«Os territórios da literatura configuram-se como espaços abertos, por excelência, de interconexões, de interinfluências, de intersecções, de cruzamentos, de interfecundações, quer de modelos, de géneros, de escolas e de disciplinas de saber, quer ainda de mundividências.
Se a literatura é a "antropologia das antropologias", em que o ser humano se retrata na diversidade, complexidade e profundidade das suas aspirações e manifestações, o domínio da criação literária é o campo poroso pelo qual o mundo todo tem muitas vezes passado ou pelo qual pode vir a passar.
A presente história global da literatura portuguesa não tem, pois, um escopo totalizante, mas possibilitante. Tem como fito primordial abrir caminhos novos para explorar uma imensidade de análises.
Cem capítulos escritos por cem especialistas fazem nesta obra uma síntese abrangente da herança literária portuguesa na perspetiva do novo ideário da história global, aqui aplicado pela primeira vez à história da literatura portuguesa.»
Doutorada em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea e Agregada em Literatura. Professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Diretora do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias), Presidente da APT (Associação Portuguesa de Tradutores) e Administradora do OLP (Observatório da Língua Portuguesa). É, ainda, membro de outras instituições científicas e culturais nacionais e estrangeiras. Autora de diversos livros, nomeadamente: Eça de Queirós Cronista. Do Distrito de Évora (1867) às Farpas (1871-72) (1998), Labirinto Sensível (2003), No Fundo dos Espelhos (2003-07), Breves & Longas no País das Maravilhas (2004), Emergências Estéticas (2006), Itinerário (2009). Coordenou, também, dentre outras obras: Teolinda Gersão: Retratos Provisórios (2006), De tempos a tempos. Júlio Conrado (2008), Homem de Palavra. Padre Sena Freitas (2008), Rui Nunes. Antologia Crítica e Pessoal (2009).