Jump to ratings and reviews
Rate this book

Control

Rate this book
Natalia Borges Polesso apresenta, em Controle, uma narrativa impactante sobre relações homoafetivas entre mulheres, o poder do desafio e, acima de tudo, as escolhas que precisam ser feitas para que as pessoas se tornem quem elas querem ser.
A protagonista, Nanda, é epilética. Cercada de cuidado pelos pais, ela evita ao máximo o contato humano — exceto pela amiga, Joana. Mas compartilhar o que acontece na vida de outra pessoa não é como viver junto com ela. Nanda se pergunta até quando conseguirá manter a rotina morna que leva. Porém, seu dia a dia será posto em xeque quando ela finalmente se der conta de que não viveu.

190 pages, Paperback

First published July 18, 2019

4 people are currently reading
585 people want to read

About the author

Natalia Borges Polesso

40 books182 followers
Natalia Borges Polesso nasceu em Bento Gonçalves, em 1981. É pesquisadora, escritora e tradutora. Publicou Recortes para álbum de fotografia sem gente (2013), Coração à corda (2015), Amora (2015), vencedor do Prêmio Jabuti, Pé atrás (2018) e Controle (2019). Em 2017, a autora foi selecionada para a lista Bogotá39. Atualmente, é pesquisadora do Programa Nacional Pós-Doutorado, na Universidade de Caxias do Sul. Natalia tem seu trabalho traduzido para diversos países.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
186 (37%)
4 stars
196 (39%)
3 stars
99 (19%)
2 stars
13 (2%)
1 star
2 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 84 reviews
Profile Image for Tassi.
143 reviews58 followers
January 30, 2020
É muito engraçado como algumas referências são tão criticadas em certos gêneros e exaltadas em outros.

Nessa /songfic/ de 172 páginas, a personagem principal de Natália Borges Polesso usa as músicas principalmente do New Order, mas também de Alanis, The Smiths e outros para dar vazão ao que ela não consegue expressar ou experimentar. Entrelaçando trechos de música na narração ações pensamentos de Nanda, Natália consegue trazer sentimentos e sensações físicas complexas de modo que a gente se sinta tão desnorteado quanto Nanda. Tão sem perspectiva, sem liberdade e com proteção e limitações. Com tanto desejo e amor pela vida e por Joana quanto medo de explorar as duas.

Eu não sou epilética e não tenho crises de ausência, mas tenho experiência em desmaiar por um problema de coração, e nunca vi uma descrição de voltar de um desmaio tão precisa quando a da Natália: dá pra mais ou menos pra entender o que está acontecendo em volta, mas é difícil de palpar. Dá pra mais ou menos entender os meus sentimentos por esse livro com uma narrativa tão caótica e tão centrada, mas honestamente é muito difícil de palpar. Minhas últimas idas à terapia têm sido tão libertadoras e doídas quanto um passeio de bicicleta com ressaca de ácido por Perdizes que termina no asfalto.

Entre namorados virtuais, paixões adolescentes e trechos de música no meio do texto, a literatura cult e a fanfic estão a um prêmio de distância.
Profile Image for Seane Melo.
Author 5 books58 followers
August 20, 2019
Depois de Amora, ninguém tinha dúvidas de que Natalia Polesso era uma escritora incrível. Mas Controle é uma cereja gigante, deliciosa e orgânica (para ninguém ficar na dúvida se a analogia é positiva), no bolo da produção dela. Terminei o livro com a cabeça a mil, completamente envolvida por Nanda e torcendo por ela como se ela realmente existisse e fosse minha amiga. Que baita experiência de leitura!
Profile Image for Tiago Germano.
Author 21 books125 followers
September 15, 2019
Nova ordem

A epilepsia é uma condição neurológica cercada por mitos que só não superam aqueles criados em torno dos gênios afetados por ela - um rol de biografias trágicas que vai do artista plástico Van Gogh ao músico Ian Curtis, vocalista do Joy Division, banda que se reinventou após seu suicídio e derivou no New Order (grupo até hoje em atividade). Estruturado a partir de títulos que se remetem à discografia e ao cancioneiro inaugurado por Curtis ("Power, Corruption and Lies" não apenas dá nome a um dos capítulos como é referenciado na capa do livro), "Controle" marca a estreia de Natalia Borges Polesso na narrativa longa após uma trajetória no conto que lhe rendeu o Jabuti por "Amora" (2016).

Protagonista da novela, Maria Fernanda tem o seu primeiro ataque epilético no dia em que sofre um acidente de bicicleta. De adolescente desengonçada, tentando achar o seu lugar no mundo e no microcosmo da turma formada pelos amigos Davi, Alexandre e Joana, a personagem torna-se uma criatura assombrada pela sua condição, desenvolvendo uma inaptidão social apenas comparável à inaptidão dos pais e do seu núcleo de amigos em lidar com o seu problema. Na solidão de seu quarto, vez ou outro compartilhado com a amiga Joana, Maria Fernanda ouve e traduz as letras das músicas que tocam no seu walkman. Faltando aulas, ela começa a se atrasar na escola, perdendo o bonde do amadurecimento em que aparentemente embarcaram todos os seus colegas.

A passagem do tempo vai sendo observada a partir da transição na vida destes amigos que namoram, cursam faculdades, casam e têm filhos, enquanto o cotidiano de Maria Fernanda só não é imutável pela relativa estabilização do seu estado de saúde e pela transição das tecnologias com que ela convive: do walkman, ela passa ao discman; e do discman ao mp3 e aos sites de compartilhamento de música que conhece nas madrugadas embaladas ao pulso único da internet discada. É em chats de bate-papo, oculta sob um nickname que (claro) homenageia o New Order, que ela encontra seu primeiro namorado virtual, relacionamento que ajuda a manter sua sexualidade em um apático estado de latência, desde um episódio ambíguo envolvendo Joana no passado.

Embora seja interessante observar a maneira como Polesso representa estas transições a partir dos signos da tecnologia e de elementos externos à personalidade de Maria Fernanda, a novela ainda parece um tanto elíptica no que diz respeito à idade adulta da personagem. Em vez de optar por um descompasso entre o vazio de vida exterior e o excesso de vida interior da protagonista, a escritora opta por lhes dar uma falsa equivalência, o que só é quebrado quando Maria Fernanda, já adulta, resolve "fugir de casa" e empreender sua aventura transformadora. É quando a heroína do livro, em permanente negação, enfim aceita o "chamado" do mundo ao redor.

Trata-se do melhor momento da narrativa, quando as referências musicais vão fazendo mais sentido embaladas pela metáfora fundamental do livro, que Polesso resume em palavras melhores que as que eu talvez empregasse: "Naquela hora, entendi por que eu sempre tinha gostado muito de New Order e por que as músicas deles pareciam se encaixar perfeitamente uma em cada parte da minha vida: eles eram comedidos, e eu me identificava completamente. New Order é uma banda que estourou sem um líder, sem um rosto. Uma banda que conseguiu se desenterrar do peso de uma morte. Eles refizeram o futuro".

Sem grandes fetichizações - algo raro ao se lidar com temas geracionais, perpassados pela sexualidade e por uma cultura musical atravessada pela figura convulsiva de Curtis se debatendo no palco -, Natalia Borges Polesso reinventa-se, também, em "Controle" e arrisca-se, como sua personagem, sem o menor medo de perdê-lo.
Profile Image for Nicole Masotti.
6 reviews1 follower
September 10, 2019
"Eu chorava coisas velhas, chorava proibições construídas, fantasmas, anos perdidos, terras não pisadas, a rapidez do tempo, a ausência do amor."
Profile Image for alice.
443 reviews106 followers
January 3, 2021
4.5 estrelas

Eu sabia que ia amar o livro no primeiro capítulo. A escrita de Natalia Borges Polesso, mais uma vez, se provou incrível. A cada frase ela me guiava na narrativa da Nanda de maneira que tornava impossível largar o livro. Com as letras de música se intercalando à narração, Controle se construiu de forma orgânica e bonita, me trazendo para perto da Nanda em sua jornada em busca de sua própria independência. Ainda que ela seja extremamente diferente de mim, não foi difícil me encontrar nessas páginas e simpatizar com sua história enquanto torcia por seu relacionamento com Joana. Foi um livro muito bonito, que me deixou pensando ao final sobre essas personagens e sobre as reflexões de Nanda sobre encontrar-se a si mesma, e consolidou Natalia Borges Polesso como uma das melhores escritoras brasileiras contemporâneas que eu conheço. Ficou um gostinho de quero mais.
Profile Image for Gabrielle Cunha.
429 reviews114 followers
October 15, 2021
Meu primeiro contato com a autora e não poderia ter sido melhor! Gostei muito da história, da condução, das referências pop (especialmente as musicais!). Certamente quero ler mais dela num futuro próximo
Profile Image for Sofia Dolabela.
Author 1 book11 followers
September 14, 2021
Um livro paradoxal, desconfortável de ler por causa das experiências cruas da protagonista mas cheio de metáforas e frases que deixam a gente até meio sem reação. Fiquei encantada pelo conceito fechadinho da história, as referências, a capa, o título do livro e dos capítulos, tudo tem um significado. O ciclo da história se fecha através de símbolos (como as quedas de bicicleta), dá pra perceber os arcos subindo e baixando. O final do livro, tanto por ser aberto em relação ao destino dos personagens quanto pelo fato de voltar aos capítulos iniciais, me lembrou Norwegian Wood, do Murakami. De primeira, fiquei frustrada com a forma como acabou, depois, admirada.
Profile Image for Amanda.
27 reviews2 followers
June 15, 2020
Leitura muito fluida, li muito rápido. Eu tinha gostado muito do Amora, mas por serem contos sempre ficava uma vontade de que a história continuasse, e por isso fiquei mais interessada em ler esse romance. A Natália usa uma linguagem simples e informal, pra falar sobre sentimentos e incertezas na história de uma mulher com epilepsia. Gostei quando retrata os anos 90 na visão de uma adolescente.
Profile Image for Maria Cecilia.
398 reviews9 followers
June 18, 2023
Eu definitivamente gostaria de ter gostado mais, o final entretanto... O desenvolvimento romântico também ficou um pouco jogado na história.
Profile Image for liv ✶.
278 reviews22 followers
May 20, 2025
nanda é epilética e vive cercada de cuidados pelos pais. evita o contato humano, exceto com joana, sua amiga de infância. mas compartilhar a vida de alguém não é o mesmo que viver junto com ela. e, conforme os anos passam, nanda começa a perceber que talvez não tenha vivido de verdade. seu cotidiano preso à rotina, à doença e ao medo de romper limites vai sendo aos poucos corroído por um desejo de liberdade — mas também por dúvidas, ressentimentos e um silêncio que atravessa tudo.

em controle, natália borges polesso constrói uma narrativa sensorial e delicada, que dá corpo à experiência da epilepsia, do desejo e da solidão. nanda se expressa e se entende pelo som das músicas que ouve — new order, the smiths, alanis — e é com elas que tenta traduzir o que sente e não consegue dizer. os trechos de letras se misturam à narração, criando uma espécie de songfic existencial onde tudo pulsa, tudo tenta sair, mas permanece contido. a linguagem é simples, mas de um cuidado cirúrgico. a sensação é de estar dentro da cabeça da personagem.

é bonito acompanhar as transformações do mundo ao redor de nanda enquanto ela permanece parada no tempo. seus amigos crescem, casam, têm filhos, seguem adiante. ela troca o walkman pelo mp3, o quarto pela internet discada, e vive virtualmente o que não consegue viver fora da tela. em meio à melancolia, há uma beleza muito particular na forma como o livro mostra os caminhos tortos do amadurecimento, especialmente quando se vive com uma condição cercada de mitos, medos e controles.

no entanto, é só quando nanda, já adulta, resolve fugir e tomar uma atitude concreta que o livro atinge seu ápice. é quando ela entende que talvez seja possível se reinventar. a metáfora com o new order — uma banda que surgiu do luto, sem rosto, mas com potência — encaixa perfeitamente com o momento da personagem. e é aí que a escrita da natália brilha com mais força: ela arrisca, vai fundo no não-dito, e entrega uma protagonista complexa, que apesar de tudo, só queria viver e amar à sua maneira.

foi muito especial ter lido esse livro e ainda mais especial ter participado do encontro com a autora no clube da leituramista. ouvir a natália falar sobre o processo de escrita, sobre a personagem fez tudo ressoar de um jeito ainda mais íntimo. controle foi uma leitura forte, sensível e tocante. ficou um carinho grande por essa história e 4 estrelas com gosto de quero mais.
Profile Image for pam.
210 reviews22 followers
January 28, 2025
A história é bem interessante, mas algumas coisinhas foram largadas de lado e não sou muito fã de tanta referência musical assim toda hora!
Profile Image for Denise S..
112 reviews5 followers
October 25, 2021
Aos outros desejei a calmaria daquelas poções.
A mim desejei movimento.
Profile Image for Suellen Rubira.
954 reviews89 followers
January 9, 2021
Comecei a ler Controle nessa sexta-feira quente, 8 de janeiro. Entre um cochilo da preguiça e outro, avançava nos capítulos.

O livro é bom de ler, embora as experiências da protagonista, Nanda, sejam muito desconfortáveis. Epilética, após um acidente de bicicleta, ela acaba deixando essa condição dominar a sua vida.

Ainda, há o amor reprimido (e aparentemente recíproco) entre ela e Joana.

Algumas partes achei far-fetched, não quero dar spoilers. E, embora eu ñ curta coisas em inglês no meio de texto em português, os trechos de música uniram esses pedaços da vida de Nanda.

Pessoas que nascem em lugares pequenos e com a noção de que nunca serão capazes de fazer certas coisas, por conta de sua origem, certamente irão se identificar com a história.
Profile Image for Lux Lima.
34 reviews11 followers
March 10, 2022
A escrita desse livro é TÃO diferente de Amora, e tão tão envolvente. Acredito que seja uma experiência particularmente familiar pra quem foi adolescente nos anos 90/2000: as referências musicais que saturam a obra e a centralidade da internet no contexto otimista, ainda incipiente de fóruns e msn evocam nossas memórias.
Mas além disso tem mto da confusão do apaixonamento pela melhor amiga e o desejo de apagamento desse peso. Tem tanto de uma vontade de conter, domesticar, fugir da própria subjetividade que faz a protagonista meter os pés pelas mãos de modo muito familiar, que se amplifica pela forma como é reiteradamente subestimada e excluída. O mundo virtual e das músicas é um porto seguro mas tbm um indutor de solidão.
O modo como o arco narrativo vai desenhando a vontade de viver como a de estar junto, pertencer, é tão bonito. Como mostra explosões de temeridade e medos. Impulsividade e hesitação. Não é linear não é constante, a vida de ninguém é. O momento de se jogar tem preços que só a gente sabe quando consegue pagar - ainda mais em um mundo capacitista e homofóbico. Mas que nunca se duvide da fome pelo movimento.
Profile Image for Alexandre.
22 reviews
October 20, 2024
Gostei de ler uma obra contemporânea gaúcha e ver retratados lugares que conheço e já fui, isto me deixou mais apegado à história. Também achei muito positiva a forma que a autora conduziu temas sensíveis, como sexualidade, amizade e deficiência, sem tabus, rótulos ou exageros (ao meu ver).
Ao lado mais pessoal, eu também tive (e tenho) meus momentos de sentir que não pertenço, que ninguém me entende, de querer me livrar de tudo, de querer viver tudo ao mesmo tempo, de sentir que fiz tudo errado na vida; me conhecer por meio da Nanda foi genial.
No fim, é a história de como ela queria ter controle sobre tudo e os momentos em que ela consegue e não consegue tê-lo (os segundos são mais presentes).
Acredito que o próprio fato do fim do livro ser no segundo capítulo reforça algo que gostei muito: o fim daquilo tudo era só o início.

Profile Image for Isis.
332 reviews17 followers
February 2, 2025
tem umas partes muito boas, mas não gostei mt desses trechos de música do nada no texto


“Era pavor da vida tão complexa, tão completa. Eu não consegui entrar na vida. Fiquei de fora olhando os eventos pela janela, num aquário impossível ao lado do mar. Marcando presença e não aparecendo. Marcando presença e desaparecendo. Assisti às coisas todas. Meio boba. Quando deveria ter sido a protagonista, desapareci pra comer pipoca murcha na plateia de um filme tosco, de quinta. Não que eu quisesse, eu não conseguia tomar as rédeas. Se é que essa é a melhor comparação.Eu sempre quis muito viver.Foi medo. Foi falta de prática, foi falta de manha. Foi tanta coisa a menos.”
Profile Image for Marisa.
53 reviews25 followers
October 13, 2021
Sabe aquelas fábulas com lição de moral que você lê quando é criança e que deveriam te ensinar uma coisa importante? A fábula que mais me impressiona hoje em dia é da protagonista que vive como a “melhor amiga” e tem dificuldade em assumir o papel principal na própria narrativa. O livro, em suas muitas camadas, captura esse sentimento perfeitamente (só faltou um prólogo com “cinco anos depois” entupido de notícia boa).
Profile Image for amalia .
3 reviews
March 26, 2024
"Normal? O que é normalidade? and she turned around and took me by the hand and said I've lost control again eu não acredito que todos pensam que meu normal é isso que eu mostro por fora. Eu não acredito que ninguém nunca conversou comigo a fundo. Eu fico pensando que talvez tenha sido por isso que o Ian se m4t0u, não pela porra da doença, mas pela falta de compreensão, pela falta de curiosidade, pela falta. Falta. Falta tanto. Falta tanto pra mim. Falta te dizer que eu."

Shellshock!
Profile Image for Julia Landgraf.
156 reviews82 followers
November 5, 2020
Eu amo que a Natalia Borges Polesso sempre me faz sentir muitas coisas.
Gosto da forma mais crua que ela escreve, que é quase uma conversa - poderia muito bem ser uma amiga me contando algo que aconteceu com ela, com todas as interjeições que seriam usadas na prática. Gostei muito do "Amora", quando li, e depois dos contos tive vontade de ler um romance escrito por ela.
"Controle" é praticamente um conto que se prolongou e acabou virando romance.
Profile Image for nádia.
89 reviews41 followers
February 20, 2024
4,5

Lindo lindo. Adoro ver o modo como ela relaciona a história com a musica, adoro ver a personagem principal crescer junto com o new order, e adoro ver a importancia que a musica tem na vida da protagonista.

Adorei os contos de Amora, mas também é muito bom ver a Natália escrevendo romance.
Profile Image for carol.
53 reviews
December 17, 2024
“Viver é estranho. Morrer deve ser mais.”

Eu queria saber onde colocar as distâncias que existem em todo mundo e nunca se estreitam. O que a Maria Fernanda busca é a conexão que, em alguma medida, todos nós também sentimos falta. Tô um pouco sem ar. Acho que também cai de bicicleta.
Profile Image for Helena.
220 reviews18 followers
July 10, 2025
"Controle é antes de tudo um livro sobre solidão."

Eu devorei esse livro com toda minha alma e vou ter que passar o dia ouvindo New Order.
Apesar de ter momentos que achei que faltava um pouco, principalmente nos diálogos, ainda é um faboritado por tudo que me fez sentir.
Profile Image for Juliana Linares.
188 reviews4 followers
October 21, 2021
Respirei Joana. Respirei Joana. Respirei Joana. Respirei Joana até ela se afastar.
Profile Image for Maria Eduarda.
108 reviews
June 26, 2025
Eu amei esse livro.

Sou uma jovem epilética e é a primeira vez que vejo isso em uma protagonista. A autora conseguiu trazer, muito fielmente, a confusão interna que se sente à partir de um diagnóstico desses. Como a gente se molda pra caber a doença e como, depois de tantos anos, não sabe que parte de nós é genuína e que parte é por causa daquela convulsão aos 15 anos.

O livro, para mim, foi um "poderia ter sido pior" e, ao mesmo tempo, um "podemos melhorar". O final foi um sopro de esperança para mim, que ainda me escondo muito pelos cantos e fecho os olhos quando as luzes ficam fortes.

É lindamente escrito e traz, muito além da doença, personagens interessantes e complexos, a descoberta da homossexualidade e, o que achei delicioso, a ambientação nos anos 90/2000 no Brasil.

Tornou-se um dos meus favoritos. Recomendo muito a leitura!
Profile Image for Isabella Souto Maior.
87 reviews27 followers
April 1, 2025
Li esse livro no meu clube do livro de literatura e psicanálise, para ilustrar e discutir o conceito de Corpo. Durante nossas trocas, minha amiga Cynthia resumiu de uma maneira muito lacaniana o enredo: "Na primeira queda de bicicleta, ela caiu Da vida… na segunda, ela caiu Na vida." Acho que foi bem por aí :)
Profile Image for Ana Júlia.
98 reviews1 follower
April 18, 2023
eu amo muito como a natalia escreve. parece que a gente entra dentro dos sentimentos e conflitos do personagem, é absurdo
Profile Image for Luísa.
146 reviews5 followers
December 28, 2021
A Natalia Borges Polesso tem um negócio, né? Tá na minha listinha de autoras nacionais contemporâneas que considero mais talentosas, do ladinho da Jarid Arraes. A escrita dela é tão bonita, tão única.

Esse livro conta a história de uma menina epilética e assim... nunca passou pela minha cabeça ler um livro com essa temática, mas que bom que li! Relações entre mulheres continuam sendo foco nesse livro, como são foco no livro de contos Amora, da mesma autora, e é tão sensível a forma como a Natalia Borges Polesso desenvolve o relacionamento principal dessa história.

A gente acompanha a protagonista desde a infância, seus medos, suas descobertas, a construção da sua personalidade, isso tudo dentro de um contexto de homoafetividade e epilepsia. É muito único esse livro!

Só não dei 5 estrelas porque não conheço a banda New Order, que é central na história, então acabei achando as referências um pouco cansativas, mas é uma bela história!
Profile Image for Ana Claudia.
166 reviews4 followers
January 13, 2021
"Quando deveria ter sido a protagonista, desapareci pra comer pipoca murcha na plateia de um filme tosco, de quinta. Não que eu quisesse, eu não conseguia tomar as rédeas. Se é que essa é a melhor comparação.
Eu sempre quis muito viver.
Foi medo. Foi falta de prática, foi falta de manha. Foi tanta coisa a menos. Será que eu tô sendo imbecil de pensar assim?"
Livro muito bom! Natália Borges Polesso segue fazendo tudo, só senti falta de um final mais satisfatório.
Displaying 1 - 30 of 84 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.