Nos séculos de ouro da presença portuguesa na Índia, uma mulher cristã protagonizou uma história de amor proibido com o poderoso imperador do Indostão. Juliana Dias da Costa, mulher excecional formada pelos jesuítas, rompeu os cânones do seu tempo, revelando uma cultura científica fora do comum e grandes habilidades diplomáticas, o que fez dela uma figura de grande destaque na corte mais rica e próspera do mundo. Tendo permanecido fiel à sua fé num ambiente predominantemente islâmico, Juliana ajudou a expandir a sua religião, ganhando reconhecimento tanto dos imperadores mogóis como do rei português. A Senhora das Índias recorda uma paixão inesperada e o contexto histórico rico e fascinante do império mogol e das relações entre Portugal e a Índia. Uma extraordinária história de amor e coragem que atravessa fronteiras e culturas, e que deixou um legado inigualável.
ALBERTO S. SANTOS é licenciado em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa. Foi Presidente da Câmara Municipal de Penafiel (2002-2013), Presidente da Comissão Científica da Rota do Românico/Centro de Estudos do Românico e do Território (2009-2025) e Comissário Cultural do Festival Literário "Escritaria" (2014-2025). Foi Secretário de Estado da Cultura dos XXIV e XXV Governos Constitucionais (2025-). Como escritor, afirmou-se essencialmente na ficção histórica, criada a partir de marcantes acontecimentos reais, mas pouco conhecidos do grande público. Publicou os romances A Escrava de Córdova (2008), A Profecia de Istambul (2010), O Segredo de Compostela (2013), Para lá de Bagdad (2016), Amantes de Buenos Aires (2019) e A Senhora das Índias (2024). É também autor da coletânea de contos A Arte de Caçar Destinos (2017) e participou na série de contos de autores lusófonos Roça Língua (2014). Tem obra publicada na Polónia, Argentina, Espanha e, em breve, na Sérvia).
Um livro bastante cativante, especialmente por nos mostrar um bocadinho da história de Portugal na Índia. Gostei ainda mais porque no final da leitura, sinto que expandi o meu conhecimento no tópico das religiões e da história da Índia, o que para mim é sempre um plus! Acho apenas que por vezes são demasiados nomes para acompanhar (às vezes, uma árvore genealógica ou uma pequena listagem das personagens no início ou fim do livro ajudam), e porque sinto que temos de nos habituar à escrita bastante rica em “ricocós”. Esta última parte não deverá ser interpretado como uma crítica negativa, entendo que se escreva dessa forma, mas as vezes torna a leitura ligeiramente mais complicada. De resto, espetacular, com bastantes plot twist para manter o interesse. Aprecio sempre ver portugueses a escrever bons livros! 🤗
Cativou-me o facto de ser baseado numa personagem real, uma heroina portuguesa pouco conhecida e o contexto historico por terras do Indostão. Mas depois a sensação constante de irreal não me deixou ligar-me à personagem. Demasiados feitos, demasiado heroismo e a sensação de inverosimilhança retiraram algum prazer à leitura. As heroínas também são pessoas e neste caso o que nao gostei foi que a sua caracterização ficou mais perto do endeusamento do que da humanização. Ainda assim, é um bom livro de entretenimento e de fácil leitura.
SEÑORA DE INDIAS de ALBERTO SANTOS Juliana Dias da Costa, en el siglo XVII, fue médica, espía, líder militar y el amor prohibido de un emperador. La novela basada en hechos reales relatada en primera persona narra la historia de una mujer anticipada a su tiempo que enfrenta las dificultades y los obstáculos que la familia y la sociedad le impusieron. Con curiosidad, inteligencia y habilidades, superó prejuicios y obstáculos hasta convertirse en una figura respetada del Imperio. Fue médica, espía y líder militar. La protagonista encuentra que el amor puede superar diferencias religiosas y culturales. Es el primer libro que leo de este autor. Las historias basadas en personajes reales me atraen y me permitió descubrir un tiempo y lugar desconocido. Aunque la descripción de las guerras es extensa, es útil para entender el contexto de la trama y muestra la investigación responsable del autor.
Este foi o primeiro livro que li deste autor. Gostei, divertiu-me, deu-me gosto. Uma excelente narrativa. Pela negativa, bom, quando começo um livro, ele tem 5 estrelas. retiro uma porque de facto falta-lhe algum substância. Não é o livro de uma vida, daqui a 10 anos não terei grande memória dele. A outra estrela retiro-a pela utilização de três "palavras" abjectas, introduzidas a partir do nada no léxico português, replicadas pelos pobres de espírito que pululam pelas redes sociais e pelos jornalistas medíocres que basicamente são tudo o que existe no nosso país: "experienciar", "empoderamento" e "narrativa", esta última não no sentido correcto mas no da moda, dificilmente definível, usado em frases como "não subscrevo essa narrativa". Um autor responsável deveria ser capaz de melhor e passar ao lado deste lixo.
Alberto Santos dá-nos a conhecer a história notável de Juliana Dias da Costa, portuguesa que no séc. XVIII tem um papel relevante no Império Mógul mantendo sempre uma forte ligação a Goa, aos jesuítas e a fidelidade à coroa portuguesa. Esta história está bem ficcionada pelo autor que consegue “agarrar-nos” do princípio ao fim do livro. E por isso lhe dou a classificação de 5.
o meu primeiro pensamento foi: ridiculo. completamente inverosivel o ritmo e so o safa o trabalho de investigaçao que alguem, ja é suposto ser uma personagem real. metade do tempo é uma católica muito compenetrada e dedicada, na outra sente se culpada por estar a "pecar". claramente escrito por um homem com demasiadas cenas de sexo e fazer a personagem " uma maria vai com todos"
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Alberto Santos escreve um belo romance de uma heroína portuguesa desconhecida (mas real) em terras do Indostão. Cativa e mostra um perfil muito concreto e definido, com incertezas, mudanças e virtudes. Enfim, um perfil de pessoa real.
Es la increíble historia de Juliana Dias da Costa, una mujer de ascendencia portuguesa en el Imperio Mongol, en el siglo XVII. Una mujer muy inteligente, hábil, influyente, que nunca dejó de ser cristiana, en un estado musulmán y donde ayudó a los jesuitas a adentrarse cada vez más en él.