Tereza, aos 40 anos, muda-se para uma pequena cidade na praia, onde se torna a proprietária de um restaurante. Por entre memórias de relacionamentos passados e atuais vivências com Eliézer, um pescador, Tereza envolve-se em muitas situações eróticas. Conhece também as histórias de Raíssa, massagista tântrica que faz parte de uma relação poliamorosa, bem como as traições de Deise, uma amiga em conflito com padrões tradicionais, aos quais quer – e ao mesmo tempo não quer – se submeter. Outros casais circulam pela narrativa, transitando na busca insaciável por uma companhia que, para além do amor, ofereça o que mais se procura na vida: o prazer. Este livro inspira-se – de modo subjacente – na filosofia de Merleau-Ponty. Refletir sobre o corpo e seus fenômenos perceptivos ultrapassa, assim, a ideia de um erotismo de entretenimento, expandindo os conceitos sobre uma sexualidade feliz.
Nasceu em Fortaleza, onde ainda hoje vive. É fotógrafa e professora do curso de Letras da Universidade Federal do Ceará. Dentre outros livros de contos, escreveu O tempo em estado sólido, finalista do Prêmio Jabuti e do Prêmio Portugal Telecom. Turismo para cegos é seu primeiro romance.