Finnish edition. Although even there the corona of flames symbolizes the trauma.
The lead title and the epigraph is a bit of an enigma. I didn't notice it being discussed further in the book. I would interpret it as Russia proceeding as it has always done, i.e. stepping into what it thinks is the same river. But it doesn't realize that it is not the same river and that the world is not going to continue to accept its terrorism and territorial claims as it might once have done. The hope being that Ukraine will remain free and that Russia's ingrained regime of terror (which goes back as far as Catherine the Great, Ivan the Terrible, etc.) and threat to free, independent countries on its borders will end one day.
Trivia and Links
See review excerpts and translation updates (in English) at the Salomonsson Agency here.
An early excerpt in English was published online at UpNorth.eu which you can read at Putin's War Against Women, October 24, 2022.
February 19, 2024
Onko ajankohtaisempaa ja tärkeämpää kirjaa olemassakaan kuin tämä Sofi Oksasen Samaan virtaan - Putinin sota naisia vastaan? Venäjän "ultranationalismi" elää
imperialismin illuusiosta, ja perustuu näkemykselle, että kaikki ei-venäläiset ovat fasisteja, jotka vainoavat venäläisiä. Kummallinen harha, joka melkein naurattaisi, jos ei olisi kuolemaksi kokonaisille kansoille tai Putinin diktatuuria vastustaville venäläisille itselleen.
Miten putinismia voi vastustaa Venäjän rajojen ulkopuolellakaan, kun se syöttää aktiivisesti trollitehtailulla eripuraa länsimaisiin demokratioihin? Ainut keino on demokratian ja tasa-arvoisen yhteiskunnan vahvistaminen. Homofobiaa, misogyniaa ja rasismia pitää vastustaa, ihmisten taloudellista eriarvoisuutta poistaa aktiivisesti. Kaikki demokratiaa heikentävä toiminta ja retoriikka sataa itänaapurin laariin.
Oksanen tietää, mistä puhuu. Kesken kirjan lukemisen kuulin uutisen Navalnyin kuolemasta. Vähän aikaa tuijotin epäuskoisesti hänen kuvaansa kännykän ruudussa. Taas yksi uhri lisää Venäjän suurvaltailluusiossa, jossa, kuten Oksanen tietää, ihmishenki ei ole minkään arvoinen.
imperialismin illuusiosta, ja perustuu näkemykselle, että kaikki ei-venäläiset ovat fasisteja, jotka vainoavat venäläisiä. Kummallinen harha, joka melkein naurattaisi, jos ei olisi kuolemaksi kokonaisille kansoille tai Putinin diktatuuria vastustaville venäläisille itselleen.
Miten putinismia voi vastustaa Venäjän rajojen ulkopuolellakaan, kun se syöttää aktiivisesti trollitehtailulla eripuraa länsimaisiin demokratioihin? Ainut keino on demokratian ja tasa-arvoisen yhteiskunnan vahvistaminen. Homofobiaa, misogyniaa ja rasismia pitää vastustaa, ihmisten taloudellista eriarvoisuutta poistaa aktiivisesti. Kaikki demokratiaa heikentävä toiminta ja retoriikka sataa itänaapurin laariin.
Oksanen tietää, mistä puhuu. Kesken kirjan lukemisen kuulin uutisen Navalnyin kuolemasta. Vähän aikaa tuijotin epäuskoisesti hänen kuvaansa kännykän ruudussa. Taas yksi uhri lisää Venäjän suurvaltailluusiossa, jossa, kuten Oksanen tietää, ihmishenki ei ole minkään arvoinen.
Read
July 30, 2025Na história da humanidade, a paz é uma anomalia.
Não foi sem razão que se passaram já vários dias desde que acabei esta leitura e as palavras teimavam em faltar. Claro que já esperava ficar chocada e revoltada - e estou a fazer um esforço para me manter longe de palavras como repugnada ou nauseada, embora sejam perfeitamente adequadas -, e A guerra de Putin contra as mulheres provocou exatamente essas reações: de violência psicológica e física, a algo que transcende tudo isso (falo em práticas comuns nesta guerra, como a castração, ou a violação em grupo, para mencionar duas das mais aviltantes e gráficas), há nestes relatos material suficiente para considerarmos os atos que acompanham a invasão da Ucrânia como crimes de guerra ao nível daqueles perpetrados na Segunda Guerra Mundial. Mas há, subjacente a tudo isto, uma questão maior que me estava a roubar da vontade de sequer rever esta leitura, uma questão que eu não reconhecia, subjacente à realidade que aqui se descreve: uma lacuna no meu próprio conhecimento do que pode levar a crimes de guerra e ao genocídio, na Europa, em pleno século XXI.
A Rússia surpreendeu o Ocidente porque a experiência histórica da Europa de Leste não era considerada suficientemente importante no Ocidente. Não era vista como parte da história global da Europa.
Com este curtíssimo parágrafo, e em meia dúzia de palavras, Oksanen desarmou-me por completo. Apontando o dedo à minha ignorância cúmplice, mostrou-me como é fácil, perante o discurso instituído (falamos de política, mas também de história e de cultura, seja a de museus, da TV, da escola etc) deixarmo-nos alimentar por falácias, incongruências, e, o que é pior, pelo desconhecimento.
Assim se explica que também a mim, como a muitos de nós, a Ucrânia tenha parecido incauta em contestar o domínio russo, louca em se lhe opor, e miraculosa em lhe resistir até agora.
Quando vista através dos olhos do colonizador, a identidade de um povo e a sua luta pela independência tornam-se invisíveis. O racismo russo em relação aos ucranianos e o tratamento inferiorizante de que são alvo reforçaram a imagem que Moscovo tinha dos ucranianos como seres submissos e incapazes de resistir. No imaginário russo, a Ucrânia, mas também a Polónia e os outros países bálticos, são considerados invenções de povos pequenos, emotivos e histéricos. Daí a surpresa perante a resistência ucraniana, também sentida no Ocidente.
E o que é mais, a Ucrânia nunca constou dos países que imaginasse ter como prioridades a igualdade de género (sobretudo em tempos de guerra). No entanto, ela aí está a assinar vários acordos internacionais e a adotar tratados sobre direitos humanos e empoderamento feminino, contra a descriminação. E, ao passo em que o faz, o regime de Putin já está noutro patamar e não debate ninharias destas. Aquele que foi o primeiro Estado europeu (ainda Império Russo] a criminalizar a violência doméstica e o terceiro estado do mundo [já URSS] a conceder o direito de voto às mulheres, entre muitas outras prerrogativas então vanguardistas, como o direito ao aborto, está agora em inversão de marcha. E para combater a alteralidade que as mulheres (e as minorias) representam, o exército russo recorre à sua repressão física através do trauma e do medo - não necessariamente apenas em território ocupado:
A Rússia usa a mesma arma geração após geração, e pelas mesmas razões: desonrar a vítima, esmagar a resistência e afirmar a sua posição dominante, sendo cada caso de violência sexual um aviso dissuasor para as nações ocupadas.
E fá-lo sobretudo porque, e isto não deve espantar ninguém, é um método barato e eficaz (sempre o foi) de manter um regime de opressão patriarcal, colonialista e bélico:
As primeiras manchetes sobre os crimes de guerra na primavera de 2022 chocaram o mundo. Na altura, perguntámo-nos: quem são realmente estes russos? Uma pessoa que me segue no Twitter escreveu: «Não consigo perceber porque é que a Rússia está a bombardear maternidades e a violar civis na Ucrânia. Porque é que estão a fazer isto? Alguém compreende?» Uma resposta simples é que o exército russo tem uma capacidade de combate limitada. É mais fácil atacar alvos imóveis, e a violação não requer competência de combate ou equipamento militar sofisticado. A violência sexual é cometida nas casas das vítimas, em locais públicos e em caves, em centros de detenção ilegais ou em campos de filtragem.(...)A violência sexual é uma das armas mais antigas do mundo. Eficaz, suprageracional no impacto que provoca, não requer gestão logística, manutenção técnica ou modernização.
Mas o regime supera essa violência já bem conhecida de forma ainda mais chocante, deixando nas mãos de outras mulheres o culto de um modelo de família patriarcal e xenófobo. A desumanização faz-se a um nível endémico. Assim se "explica" que as mães, irmãs ou mulheres dos soldados russos sancionem as violações, os roubos, as torturas, a humilhação de outras mulheres, sendo "outras" a palavra de ordem aqui:
A violência sexual traumatiza, destrói famílias e comunidades inteiras ao longo de gerações, perturba a estrutura demográfica. É por isso que é um instrumento de dominação tão prezado e é por isso que a Rússia faz questão de usar esta arma ancestral. No caso da Ucrânia, pode colocar-se a questão de também ser um instrumento de genocídio.
A desumanização, e desumanização é um dos conceitos mais repetidos por Oksanen neste trabalho, é aquilo que melhor explica a guerra genocida movida pela ambição colonialista. Mulheres, gay, ucranianos, polacos, finlandeses etc etc são epítetos que se resumem, no vocabulário russo, a coisas. E as pistas de um regime desumanizante estão todas lá e há gatilhos inevitáveis: misoginia, cultura familiar, supressão de individualidade, discurso xenófobo e apagamento da memória:
Através das notícias, o mundo inteiro assistiu à ação das tropas russas a arrasarem cidades. As cidades estão cheias de casas, e essas estão naturalmente cheias de memórias e recordações. Nenhuma memória é considerada totalmente insignificante para o ocupante. Uma só fotografia, um só relato, pode preservar a história de toda uma família. É por isso que a Rússia não se limita a pilhar coleções de arte. As fotografias privadas são igualmente perigosas, pois preservam memórias que precisam de ser erradicadas. Preservam a memória dos crimes russos e da Ucrânia como nação independente.
No meio de mais um êxodo, no meio de mais uma guerra, a Ucrânia continua a fazer história. Em mãos com um adversário que não conhece regras, consegue fazer história de resistência, de coragem e de igualdade:
Em março de 2023, mais de 60 500 mulheres prestavam serviço nas forças de defesa ucranianas e o serviço militar feminino transformou radicalmente o exército ucraniano. Graças à participação feminina, o exército do país tem o potencial de se tornar o mais igualitário do mundo, um modelo em grande escala. Este facto é importante para todas as mulheres e raparigas do planeta porque quanto mais mulheres houver nas Forças Armadas, menor será o assédio sexual. Por outro lado, quanto mais mulheres houver entre os soldados, menor será a violência sexual nas zonas de conflito.
Da Ucrânia aos bálticos, e daí à restante Europa há apenas um entrave, o muro alemão (e a palavra é jogada aqui propositadamente) que, como sabemos, força uma divisão simbólica - e física - entre ocidente e leste no que respeita a ideias de Civilização, Instituição, União e Proteção (chavões que vão perdendo sentido à medida que nos isolamos). No momento em que esse muro for ameaçado, já não mais teremos receio de mobilizar vidas, de jogar o jogo do azar, de recorrer a dissuasoēs nucleares. Até lá, se nada mudar, continuaremos a viver com os relatos de crimes de guerra, e com o regredir civilizacional em que esta guerra (e todas as outras) nos mergulham. Uma realidade que, de tão dantesca, nos parece irreal.
Oksanen não poupa os seus leitores a essa realidade, e fá-lo com todo o direito e razão. A nossa tomada de consciência é fundamental, e se tiver de passar por uma admissão de ignorância, que o seja. Se não pelos outros, por nós.
A guerra mata pelas mãos dos indiferentes / E até mesmo pelas do piedoso passivo.
Halyna Kruk, Não à Guerra (2023)
Não foi sem razão que se passaram já vários dias desde que acabei esta leitura e as palavras teimavam em faltar. Claro que já esperava ficar chocada e revoltada - e estou a fazer um esforço para me manter longe de palavras como repugnada ou nauseada, embora sejam perfeitamente adequadas -, e A guerra de Putin contra as mulheres provocou exatamente essas reações: de violência psicológica e física, a algo que transcende tudo isso (falo em práticas comuns nesta guerra, como a castração, ou a violação em grupo, para mencionar duas das mais aviltantes e gráficas), há nestes relatos material suficiente para considerarmos os atos que acompanham a invasão da Ucrânia como crimes de guerra ao nível daqueles perpetrados na Segunda Guerra Mundial. Mas há, subjacente a tudo isto, uma questão maior que me estava a roubar da vontade de sequer rever esta leitura, uma questão que eu não reconhecia, subjacente à realidade que aqui se descreve: uma lacuna no meu próprio conhecimento do que pode levar a crimes de guerra e ao genocídio, na Europa, em pleno século XXI.
A Rússia surpreendeu o Ocidente porque a experiência histórica da Europa de Leste não era considerada suficientemente importante no Ocidente. Não era vista como parte da história global da Europa.
Com este curtíssimo parágrafo, e em meia dúzia de palavras, Oksanen desarmou-me por completo. Apontando o dedo à minha ignorância cúmplice, mostrou-me como é fácil, perante o discurso instituído (falamos de política, mas também de história e de cultura, seja a de museus, da TV, da escola etc) deixarmo-nos alimentar por falácias, incongruências, e, o que é pior, pelo desconhecimento.
Assim se explica que também a mim, como a muitos de nós, a Ucrânia tenha parecido incauta em contestar o domínio russo, louca em se lhe opor, e miraculosa em lhe resistir até agora.
Quando vista através dos olhos do colonizador, a identidade de um povo e a sua luta pela independência tornam-se invisíveis. O racismo russo em relação aos ucranianos e o tratamento inferiorizante de que são alvo reforçaram a imagem que Moscovo tinha dos ucranianos como seres submissos e incapazes de resistir. No imaginário russo, a Ucrânia, mas também a Polónia e os outros países bálticos, são considerados invenções de povos pequenos, emotivos e histéricos. Daí a surpresa perante a resistência ucraniana, também sentida no Ocidente.
E o que é mais, a Ucrânia nunca constou dos países que imaginasse ter como prioridades a igualdade de género (sobretudo em tempos de guerra). No entanto, ela aí está a assinar vários acordos internacionais e a adotar tratados sobre direitos humanos e empoderamento feminino, contra a descriminação. E, ao passo em que o faz, o regime de Putin já está noutro patamar e não debate ninharias destas. Aquele que foi o primeiro Estado europeu (ainda Império Russo] a criminalizar a violência doméstica e o terceiro estado do mundo [já URSS] a conceder o direito de voto às mulheres, entre muitas outras prerrogativas então vanguardistas, como o direito ao aborto, está agora em inversão de marcha. E para combater a alteralidade que as mulheres (e as minorias) representam, o exército russo recorre à sua repressão física através do trauma e do medo - não necessariamente apenas em território ocupado:
A Rússia usa a mesma arma geração após geração, e pelas mesmas razões: desonrar a vítima, esmagar a resistência e afirmar a sua posição dominante, sendo cada caso de violência sexual um aviso dissuasor para as nações ocupadas.
E fá-lo sobretudo porque, e isto não deve espantar ninguém, é um método barato e eficaz (sempre o foi) de manter um regime de opressão patriarcal, colonialista e bélico:
As primeiras manchetes sobre os crimes de guerra na primavera de 2022 chocaram o mundo. Na altura, perguntámo-nos: quem são realmente estes russos? Uma pessoa que me segue no Twitter escreveu: «Não consigo perceber porque é que a Rússia está a bombardear maternidades e a violar civis na Ucrânia. Porque é que estão a fazer isto? Alguém compreende?» Uma resposta simples é que o exército russo tem uma capacidade de combate limitada. É mais fácil atacar alvos imóveis, e a violação não requer competência de combate ou equipamento militar sofisticado. A violência sexual é cometida nas casas das vítimas, em locais públicos e em caves, em centros de detenção ilegais ou em campos de filtragem.(...)A violência sexual é uma das armas mais antigas do mundo. Eficaz, suprageracional no impacto que provoca, não requer gestão logística, manutenção técnica ou modernização.
Mas o regime supera essa violência já bem conhecida de forma ainda mais chocante, deixando nas mãos de outras mulheres o culto de um modelo de família patriarcal e xenófobo. A desumanização faz-se a um nível endémico. Assim se "explica" que as mães, irmãs ou mulheres dos soldados russos sancionem as violações, os roubos, as torturas, a humilhação de outras mulheres, sendo "outras" a palavra de ordem aqui:
A violência sexual traumatiza, destrói famílias e comunidades inteiras ao longo de gerações, perturba a estrutura demográfica. É por isso que é um instrumento de dominação tão prezado e é por isso que a Rússia faz questão de usar esta arma ancestral. No caso da Ucrânia, pode colocar-se a questão de também ser um instrumento de genocídio.
A desumanização, e desumanização é um dos conceitos mais repetidos por Oksanen neste trabalho, é aquilo que melhor explica a guerra genocida movida pela ambição colonialista. Mulheres, gay, ucranianos, polacos, finlandeses etc etc são epítetos que se resumem, no vocabulário russo, a coisas. E as pistas de um regime desumanizante estão todas lá e há gatilhos inevitáveis: misoginia, cultura familiar, supressão de individualidade, discurso xenófobo e apagamento da memória:
Através das notícias, o mundo inteiro assistiu à ação das tropas russas a arrasarem cidades. As cidades estão cheias de casas, e essas estão naturalmente cheias de memórias e recordações. Nenhuma memória é considerada totalmente insignificante para o ocupante. Uma só fotografia, um só relato, pode preservar a história de toda uma família. É por isso que a Rússia não se limita a pilhar coleções de arte. As fotografias privadas são igualmente perigosas, pois preservam memórias que precisam de ser erradicadas. Preservam a memória dos crimes russos e da Ucrânia como nação independente.
No meio de mais um êxodo, no meio de mais uma guerra, a Ucrânia continua a fazer história. Em mãos com um adversário que não conhece regras, consegue fazer história de resistência, de coragem e de igualdade:
Em março de 2023, mais de 60 500 mulheres prestavam serviço nas forças de defesa ucranianas e o serviço militar feminino transformou radicalmente o exército ucraniano. Graças à participação feminina, o exército do país tem o potencial de se tornar o mais igualitário do mundo, um modelo em grande escala. Este facto é importante para todas as mulheres e raparigas do planeta porque quanto mais mulheres houver nas Forças Armadas, menor será o assédio sexual. Por outro lado, quanto mais mulheres houver entre os soldados, menor será a violência sexual nas zonas de conflito.
Da Ucrânia aos bálticos, e daí à restante Europa há apenas um entrave, o muro alemão (e a palavra é jogada aqui propositadamente) que, como sabemos, força uma divisão simbólica - e física - entre ocidente e leste no que respeita a ideias de Civilização, Instituição, União e Proteção (chavões que vão perdendo sentido à medida que nos isolamos). No momento em que esse muro for ameaçado, já não mais teremos receio de mobilizar vidas, de jogar o jogo do azar, de recorrer a dissuasoēs nucleares. Até lá, se nada mudar, continuaremos a viver com os relatos de crimes de guerra, e com o regredir civilizacional em que esta guerra (e todas as outras) nos mergulham. Uma realidade que, de tão dantesca, nos parece irreal.
Oksanen não poupa os seus leitores a essa realidade, e fá-lo com todo o direito e razão. A nossa tomada de consciência é fundamental, e se tiver de passar por uma admissão de ignorância, que o seja. Se não pelos outros, por nós.
A guerra mata pelas mãos dos indiferentes / E até mesmo pelas do piedoso passivo.
Halyna Kruk, Não à Guerra (2023)
March 3, 2024
Wenn du nur ein Buch dieses Jahr liest, dann dieses!!!
September 28, 2025
Powerful exploration of the relationship between Russian imperialism and misogyny that highlights the West’s lack of awareness of Russia’s colonial past and present. Oksanen combines reflections from her Finnish-Estonian family history and own experiences with an exploration of the sexual violence perpetuated in the Russian invasion of Ukraine, while also ranging across historical and contemporary events in Russia. She makes the case that what may seem surprising or perplexing in the West has deep, readily recognizable roots to people who’ve experienced Russian colonialism before. In addition, the West underestimates Russia under Putin at its peril, as it combines skills in fomenting division inherited from the Soviet Union with modern technological savvy.
I found the structure rather messy, reflecting how much Oksanen is trying to do in a slim volume with the fact that the book grew from what was initially a speech. But it was a really valuable read and, while essayistic, felt quite rigorous and was endnoted. Among the most useful takeaways for me was her discussion of why Russia refers to its invasion of Ukraine as “denazification.” Rather than being simply odd and a bit laughable, it harks back to a long history in Russia of labelling the objects of its colonial and Russification efforts as fascists (including Estonians when colonized by the USSR), and understanding the Second World War as the Great Patriotic War, with Russia’s victory the central narrative (and the Holocaust accordingly sidelined). This was so helpful to understand. Reading a little about the colonization of Siberia - which I knew nothing about - was also eye-opening. I will note that the brief descriptions of sexual brutality against both women and men were very difficult to read. 4.5.
I found the structure rather messy, reflecting how much Oksanen is trying to do in a slim volume with the fact that the book grew from what was initially a speech. But it was a really valuable read and, while essayistic, felt quite rigorous and was endnoted. Among the most useful takeaways for me was her discussion of why Russia refers to its invasion of Ukraine as “denazification.” Rather than being simply odd and a bit laughable, it harks back to a long history in Russia of labelling the objects of its colonial and Russification efforts as fascists (including Estonians when colonized by the USSR), and understanding the Second World War as the Great Patriotic War, with Russia’s victory the central narrative (and the Holocaust accordingly sidelined). This was so helpful to understand. Reading a little about the colonization of Siberia - which I knew nothing about - was also eye-opening. I will note that the brief descriptions of sexual brutality against both women and men were very difficult to read. 4.5.
March 30, 2025
I bristled a little when I first saw the title of this book - 'Putin's war against women' - because it is Ukrainian *men* who are forced to remain in the country and fight against conscripted Russian *men* while Ukrainian women are allowed to leave the country. Making this into a 'war against women' would feel like a myopic skewing of reality.
Such was, however, not at all the case with this book, as I hoped after having read three of her novels. Women are the main focus of the book, but male victims and the suffering of men is neither forgotten, downplayed, or treated as an afterthought. She gives plentiful examples of how both Ukrainian men AND women are both subjected to rape and sexual violence at the hands of the Russian invaders. Nor does she portray the women involved in the conflict as helpless victims of male oppression, but rather Russian women are shown to be equally complicit in the war in Ukraine. Russian women even send their men to war so they can get money from the government and encourage their men to rape Ukrainian women. The author goes to great lengths to get across the point 'sexual violence is not a women's issue: it is a human issue'.
As such, the book is a detailed, varied, authoritative, and nuanced exploration of all the ways in which Putin's Russia is taking a leaf out of the Soviet Union's book and doing everything it can to reinstate its lost empire. Russia is doing this by silencing women and erasing their experiences from public life, using sexual violence to destroy communities and entire populations, and continuing six centuries of colonialism, oppression, and genocide.
Such was, however, not at all the case with this book, as I hoped after having read three of her novels. Women are the main focus of the book, but male victims and the suffering of men is neither forgotten, downplayed, or treated as an afterthought. She gives plentiful examples of how both Ukrainian men AND women are both subjected to rape and sexual violence at the hands of the Russian invaders. Nor does she portray the women involved in the conflict as helpless victims of male oppression, but rather Russian women are shown to be equally complicit in the war in Ukraine. Russian women even send their men to war so they can get money from the government and encourage their men to rape Ukrainian women. The author goes to great lengths to get across the point 'sexual violence is not a women's issue: it is a human issue'.
As such, the book is a detailed, varied, authoritative, and nuanced exploration of all the ways in which Putin's Russia is taking a leaf out of the Soviet Union's book and doing everything it can to reinstate its lost empire. Russia is doing this by silencing women and erasing their experiences from public life, using sexual violence to destroy communities and entire populations, and continuing six centuries of colonialism, oppression, and genocide.
April 6, 2025
Dass Sofi Oksanen richtig gute Romane schreibt, dürfte bekannt sein (Hundepark), jetzt durfte ich sie auch endlich mal als Essayistin kennenlernen. Ihre ausführlichen Nachworte und politischen Aussagen, auch auf Social Media, haben mir da schon einen guten Eindruck vermittelt, der sich hier fortsetzt. Dieses Buch ist richtig, richtig gut, weil es nicht nur das hält, was der Titel verspricht, nämlich Frauenhass und Gewalt gegen Frauen und Minderheiten als Putins Kriegstaktik plus so viel mehr bezüglich struktureller, systematischer Misogynie in faschistischen und autoritären Regimen (shout out an Klaus Theweleit und seinen Klassiker Mannerfantasien: / Male Fantasies, wo immer es auch geht!), um Demokratien über Generationen hinweg zu schwächen.
Aber Oksanen packt noch diverse andere Themen drauf, die Lesenden einen exzellenten Hintergrund geben, um die Politik und Gesellschaft Russlands und somit auch die Hintergründe und "Erklärungen" von Putins Angriffskrieg auf die Ukraine besser zu verstehen ("alles Nazis!"). Eines davon ist die Kolonialgeschichte Russlands. Als Tochter einer Estin und eines Finnen hat Oksanen viele Sommer bei ihrer Großmutter in der Sowjetrepublik Estland verbracht - ein Volk, ein Land, eine Kultur, die zu dieser Zeit nicht sein durften. Oksanen hat also nicht nur exzellent recherchierte Infos, sondern kann auch eigene Erfahrungen nutzen, um die Parallelen zum aktuellen Krieg aufzuzeigen. Auch zur Zeit nach der Sowjetunion kann dieses Buch weitere Aspekte hinzufügen und eignet sich somit auch gut zur Ergänzung von Das Licht, das erlosch: Eine Abrechnung, in dem auch andere Osteuropäische Länder nach dem Fall des Eisernen Vorhangs beleuchtet wurden.
Für mich persönlich auch sehr spannend ist zudem der Fokus auf Russlands digitale Attacken aus den gleichen Gründen und zum gleichen Zweck. Auch hier hat Oksanen vorzüglich recherchiert und zitiert Beispiele, in denen digitale russische Interventionen (Fake News, Kampagnen, Trolle) demokratische Prozesse beeinflusst haben. Vieles wurde erst Jahre später bekannt und meist kaum beachtet, vermutlich war gerade irgendwo die nächste Krise ausgebrochen. Ich werde mir das Literaturverzeichnis nochmal zu Gemüte führen und mir die ein oder andere Primärquelle näher anschauen. Allein dafür hat sich das Buch schon gelohnt. Aber auch für alles andere. Unbedingte Empfehlung!
Mehr zum Buch in unserer ausführlichen Besprechung @ Papierstau Podcast: Hegemon vs. Pokémon
Aber Oksanen packt noch diverse andere Themen drauf, die Lesenden einen exzellenten Hintergrund geben, um die Politik und Gesellschaft Russlands und somit auch die Hintergründe und "Erklärungen" von Putins Angriffskrieg auf die Ukraine besser zu verstehen ("alles Nazis!"). Eines davon ist die Kolonialgeschichte Russlands. Als Tochter einer Estin und eines Finnen hat Oksanen viele Sommer bei ihrer Großmutter in der Sowjetrepublik Estland verbracht - ein Volk, ein Land, eine Kultur, die zu dieser Zeit nicht sein durften. Oksanen hat also nicht nur exzellent recherchierte Infos, sondern kann auch eigene Erfahrungen nutzen, um die Parallelen zum aktuellen Krieg aufzuzeigen. Auch zur Zeit nach der Sowjetunion kann dieses Buch weitere Aspekte hinzufügen und eignet sich somit auch gut zur Ergänzung von Das Licht, das erlosch: Eine Abrechnung, in dem auch andere Osteuropäische Länder nach dem Fall des Eisernen Vorhangs beleuchtet wurden.
Für mich persönlich auch sehr spannend ist zudem der Fokus auf Russlands digitale Attacken aus den gleichen Gründen und zum gleichen Zweck. Auch hier hat Oksanen vorzüglich recherchiert und zitiert Beispiele, in denen digitale russische Interventionen (Fake News, Kampagnen, Trolle) demokratische Prozesse beeinflusst haben. Vieles wurde erst Jahre später bekannt und meist kaum beachtet, vermutlich war gerade irgendwo die nächste Krise ausgebrochen. Ich werde mir das Literaturverzeichnis nochmal zu Gemüte führen und mir die ein oder andere Primärquelle näher anschauen. Allein dafür hat sich das Buch schon gelohnt. Aber auch für alles andere. Unbedingte Empfehlung!
Mehr zum Buch in unserer ausführlichen Besprechung @ Papierstau Podcast: Hegemon vs. Pokémon
March 30, 2024
Meget god og sterk bok. Interessant å lese frå ein forfatter som har familie som har stått midt oppi historien, og frå eit synspunkt som ikkje kjem så godt fram elles (er mitt inntrykk). Romanene til Sofi Oksanen må nå prioriteres.
February 15, 2025
Не думала, що книжка про російські злочини особливо мене здивує, але Оксанен написала справді потужну річ. Окрім, мізогінії як державної політики росії, авторка виважено й аргументовано розглядає безліч інших питань: розкладає на складові популярні російські міфи, як-от про "Велику Вітчизняну" війну чи особливу російську душу, аналізує як Кремль маніпулює словами й образами, як формує сучасного homo putinicus і чому для цього бореться з нацменшинами, фемінізмом і сексуальними меншинами, чому російська культура пронизана любов’ю до культури зеків і чому російські жінки підтримують зґвалтування, грабіж і тортури проти українців і українок.
Насправді, книжка в мене заліплена стікерами вся і жодного відгуку не вистачить переписати всі теми у відгук. Ще Оксанен багато порівнює досвід України та Естонії, наводить приклади країн Балтії — вона намагається показати хахвднлму читачеві, що проблема не в Україні чи якихось наших прагненнях, а проблема в імперії, яка не заспокоїться.
Одним словом, раджу. І якщо треба просвітити знайомих іноземців, шукайте англомовне видання і сміливо даруйте — це сміливий і відвертий погляд на росію
Насправді, книжка в мене заліплена стікерами вся і жодного відгуку не вистачить переписати всі теми у відгук. Ще Оксанен багато порівнює досвід України та Естонії, наводить приклади країн Балтії — вона намагається показати хахвднлму читачеві, що проблема не в Україні чи якихось наших прагненнях, а проблема в імперії, яка не заспокоїться.
Одним словом, раджу. І якщо треба просвітити знайомих іноземців, шукайте англомовне видання і сміливо даруйте — це сміливий і відвертий погляд на росію
April 3, 2024
Sofi Oksanen's book, ‘Putin's War Against Women’, delves into the brutal tactics employed by the Russian regime, particularly targeting women, drawing from her own family history that spans Finnish and Estonian heritage.
The importance of this book lies in its fearless examination of Putin's regime, revealing the insidious ways in which misogyny and sexual violence are wielded as tools of oppression and conquest. By documenting instances of sexual violence perpetrated by Russian forces in Ukraine, Oksanen brings attention to the horrors faced by civilians, especially women, in conflict zones.
Through meticulous research and analysis, Oksanen presents a damning indictment of Putin's Russia, highlighting the urgent need to address systemic violence against women and challenge authoritarian regimes.
The importance of this book lies in its fearless examination of Putin's regime, revealing the insidious ways in which misogyny and sexual violence are wielded as tools of oppression and conquest. By documenting instances of sexual violence perpetrated by Russian forces in Ukraine, Oksanen brings attention to the horrors faced by civilians, especially women, in conflict zones.
Through meticulous research and analysis, Oksanen presents a damning indictment of Putin's Russia, highlighting the urgent need to address systemic violence against women and challenge authoritarian regimes.
Read
November 4, 2024Vidrig men viktig läsning. Lärde mig jättemycket om sexuellt våld i krig och rysk kolonialism. Reagerade speciellt på hur hon beskriver sexuellt våld som ett "kostnadseffektivt" vapen - hur ingen annan typ av krigsföring kan skapa så bestående skador hos offren för en så låg kostnad för arméerna. Plus att soldaterna löper minimal risk att någonsin bli ställda till svars för det de gjort. Fyyy fan
June 14, 2025
nu e o carte confortabilă.
o să spui poate că ne ajung și femeile, și politica, și războaiele, și că las' că nu o să nu se întâmple nouă.
dacă trăiești în lumea asta, citește-o.
o să spui poate că ne ajung și femeile, și politica, și războaiele, și că las' că nu o să nu se întâmple nouă.
dacă trăiești în lumea asta, citește-o.
September 11, 2024
Volumul de non-ficțiune "De două ori în același râu", cu subtitlul "Războiul lui Putin împotriva femeilor" o califică pe Sofi Oksanen drept o eseistă valoroasă, fină cunoscătoare a realității politice și sociale a Rusiei și a statelor foste sovietice. Dacă în invadarea Ukrainei în 2022 s-a văzut și mai bine adevărata față a regimului nedemocratic al lui Putin și atrocitățile comise de soldații ruși (violuri, crime, deportări de copii etc), în politica mondială armatele de trolli ale GRU, cât și fideli plătiți ai regimului seamănă panică, învrăjbesc mișcări de activiști desfășurate în state democratice, luptă împotriva feminismului și egalității de gen și propagă misoginismul, ca mijloc de subminare a democrației.
Cartea este scrisă într-un limbaj accesibil, este bine documentată și extrem de convingătoare. Mie mi-a lămurit niște întrebări, drept pentru care v-o recomand.
Cartea este scrisă într-un limbaj accesibil, este bine documentată și extrem de convingătoare. Mie mi-a lămurit niște întrebări, drept pentru care v-o recomand.
June 17, 2024
A must read in the world's current situation.
April 5, 2025
Stunning . Russia , the totalitarian regime that never went away . If this well argued book doesn't make you shudder there really is no hope .
Oksanen has both Finnish and Estonian grandparents so has had a close up view of life next to or within a regime that has wrought violence and repression on countries that dare to fight for their own independence .
While her focus is on the many ways Putin's misogyny has been transformed into a weapon of war there are plenty of examples that also show how submission within the state has been normalised and legalised so that resistance is futile and sexual violence against women is tolerated or even encouraged .
Resistance is essential . Be very aware .
Oksanen has both Finnish and Estonian grandparents so has had a close up view of life next to or within a regime that has wrought violence and repression on countries that dare to fight for their own independence .
While her focus is on the many ways Putin's misogyny has been transformed into a weapon of war there are plenty of examples that also show how submission within the state has been normalised and legalised so that resistance is futile and sexual violence against women is tolerated or even encouraged .
Resistance is essential . Be very aware .
July 2, 2025
«Putins krig mot kvinnene» er et politisk og personlig opprop. Sofi Oksanen viser hvordan kvinners frihet og kropp er blitt sentrale mål i Putins autoritære prosjekt, og at krigen i Ukraina også er en krig mot kvinners verdighet og rettigheter.
August 9, 2025
Me ha encantado, de lo mejorcito que he leído este año sin duda alguna. Sofi Oksanen me ha abierto los ojos en muchos aspectos que me eran desconocidos, y me ha aclarado muchos otros que no llegaba a comprender del todo. Su manera de narrar es exquisita y te lleva de la mano por unos hechos tan increíbles como aterradores, saltando de pasado al presente continuamente sin perder el hilo.
Es una pena que, para Occidente, la historia de Europa del Este sea irrelevante, ya que no se contempla ni siquiera como historia europea, y que el brutal colonialismo soviético y sus repercusiones actuales sean una mera anécdota en mi país, normalmente haciéndonos ciegos a causa de esos avances del siglo XX que se demoraron más de la cuenta en llegar a España: la inclusión de las mujeres en los trabajos masculinizados, entre otras ideas que resultaron sonar mejor en el papel que en la práctica.
La autora no solo hace un trabajo magnífico de investigación y desglosamiento de términos todavía confusos para los occidentales (como la trascendental diferencia entre lo que aquí consideramos "nazi" o "ultraderechista", y lo que en Rusia es tachado de "fascismo"), sino que vincula el poder adquirido de la vieja URSS a la actual Federación Rusa con una herramienta imprescindible para llevar a cabo sus ideales: la dominación de la mujer mediante la violencia sexual.
Podría estar horas hablando de todo lo que he aprendido con este ensayo, pero concluiré con que definitivamente continuaré leyendo a Sofi Oksanen, puesto que ha demostrado ser una escritora que merece mucho la pena seguir descubriendo al dar voz a países que, en nuestro imaginario colectivo, quedan relegados al patio de Rusia.
Es una pena que, para Occidente, la historia de Europa del Este sea irrelevante, ya que no se contempla ni siquiera como historia europea, y que el brutal colonialismo soviético y sus repercusiones actuales sean una mera anécdota en mi país, normalmente haciéndonos ciegos a causa de esos avances del siglo XX que se demoraron más de la cuenta en llegar a España: la inclusión de las mujeres en los trabajos masculinizados, entre otras ideas que resultaron sonar mejor en el papel que en la práctica.
La autora no solo hace un trabajo magnífico de investigación y desglosamiento de términos todavía confusos para los occidentales (como la trascendental diferencia entre lo que aquí consideramos "nazi" o "ultraderechista", y lo que en Rusia es tachado de "fascismo"), sino que vincula el poder adquirido de la vieja URSS a la actual Federación Rusa con una herramienta imprescindible para llevar a cabo sus ideales: la dominación de la mujer mediante la violencia sexual.
Podría estar horas hablando de todo lo que he aprendido con este ensayo, pero concluiré con que definitivamente continuaré leyendo a Sofi Oksanen, puesto que ha demostrado ser una escritora que merece mucho la pena seguir descubriendo al dar voz a países que, en nuestro imaginario colectivo, quedan relegados al patio de Rusia.
April 7, 2024
“Nell'ultimo anno ho sentito numerosi esperti sostenere quanto sia difficile provare uno stupro genocida, quanto sia difficile ottenere condanne, quanto sia difficile certificare che quel crimine sia parte di un genocidio. Lo capisco. Comprendo quanto siano costosi i processi, quante ore di lavoro richiedano, ma non posso fare a meno di interrogarmi sul perché la necessità di provare il crimine sembri essere quasi l'unica narrazione possibile nel discorso pubblico occidentale sull'argomento.”
Ho scritto la mia tesi triennale sullo stupro come crimine di guerra e la giurisprudenza delle varie corti internazionali in tema.
Non è quindi un caso che io abbia dato 5 stelle a questo libro, che rappresenta una ricostruzione davvero valida e interessantissima dell’imperialismo russo e di come questo vada a colpire le donne.
Quanti esempi possiamo trovare nel mondo di violenza sessuale e di odio contro le donne? Quanto ancora dobbiamo far finta di niente e girare le spalle a questo problema dilagante?
La memoria e l’informazione rimangono ad oggi le nostre uniche armi.
Ho scritto la mia tesi triennale sullo stupro come crimine di guerra e la giurisprudenza delle varie corti internazionali in tema.
Non è quindi un caso che io abbia dato 5 stelle a questo libro, che rappresenta una ricostruzione davvero valida e interessantissima dell’imperialismo russo e di come questo vada a colpire le donne.
Quanti esempi possiamo trovare nel mondo di violenza sessuale e di odio contro le donne? Quanto ancora dobbiamo far finta di niente e girare le spalle a questo problema dilagante?
La memoria e l’informazione rimangono ad oggi le nostre uniche armi.
March 30, 2024
Kirja selvittää paitsi Venäjän historiaa ja syitä sodankäyntiin Ukrainaa vastaan myös Sofi Oksasen romaanien taustoja. Miksi Putinin rinnalla ei ole koskaan nähty naista, vaimoa, lasta, äitiä. Miksi venäläissotilaat keräävät reppuunsa ukrainalaisnaisten alusvaatteita. Miksi Sofi Oksasen isotäti lakkasi puhumasta. Miksi Venäjä salli kaikkien kutsuntoja pakenevien nuorten miesten poistua maasta ihan vapaasti. Keitä Ukrainassa sotivat venäläiset ovat. Millaisia heidän äitinsä, vaimonsa, tyttöystävänsä ovat. Jos olisin syntynyt Venäjällä, Neuvostoliitossa, olisin jo kuollut, tapettu. Ihan vain venäläisen sananlaskun "Kyllä nainen synnyttää" vuoksi. Jo hyvin nuorena ilmaisin harvinaisen selkeästi sen, että en koskaan halua lapsia enkä koskaan halua perinteiseen naisen rooliin. Se ei Venäjällä olisi käynyt päinsä muulloin kuin perestroikan aikaan 1990-luvulla. Tämä kirja yhdessä Mihail Siškinin teoksen "Sota vai rauha" kanssa tulen ostamaan omaan kirjahyllyyni.
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February 27, 2024Rezension zu "Putins Krieg gegen die Frauen" von Sofi Oksanen. Übersetzung: Angela Plöger und Maximilian Murmann.
Ich könnte jetzt so viel zu diesem Essay schreiben, ich bin mir aber sicher, dass ich mit allen Worten nicht der Dringlichkeit gerecht werden.
"Der russische Angriffskrieg auf die Ukraine ist in hohem Maße ein Geschlechterkrieg". Es steht viel auf dem Spiel und Sofi Oksanen trifft die richtigen Worte, zeigt auf, was und vor allem wie viel wirklich auf dem Spiel steht.
Sofi Oksanen's Essay trifft den Punkt, ist sachlich fundiert und ordentlich recherchiert und absolut politisch. Bitte lasst euch alle selbst überzeugen und lest "Putins Krieg gegen die Frauen".
Buchdetails: erschienen am 08.02.2024 im KiWi-Verlag - gelesen in der gebunden Ausgabe - 336 Seiten - 24,00 €
Ich könnte jetzt so viel zu diesem Essay schreiben, ich bin mir aber sicher, dass ich mit allen Worten nicht der Dringlichkeit gerecht werden.
"Der russische Angriffskrieg auf die Ukraine ist in hohem Maße ein Geschlechterkrieg". Es steht viel auf dem Spiel und Sofi Oksanen trifft die richtigen Worte, zeigt auf, was und vor allem wie viel wirklich auf dem Spiel steht.
Sofi Oksanen's Essay trifft den Punkt, ist sachlich fundiert und ordentlich recherchiert und absolut politisch. Bitte lasst euch alle selbst überzeugen und lest "Putins Krieg gegen die Frauen".
Buchdetails: erschienen am 08.02.2024 im KiWi-Verlag - gelesen in der gebunden Ausgabe - 336 Seiten - 24,00 €
June 11, 2025
Мені здається, що ця книга насправді не дуже й то про мізогінію - так, ця тема розкривається тут дуже глибоко, але для мене ця книга є більше спробою набагато ширше розглянути, як росія поневолює і вбиває підкорені народи. Тема мови, напркилад, тут також охоплена, як і багато інших. Хочеться от прям обійняти авторку за те, що вона це все обробила і написала, і пиздити цією книжкою всіх вотебаутішників. Дуже влучно, але і дуже сумно, авторка підмічає, що досвід східної європи все ще не вважається якимось загальноєвропейським і тупо ігнорується, і шо може давайте все-таки познімаєм обісцяні русньою тряпки з очей і туди подивимося.
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February 10, 2025Anbefales på det sterkeste hvis man vil skjønne litt mer av hvorfor i helvete Russland kriger i Ukraina nå, og hvordan Putin tenker (eller ikke tenker lol)
November 15, 2024
Voimakas, selkeä ja viisas puheenvuoro Ukrainan sodasta ja Venäjän imperialistisesta historiasta. Aihetta käsitellään etenkin seksuaaliväkivallan ja informaatiosodan näkökulmista.
Suosittelisin AIVAN KAIKILLE, mutta varsinkin minun kaltaisilleni pulliaisille, joiden tuntemus Itä-Euroopasta ja Venäjästä nojaa lähinnä lukiohistorian oppikirjoihin.
Sofi Oksanen tuo tapetille etenkin naisiin kohdistuvien sotarikosten tunnistamisen tärkeyden. Hän kuvaa, miten seksuaaliväkivaltaa käytetään Ukrainan sodassa systemaattisena sodankäynnin keinona eikä ole vain yksilön harjoittama intohimorikos. Tämä on mielestäni yksi kirjan tärkeimmistä teeseistä: Venäjä (muiden joukossa toki) on käyttänyt ja käyttää edelleen systemaattisia raiskauksia ja naisiin kohdistuvaa väkivaltaa halpana aseena kansojen hiljentämiseen, pelotteluun ja kontrollointiin.
Myös luvut naisten ja seksuaalivähemmistöjen aseman (huonouden) tärkeydestä totalitaristisen järjestelmän ylläpitämisessä toivat minulle uutta tietoa ja näkökulmaa maailmasta. Yleisesti kirja sai minut käsittämään yhden nykypäivän polttavimmista aiheista; äärioikeiston nousun ja Venäjän roolin siinä; paljon syvällisemmin, sillä kirja antaa paljon tietoa Venäjän hybridivaikuttamisesta, trollitehtaista, rahoituskampanjoista ja venäläisiin kohdistuvasta sensuurista, misinformaatiosta ja propagandasta suhteessa äärioikeistoon.
Lukijalle kuitenkin ”varoitus” joka ei ole oikeasti varoitus, mutta kirja on tosiaan esseekokoelma eikä tietokirja eikä täten noudata jälkimmäisen lajin neutraalin kielen ja objektiivisen ilmaisutavan ihannetta. Lähdeluettelo on kyllä sen verran vaikuttava, että olisi tästä hienon tietokirjankin saanut korvaamalla anekdootit tutkimuksella — mutta se ei mielestäni olisi ollut edes tarkoituksenmukaista. Anekdootit tuntuvat valtavan tärkeiltä osilta teosta. Ne antavat oikean äänen ihmisille, jotka eivät saa olla yleensä olla muuta kuin numeroita ja abstrakteja.
Essee on lajina myös täydellinen ravisuttamaan lukijan ajattelua ja laajentamaan maailmankuvaa. Juuri kysymysten ja pohdinnan herättäminen lukijassa toimii tässä teoksessa hienosti. Varsinkin, kun kohdeyleisö tuntuu kattavan niin tavallisen ihmisen kuin aiheeseen jo perehtyneen intellektuellin. Lukijassa herää mieletön palo lukea aiheesta lisää.
Jotkut kirjat luovat aivan uuden tavan tarkastella maailmaa. Tämä on yksi niistä!
Suosittelisin AIVAN KAIKILLE, mutta varsinkin minun kaltaisilleni pulliaisille, joiden tuntemus Itä-Euroopasta ja Venäjästä nojaa lähinnä lukiohistorian oppikirjoihin.
Sofi Oksanen tuo tapetille etenkin naisiin kohdistuvien sotarikosten tunnistamisen tärkeyden. Hän kuvaa, miten seksuaaliväkivaltaa käytetään Ukrainan sodassa systemaattisena sodankäynnin keinona eikä ole vain yksilön harjoittama intohimorikos. Tämä on mielestäni yksi kirjan tärkeimmistä teeseistä: Venäjä (muiden joukossa toki) on käyttänyt ja käyttää edelleen systemaattisia raiskauksia ja naisiin kohdistuvaa väkivaltaa halpana aseena kansojen hiljentämiseen, pelotteluun ja kontrollointiin.
Myös luvut naisten ja seksuaalivähemmistöjen aseman (huonouden) tärkeydestä totalitaristisen järjestelmän ylläpitämisessä toivat minulle uutta tietoa ja näkökulmaa maailmasta. Yleisesti kirja sai minut käsittämään yhden nykypäivän polttavimmista aiheista; äärioikeiston nousun ja Venäjän roolin siinä; paljon syvällisemmin, sillä kirja antaa paljon tietoa Venäjän hybridivaikuttamisesta, trollitehtaista, rahoituskampanjoista ja venäläisiin kohdistuvasta sensuurista, misinformaatiosta ja propagandasta suhteessa äärioikeistoon.
Lukijalle kuitenkin ”varoitus” joka ei ole oikeasti varoitus, mutta kirja on tosiaan esseekokoelma eikä tietokirja eikä täten noudata jälkimmäisen lajin neutraalin kielen ja objektiivisen ilmaisutavan ihannetta. Lähdeluettelo on kyllä sen verran vaikuttava, että olisi tästä hienon tietokirjankin saanut korvaamalla anekdootit tutkimuksella — mutta se ei mielestäni olisi ollut edes tarkoituksenmukaista. Anekdootit tuntuvat valtavan tärkeiltä osilta teosta. Ne antavat oikean äänen ihmisille, jotka eivät saa olla yleensä olla muuta kuin numeroita ja abstrakteja.
Essee on lajina myös täydellinen ravisuttamaan lukijan ajattelua ja laajentamaan maailmankuvaa. Juuri kysymysten ja pohdinnan herättäminen lukijassa toimii tässä teoksessa hienosti. Varsinkin, kun kohdeyleisö tuntuu kattavan niin tavallisen ihmisen kuin aiheeseen jo perehtyneen intellektuellin. Lukijassa herää mieletön palo lukea aiheesta lisää.
Jotkut kirjat luovat aivan uuden tavan tarkastella maailmaa. Tämä on yksi niistä!
April 7, 2025
Ühest küljest, jah, räägib Sofi Oksanen seksuaalvägivallast kui mõjukast, taktikalisest, odavast relvast sõdade kontekstis, mille mõju on laiem sellest konkreetsest hetkest, kui mõni sõjaväelane otsustas hirmutamiseks naisi vägistada. Teisest küljest räägib see raamat Venemaa ja Putini erinevatest relvadest, kasutades ära ja võimendades iga riigi "hellasid" kohti või vastseisu tekitatud teemasid ja inimesi. Eriti sobivad talle naiste õigused, mille vastu seistes, misgüüniat süstides ja sisemiselt inimesi riidu ajades, jõuda "puhta" Venemaani, kus naised saavad oma traditsioonilisi ülesanded täita ja sõdureid sünnitada.
Hakkas kõhe, kui raamatut lugedes jõudis rohkem kohale Vene tegevus Eestis enne iseseisvumist. Vahest on huvitav mõelda (nostalgiliselt), kuidas me leidsime viise salaja pühasid pidada, või poest (mitte eestikeelsest poest, vaid poest, millel seisis venekeelne silt "Magazin", leti alt dresse osta. Tõsi, kui see venestamise protsess oleks kõik kauem kestnud, siis ehk oleksime ka ise hirmus alla vandunud ja hakanudki vene keelt rääkima ja eesti keele sootuks unustanud. Oh. Ma olen niiniitänulik tarkadele juhtidele ja ma väga loodan, et koos Ukrainaga peame vastu.
Hakkas kõhe, kui raamatut lugedes jõudis rohkem kohale Vene tegevus Eestis enne iseseisvumist. Vahest on huvitav mõelda (nostalgiliselt), kuidas me leidsime viise salaja pühasid pidada, või poest (mitte eestikeelsest poest, vaid poest, millel seisis venekeelne silt "Magazin", leti alt dresse osta. Tõsi, kui see venestamise protsess oleks kõik kauem kestnud, siis ehk oleksime ka ise hirmus alla vandunud ja hakanudki vene keelt rääkima ja eesti keele sootuks unustanud. Oh. Ma olen niiniitänulik tarkadele juhtidele ja ma väga loodan, et koos Ukrainaga peame vastu.
June 9, 2025
Knjiga je nastala kao prošireno i produbljeno predavanje koje je autorica održala u Švedskoj akademiji 2023. godine. Iako kreće od osobno-obiteljske povijesti (Sofi Oksanen je finsko-estonskog porijekla), knjiga vrlo brzo prerasta u opsežniju, dublju i zlokobniju analizu ruske politike, od vremena SSSR pa do današnjih dana obilježenih Putinovom vladavinom u stilu pravog KGB-a. Ne samo na temu planskog silovanja (koje čak i nije novijeg datuma, sjetimo se npr. Berlina 1945.) i ženomrstva koje održava tradicionalni patrijarhat tipičan za totalitarne režime, već i u analizi ruskog kolonijalizma, odnosu prema okupiranim zemljama (Ukrajina je tu najrecentniji primjer, ali autorica iznosi i dosta primjera života u baltičkim republikama u vrijeme SSSR) i ciljanoj izgradnji društva koje podržava upravo takvu politiku. Prilično tjeskobno i zastrašujuće.
Knjizi ipak zamjeram nedovoljnu strukturiranost, zbog čega se stvara dojam da se iste teme ponavljaju kroz knjigu neovisno o poglavljima koja doduše postoje, ali ne čine smislene cjeline. Zbog toga je knjigu na mahove teško pratiti, a zbog mučne i teške teme nemoguće ju je čitati "u dahu".
Knjizi ipak zamjeram nedovoljnu strukturiranost, zbog čega se stvara dojam da se iste teme ponavljaju kroz knjigu neovisno o poglavljima koja doduše postoje, ali ne čine smislene cjeline. Zbog toga je knjigu na mahove teško pratiti, a zbog mučne i teške teme nemoguće ju je čitati "u dahu".
May 22, 2025
Hrvatski prijevod: "Istom rijekom dvaput: Putinov rat protiv žena". Prevela Hana Samaržija. Fraktura, Zaprešić, 2025.
U knjizi se razotkriva povijest ruske represije kroz prizmu nasilja prema ženama. Knjiga započinje pričom o spisateljičinoj prateti koja je bila seksualno zlostavljana za vrijeme sovjetske okupacije Estonije. Nakon toga događaja nije više progovorila ni riječi. Posebno se analiziraju suvremena ratna zbivanja u Ukrajini gdje Putinova Rusija opet koristi seksualno nasilje kao oružje za ostvarenje svojih političkih ciljeva. Intencija je poniziti žrtvu, oteti joj dostojanstvo. Zapad je o tom fenomenu uglavnom šutio. Prešlo se i preko divljačkog nasilja vojnika Crvene armije nakon njemačkog poraza u Drugom svjetskom ratu: pobjednicima se ne gleda u zube! Rusija ima dugu povijest kolonijalizma i poticanja ratnih zločina. Danas se obilno koristi hibridnim ratovima i trolovima. Sve prolazi nekažnjeno. Hrabra, potresna, potrebna knjiga. Skladno se dopunjava s knjigama T. Snydera u kojima se razotkriva politika Putinove Rusije.
U knjizi se razotkriva povijest ruske represije kroz prizmu nasilja prema ženama. Knjiga započinje pričom o spisateljičinoj prateti koja je bila seksualno zlostavljana za vrijeme sovjetske okupacije Estonije. Nakon toga događaja nije više progovorila ni riječi. Posebno se analiziraju suvremena ratna zbivanja u Ukrajini gdje Putinova Rusija opet koristi seksualno nasilje kao oružje za ostvarenje svojih političkih ciljeva. Intencija je poniziti žrtvu, oteti joj dostojanstvo. Zapad je o tom fenomenu uglavnom šutio. Prešlo se i preko divljačkog nasilja vojnika Crvene armije nakon njemačkog poraza u Drugom svjetskom ratu: pobjednicima se ne gleda u zube! Rusija ima dugu povijest kolonijalizma i poticanja ratnih zločina. Danas se obilno koristi hibridnim ratovima i trolovima. Sve prolazi nekažnjeno. Hrabra, potresna, potrebna knjiga. Skladno se dopunjava s knjigama T. Snydera u kojima se razotkriva politika Putinove Rusije.
May 29, 2024
Olen lukenut Putinista ja Venäjästä useamman kirjan. Oksasen kirja toi ihan uuden näkökulman tähän "kokoelmaan". On kyllä hurjaa, kuinka valtavasti resursseja Venäjä käyttää trollaukseen, hämmentämiseen, kiusaamiseen ja valehtelemiseen. Naisviha ja naisten alentaminen sopii kuin nenä päähän "perinteisiin arvoihin", jotka mielestäni osin ovat vain tekosyy ja väline pönkittää omaa valtaa. Valitettavasti naisten oikeudet ja ihmisoikeudet ylipäätään ovat menneet huonompaan suuntaan jo pitkään, monissa maissa.
Jokaisen pitäisi tämä kirja lukea.
Jokaisen pitäisi tämä kirja lukea.
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