Andrómaca fue la primera de las grandes tragedias de Racine,una obra maestra de poesía y sensibilidad dramática que le reveló como el mejor de los autores de su siglo. Diez años más tarde, Racine ponía todo su genio en una tragedia insuperable de belleza y de emoción, Fedra, considerada como la cúspide de toda la historia del teatro francés.
Classical Greek and Roman themes base noted tragedies, such as Britannicus (1669) and Phèdre (1677), of French playwright Jean Baptiste Racine.
Adherents of movement of Cornelis Jansen included Jean Baptiste Racine.
This dramatist ranks alongside Molière (Jean Baptiste Poquelin) and Pierre Corneille of the "big three" of 17th century and of the most important literary figures in the western tradition. Psychological insight, the prevailing passion of characters, and the nakedness of both plot and stage mark dramaturgy of Racine. Although primarily a tragedian, Racine wrote one comedy.
Orphaned by the age of four years when his mother died in 1641 and his father died in 1643, he came into the care of his grandparents. At the death of his grandfather in 1649, his grandmother, Marie des Moulins, went to live in the convent of Port-Royal and took her grandson Jean-Baptiste. He received a classical education at the Petites écoles de Port-Royal, a religious institution that greatly influenced other contemporary figures, including Blaise Pascal.
The French bishops and the pope condemned Jansenism, a heretical theology, but its followers ran Port-Royal. Interactions of Racine with the Jansenists in his years at this academy great influenced the rest of his life. At Port-Royal, he excelled in his studies of the classics, and the themes of Greek and Roman mythology played large roles in his works.
Jean Racine died from cancer of the liver. He requested burial in Port-Royal, but after Louis XIV razed this site in 1710, people moved his body to the church of Saint-Étienne-du-Mont in Paris.
Nunca había leído una tragedia y hoy tengo ganas de leerlas a todas.
Fedra es mucho más entretenida que Andrómaca, pero ambas me encantaron. Me parece fascinante que la solución a los problemas sea: (1) matarse, (2) matar a alguien por venganza, (3) que los dioses se encarguen, es decir que se muera. Necesito más tragedias!!! Más drama!!!
Si bien, como dice Pujol en la introducción, en momentos parece ser más un monólogo de retrospeccion de los personajes que una obra de teatro, pero me parece justificable la decisión de Racine porque ahonda lo suficiente en los sentimientos y pensamientos de cada uno como para ser importantes para la trama de las obras.
Claramente no le doy 5⭐️ porque no me hizo llorar y no me marcó lo suficiente, pero sí es una buena lectura. Para descomprimir y de paso leer un clásico.
“El amor no es un fuego que se encierre en el pecho: / nos traiciona la voz, el silencio, los ojos; / si está mal sofocada, se reaviva la hoguera”.
¡Estoy maravillada con Racine! Me gustó muchísimo Berenice y Andrómaca y Fedra no iban a ser menos. A ver si puedo leerme el resto de su obra. Sin duda se ha convertido en una gran referencia para mi imaginario por todos los temas que trata y la subyacente poesía que tiene.
Jean Racine foi um dramaturgo francês de grande êxito e talento, que compôs a maior parte de suas peças enquanto na corte de Luís XIV, durante o século XVII, tendo sido responsável pela ressureição do teatro como grande arte, calcada nos modelos clássicos.
Não só a forma clássica é recuperada por Racine, como também os versos alexandrinos dos grandes trágicos gregos, nos quais são vazados versos da mais pura clarté francesa. De quando em vez, Racine também aproveita da antiguidade clássica os temas, não sendo portanto surpreendente, mas sim típico, que uma de suas obras mais aclamadas tenha se servido do mesmo mythos de uma das principais tragédias daquele que Aristóteles chamava de o mais trágico dos trágicos: Eurípides.
Com efeito, em Fedra, Racine retoma a impressionante estória da madrasta que cai de amores por seu enteado, já explorada na peça Hipólito, de Eurípides.
Porém, o grande classicista francês mudou alguns fatos da narrativa essencial, afastando-a em pontos importantes da peça grega que lhe serviu de inspiração, ainda que o incidente que move a estória e seu desfecho trágico sejam basicamente os mesmos em ambas as peças. Ora, não sendo lícito imaginar que o trabalho de composição de um Racine se desse ao acaso de surtos e caprichos seus, devemos supor que tais mudanças com relação ao mito original de Hipólito e Fedra tenham sido intencionais, feitas com consicência artística e, até mesmo, que sua análise revele a própria essência do drama raciniano.
A peça de Eurípedes tem basicamente a seguinte estrutura, que puxo de memória e sem consulta: Hipólito, filho da amazona Hipólita com Teseu, é enteado de Fedra, com quem o filho de Egeu se casou após a morte da primeira. Fedra e Hipólito sempre guardaram certo desprezo e ódio em relação um ao outro, sentimentos relativamente naturais, especialmente depois que Fedra teve filhos – e herdeiros – de Teseu.
Hipólito, ainda que belo, jovem e hábil caveleiro, passou a vida sem se interessar por qualquer relação amorosa. Numa discussão com seu amigo, comete a hybris de anunciar aos quatro cantos que despreza o deus Amor e sua mãe, Vênus, declarando-se capaz de ser feliz sem qualquer comércio espiritual com tais numes. Vênus, possessa de fúria, decide ensinar ao filho de Teseu uma lição dolorosa: manda seu filho, Eros, flechar Fedra para que esta caia de amores por Hipólito.
Feito o serviço do deus, Fedra e sua serva Enone tentam por todos os meios, mais ou menos fraudulentos, atrair Hipólito para sua madrasta, enquanto Teseu está em viagem. Hipólito recusa suas solicitações, mesmo quando Enone traz um lençol com sangue de cordeiro, dizendo ser o de Fedra suicida. Devastada com essa última humilhação, Fedra busca não só se suicidar, como lançar a culpa, num último ato de crueldade, sobre Hipólito. Redige uma carta na qual conta que tirou a própria vida por ter Hipólito antes tirado, violentamente, sua honra através de estupro. O filho da amazona, sem conhecimento desses fatos, permanece na corte de seu pai, mas quando este retorna e lê a carta, se lhe põe no encalço. Hipólito, melhor cavaleiro, toma distância mas, num despenhadeiro, Teseu invoca Poseidon e demanda-lhe um favor que o deus dos mares lhe devia, pelo qual ondas enormes esmagam seu filho contra as pedras. Enfim, pelo suicídio de Enone, Teseu se convence da inocência de Hipólito e lamenta sua perda.
A primeira nota que salta aos olhos do leitor de Eurípides é a crueldade de sua Fedra. Trata-se de uma mulher má, que odeia o enteado e, mesmo tomada de amores furiosos por ele, consegue que seja morto por uma trama vil, da qual jamais se arrepende.
Racine, que colocou a madrasta no título de sua peça, dá vida a uma rainha muito mais complexa. Ficamos sabendo, por exemplo, que ela sempre amou Hipólito, mas ficava a recalcar esse sentimento sob a máscara do ódio e da perseguição, de forma que, quando o enteado se ausentava da corte hostil, seus sentimentos serenavam, ainda que apenas um pouco. Também a presença de Teseu lhe dava freios às emoções, de forma que ninguém no reino, nem mesmo sua confidente Enone, jamais desconfiou que o ódio de Fedra por Hipólito fosse uma cortina de fumaça sobre um amor impossível. Bem se vê, portanto, que, dada a extensão temporal do amor de Fedra, não há aqui o papel de Eros e Venus em vingança do orgulho de Hipólito.
Justamente num momento em que Hipólito está presente na corte e Teseu já está há tanto tempo longe que se cogita de sua morte em viagem, é que o coração de Fedra, desprovido dos dois freios que mal domavam o corcel de sua paixão, rebenta em angústias e declarações escandalosas.
O Hipólito de Racine, por sua vez, é menos adamantino que o de Eurípides. Ainda que, como sua contrapartida grega, tenha passado a vida a desprezar relações amorosas, descobrimo-lo caído de amores pela inimiga política de seu pai, Arícia, filha dos meio irmãos que Teseu derrotou para ascender ao trono. Em razão desse amor tido por impossível, surpreendemos Hipólito, no primeiro ato, planejando seu autoexílio para não entrar em conflito com seu pai.
A própria figura de Arícia, antagonica e complementar a Fedra, é completamente ausente da tragédia euripidiana. A princesa, prisioneira de Teseu, é uma donzela de sentimentos puros e orgulho de casta, cuja beleza e virtude cavam profundas trincheiras no coração peludo de Hipólito.
A ação da peça de Racine se passa, portanto, entre esses três núcelos: Fedra, Arícia e Hipólito, ora afastados, ora em contato. Cada um deles conta com um par plebeu, servos que funcionam ora como conselheiros, ora como mensageiros, e sempre, de alguma forma, como um reflexo da consciência de seus amos.
Enone, aia de Fedra, é a mais ativa e mais perversa dos três servos. Sua malícia simplória é como gasolina para o fogo que arde em Fedra, e sua atuação torna-se determinante para o desenlace da tragédia. Ismene, dama de Arícia, é mais contida em suas palavras. Sua única função é dar notícias do reino e chamar a atenção de Arícia para os amores insuspeitados de Hipólito:
Mas vi esse arrogante Hipólito ante vós; E até foi o rumor dessa frieza altiva Que, ao vê-lo, em mim dobrou por ele a expectativa. Não tem sua presença à fama respondido: Bastou um vosso olhar, logo o vi confundido; E seus olhos, que em vão queriam evitar-vos, Já cheios de langor, negavam-se a deixar-vos. Pode o nome de amante ofender-lhe a coragem; Mas tem de amante o olhar, na falta da linguagem.
(A. II, Sc. I)
Com poucas falas, Ismene, através de sua perspicácia, comunica a Arícia o favorecimento que esta encontrou no coração fero do filho da amazona, tornando-a propícia à conciliação e, posteriormente, ao casamento clandestino proposto por Hipólito.
Já Terramene, aio velho e fiel de Hipólito, se limita a cumprir a função de mensageiro e, muito de espaço, dá alguns conselhos bons a seu senhor, amando-o como um pai. Porém, de todos é o que menos é ouvido, e sua impotência se revela pela incapacidade de encontrar Teseu e salvar seu protegido.
Fedra, Arícia e Hipólito compõem, portanto, a tríade dos nobres, ou kshatryas, na linguagem das castas indianas, ao passo que Enone, Ismene e Terramene formam a contrapartida shudra, dos servos.
Sem adentrar nos detalhes sobre a psicologia de cada casta, basta dizer que os três kshatrya demonstram lados diferentes, claros e também sombrios, da classe guerreira, perfeitamente refletidos nos shudra de que se servem.
Fedra, por mais complexa que seja sua personalidade, coloca-se numa rota de comunhão com o mal, revelando toda a grandeza trágica da nobreza. De todos os kshatrya, ela é a mais influenciada por sua shudra, Enone, cujas sugestões ajudam a sepultar sentimentos nobres no coração de Fedra e impulsionam o drama. Nesse sentido, Enone é mais do que uma aia: torna-se, anagogicamente, a baixa consciência ou uma espécie de diabo da desguarda:
Senhora, ia deixar de vos chamar à vida; E a perecer convosco estava resolvida; Para vos dissuadir, falhou-me a voz escassa: Mas outras leis vos dita esta nova desgraça. Vossa fortuna muda e um outro aspecto arvora: O rei se foi; deveis tomar-lhe a vez, senhora. Morto, vos deixa um filho, e a esse vos deveis; Escravo, se vos perde, e rei, se vós viveis. Com quem, em seu pesar, quereis que ele se abrace? Que mão lhe enxugará as lágrimas da face? Gritando até os céus, sua inocente voz Vai, contra sua mãe, irritar seus avós. Vivei; já não vos cabe escrúpulo nenhum: Tornou-se vossa chama uma chama comum; Teseu, ao expirar, os vínculos suprime Que eram, de vosso fogo, o horror e todo o crime. Hipólito deixou de vos influir receio, E podeis vê-lo, assim, sem criminoso anseio.
(Ato I, Sc. V)
Perturbada e sacudida pelos impulsos de um amor proibido, Fedra coloca-se em luta consigo mesma e fica sujeita à influência dos impulsos baixos de Enone:
Enone
Ah! cada voto vosso um outro anula assim! Vós mesma, renegando intuitos deploráveis, Nossas mãos, ainda há pouco, a ornar-vos excitáveis; Vós mesma, relembrando a vossa força antiga, Quisestes vos curar, revendo a luz amiga. Senhora, estais a vê-la, e já a ocultar-vos prestes, Demonstrais ódio ao dia a cujo encontro viestes!
(Ato I, Sc. III)
O plano de Enone, a que Fedra se associa, é aliarem-se Fedra e Hipólito contra Arícia e, como co-regentes em nome do filho ainda imberbe de Fedra, tornarem-se, aos poucos, amantes, com Hipólito substituindo Teseu.
Aqui, Fedra dá as primeiras mostras de ter uma personalidade profunda e complexa. Só de imaginar que será regente em nome de seu filho, julga-se indigna de tal cargo, com base em sábia filosofia política:
Reinar, eu! minha lei governar um Estado, Quando me não governa o juízo desvairado? Quando estão sem domínio os meus sentidos! quando Sob um jugo fatal mal estou respirando! Quando morro!
(Ato III, Sc. I)
Porém, nada sai como planejado. Teseu, dado por morto, retorna inesperadamente. Fedra, sem medir palavras e consequências, se declara a Hipólito, que a rejeita. A dor de não poder ter o que quer em razão das leis e regras morais volta, então, ainda mais forte, incrementada pelo desespero e pelo despeito de rejeitada. Teme, ademais, o repúdio do marido e a mancha indelével de sua honra, mas julga-se incapaz de fingir sentimentos, como sugerido pela “prática” Enone:
Predissera-to eu; mas vãos vi meus esforços. Teu pranto superou meus lídimos remorsos. Morria esta manhã digna de ser chorada; Acatei teu conselho e morro desonrada. (...) E poderá conter o horror que tem por mim? Pois calar-se-ia em vão: sei de minhas perfídias, Não sou mulher ousada, Enone, e apta às insídias, Dessas que fruem no crime uma tranqüila paz E a quem jamais se tinge em rubro a fronte audaz. Minhas insânias lembro, em mim estão gravadas: Já me quer parecer que os muros, que as arcadas, Vão tomar a palavra e que a acusar-me prontas Esperam meu senhor pra lhe prestarem contas.
(Ato III, Sc. III)
Fedra, representante da casta kshatrya, sabe que sua vida é sua honra, e que perder esta última é pior do que a morte. Enone, porém, de sua reduzida dimensão psíquica, não consegue compreender a extensão da palavra honra para os kshatryas. Os shudras são guiados pelo corpo, inclusive pela necessidade de conservação da própria vida e integridade física a todo custo, o que os torna sumamente covardes e incapazes de qualquer transcendência. Naturalmente, Enone só consegue compreender a honra de que fala sua ama por seu aspecto mais externo e mundano, entendendo-a como mera reputação. Bola então um plano de contingência em que Fedra, invertendo vítima e algoz, acusaria Hipólito de tentar possuí-la. Tão longe passa a aia de ver a honra como o resultado objetivo de uma vida verdadeiramente virtuosa e honesta, que chega a dissociar honra de virtude em seus conselhos:
E a fim de que, hoje, essa honra ameaçada se escude, Tudo se imole, e até a própria virtude.
(Ato III, Sc. III)
É neste ponto, e somente aqui, que Fedra se entrega de vez à obscuridade e trai os ideais de sua casta. Cansada, entrega-se à sua serva -- “Segue teu juízo, vai; fico-te abandonada. Neste transe em que estou, por mim não posso nada.” – e, invertendo a natureza, coloca o mais baixo no comando e desiste de controlar seu destino.
Quando lhe é dada ainda uma última chance de desfazer o equívoco mortal e salvar a vida de Hipólito, Fedra, contudo, fica sabendo dos amores deste por Arícia e, mordida de ciúmes e despeito, prefere vê-lo morto do que nos braços de outra, permitindo que em seu peito o verdadeiro amor, que na definição de Santo Tomás de Aquino deseja a eternidade do ser amado, se substitua pelo simples desejo de posse e satisfação pessoal.
A transmutação alquímica da alma de Fedra está, portanto, finalizada. Porém, mesmo nos momentos de maior crueldade, não pode ela apagar a chama de sua nobreza e de sua consciência, pelo que toma veneno e leva a termo os planos primevos de se matar, ainda que sem conseguir evitar sua infâmia e a perda da honra. Já não há mais nada no mundo para Fedra depois de seus crimes, vítima, até certo ponto, de uma paixão que não buscou. Como último ato, coloca-se de novo na posição de nobre e, restaurando a ordem da natureza, despede sua aia com um vade retro:
Possa punir-te o céu a malvadez sem-par, E teu suplício atroz para sempre assombrar Quem seduzir, qual tu, com pérfidos ardis O fraco coração de um príncipe infeliz, E, impelindo-o à mercê do anelo humano e falho, Do crime ousar assim facilitar-lhe o atalho. Aduladores vis, dádiva mais nefasta Com que o impiedoso céu reis ao abismo arrasta!
(Ato Quarto, Sc. VI)
Ainda que errando e causando, indiretamente, a morte de seu amado, Fedra faz do erro uma chance para demonstrar alguma virtude, de forma heroica, nas portas da morte.
Também morre Hipólito, atacado por uma serpente marinha enviada por Neturno às instâncias de seu pai. A cena é terrível e descrita com enorme habilidade pictórica por um desolado Terramene.
Aqui, Racine, após nos mostrar a face mais negra do sentimento amoroso quando desligado das virtudes, nos lembra que “os deuses dos pagãos são demônios”, pois mesmo se arrependendo do pedido muito antes do momento da fuga de Hipólito, Teseu não é capaz de demover Poseidon de seus propósitos, o que remete em mais de um aspecto aos pactos diabólicos, de consequências funestas e irreversíveis.
Com o cumprimento trágico dos impulsos de Fedra e o plano de Enone, o amor pecaminoso e apaixonado prevalece sobre o amor puro e casto dos nobres Hipólito e Arícia, sacrificando no meio do caminho o primogênito de Teseu, símbolo da virtude e da pureza.
Todavia, dessa sucessão de desgraças surge o perdão de Teseu à Arícia e, na pessoa dela, a todos os seus ancestrais. De certa forma, o novo crime lava a antiga rixa entre Teseu e a família de Egeu e, do mal dissolvente, nasce, alquimicamente, um bem superior, como louva o Bardo no Soneto CXIX:
O benefit of ill! now I find true That better is by evil still made better; And ruined love, when it is built anew, Grows fairer than at first, more strong, far greater. So I return rebuked to my content, And gain by ills thrice more than I have spent.
Assim, se há na base de Fedra algum impulso atávico de moralista, porventura gravado na alma de Racine durante seus tempos em Port-Royale, o gênio do dramaturgo facilmente supera aquilo que os críticos rasos tentam rotular como simples libelo contra as paixões humanas, transcendendo e transmutando os conflitos causados pelos baixos instintos no puro ouro da reconciliação e da verdadeira paz.
Pensé así sofocar el afecto en mí mismo. En tal calma engañosa llegué a tierras de Grecia; y vi a todos sus príncipes que se habían juntado afrontando un peligro que juzgaban muy grande. Me uní a ellos creyendo que la gloria y la guerra llenarían el ánimo de mayores afanes; que un vigor renovado volvería a mi cuerpo y saldría por fin de mi pecho el amor. Mendigaba la muerte entre pueblos crueles cuyos dioses tenían sed de sangre humana: me cerraron su templo, y esas bárbaras gentes resultaron avaras de mi sangre ofrecida. Ahora vuelvo ante vos para hallar sin remedio en la luz de estos ojos una muerte que me rehuye.
Dos obras teatrales basadas en mitos tan famosos como "El rapto de Helena y la caída de Troya" y "El incesto de Fedra y el regreso de Teseo". Desde el primer verso Racine hace gala de su maestría, no sólo sabe como utilizar los mitos -los cuales se ve, han sido estudiados en profundidad-, sino que también rescata las antiguas reglas aristotélicas, creando obras que no excediesen el día o en las que sus personajes muriesen entre bambalinas. Logra así la continua atención del público y liberar de lo macabro a su creación. Con un verso continuo dota de hermosura y rectitud todo el diálogo, incluso, lo más atroz y ruín. En Andrómaca, figura central, pero no por ello protagonista absoluta, vemos un triángulo amoroso entre sus personajes que los llevará lógicamente a su extremo opuesto y, finalmente, a la tragedia. Mientras que en Fedra vemos a unos personajes que desde un principio evocan a un final desdichado. Aunque ya con el argumento del incesto se deja entrever que habrá un castigo consecuente a la magnitud del "pecado". Si con los personajes de Andrómaca se logra la empatía del público, todo lo contrario en Fedra, pues los personajes parecen mucho más reales y consecuentes a sus actos. Ambas obras teatrales son espléndidas, una continuación sublime de la caída de Troya y del regreso de Teseo. Ese después del "final" en el que viven nuestros personajes y que representa la vida que para ellos ha seguido adelante, o ha transcurrido de forma paralela a la del héroe.
Andrómaca es la primera tragedia que leo de Racine y me ha parecido muy cercana a sus modelos grecolatinos (especialmente Eurípides) aunque con un lenguaje quizá más ampuloso y grandilocuente. El problema que tengo con estas obras en verso, en las que es tan importante la elección de la palabra justa, es lo que dicen los ingleses "lost in translation": lo que se pierde en la traducción. No estoy seguro de haber leído a Racine, solo he leído una traducción al español de Racine. ¿Cuánto hay del original francés? Lo ignoro. El problema es que me ha dado por confrontar dos traducciones distintas y las diferencias de matices, expresión, elección de palabras, sintaxis son enormes entre las dos. ¿Cuál es la buena? No lo sé. No sé francés por desgracia. Me consuelo con que puedo leer a Lope de Vega, a Calderón y a Tirso de Molina en su lengua original. La tragedia "Andrómaca", que podría parecer rancia y de cartón piedra antes de hincarle el diente, es más fresca y viva, si nos sumergimos en su atmósfera y personajes, que muchos culebrones de hoy día. Atención spoiler: Nos presenta a cuatro personajes unidos por un destino infausto: los amores equivocados. Pirro está comprometido para casarse con Hermione, aunque en realidad ama a su esclava Andrómaca (viuda de Héctor de Troya, a quien mató Aquiles). Andrómaca solo ama el recuerdo de su esposo Héctor y a su hijo superviviente Astianacte. Hermione sí que ama a Pirro, aunque no es correspondida por éste. Orestes ama a Hermione, pero ésta ya sabemos que prefiere a Pirro. El lío está servido. Asesinatos, suicidios... Como cabe esperar de una tragedia y con declamación grandilocuente en verso francés. Si gusta la dramaturgia de la trilogía Esquilo, Sófocles, Eurípides, esta obra no nos decepcionará. FEDRA DE RACINE: Sobria tragedia elaborada a partir del “Hipólito” de Eurípides”. En este reciclaje de material clásico grecolatino, el clásico dramaturgo francés aporta su propia personalidad, explorando especialmente los límites de la moral de su tiempo. En este caso, la tragedia se desencadena por el amor no correspondido de Fedra por su hijastro Hipólito. Ese amor “incestuoso” (sólo políticamente, no de sangre) llena de culpabilidad a Fedra aun sin haberlo consumado. Se trata de un pecado en potencia, no en acto (que diría el ínclito Aristóteles). Da igual, los elevados principios morales de la época condenan a Fedra. Una cosa llama la atención de estas obras y las diferencia de los modelos originales griegos y es que en Racine no aparecen los dioses ni como espectadores ni como actores del drama: son tragedias humanas. Estas dos obras creo que lucen mucho mejor como óperas. El ejemplo lo tenemos en la bellísima “Hippolyte et Aricie” de Jean-Philippe Rameau, primera ópera del autor escrita casi a sus cincuenta y adaptación de la “Fedra” de Racine aunque aquí con mucha más parafernalia y, a diferencia del original raciniano, con presencia de dioses, como Diana. Recomiendo escuchar la escena IV del Acto IV, realmente conmovedora: "quelle plainte en ces lieux m’appelle”. Se trata del monólogo de Fedra con coro tras conocer la muerte de Hipólito.
Lectura obligatoria para aquellos que amamos los clásicos, la poesía, pero sobre todo el teatro solemne o lo que es lo mismo, la tragedia. Ser capaz de juzgar, sentir piedad o empatía con su lectura es ser capaz de entender el contexto y la época en la que se creó la obra.
Estudié a Racine en la carrera y sabía de su rigidez ante las normas clásicas, no obstante me ha sorprendido para bien ver que su pluma busca la libertad en algunos diálogos. Incluso en algunas partes más líricas se deja entrever la pasión de un amor desbordado, incluso hiperbolizado. Nos encontramos en la Francia de Luis XIV con un argumento novelero que bien podría emitirse en antena 3 como novela de moda.
“Erais ya el gran azote de la peor insolencia Y el autor de la paz que ambos mares gozaban. El tranquilo viajero no corría peligros; Y al oí vuestra fama sosegábase Hércules Y confiaba que vos sus trabajos haríais. Yo soy hijo ignorado de ese padre glorioso, Que estoy lejos incluso de emular a mi padre[…]”.
Andrómaca es una tragedia de pasiones cruzadas, donde el amor se vuelve deber, el deseo amenaza y la fidelidad se convierte en sentencia. Pirro ama a Andrómaca, que sólo vive por su hijo y por la memoria de Héctor. Hermíone ama a Pirro. Orestes a Hermíone. Nadie ama a quien debe, y todos, de algún modo, se destruyen en el intento.
La arquitectura dramática es impecable. La simetría, perfecta. Los alejandrinos, limpios como cuchillos recién afilados. Pero todo está tan cuidadosamente contenido, tan rigurosamente encajado en las reglas del decoro clásico, que lo trágico apenas logra respirar.
La intensidad está, pero bajo una capa tan espesa de forma, medida y control, que cuesta sentirla más allá del artificio. Lo admirable, sí. Lo conmovedor, no tanto.
🔹 Lo mejor: La lógica devastadora de las pasiones que no encuentran cauce. 🔹 Lo peor: El corsé formal impide que lo trágico se vuelva temblor. El fuego está, pero encerrado.
Una lectura que respeto más de lo que disfruto. Belleza fría. Tragedia que no tiembla.
Iubirea-mi pentru Hector a scânteiat odată Şi în mormânt cu dânsul e astăzi îngropată. Dar am un fiu. Odată, cândva de bună seamă, Veţi şti cât de cumplită-i o dragoste de mamă; Dar să nu ştiţi ce-nseamnă când pruncul adorat De groaznice primejdii îl vezi ameninţat; Când din pierdute bunuri de glorie regească Doar el ne mai rămâne şi vor să ni-l răpească. Vai! Când trudiţi de anii amari peste măsură, Troienii pe Elena o-ameninţau cu ură, Eu am ştiut prin Hector să-i sting chinul, nevoia; Prin Pyrus faceţi astăzi ce-am făcut eu la Troia. De ce-i temut copilul când tatăl i-a murit? Pe-o insulă pustie să-l ducă surghiunit Şi-n grija mamei sale lăsându-l să trăiască, Va învăţa prin mine, crescând, doar să jelească.”
(Actul III, scena 4) Tragedia “Andromaca” scrisă de Jean Racine în 1667; #5acte #înversuri 💙💙💙
Lectura breve y entretenida. Pirro, el hijo de Aquiles, está enamorado de Andrómaca, la viuda de Héctor. Lo único que ella desea es salvarle la vida a su hijo Astianacte; pero los griegos temen que al crecer, este chamaco quiera vengar a su padre y al vencido pueblo de Troya. Una secuela del clásico griego escrita y llevada al teatro por el dramaturgo francés Jean Racine en el siglo XVII.
[1667] Las dos tragedias estelares de la francofonía, ahí Racine dándole a los caprichos del corazón humano que es caprichoso desde antes de mujeres y hombres y viceversa. Un clásico.