"Lendo Todo o resto é muito cedo, me encanto com a originalidade e a expertise poética de Luiza que traduz o seu tempo de maneira única." Heloisa Teixeira
O tempo de pandemia, o tempo das guerras, da intimidade e do amor se condensam neste novo livro de Luiza Mussnich. Em Todo o resto é muito cedo, sua terceira publicação, a poeta carioca reúne algumas marcas da sua produção poética, como os poemas-listas, os poemas-aforismas, a ironia e o humor, e expande o seu repertório de temas e formatos.
Uma das mais destacadas vozes de sua geração, Luiza Mussnich evidencia a necessidade de nomear, interpelar e inventariar o próprio tempo diante das incertezas e urgências, de criar vínculos e memória, e costura diálogos com suas referências de campos a poesia marginal de Chico Alvim e Ana Cristina César, as artes plásticas, com Duchamp, Alberto Giacometti e Maria Martins, o cinema de Agnès Varda.
"Em especial, o amor e suas várias declinações se configura como o tema dominante do livro e atravessa quase todos os poemas, como uma faca que entra num corpo vibrante e disseca seus alegria, medo, terror, paixão, loucura, leveza, tristeza, frustração, gravidade, ironia, desilusão, desamor. E o que há de mais central, urgente e radical do que o amor, a paixão e suas derivas? Todo o resto, de fato, pode esperar, parece nos dizer a poeta", destaca Prisca Agustoni no posfácio da edição.
preciso confessar que escolhi o livro pelo título, e pela capa. não sabia sobre o que se tratava e tive uma feliz surpresa ao descobrir que era sobre o amor. o amor como engrenagem da vida.
- penso nesses momentos mágicos e na importância de reconhecê-los mágicos a gente sabe que está vivendo ou vendo algo digno de nota enquanto este algo está acontecendo ou a gente só se dá conta em retrospecto - através de um grande vidro enxerga-se que nem tudo é possível em qualquer época estávamos tão preocupados que - anarquia memória - gostar das coisas porque: correspondem às nossas expectativas quebram nossas expectativas - a verdadeira função do amor deve ser ampliar o tamanho do mundo - accident notes about that evening: restaurant was a disaster can't remember what we ate wine was tasteless St. Anthony's dance we didn't dance much fell down the steps and seem to have fallen in love with -
Luiza sabe falar de amor e de outras coisas da ordem do mistério. Tava com saudade de ler poesia, assim como tô com saudade de escrever poemas apaixonados.
Gostei de alguns vários poemas! Existe muito de uma reflexão da vida e do amor, alguns poemas achei que foi para preencher o livro, mas no mais foi uma leitura confortável e rápida, pois li no kindle unlimited :)
gostar das coisas porque: correspondem às nossas expectativas quebram nossas expectativas --- o amor não vence a guerra porque os homens amam mais a guerra do que as suas mulheres --- um labirinto não deixa de ser um monumento --- gravata
imagina sair para trabalhar todo o dia com um nó na garganta --- penso nesses momentos mágicos e na importância de reconhecê-los mágicos a gente sabe que está vivendo ou vendo algo digno de nota enquanto este algo está acontecendo ou a gente só se dá conta em retrospeto
existe alguma importância em identificar o truque enquanto ele está sendo performado não com a intenção de enfraquecer seu efeito mas com a de saudar a magia
gosto da vida nos versos de Luiza Mussich. de como ela sabe traduzir sentimentos que nem sabíamos que pediam descrição - e de repente somos pegos de surpresa por vê-los descritos na página exatamente como são vividos.
Luiza Mussnich trás um pouco de emoção para sentimentos cotidianos. Me perdi muitas vezes no tempo pela sutileza e celeridade que a autora trás para o livro.
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