Receitas fit para ficar healthy, superalimentos (ou superfoods, porque em inglês é mais chique) como as sementes de chia, bagas góji ou açaí, dieta disto e daquilo, smoothies para o organismo eliminar as toxinas (seja lá o que isso for), coma assim, coma assado (mas se for grelhado ainda é melhor…) — haverá alguma base científica nisto ou será tudo treta? E porque será que quanto mais sabemos sobre alimentação, pior comemos?
Neste livro, Conceição Calhau, uma das mais prestigiadas investigadoras do país na área da nutrição e saúde, deita por terra muitas das teorias que nos são «vendidas» sobre alimentação saudável e dietas milagrosas:
Será que devemos comer tudo cozido e grelhado? Existem realmente alimentos «saudáveis»? Terão as calorias assim tanta importância? Qual o papel da microbiota intestinal e como podemos tratar dela? Num país com tanto sol, porque temos níveis tão baixos de vitamina D? E será que o problema é mesmo o leite ou aquilo que a vaca come?
Numa altura em que somos constantemente bombardeados com conselhos sobre alimentação «saudável» vindos de todo o lado — muitos deles sem qualquer base científica que os sustente e, por vezes, até perigosos —, este livro é o antídoto perfeito para que, em termos de nutrição, nos deixemos de ilusões e de tretas.
Com o consumo de redes sociais somos metralhados diariamente por conceitos e fórmulas mágicas para ter um corpo esbelto, por dietas e teorias de médicos , nutricionistas e pseudo entendidos . O currículo de Conceição Calhau que escreveu este livro pareceu-me fidedigno . O título pareceu-me muito apelativo. No entanto , achei-o um tanto maçador e demasiado científico . Explica muitas transformações que se dão no organismo de cada pessoa , crítica muitos tipos de dietas e de modernices mas não avança com nada de muito concreto. São poucas as conclusões e muitas as dúvidas :
- O jejum intermitente deve ser de 12 a 14 horas mas é preferível parar de comer cedo que prolongar o jejum pela manhã . - Dieta mediterrânica é a melhor mas nunca explica bem qual é - Aterroriza-nos com os desodorizantes, o gel de banho, o peixe cheio de mercúrio, os plásticos , as frigideiras teflon, os cosméticos, de tal forma que devíamos estar todos a morrer mais cedo que os nossos avós e bisavós . - Aborda muitos estudos mas não quantifica nada convenientemente. - Afinal qual o valor que devemos ter no sangue de vitamina D? - Não devemos comer abacate nem quinoa nem nada que a nossa avó não conhecesse como alimento? Põe muitas dúvidas mas não apresenta grandes conclusões.
Conceição Calhau pode ser uma grande cientista mas o seu livro é de pouca utilidade prática .
Achei que o livro tem alguma informação relevante, mas estava à espera de um conhecimento mais prático, para aplicar no dia-a-dia. Tem algumas partes que achei confusas, em que a autora nunca chega a responder à questão sobre a qual está a falar, outras partes em que ela só debita nomes de enzimas. Estava à espera de mais!
É interessante, sim. Acrescenta mais alguma coisa, possivelmente não. É mais um livro sobre o "ambíguo" mundo da alimentação. Mas numa coisa acerta, quando mais variedade há, piores são as nossas escolhas. Regressemos à comida dos avós, até porque se os avós ao conhecerem aquele alimento, é sinal que não é alimento.
Estava muito curiosa para ler este livro e fiquei bastante desiludida. A autora diz basear-se apenas em ciência, mas fala em coisas que já foram refutadas por estudos, tais como o alumínio nos desodorizantes, disruptores endócrinos nos produtos que usamos, e até o protetor solar impedir a síntese da vitamina D. Fala também da dieta mediterrânica como sendo a melhor dieta, mas nunca explica o que é nem o que se deve comer. Alem disso, nota-se em todo o livro a arrogância com que foi escrito, principalmente em pessoas que tentam dietas “atrozes” como forma de emagrecimento.
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Numa área, a da nutricao saudavel, em que reina a charlatanice, saber o que diz a ciencia é verdadeiro "serviço publico". Pincelado com notas de humor que facilitam a compreensao pelo leigo.
Índice abreviado para referência de quem esteja interessado
1. As dietas da moda - Jejum intermitente - A moda da proteína - Dieta omnívora ou vegetariana 2. Para levar a sério - A microbiota intestinal - Fazer uma alimentação saudável não é passar a vida a comer cozidos e grelhados - O que usamos para cozinhar será o mais adequado? - Metais e alterados endócrinos: onde estão e porque são perigosos? - O sistema endócrino e o iodo - A poluição 3. A alimentação eo seu verdadeiro impacto nas doenças - Doenças autoimunes - Depressão - A vitamina D e o sistema imunitário - O colesterol - Macrobiota e cancro 4. O que não se vê, mas tem muita importância - Calorias - Micronutrientes que funcionam em conjunto - Índice glicémico 5. Os inimigos - O açúcar e o mecanismo de compensação - Devemos restringir os hidratos de carbono? 6. Intolerantes ou com a mania - Temos mesmo de deixar de beber leite? - Intolerância à lactose 7. Pode a comida dar-nos mais anos de vida? - Antioxidantes e antienvelhecimento - O metabolismo abranda mesmo com a idade? 8. Quando a dieta não é uma sentença - O estranho mundo das dietas - Dieta, essa palavra tão complicada
Um desapontamento. Estava à procura de conselhos sobre como ser uma consumidora (e comilona) mais responsável, mas só encontrei a ciência por detrás de elementos de cariz político, como os poluentes, sobre os quais não podemos exercer controlo, e de resto um livro medíocre.
De cada vez que a autora poderia ter explicado o que é realmente saudável, não o fez – por exemplo, de 5 em 5 páginas lá se fala novamente na “dieta mediterrânica, mas a real, não aquela do bifinho de peru com arroz” sim e então essa dieta real, em que consiste? Nunca menciona. E “as calorias não interessam verdadeiramente”, então o que é que interessa?! Não há seguimento para nenhum dos pontos com que a própria autora titula as secções do capítulo II, o que é quase inacreditável ("a dieta apropriada é algo que só se pode analisar a nível indivídual, venham às minhas consultas" não é uma resposta de todo honesta, e contudo é repetida ao longo de todo o livro).
É um livro com muito poucas páginas, cheias de repetições (até os exemplos e as frases feitas se repetem! Onde estava o trabalho de edição?) e com respostas apenas às ideias mais estúpidas que se vêem por aí, como as dietas de jejuns.
Conclusão: não aprendi quase nada com este livro, o pouco que aprendi não é o prometido pelo título nem pela premissa da capa/entrevista da autora na Visão, portanto não recomendo.
Já não é a primeira vez que vejo um livro de autora portuguesa de carácter científico muito duvidoso, o que me preocupa: é este o estado actual da maior parte das publicações em PT, ou só tenho tido muito azar nas minhas escolhas?
Uma leitura essencial para os tempos atuais Este livro da Conceição Calhau é uma leitura extremamente interessante, combinando fundamentos científicos com uma linguagem acessível a todos. Traz uma abordagem atual e muito pertinente sobre a nutrição, num momento em que o tema está em destaque na sociedade. Quer sejas atleta ou apenas alguém com interesse em aprender mais sobre alimentação e saúde, este é um livro com um enorme valor acrescentado. Uma obra impactante que esclarece, educa e inspira.
Sem dúvida o livro mais interessante que li em muito tempo. A autora tem uma capacidade de explicar conceitos menos acessíveis a quem não é da área da Bioquímica, usando analogias muito fáceis de entender (sendo da área, tenho visão sobre os dois lados da analogia). Adorei ler e refletir sobre muitos hábitos (infundados) que a nossa sociedade foi adotando com o passar dos anos. Aprendi muitas coisas que ia partilhando com as pessoas à minha volta. Recomendo vivamente! 👏
Com a leitura deste livro apercebi-me do pouco que eu sabia sobre o tema e de como muito do que julgava saber não estava totalmente correto. Foi uma leitura muito enriquecedora e esclarecedora, que me fez olhar para a alimentação com um novo ponto de vista.
Livro muito interessante com excelentes reflexões... Adorei. O único senão, sendo profissional de saúde, foram as dissertações de bioquímica/metabolismo demasiado simplificadas mas para um público-alvo é a opção acertada. Pareceu-me ter reparado certas gralhas no português.
Não é bem o que esperava, livro muito técnico e científico, apesar de abordar muitos tópicos interessantes, não tem muitas conclusões e indicações práticas
Devia ser obrigatória a leitura deste livro. Esclarecedor e com informações muito importantes sobre a alimentação, mitos sobre os alimentos, como as dietas, as “modas alimentares”, sobre como o que comemos afeta a nossa saúde e como ainda não sabemos comer.