O garoto Milès, filho de uma escrava com um rico comerciante de Biblos, é dotado de rara beleza. Desde a infância, foi predestinado ao sacerdócio. Por isso, é enviado ao templo de Adônis para seguir sua formação religiosa. Ali conhece uma pobre vendedora de frutas que se tornará sua amiga, até que ele se vê confrontado com uma experiência traumática por causa de sua beleza, o que mudará para sempre sua vida. Culpado e aterrorizado, Milès foge do templo e, a partir de então, sofre vários golpes do destino até se tornar um escravo à venda no mercado de Atenas. Por onde passa, Milès é cobiçado pelas pessoas, mas, apesar de sua beleza inebriante, é incapaz de desejar verdadeiramente alguém e de retribuir o amor que lhe é consagrado.
Baron Jacques d'Adelswärd-Fersen (20 February 1880 – 5 November 1923) was a French novelist and poet. His life forms the basis of a fictionalised biography by Roger Peyrefitte, L'Exilé de Capri.
In 1903 a scandal involving school pupils made him persona non grata in the salons of Paris, and dashed his marriage plans; after which he took up residence in Capri with his long-time lover, Nino Cesarini. He became a "character" on the island in the inter-war years, featuring in novels by Compton MacKenzie and others. His house, Villa Fersen, remains one of Capri's tourist attractions.
After his marriage plans were foiled, d'Adelswärd-Fersen remembered the island of Capri from his youth, and decided to build a house there. The island had already attracted other homosexual or bisexual visitors, such as Christian Wilhelm Allers, Somerset Maugham, E. F. Benson, Alfred Bruce Douglas, Robert Baldwin Ross, Oscar Wilde, Marcel Proust, Ada Negri, Friedrich Krupp, Norman Douglas, and Compton and Faith Mackenzie; and attracted many others during Adelsward's stay. He bought land at the top of a hill in the northeast of the island, close to where the Roman emperor Tiberius had built his Villa Jovis two millennia earlier. His house, initially called Gloriette, was eventually christened Villa Lysis (later sometimes referred to as Villa Fersen) in reference to Plato's Socratic dialogue Lysis discussing friendship (or, according to modern notions, homosexual love).
Villa Lysis is a notable building. Its style is described by some as "Liberty" but is not Liberty or Art Nouveau in the French manner but may perhaps be described as "Neoclassical decadent". The large garden is connected to the villa by steps leading to an Ionic portico. In the atrium a marble stairway with wrought-iron balustrade leads to the first floor, where there are bedrooms with panoramic terraces, and a dining room. The ground-floor sitting-room, decorated with blue majolica and white ceramic, overlooks the Gulf of Naples. In the basement there is a 'Chinese Room', in which opium was smoked.
Jacques d'Adelswärd-Fersen spent the rest of his life based in Capri, and died there in 1923 —allegedly by suicide achieved through drinking a cocktail of champagne and cocaine. His ashes are conserved in the non-Catholic cemetery of Capri. His friend, Nino Cesarini, returned to Rome.
O uso da linguagem desse me impressionou, com uma prosa bem requintada, enfeitada sem ser enfadonha, floreada sem quebrar o ritmo. A história em si já não me capturou tanto, já que o tema da beleza como catalisador da tragédia, do jovem lindo e distante de olhar estoico, tornado ainda mais belo por seu sofrimento, não é bem o que me atiça.
(Para ser justo, a bem da verdade, percebo depois de também ler um Mishima esses dias, acho que o tratar da Beleza em si é algo que não me atrai. Acho um assunto tremendamente enfadonho.)
Definitivamente um livro. Não tenho muito o que falar, pois não gostei da leitura. Mas ressalto que a escrita é bem bonita e tem uma sonoridade musical que evoca as odes clássicas. É um livro que tem aspectos biográficos da vida do autor (bem controversos, aliás). Pegando as palavras de Kaio Moreira Veloso, é uma obra queer "naquilo que o termo guarda de melhor - extravagância, irreverência, excentricidade". Quero destacar a edição belíssima da Ercolano Editora que me fez querer ler. Pena que a história não performou muito bem comigo.
da beleza e da desgraça que a encontra. do proibido e do não correspondido. no canto excepcional trazido pela escrita de fersen que percebemos que, na narrativa certa, tudo pode se tornar belo. até o mais terrível dos horrores. não que isso seja necessariamente bom, já que encontrar o belo nisso é uma desgraça por si só, mas é eloquente o quanto o belo no horror do que é escrito vai em encontro direto com o horror no belo que é descrito no protagonista.