Finalmente a ansiada edição DYLAN DOG OMNIBUS chega para delírio de todos os dylandoguianos e bonellianos em geral. São as 6 primeiras histórias do personagem que Tiziano Sclavi lançou em 1986 e que rapidamente se tornou um fenômeno cultural. Dylan Dog, o protagonista, é um detetive especializado em casos sobrenaturais, caracterizado por seu charme melancólico e um profundo senso de humanidade. A escrita de Sclavi, marcada por um tom sombrio, humor negro e reflexões filosóficas, elevou o quadrinho a uma posição cult, conquistando uma legião de fãs devotados. A série não só redefiniu o gênero de horror nos quadrinhos, mas também influenciou a cultura pop italiana de maneira significativa. Em uma Londres mágica e nevoenta, capital do fantástico e do terror, Dylan Dog investiga os nossos medos e os nossos desejos, os monstros que existem dentro e fora de nós: fantasmas, demônios, mortos-vivos, assassinos seriais, estados de alucinação, magias, bizarrias, infernos, outras dimensões, outros tempos e outras criaturas. Se o terror o persegue, chame Dylan Dog.
Tiziano Sclavi is an Italian comic book and novel writer, who has also worked as a journalist. Sclavi is most famous for creating the Italian bestselling comic Dylan Dog, started in 1986 and still ongoing, a horror pastiche featuring a paranormal investigator. More than 450 monthly 90-pages long issues have appeared in the series, with Sclavi as the most recurrent script writer in the first decade of serialisation.
Entre 3.5/4 essas primeiras 6 histórias. Vale a pena pelo valor inevitavelmente bom de lê-las em ordem cronológica (e talvez seja uma longa, longa até demais, jornada) para testemunhar o desenvolvimento deste universo. Contudo, me incomoda a preguiça levando à repetição não criativa da musa feminina que o protagonista se apaixona. Mais graus de desenvolvimento são necessários sem dúvidas.
Olha que, com essa edição, eu me reencontrei com histórias que li quando foram publicadas no Brasil pela editora Record, no início dos anos 90, e que, no caso da maioria delas, não tinha relido desde então. Eu não lembrava quase nada das tramas. É óbvio que não, você vai dizer. Bom, não é óbvio para o meu caso, porque costumo lembrar das histórias de que gosto, em livros, filmes e quadrinhos, com muitos detalhes, muito mais do que me lembro da vida.
A explicação é que há uma atmosfera de incoerência na maior parte dessas tramas que lembra um sonho, e a gente sabe como é difícil se lembrar de sonhos, por mais envolventes que sejam. E Dylan Dog é envolvente, especialmente nas primeiras edições, escritas por seu criador, Sclavi, com vários artistas, todos bons e alguns excepcionais.
O conceito de "detetive do sobrenatural" é sedutor, mas também arriscado, porque há uma incompatibilidade entre a verossimilhança e a coerência exigidas por uma boa história policial, junto com a necessidade de apresentar enigmas que precisam ser resolvidos por completo, e o inexplicável e insolúvel que são essenciais às histórias de terror. Talvez por isso poucos "detetives do sobrenatural" tenham ido longe. Dylan Dog é provavelmente o melhor deles, junto com John Constantine. No caso de Dylan, ele resolve a contradição de ser um detetive encarregado de solucionar o insolúvel abraçando e fazendo dessa contradição um dos atrativos da história. E o humor ajuda a dar liga nessa combinação, ao dar sabor de coisa boa a tramas de mistério que não precisam resolver seus enigmas por completo porque essa é... a graça. Por que o assistente de Dylan Dog é Groucho Marx? Isso nunca é explicado e deixa tudo com um jeito absurdo. Depois que você aceitou isso, e tem que aceitar porque o assistente Groucho é irresistível e irritantemente engraçado, está pronto para abraçar o liquidificador cultural que são os roteiros de Sclavi, com sua mistura de blockbusters de Hollywood, giallo, ficção científica, literatura gótica do século 19, e por aí vai.
Não sei o quanto vou lembrar dessas histórias daqui a 30 anos, se ainda estiver por aqui, mas nunca vou esquecer da sensação dedicada por elas. Como a gente se lembra de um sonho.
Se existe, na ficção, alguém mais pegador que o James Bond, esse alguém é o Dylan Dog!
Esse omnibus contém os 6 primeiros quadrinhos do detetive do pesadelo, sempre acompanhado pelo seu ajudante o Groucho (sim, aquele!) e suas piadas horríveis!
Entre zumbis, lobos, feiticeiras e demônios, o Dylan sempre acha um tempinho pro romance (ou é o romance que acha ele?).
Seis histórias misteriosas, cheias de suspense, terror e viradas sensacionais.
Das seis historias contidas nesse Omnibus apenas uma achei fraquinha que é a quarta história "O fantasma de Anna Never" a comédia aqui funciona muito bem assim como o "horror" não acho justo fazer uma comparação maaaaas se fosse um caso poderia facilmente comparar com Hellblazer uma das diferenças é que o Dylan Dog não é tão canalha quanto John Constantine.