Queria poder dizer que estávamos certos sobre o amanhã, mas a noite já acabou faz um bom tempo, e não sabemos se vai haver um amanhã para nós. Então, eu a seguro. Prometo para o silêncio dos grilos, para a escuridão dos vaga-lumes, para os primeiros raios de sol. Prometo que, enquanto o universo não desmoronar, vou segurar essa garota.
Alice é a única sobrevivente do acidente de carro que matou seu irmão Thiago e sua melhor amiga Isabelle. Quando sai do hospital, o que a espera é uma cidade cheia de olhares e sussurros curiosos, o quarto vazio de Thiago, onde sua mãe não entra, e a escola em que ela não é a única que sente o vácuo deixado por Isabelle.
Rodrigo também não sabe como lidar com a ausência deixada pela morte da namorada. Sem Isabelle, o céu parece estar caindo diariamente, embora o mundo nunca termine de acabar. Mais ninguém parece entender isso além da garota de cabelo colorido que nunca gostou dele, mas que agora é a única que compartilha esse vazio.
Em festas secretas regadas a suco de abacaxi com vodca, em velhos balanços na pracinha, nos corredores da escola, em ruas desesperadoramente familiares e para sempre transformadas, Rodrigo e Alice se encontram, se unem e se afastam, tentando compreender tudo que perderam e talvez, apenas talvez, enquanto o universo não desmoronar, tudo que ainda há para encontrar — inclusive um no outro.
muito bonito e sensível, cutucando as feridas das emoções confusas da adolescência, quando tanta coisa difícil acontece com gente que ainda não aprendeu a passar por nada disso
“há mais pensamentos em mim, do que estrelas no céu”
eu amo como a adrielli escreve, como ela brinca com as palavras e coloca tantos sentimentos nelas.
esse livro é um livro sensível, cheio de amor, raiva, tristeza e autodescoberta. é a história sobre duas pessoas que perderam alguém que amavam e como elas vão passar por esse momento juntas.
confesso que eu li num momento que muitas coisas ali fizeram sentido e isso tornou o livro ainda mais especial, parecia que ele tava me abraçando e me dando o conforto que eu precisava. as vezes, a gente precisa de uma magia dos livros pra ficar bem.
eu amei a evolução dos personagens durante os capítulos e principalmente o final!!!!! que me destruiu e depois catou todos os meus caquinhos e colocou no lugar.
Já considero uma das minhas leituras favoritas do ano. Conhecer o universo fragmentado de Alice e Rodrigo foi uma viagem à minha própria adolescência no interior sulista, onde parte da minha vida existe e existirá para sempre, assim como os túmulos — físicos ou metafóricos — de pessoas que já amei e de quem fui um dia. Não coincidentemente o tema “luto” tem se destacado entre minhas leituras dos últimos anos (e na minha própria escrita, diga-se de passagem), porque ele nunca realmente é resolvido, mas a gente vive com ele, e a gente vive apesar dele. Ser uma Alice que também encontrou sua vida em Curitiba é irônico como leitora, em certos trechos até pareceu que estava lendo um pouco sobre mim *para* mim, quase como um abraço amigo acompanhado de um “vai ficar tudo bem”. A escrita da autora flui tão bem que me peguei procurando por mais páginas depois que acabou, ainda com o marcador na mão, pronta para encontrar mais alguma passagem para sublinhar. Aidrielli, gostaria de ser sua amiga, mas se não puder, estou contente em ser sua leitora para a vida toda.
eu sou um pouco suspeito quando se trata dos livros da adrielli pois sou fã de carteirinha há muito tempo.
tenho um grande carinho pelas histórias da drielli desde a época em que ela publicava de forma independente — durante a leitura deste livro, tive vários flashbacks de quando eu lia as histórias em threads no twitter —, e a única surpresa que tive com o anúncio do lançamento de Enquanto o Universo Não Desmoronar foi a demora de alguma editora nacional ter o privilégio de publicá-la.
adrielli tem uma voz narrativa única e muito linda. além de tudo, tem um enorme cuidado com as histórias que quer contar e a forma como quer contar. esse carinho e cuidado é perceptível em todos os livros que ela já lançou — novamente, sou um grande fã. já li tudo o que essa mulher publicou — e também é visível aqui em EoUND
Enquanto o Universo Não Desmoronar é um livro que fala do luto.
alice estava no carro que causou a morte de seu irmão, thiago, e a melhor amiga, isabelle. alice foi a única sobrevivente do acidente. enquanto tenta lidar com o próprio luto, ela se conecta com a outra pessoa que compartilha parte desse luto: rodrigo, o ex-namorado de isabelle. juntos eles vão tentar não deixar o mundo se desmoronar sobre eles.
vou ser sincero que o meu maior medo era de não curtir a história. esse não é o "tipo" de livro que eu costumo ler — leio YAs, porém não com enredos assim —, e apesar de ter tido ÓTIMAS experiências com os outros livros da autora, eu ainda estava um pouco cético. porém, EoUND superou todas as minhas expectativas!
novamente, a escrita da adrielli é, por falta de uma palavra melhor no momento, mágica. ela sabe te fisgar e conduzir na história que ela quer contar, e aqui não foi diferente. os personagens são bem reais, a representação do luto beira ao tangível e temas como ansiedade e depressão são retratadas de forma super responsável e verossímil.
aqui, a autora consegue encapsular a vivência, as dores e os sentimentos de quando se é uma pessoa que está no processo do luto e só está tentando seguir em frente, vivendo dia após dia com aquela ausência fantasmagórica.
esse livro mexeu muito comigo e eu queria mt ter um autofalante do tamanho do mundo para recomendá-lo a todes. deem uma chance a EoUND!
*obs: se você é, que nem eu, amante de histórias com fantasia e personagens queers (casal sáfico, pra ser específico), eis aqui minha recomendação principal de um dos livros da adrielli = beleza monstruosa. é uma novella e está disponível no kindle unlimited!
eu AMO a escrita da Adrielli, isso não é segredo. esse eu simplesmente devorei!! é uma leitura diferente das outras histórias dela por tratar de tópicos sensíveis como o luto, solidão. é melancólico e emocionante, mas não de um jeito pesado e triste. é gostoso de ler, até você estar chorando porque cada personagem é tão real, e lida com dificuldades e nuances como nós. vou guardar essa história com carinho 🤍
Pontos negativos pra mim: Achei um pouco confuso a troca de pontos de vista dos personagens, as vezes demorava um pouco pra eu entender quem era agora. Acho que o livro acaba tocando em vários assuntos delicados mas não se aprofunda de fato em nenhum deles, isso me incomodou um pouco. Acho que algumas relações ficaram faltando um pouco mais, da pra entender a ideia geral mas como so é abordado em algumas poucas frases acaba dando a ideia de que aquilo apareceu "do nada". Como o Wesley ou o melhor amigo do irmão da Alice serem apaixonados por ela, por exemplo. Pontos positivos: Gostei do jeito que o livro aborda a confusão de sentimentos do luto, principalmente depois do plot. Também gostei bastante do final, gosto quando os personagens não abrem mão de si mesmos em nome do "romance". No geral, achei neutro pela falta de profundidade em outros assuntos profundos além do luto. Conheci a autora e ela disse que acaba lendo as resenhas do livro dela, então caso você esteja lendo isso saiba que isso não é de forma alguma um ataque. Estou ansiosa pelo seu próximo livro.
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Gostei bastante da escrita da Adrielli e adorei como o livro me remeteu uma vibe de YA-triste de meados de 2010 (mas com a roupagem brasileira, o que me fez gostar ainda mais!)
Me peguei envolvido com as questões das personagens, sentindo como eles estavam (e torcendo por eles) - o que me deixou um pouco balançado em relação ao final.
Os últimos capítulos me deixaram... pensativo. Não sei, eu senti que queria que algumas das situações tivessem vindo anteriormente na história, e não ficado só para o final final mesmo (ou talvez nem tivessem que ter acontecido).
Adorei os jogos de palavras nos nomes dos capítulos!
na potência da escrita da adrielli a gente encontra carinho e conforto até mesmo no mais sensível dos assuntos. é ao mostrar formas únicas de se lidar com algo que é, na sua essência, individual, que vemos como o coletivo também pode estar presente na individualidade e como se identificar não parece tão distante assim. personagens que cativam. narrativa que prende. protagonistas que apaixonam. tudo numa receita que beira o clichê, mas o clichê gostoso que a gente precisa às vezes.
nunca me acostumo com meu nome nos agradecimentos!
A escrita da Adrielli é leve, sensível e linda. Sou fã há uns anos e sinto orgulho de ver esse livro tão importante pra própria autora ter sido lançado.
Os personagens são REAIS, com sofrimentos possíveis e comportamentos possíveis. A amizade, amor, raiva e luto são tópicos base da história e torna tudo mais compreensível dentro da história.
Jonas, você é tudo, não importa o que digam.
Amei o livro, amei tudo. Devo ler novamente já já.
Jovens tristes do interior é muito meu tipo de história, e absolutamente AMEI essa aqui. Alice e Rodrigo são personagens muito reais, muito fáceis de enxergar vivendo por aí, e a jornada de amadurecimento deles é conduzida com muita delicadeza pela autora. Que venham mais livros da Adrielli!!
Não sei colocar em palavras os sentimentos que senti com essa leitura; senti uma angústia misturada com tristeza. Amei todos os personagens mas a Alice...nunca vi uma personagem tão bem construída. O romance, o desenvolvimento, tudo impecável.