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So What If I'm a Puta: Diaries of Transness, Sex Work, Desire

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Translated by Amanda De Lisio and Bruna Dantas Lobato

(So What) If I’m a Puta?, originally published on author Amara Moira’s popular blog of the same name, consists of 44 crônicas that wryly portray her experiences as a trans sex worker in Brazil. In a brazen, funny, and at times heartbreaking voice, Moira explores the political and personal textures of her encounters with the men who buy sex from her, and the complex reality of her labor of a sort of love.

Woven through Moira’s essays are reflections on transition, safe sex, desire, whorephobia, consent—in the grim context of Brazil’s record rates of violence against trans women. Ultimately, Moira writes to “give a voice to us prostitutes” and center trans sex workers in Brazil’s putafeminist movement, modeling a feminism that envisions inclusivity, safety, self-determination, and joy for us all.

168 pages, Paperback

Published July 22, 2025

28 people are currently reading
853 people want to read

About the author

Amara Moira

12 books80 followers
Amara Moira é travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp e autora dos livros "E se eu fosse puta" (n-1 edições, 2023) e "Neca: romance em bajubá" (Companhia das Letras, 2024). Além disso, ela traduziu o livro de contos "Chuva dourada sobre mim" (Diadorim editora, 2024), da travesti argentina Naty Menstrual, e foi coordenadora do Museu da Diversidade Sexual em São Paulo, onde atualmente reside.

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Community Reviews

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28 (6%)
1 star
1 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 58 reviews
Profile Image for Alwynne.
924 reviews1,542 followers
February 22, 2025
Based on her original blog, activist, poet and academic Amara Moira chronicles her experiences as a sex worker in Brazil. In 2014 Moira was studying for a doctorate in literature, she was also in the process of transitioning. It was then she found herself drawn to sex work through a blend of loneliness and an overwhelming desire to be desired. Moira’s account of her interactions with her clients is forthright and extremely frank, filled with moment-by-moment descriptions of her encounters. At first Moira found herself in a state of ecstasy, relishing the sensations and the recognition that sex with, overwhelmingly cis hetero, men seemed to offer. But as time passed her thoughts and feelings became less definable, ranging from rage to detached amusement at the self-centred demands and behaviour of so many of the men who sought her out: the ones who presented as fully-fledged romantics at least until they came; the ones turned on by overriding her wishes from refusing to wear condoms to outright violence. She became increasingly conscious of the ways in which these, frequently self-confessed, family men exemplified the hypocrisy underlying Brazil’s largely patriarchal society – one in which her existence is marginalised often to the point of denial.

Moira refers to herself as “travesti” a transphobic slur that’s been reappropriated, adopted by a particular grouping of transwomen as a specific gender identity. It’s an identity closely tied to sex work. The status of sex workers in Brazil is fraught and complicated, not helped by their exclusion from numerous, feminist activist circles. Moira’s writings are a contribution to a growing putafeminist (“whore feminist”) movement. A working-class movement fighting for sex workers’ rights, partly constructed in opposition to conservative feminisms that routinely vilify women like Moira, representing them as complicit with rape culture and the perpetuation of patriarchal power structures. Although this could be a gruelling read, Moira's fragmented, powerful storytelling is effective as a means of taking control of the narrative, explicitly countering these kinds of judgemental attitudes – as well as the prejudices of the men who hire her. An act of defiance that takes on even more significance in the context of Brazil where discrimination towards trans communities all too often results in abuse, assault and murder. Translated by Bruna Dantas Lobata & Amanda De Lisio.

Thanks to Edelweiss and publisher Feminist Press at CUNY for an ARC

Rating: 3/3.5
Profile Image for Uva Costriuba.
396 reviews13 followers
August 17, 2018
Estou chutando a data em que terminei a primeira leitura desse livro. Ele ficou na minha cabeceira. Reli partes, voltei numas páginas que dobrei a orelha... e agora estou aqui com um pouco de vergonha de não ter uma resenha muito objetiva. Fiquei perturbada. Esse livro é muito bom. Pelo menos pra mim, foi ótimo.

"E se eu fosse puta"? Toda mulher já se perguntou isso em algum momento. Faz parte das ameaças, das fantasias, do território oficialmente proibido de ser mulher. Virginie Despentes fala extensivamente sobre ser puta e ser mulher no "Teoria King Kong" e ler Amara Moira me lembrou de como é intimamente próximo de nós todas esse lugar da puta. E ao mesmo tempo situado a anos luz de distância quando mulheres brancas cis de classe média (eu) observam prostitutas de rua. Ainda não superamos Bruna Surfistinha.

Travestis de rua, aliás. Mais um grau de separação entre nós. E mesmo assim... bateram fundo todas descrições explícitas do sexo, da crueza das coisas, do divertimento de finalmente dar vazão a impulsos sexuais que não ousam ver a luz do dia (talvez na Alemanha?). A aceitação do corpo. O desejo pelo corpo que não é o ideal de beleza comercializado e higienista. A violência sempre desconfortavelmente próxima (masculina? estatal?). O desejo que ignora narrativas oficiais. Tudo isso me perturbou muito, mas muito mais do que na leitura de Anaïs Nin. Afinal as descrições nesse livro estão logo aqui na esquina, estão no meu bairro, na minha cabeça e talvez na minha cama.

Não sei avaliar objetivamente esse livro. Sei que é importante, que tem uma relevância brutal no nosso momento histórico e social de agora e que com certeza não será lido o bastante. E digo isso porque não é só sobre a presença de personagens travestis (por si só digna de nota) ou mesmo pelas descrições "pé na porta" de sexualidade não normativa, mas pela noção de subjetividade exposta no livro. Esses limites do que é ser uma pessoa, um indivíduo, no mundo. Essa voz. A liberdade encontrada na expressão da sexualidade marginalizada, as condições dessa libertação, a vida nisso. Vivemos um momento histórico de resignificação da expressão do que é ser uma pessoa e esse livro me instiga a repensar como eu estou vivendo isso.

Recomendo fortemente a leitura.
Profile Image for Gabriela Ventura.
294 reviews135 followers
September 17, 2018
Amara Moira é escritora, acadêmica, trans, ativista política e puta. No livro dela a gente encontra todas as facetas, que não raro se sobrepõem e complementam, como no trecho a seguir. Uma excelente coleção de memórias - pena que tão curta.

"Quem dentre vocês que me leem se permitiria viver essa gama de transas, beijos, se permitiria sentir, tentar sentir, fingir ao menos, tesão por esses corpos todos que abundam nos meus braços, corpos (assim como o meu, mas de forma toda outra) rejeitados pela norma, dissidentes, resistentes, preteridos, corpos gordos, peludos, com deficiência, fora do padrão de beleza, de macheza, autoestima lá embaixo, tímidos, oprimidos, travados, corpos que só se sentem à vontade conosco, que se entregam apenas nas nossas camas, que precisam de nós para não pirar nessa vida de exclusões... decorrência direta dos padrões normativos de beleza e macheza, é algumas pessoas só terem acesso à experiência do sexo por meio das putas. Até que ponto a prostituição não existe também em função disso? Há algo de Jesus Cristo em toda prostituta, esse desprendimento do "se quer ser perfeito vai, venda tudo o que tem e dê pros pobres". (Mt 19;21)... não à toa ele próprio afirmou que "as prostitutas vos precederão no reino de Deus" (Mt 21;31). Mas aguardem, o ataque às normas vai se intensificar por aqui: essa íngua travesti puta escritora vai ser libertária ou não será."
Profile Image for Emily.
545 reviews43 followers
October 2, 2020
Em E se eu fosse pura, Amara Moira narra parte de suas experiências como travesti e prostituta (e também um pouco da sua vida antes da transição) e como as coisas se interlaçam e se sobrepõem. É um livro muito aberto, sem pudor, com reflexões muito interessantes no meio. Aprendi um punhado de coisa, me confundi com mais um outro punhado.
Profile Image for nana.
538 reviews54 followers
April 4, 2020
Prostituição e pornografia são temas tabus e estão muito perto ou muito longe da realidade de muita gente. Um grande número de pessoas trans está inserido no mercado do sexo, e para quem não está ou nunca teve contato com o meio, é difícil ter ideia precisa do que realmente ocorre. Por isso livros como “E Se Eu Fosse Puta” são tão importantes: para que a realidade seja contada em primeira mão. Amara Moira é ativista trans, professora, e já foi prostituta, de rua mesmo. Aqui ela conta várias de suas experiências.

Algo que gosto em trabalhos nacionais é a linguagem crua, direta, informal. Amara é maravilhosa nesse sentido, sua escrita carrega uma sonoridade impecável que me prendeu por toda a obra. Parece que ela está bem ali, contando as histórias pra você. E se tem alguma gíria para órgãos genitais que você ainda não conhecia, passa a conhecer nesse livro.

Nos textos, várias feridas são cutucadas, e algo que particularmente me tocou foi a percepção do quanto Amara sentia-se dependente da prostituição não só por razões financeiras, mas psicológicas também. Corpos trans são marginalizados, rejeitados pela sociedade “de respeito”. Na prostituição, nas ruas, é onde são desejados e, à seu modo “aceitos”. Isso parece ter um impacto muito significativo na trajetória de Amara, que abraça o rótulo “puta” como parte de si. É ali, como puta, que seu corpo é desejado do jeito que é.

Os capítulos são separados por temas, e em vários são postas em debate questões específicas. Quando peguei esse livro, não imaginava que ele me obrigaria a refletir sobre a classe dos homens que fazem uso de serviços de prostitutas, ou sobre como homens pedem para profissionais do sexo coisas que não teriam coragem de pedir em outras ocasiões. Amara também reflete: em um trecho revela que seus posts na internet foram apontados como gordofóbicos, e que tentou não reproduzir esses preconceitos no livro.

Sobre ser ou não antiprostituição/pornografia (eu sou): também é uma questão posta em debate, mas sendo o temática do livro, seria difícil isso não acontecer. Há, inclusive, descrições explícitas de situações de abuso, que podem ser difíceis de ler para pessoas sensíveis. Assim, mesmo não sendo exatamente contra o trabalho sexual, Amara conta a verdade crua, deixando que você pense sobre e dando abertura para argumentação contra e pró.

Esta foi uma leitura necessária para mim, e acredito que também seja para todos que quiserem saber mais sobre a vida das travestis prostitutas de rua. Você provavelmente vai encontrar pensamentos com os quais não concorda, como aconteceu comigo, mas isso também é essencial para o crescimento intelectual de alguém. O texto contém descrições de transfobia, assédio e abuso sexual, e não recomendo para quem tem dificuldades em ler sobre.
Profile Image for Michelle.
2 reviews
July 24, 2017
Chocada! Muita historia que jamais saberíamos se a Amara, quem tive o prazer de conhecer pessoalmente, não fosse esse mulherão que com a cara e a coragem, pontos e vírgulas, não compartilhasse esse drama da vida nas ruas. Prostitutas, travestis, buscadas por homens casados, de família, com filhos, como têm que ter fôlego!!
Profile Image for Marcella.
96 reviews2 followers
November 18, 2021


"Triste sina da travesti: atiçar o desejo alheio e, ao mesmo tempo, o ódio por ter despertado esse desejo. Não à toa nos matam, agridem… somos a prova viva de que ele não é tão machão padrão quanto acredita ser, quanto devia ser. Imagina se descobrem? Passado o gozo, não há mais tesão para fazer com que tenham coragem de interagir conosco: nem oi, nem tchau, sequer um sorriso. No melhor dos casos, a indiferença. No pior, a violência"
"Vinte nove anos vivendo como homem, mais especificamente o homenzinho padrão, branco, nada afeminado, lido como hétero mesmo sendo bi, classe média, e foi só transicionar e passar a ser lida como travesti pra viver minha primeira experiência de violência sexual."


5/5 ⭐

Um compilado de relatos, vívidos e explícitos, da vida de Amara Moira. O livro conta como foi a experiência da autora com a prostituição, com seus clientes, com suas vontades, seus sentimentos, sua transição.
Para mim, o mais interessante do livro foi ter uma visão diferente da prostituição, uma visão de quem vive e que sabe as necessidades. Adentrei essa leitura como uma impetuosa defensora do fim dessa profissão milenar e saí repensando minhas hipocrisias, meu apontar de dedos, minhas convicções que fossem talvez tão puritanas quanto dos conservadores que avidamente critico. O livro convida à reflexão e, como a autora diz, instaura o putafeminismo, o qual defende melhores condições de trabalho e segurança para uma profissão que, convenhamos, jamais veremos o fim.


Conclusão: Recomendo a leitura para quem não tenha problemas em ler relatos explícito, escritos sobre a realidade, com zero pudor. Recomendo também para quem não tem medo de ser chamado a rever suas hipocrisias e pensamentos.
Profile Image for Arthur .
284 reviews65 followers
January 30, 2021
É uma obra importante, pelo tema e por ser escrito pelo ponto de vista da autora, não de alguém de fora. Até certo ponto acreditei que o livro era copia-cola do blog (e tudo bem, uma escolha estética), mas lá pelas tantas, no meio de um capítulo, ela fala que melhorou algumas partes e fiquei pensando em tudo que podia ter sido adaptado na transposição pro livro. Acho que a obra se propõe certa ambiguidade, ser leve e séria, divertida e triste, que comigo não funcionou muito bem. Mas li até o final e gostei de alguns incômodos/provocações.
Profile Image for Bruno Barcellos.
86 reviews2 followers
July 6, 2017
"Quem é quem de verdade, a prostituta é quem vê."

O quê dizer sobre esse livro?
São histórias reais, cruas, muitas vezes pesadas. Mas, necessárias para rever nossos conceitos. Sobre como tratamos o outro. Como julgamos. Como nos permitimos deixar o status quo imposto nos afetar ao ponto de tratar o outro como nada, um pária.

É um livro que sei que eu deveria falar muito mais do quê estou fazendo, mas eu ainda não digeri direito a experiência que foi essa leitura.

Profile Image for Rhaisa Trombini.
2 reviews
September 23, 2016
O que mais me chocou foi a questão dos olhares, como as pessoas olham para ela como algo que não se encaixa. Mas, mulherão como aquele, não se abalar com pequenas aparências. Para todas que sentem essa pressão: levanta a cabeça e desfila, linda.

Continue lendo no blog A Livreira
https://alivreirasite.wordpress.com/2...
Profile Image for giuli.
63 reviews1 follower
October 25, 2021
NOTA: 5

Com seus (autodenominados pela autora) “Diários de uma travesti”, Amara Moira nos retrata como foi sua vida como mulher trans tornada profissional do sexo para obter sua renda.

Esse livro é surpreendente, li por recomendação de um amigo, e esperava algo completamente diferente, algo mais indireto, acadêmico, e fui completamente surrupiada. É uma porta para este mundo no qual muitas pessoas não convivem e nunca foram, e não guarda segredos nem faz cerimônia: é tudo cru, na cara e sem eufemismos, porque essa experiência de vida não tem eufemismos. É violenta, é brutal e é forte.

Preciso dizer que meu estômago torceu enquanto eu lia, e inclusive tomei a decisão de ler uma boa parte do livro de uma vez só para terminá-lo, pois eu não tinha mais cabeça para ler. Eu ainda tinha esse ponto de término, depois do qual eu passasse, as sensações ruins acabariam. Mas e pra quem vive disso?

Nem tenho muito o que avaliar, já que Amara foi revolucionária por não ter papas na língua, além de trazer essa visão desmaquiada e sincera para o leitor. Apesar de eu querer mais capítulos como o último com a Amara atual falando, a Amara pós-experiência e que discursa e argumenta, sua fala não teria o mesmo impacto se eu não tivesse lido seus relatos anteriormente.

Tudo isso prova que é uma experiência única de leitura, não só porque cada pessoa trans tem uma experiência diferente, como também porque é real, aconteceu - e essa consciência leva a leitura para outro patamar.

Fiquei extremamente irritada com certos leitores que acusaram Amara de romantizar o trabalho da profissional do sexo. A autora nos dá diversas facetas de seu relacionamento com a situação, além de deixar bem claro que era a única forma de se sentir desejada. Se um argumento como esse te desmotivou a ler esse livro, o ignore e vá ler! É uma experiência única e diferente das outras como em qualquer comunidade - quem a taxa de romantização, teve falta de interpretação.

Recomendadíssimo (+18)! Gostaria de ver mais coisas da autora daqui pra frente (:
Profile Image for Emannuel K..
211 reviews17 followers
May 1, 2019
O livro é relativamente curto, e parece vir direto das postagens no blog da autora, o que faz com que a leitura flua bem rápido. Dá para ler em uma sentada, com a prosa bem direta, que faz você pular para o "próximo episódio" quase como uma série na netflix. E o livro possibilita a aproximação com um ponto de vista que é majoritariamente ignorado na literatura, unindo a experiência com a prostituição à perspectiva de uma pessoa trans na nossa sociedade e nesse contexto. Imagino que seja particularmente revelador para pessoas que têm ressalvas quanto à prostituição a partir de uma perspectiva engajada no movimento LGBT+, que a autora enquadra numa corrente de conservadorismo. Nunca tinha entrado em contato com um testemunho de uma pessoa trans feito de forma tão direta, tão sem tabus. Só acho uma pena que o foco tenha se mantido exclusivamente em um aspecto da vida da narradora. A estrutura em forma de "postagens", mesmo acelerando a leitura, também parece tornar mais difícil um desenvolvimento de uma narrativa mais completa. Fiquei curioso sobre várias coisas que foram apenas citadas, que esperava ter visto se desenrolarem mais. Será que vai ter uma continuação ou algo do tipo?
Profile Image for Leandro.
37 reviews1 follower
February 13, 2024
Li achando que não tinha gostado. Depois achei que estava gostando. No final, me pergunto por que essa confusão de interpretações: o livro entrega menos do que eu esperava?; o livro encurrala meus preconceitos?; o livro excita, e eu sinto culpa por isso?; o livro tem uma genialidade que minha leitura não alcança?; vou reler os grifos que fiz no livro?; o livro...?; o livro...?; "não sei, só sei que foi assim"
Profile Image for Natalia Fernández-Huertas.
35 reviews3 followers
January 10, 2025
Es la experiencia Amara en el trabajo sexual de la ciudad de São Paulo, quien es una mujer trans con doctorado, profesora y académica que decide dedicarse al trabajo sexual. La narrativa del libro es muy explícita pero describe muy bien lo que significa ser puta. Quisiera destacar de este libro que incluye lenguaje Bajubá, que es una variedad lingüística utilizada por la comunidad trans y travesti en Brasil. El mensaje del libro es claro, y es romper la idea de que existen personas que deciden ejercer el trabajo sexual, sin negar, la precariedad y la inseguridad que hay en su ejercicio por la falta de reconocimiento al trabajo sexual.
139 reviews1 follower
October 9, 2020
Esse livro abriu minha mente para universos totalmente desconhecidos, pontos de vista muito diferentes e bandeiras como o putafeminismo e a legalização da prostituição. Certamente vale a leitura para expandir horizontes. Por outro lado, trata-se acima de tudo de um diário de uma prostituta travesti, a maior parte do livro consiste de descrições de sexo, de homens com travestis. Então, para mim, confesso que não foi uma leitura fácil.
Profile Image for Paulo Ribeiro.
Author 2 books
April 7, 2018
Com sua autobiografia, a Amara escancara o submundo da prostituição de travestis em um relato cru, duro e, sobretudo, honesto. Quer você concorde ou não com as visões da autora, acho que é impossível sair dessa leitura sem que ela tenha lhe marcado.
Profile Image for Ana Helena.
152 reviews11 followers
November 21, 2021
Textos que vieram do blog pro livro com fluidez e sinceridade cortantes. Pra refletir sobre hipocrisia, sobre liberdade e tudo que há entre elas.
Profile Image for Richard Derus.
3,950 reviews2,246 followers
July 31, 2025
Rating: 5* of five

The Publisher Says: An incisive, intimate diary of the life of a travesti sex worker in Brazil, with a foreword by Charlotte Shane

So What If I’m a Puta, originally published on author Amara Moira’s popular blog of the same name, consists of 44 crônicas that wryly portray her experiences as a trans sex worker in Brazil. In a brazen, funny, and at times heartbreaking voice, Moira explores the political and personal textures of her encounters with the men who buy sex from her, and the complex reality of her labor of a sort of love.

Woven through Moira’s essays are reflections on transition, safe sex, desire, whorephobia, consent—in the grim context of Brazil’s record rates of violence against trans women. Ultimately, Moira writes to center trans sex workers in Brazil’s putafeminist movement, modeling a feminism that envisions inclusivity, safety, self-determination, and joy for us all.

I RECEIVED A DRC FROM THE PUBLISHER VIA EDELWEISS+. THANK YOU.

My Review
: Self-determination, personal autonomy, individual freedom, call it what you like: It is the central fact in the competing ideologies of high-control and laissez-faire systems of social organization duking it out around the world of 2025. Spoiler alert: It's always going to fall short for one side's happiness and comfort. I myownself want it fall shortest for the high-control (usually religious) fascist slime.

There. I'm out of the closet. I want what "They" claim to want, the PTB out of my personal business, telling me who I can fuck, marry, or vote for. What "They" want is to impose more control on people they don't like, eg women, queers, other religions, and that will make "Them" happy. No it won't. Read Amara's words.

Her clients for sex services are very high-control men, from (I suspect) the same background as the other fascists though that is only inference on my part. The stories of the services they require of Amara, a woman in their eyes, aren't any surprise to any woman reading the book.As a cisqueer man i'm not going to assume I get what these cishet men are after because I'm not after it. I'll say that every single woman I've ever known well enough to have this kind of subject arise in our conversations has a story like at least one of Amara's stories...men who get joy(?) from overriding her wishes, aka rape, all the weird psychosexual kinks all people have...it's part of her job as a puta (whore in English) to meet them. Or so the men buying access to her body assume.

The huge tragedy in this is transphobia. It leaves women like Amara outside the moral indignation circle "feminists" like the hateful wizard-book lady draw to protect women from abuse and exploitation. It leaves these women open to the rage-filled hate of their clients, often leading to femicide, that evil act of gendered violence.

Those gender essentialists are complicit in each and every crime committed against transfem or transmasc people. If you are a gender essentialist, do not tell me so and expect to receive any respect or even tolerance for your hateful belief.

Amara Moira's blog, this epitome of it brought into English by the amazing Bruna Dantas Lobato (whose work I've praised in those linked reviews) and Amanda De Lisio (who both edited the blog entries and assisted in translation), takes back control of her narrative. She is the embodiment of self-determination, lacking throughout this read even a whiff of victimhood. And honestly, if Author Amara wanted to play the victim card, I would say nothing against it. She has too much integrity for suchlike nonsense, though.

The only quibble I have is the same one I have with all fix-ups of shorter works: It gets repetitive. The book clocks in at under 200pp, so it isn't a deal-breaker for me. I do not know how better to convey my sense of the importance of this read than to say: If ever you're going to say a transphobic word, don't open your yap until you've gotten to know a trans person.

Start here.
Profile Image for Sarah-Hope.
1,451 reviews204 followers
October 11, 2025
Never mind the publisher's promo material, Amara Moira's So What If I'm a Puta is a book about resistance and the powers that want to smash that resistance. The resistance is Moira's. She's a literary scholar, tranvestí, and sexworker. The powers are cis het men titillated by pursuing what they would imprison others for, social convention, and the politics of hate—and an infinitude of others, though I'm stopping here.

I'm writing this in the US where anti-trans violence and hate are currently "hot": one of the key hatreds that allow Trump to get away with all kinds of graft and brutality. As long as Trump can convince his followers that it's open season on transsexuals and immigrants, his followers don't care about—or else celebrate—totalitarian limits placed on education Pre-K through Post-Doc; the disappearances of both the undocumented and the documented and the illegal shipping of people across the world to regions where they are most apt to experience harm; the muzzling of whatever we still have in the way of free press; and the growing power of cryptocurrency, which will someday (I hope) face the crash it merits—because Monopoly money is still Monopoly money, even if your spray paint it gold and make owning it like becoming a member of the he-man woman-haters who-gives-a-fuck-about-the-plebs-but-they're-easy-to-milk club. Someday, I'm going to have to overcome this impulse towards subtlety... (Maybe my next spin on the Vedic wheel.)

So, I'm reading Moira through the lens of my own time and geographic location. She demonstrates that sexwork is like any kind of work: occasionally satisfying, but more apt to fall somewhere along the awakward to the life-threatening (like Amazon warehouse employees, folks working in explosives factories, workers on the processing lines in the chicken business). And the message of my time and place is that we keep trying to free ourselves from the walls of constraint that have been built around us and are patrolled regularly—and that to be one's full self is to be forbidden and despised no mater how many freedom fries one eats.

Read So What If I'm a Puta both to spend time looking through Moira's eyes with rage, solidarity, and grief and looking through our own sans blinders and distractions.

I received an electronic review copy of this title from the publisher via Edelweiss; the opinions are my own.
Profile Image for malina.
15 reviews
June 30, 2021
Conheci Amara Moira anos antes, quando ainda me descobria uma bichinha, em um canal do Youtube que reunia relatos de algumas pessoas LGBT em seus próprios processos de descoberta. Na época, pensei que Amara seria mais uma dentre as várias outras pessoas e que, depois de fechar o vídeo, nunca mais a encontraria. Sorte do destino que não foi assim: encontrei essa autora inteligentíssima nas videoaulas do Descomplica (diga-se de passagem, uma ótima professora de linguagem), em podcasts, em TED Talks e agora em um livro impecável. E que felicidade ver ela chegar até aqui, que bom que Amara não ficou eternamente só naquele relato, na verdade cresceu muito mais, para muitos mais relatos e assim espero que continue. Vi algumas pessoas criticarem o livro como se fosse um compilado de contos eróticos; se assim a pessoa entendeu as histórias de Amara, sinto pena dessa leitora.

É mais que a história eróticas feitas pra uma satisfação pessoal, até porque em muitas histórias aqui não há satisfação nenhuma: nem de nós ao ler as tormentas e abusos da prostituição, nem de Amara, que não omite as dores físicas ou emocionais da vida que leva. E nas poucas em que há verdadeiro tesão e desejo de Amara e de seu cliente, as páginas voam, reflexo dos poucos minutos, quiçá uma hora, aos quais essa mulher travesti é digna de algo que não seja a estranheza, o nojo, o ódio. Em um capítulo, três poemas impecáveis escritos com o auxílio do pajubá que previam "Neca +20 Poemetos Travessos".

Penso em Jules, de Euphoria, na fala em que relembra como queria conquistar a feminilidade através dos homens. Aqui, em um livro relativamente curto, Amara mostra bem como isso funciona. É um livro pra terminar de ler com uma nova (não tão nova assim, pensando bem) perspectiva sobre a vida de pessoas trans e travestis, sobre a prostituição, sobre amar pessoas trans (incrível quando ela comenta sobre a questão da "coragem" e de se "desconstruir" pra poder amar essas pessoas), sobre amor livre também. Um puta trabalho, com uma puta escrita, feito por uma puta mulher.
Profile Image for Felipe Vieira.
775 reviews18 followers
July 26, 2022
Esse livro não é para moralistas. Amara Moira narra sem pudor alguns de seus programas como prostituta. Os primeiros clientes e como se sentia em relação a tudo que estava acontecendo em sua vida. Os conflitos que ela mesmo vivia. Como mulher travesti nunca iria cair nos esteriótipos que eram dignados às mulheres como ela. Não foi bem o que aconteceu.

Essas memórias apresentam um pouco da hipocrisia brasileira, do machismo e patriarcado da nossa sociedade. Os relatos de assédio e violência sexual fazem parte também desses momentos em que ela viveu.

Além de textos mais profundos sobre como mulheres travestis não dignas de amor, que são excelentes, Amara fala também sobre o putafeminismo. Esse seria um conceito de feminismo voltado para a inclusão de prostitutas nas pautas feministas sem a intolerância e preconceito de muitas pessoas sobre mulheres que decidem trabalhar na prostituição. Não nego, fiquei reticente sobre essa questão e talvez tenha entrado no clube de moralistas hipócritas que ela demonstra que existem. Eu preciso me aprofundar mais para ter uma opinião concreta sobre.

Super indico para ampliar a visão sobre tabus da sociedade em que vivemos. No entanto, reafirmo, se você é cheio de pudores esse livro não irá te agradar. A explicação sobre a mudança do título nessa versão me deixou boquiaberto. É surreal.
Profile Image for Ruthison Tharley.
6 reviews
December 4, 2021
Um leitura muito distante de minha realidade, e por isso se faz necessária. Como bem dito pela autora "Quanto de vocês saberiam da vida por trás dos panos da profissão mais malfalada do mundo não fosse por mim?"
Acho muito interessante também o pensamento dela acerca de como a relação entre ela e os clientes tem algo diferente por ser trans, no começo de sua experiência no ramo ela gosta pois aqui o fazia se sentir mais mulher. O mais interessante ainda é ver esse seu pensamento mudando e vendo a relação cliente-prostitua totalmente se alterar dessa sua visão inicial.
Uma visão bem humorada e um livro bem escrito. Gostei bastante da experiência.
Profile Image for Jamilla.
17 reviews1 follower
April 6, 2023
Amara Moira conseguiu trazer uma perspectiva bem única acerca da prostituição, eu entrei na leitura com uma perspectiva (e até preconcietos enraizados) e pude reinterpretar ao final que muitos fatores levam à prostituição, fatores esses até mais intimos do que simplesmente a vontade de dar e ganhar um trocado por isso, mas toda a rede de apoio, o se reconhecer no gênero ao longo do processo. Ainda acho a prostituição uma profissão bem arriscada e perigosa em alguns pontos, mas gostei de ler novas visões acerca de quem vive (viveu) de fato essa profissão, e agradecer pela leveza e bom humor que Amara conseguiu conduzir a leitura, o tempo passou que nem senti hihi
Profile Image for Giulia Ferreira.
Author 5 books7 followers
Read
July 1, 2021
Ainda quero ler esse livro pelo menos mais uma vez. Gostei da forma como as crônicas vão se debruçando e os relatos se complementam, como uma coisa só. E da forma natural como os questionamentos e os posicionamentos e reflexões vão surgindo ao longo do livro. Um trabalho intenso que faz questionar muito quais são e até onde vão as dimensões do Ser Mulher. O que significa Ser Mulher? Onde eu encontro essa mulheridade? Perguntas para as quais ainda persigo respostas, mas consigo ter vislumbres em trabalhos como este.
Profile Image for Ren Parks.
84 reviews2 followers
May 25, 2025
At some times achingly lyrical and contemplative and others jarringly blunt, Amara Moira’s unapologetic reflections on her year of prostitution as a travesti in Brazil are an incomparable read, to say the very least.

Because these entries were originally composed by their literary scholar author as blog posts, they possess a unique blend of prose, introspection, and dark, absurdist comedy that make for a compelling and thought-provoking reading experience.

Many thanks to Feminist Press for early access and Amara Moira for her dedication to sharing her story! 💕
Profile Image for Karalee James.
243 reviews
August 27, 2025
Moira was so blunt and funny in her writing, and at the same time talking about gendered violence, transphobia, and her experiences as a sex worker. This was obviously very dark at times but I feel like there’s never any opportunity to hear from sex workers so I’m happy I read it!

A book that had me underlining a lottt. She had a lottt to say about cis men and gendered violence and she really spoke on it. The book goes through her day-to-day life as a sex worker basically- such a unique book! I enjoyed the format too.
Profile Image for Verônica.
37 reviews1 follower
Read
September 14, 2025
Amara "mudou" o nome por conta do desconforto das pessoas de comprarem um livro que chama "e se eu fosse puta", mas esse desconforto não some com a alteração de puta para pura.
É muito incômodo e eu estaria mentindo se dissesse outra coisa. Ler sobre a vivência travesti na prostituição, algo tão distante da minha realidade, incomoda e que bom que incomoda. É para se fazer refletir a cisheteronormatividade, as relações sociais, o sistema capitalista que vivemos e como molda nossas relações e afetividades.
Um livro que coloca o dedo da ferida e gira.
Profile Image for Alvaro Salles.
21 reviews7 followers
June 2, 2020
Os relatos são bem repetitivos depois de um tempo, mas a Amara insere reflexões tão interessantes (e para mim vários assuntos aqui tratados são coisas que eu não tinha tido contato ainda), tem uma honestidade tão grande em tudo o que fala e na forma como ela se despe diante do leitor que eu não tinha como dar outra nota.

"Por um mundo onde não seja preciso coragem nem desconstrução para amar uma travesti."
4 reviews
May 3, 2024
Realmente admiro a Amara, este libro tiene muchísima verdad y debería ser mas reconocido y aún sabiendo lo pequeño y corto que es el libro me pareció difícil de leer;
Es algo que hubiera terminado de leer en menos de una semana, pero me llevo mas de dos meses leerlo constantemente.
“No si me prostituyo para escribir o si escribo para prostituirme”.
Este es un libro del que me siento afortunada de haber encontrado.
“Por un mundo en el que no se necesite valor para amar una travesti”.
🫶
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