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O que não tem censura nem nunca terá: Chico Buarque e a repressão artística na ditadura militar

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A ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985 coincidiu com a fase inicial da carreira de Chico Buarque (1944-), um dos maiores compositores da história da música brasileira. Foi em 1966 que o jovem estudante de arquitetura lançou "A banda", seu primeiro grande sucesso. Nesse mesmo ano, "Tamandaré", outra composição sua, foi proibida pelo Serviço de Censura, por ofender o almirante Tamandaré, o patrono da Marinha. Era o primeiro encontro de Chico com a Censura – o primeiro de muitos. Em dezembro de 1968 era baixado o Ato Institucional no 5, que suspendia todas as garantias constitucionais e dava início aos "anos de chumbo". A partir daí, os artistas brasileiros não teriam mais paz.

Este livro traz um relato da relação conflituosa entre um dos artistas mais geniais já produzido pelo Brasil e a Censura oficial do regime militar. Ao mesmo tempo, trata-se de um magistral resgate da perseguição e da repressão artística no mais recente período em que todas as liberdades foram suspensas em nosso país. Um deleite para fãs e não fãs; para os que viveram durante a repressão militar e para as novas gerações que pouco ou nada sabem sobre o que é viver e criar sob o autoritarismo.

216 pages, Kindle Edition

Published May 29, 2024

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Profile Image for Luís Fellipe.
49 reviews
December 25, 2024
É um livro baseado em paixões e, por isso, o autor acaba se perdendo em diversos momentos. A ideia principal da obra estimula nossa atenção, contudo ela é apresentada de maneira rasa e sem uma visão crítica, fruto de uma fraca bibliografia na qual o autor se apoiou. Até como fonte, o livro não serve tanto, já que o autor não cita as edições dos jornais de onde ele as tirou.

Outro problema grave no livro são os erros históricos feitos pelo autor. Mesmo corrigidos no decorrer do texto, ainda é incômodo ler que Chico foi exilado (quando na verdade ele se autoexilou), que a censura no Brasil acabou na prática em 1985 (quando sabemos que ela foi até 1988) ou que a censura não olhou para a música a partir de 1985. Todos essas afirmações foram desmentidas no decorrer do livro, porém, a primeira informação acabou marcando.

Por fim, o autor se perdeu de sua proposta a partir no terço final do livro quando a censura fica mais fraca e não está tão presente nas obras do artista. O final então foi péssimo com detalhes da vida pessoal de Chico Buarque que foram desnecessárias.

Como pesquisador não recomendaria esse livro para alguém interessado no assunto. Existem obras melhores que aprofundam e ampliam o debate sobre a relação entre música e a ditadura civil militar no Brasil.
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