Contar as histórias do que de melhor se faz em Portugal é um exercício muito mais fácil do que pode parecer à primeira vista. Afinal, o País é um dos que, entre os Estados Membros, mais pedidos de registos de marcas fez, nas últimas duas décadas. E esta vontade de se destacar com produtos e marcas de qualidade não é de hoje – este livro retrata a história de referências que se evidenciaram não apenas em Portugal, mas que partiram à conquista do mundo, algumas delas muito antes da globalização. É o caso do Mateus Rosé, da Vista Alegre ou da Ramirez, que são nomes ainda incontornáveis quando se fala de sucesso nacional. Continua a ser preciso que a produção tenha maior impacto no PIB nacional, mas não será por falta de capacidade que a economia não descola. Estes exemplos estão aqui para o comprovar.
Portugal pode orgulhar-se de ter empresas e nomes que sobreviveram a muitas tormentas, tendo algumas das quais corrido o risco de desaparecer, reerguendo-se fortes e viçosas, quais fénixes renascidas depois de entrarem em autocombustão.
Mais um retrato muito interessante da FFMS. Conhecia a maior parte das marcas, mas é sempre bom saber mais um pouco da história de cada uma, como nasceram, como se tornaram reconhecidas cá e no estrangeiro, como enfrentaram as crises e conseguiram dar a volta e inovar.
4.5 ⭐️ “Muitas das histórias aqui plasmadas não são mais do que histórias de pessoas que, graças à sagacidade, engenho e muita vontade de construir, abraçaram oportunidades e arriscaram. Muitas delas não tinham, no início, mais ambição do que a de criar um negócio que lhes permitisse alimentar as suas famílias. Outras sabiam que queriam conquistar o mundo. Todas tiveram rasgos de criatividade.”
Um retrato bem documentado, com factos bastante curiosos e interessantes de algumas marcas que acompanham gerações e fazem parte da história dos portugueses. De todas, destaco a Mateus Rosé que, na minha opinião, foi a marca que mais me surpreendeu com factos além fronteiras. Uma leitura que recomendo!
Pequeno livro muito interessante sobre várias marcas portuguesas. Tratam-se de marcas conhecidas, com anos nos mercados, e que ainda se mantêm de pé. Desde Renova, Delta, Olaio, Viúva Lamego, Vista Alegre, Mateus Rosé, Benamôr, Sanjo...há todo um conjunto de referências em diversas áreas de atividade que não nos serão por certo desconhecidas. São, sobretudo, histórias de perseverança e de esperança face às adversidades e que nos mostram que há que arregaçar as mangas e não ter medo de errar.
É um livro relativamente pequeno, que se lê facilmente, com algumas histórias curiosas de marcas lendárias portuguesas. A grande falha deste livro foi não ter incorporado fotografias, especialmente enquanto falamos de marcas que cresceram graças às primeiras publicidades, seria essencial mostrar algumas dessas imagens icónicas, assim como as primeiras fábricas, e a evolução dos logotipos.
3,5 Mais um ensaio da Fundação FMS. Um tema envolvente, bem escrito. Embora nem todas as as marcas tenham o mesmo nível de desenvolvimento, os capítulos fornecem informação muito interessante. Para mim, faltam as referências bibliográficas e fontes usadas. É um tema que se prestaria muito bem à inclusão de imagens ( pesquisei várias online), o que não se compadece com os objectivos destes ensaios... mas é pena.
Os livros da FFMS deviam ser de “leitura obrigatória” :) Breve história de 11 marcas portuguesas que atravessaram já várias gerações e continuam a sonhar fazer mais e melhor. Verdadeiros exemplos de resiliência!
Um ponto de que gostei no livro foi haver diversidade de marcas, embora nem todas fossem uma referência para mim. Talvez por nem todas serem minhas conhecidas e/ou não me dizerem tanto, houve capítulos que não me interessaram tanto.
'Marcas que fazem Portugal', de Margarida Vaqueiro Lopes, reúne uma série de pequenos ensaios sobre marcas que se tornaram parte da identidade cultural e econômica do país. Gostei da leitura, porque cada texto traz um pedaço da história de empresas que, perdoem-me o trocadilho, deixaram a sua marca pelo país e, em muitos casos, conquistaram o mundo.
As histórias são fascinantes: o creme Benamor, usado pela Rainha Dona Amélia; o vinho Mateus Rosé, que chegou à mesa da rainha Elizabeth II; a Delta, tão popular que acabou inspirando até um romance biográfico de José Luís Peixoto sobre o fundador, Rui Nabeiro; ou ainda a Renova, que conseguiu transformar o papel higiênico em objeto “trendy”. Algumas dessas narrativas são documentadas e outras beiram o mito, mas todas ajudam a compor o imaginário popular.
O livro também mostra os caminhos tortuosos de marcas como os Móveis Olaio e a Sanjo (calçados), que conheceram o sucesso, desapareceram e depois ressurgiram. Mostra ainda desafios como o da Vista Alegre, que precisa formar pintores especializados em porcelana, numa profissão que exige anos de treinamento.
Um fio condutor importante é a globalização. A entrada de Portugal na Comunidade Europeia trouxe abertura de mercado, mas também uma concorrência duríssima. Isto trouxe maus momentos para muitas das empresas retratadas que tiveram de se reposicionar no mercado. Algumas delas abraçaram nicho da exclusividade uma vez que competir em massa poderia diluir o encanto que as torna únicas.
Como brasileiro, achei especialmente interessante reencontrar no livro marcas presentes no Brasil, sinal da força da sua internacionalização. É uma leitura leve, cheia de curiosidades e que recomendo a todos que se interessam pela história cultural e econômica de Portugal.
Livro pequenino que encerra em si um sumário de gigantes: histórias de empresas Portuguesas de sucesso, com marcas que se tornaram representativas do melhor made in Portugal, e que pela sua longevidade demonstram um saber-fazer e uma gestão únicas, a grande maioria das vezes comportando-se de forma muito pouco Portuguesa (no sentido de abandonar o pensamento do “pequenino” e do “ter medo de errar”). É uma seleção de 11 grandes marcas, e poderiam ter sido selecionadas outras tantas. Um livro que se lê rapidamente, que informa, ilustra e faz bem ao ego Português. Faz parte de uma coleção “Retratos” da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que ainda desconhecia e que com certeza valerá a pena explorar mais títulos.
Um livro maravilhoso. A partir de uma investigação cuidada, com uma escrita clara e emotiva, Margarida Vaqueiro Lopes faz-nos “viajar” no universo lusitano das marcas que nos marcaram e com que nos habituámos a conviver. As histórias por trás da história de cada uma. A “idade avançada das empresas”, a “experiência em atravessar crises e tempestades variadas”, e o “facto de praticamente todas terem um cariz profundamente familiar”, são factos curiosos transversais a estas marcas que, com rasgos de criatividade, conquistaram o mundo.
Um ensaio muito interessante sobre a evolução de algumas marcas portuguesas, que muito de nós conhecemos desde pequeninos. Gostei particularmente da ligação ao Estado Novo e a outras crises económicas e políticas, pois foi engraçado perceber que uma crise destas pode ser prejudicial para alguns negócios, mas benéfica para outros.
Com este livro descobri marcas que não conhecia e também detalhes muito interessantes sobre a história dessas e daquelas que já conhecia. Um retrato sobre o que fazemos bem em Portugal e de como também sabemos sreagir com Resiliência e aprender a fazer melhor.