Sehwan Bae, conhecido como Seagull, é um pintor em ascensão que enfrenta um doloroso bloqueio criativo. Na tentativa de encontrar a inspiração, Seagull conhece V, um modelo misterioso que se recusa a revelar o verdadeiro nome. No ateliê em frente ao mar, os dois se envolvem em um romance intenso, permeado por mentiras e segredos.
À medida que a paixão cresce, também aumenta a dú Seagull está apaixonado pelo homem verdadeiro ou pela idealização de um amor perfeito? Entre mistério, desejo e busca por conexão genuína, Seagull precisa compreender as emoções de viver seu primeiro amor. "Vinte minutos e V" é uma história sobre vulnerabilidade, solidão e a complexidade das relações humanas.
Arte. Esse livro é absurdo. A escrita é impecável, metafórica, poética e melancólica. Amo que originalmente era uma fanfic (e pra quem fica com um pé atrás em relação a isso, gente, se ninguém te conta, você nunca saberia. Esse livro poderia ser um best seller internacional) O Sehwan ranzinza e puto com tudo da vida me deixou um pouco irritada no início, fiquei esperando que a postura dela mudasse conforme a história fosse contada, no caso, ele se tornasse uma pessoa menos rabugento a medida que fosse se apaixonando, mas percebi que o livro se tratava de memórias, memórias de um artista desolado e perdidamente apaixonado, deixado para trás, então a revolta até que fazia sentido. (Inclusive, me lembrou um pouco um apanhador no campo de centeio a forma como ele falava) As metáforas envolvendo arte, cores, pessoas, e o ato de viver, é muito bonita e bem criada, só que senti ser demais em alguns pontos, me pareceu repetitivo também e me deu uma cansada. Esse livro é necessário ser lido fisicamente, as ilustrações e a diagramação são deslumbrantes, achei que deu muita alma e transformou a leitura em uma experiência. As descrições me fizeram visualizar tudo com muita clareza. O mistério da vida do V e o nome real, me deixou doidinha kkkkkk eu não conseguia deduzir nada, e parecia que a revelação não vinha nunca. Tenho tanto pra falar desse livro, mas nossa, me somem todas as palavras.
Há livros que não apenas conta uma história, eles as vezes atravessam nosso corpo e alma, e esse foi um desses. Por mais que esse livro incialmente veio de uma fanfic ( o que para mim não é um problema, mas sempre tem um tabu por trás disso e pessoas as vezes não lê). Mas a Larissa constrói uma narrativa que pulsa em cada linha filosofia, arte e drama em cada personagem. Muitos dos momentos me via como V e Seagull e me perdia neles.
A linguagem é fluida, sutil e bem precisa, cada detalhe de cor ( principalmente quando cada parte do livro e o drama que constrói o V está com uma cor de cabelo que representa cada minuto - dos 20 min- que o céu amanhece), cada gesto , olhar entre eles, é tudo lírico e poético. Parecia uma mistura de Clarisse Lispector ( nas questões filosóficas) com uma pitada de André Aciman ( no lirismo poético).
Obvio, que há leves problemas com o final, os momentos de idas e vindas e um final levemente clichê ( que as vezes senti que era previsível demais ou que deveria ter um final doloroso). E além disso por muitos momentos me peguei odiado os personagens ( rsrs, mas nem tudo é para ser bom).
Mas é lindo do mesmo jeito, e pelo amor de deus, só porque foi uma fanfic não quer dizer que o livro seja ruim ( crescem)
"Ri ao vê-lo remexer os ombros. — O céu não é só azul. É V".
que romance incrível. confesso que no primeiro momento eu não tinha expectativa nenhuma, o "preconceito" por saber que o casal era inspirado em taekook (Taehyung e Jungkook, do BTS) me fez ler pensando que viria um romance clichê (acalmem-se, eu sou army!). e que erro meu.
o livro mostra que sentimento e arte são conectados. é o Seagull (inspirado em Jungkook) registrando, de maneira artística que só ele consegue fazer, como o amor pode ser demonstrado em cores. "V podia ser qualquer coisa. Era uma incógnita, uma cor inexistente, nova, completamente desconhecida e misteriosa".
e é isso, o amor é saber enxergar a pessoa que ama no alaranjado do fim de tarde, ou como o grão de areia da praia, ou a árvore que traz sombra e oxigênio para o mundo ao seu redor. mas também mostra o outro lado, a agonia da perda, a saudade, o orgulho, os arrependimentos, os segredos. e também é por isso que gostei do livro, mostrar que o amor também possui lados vulneráveis, além da beleza. engraçado que, trazendo para a realidade, se eu pudesse descrever Kim Taehyung, eu descreveria ele da mesma forma que o Saegull escreve, que ironia.
tem uma frase do livro que me marcou pessoalmente, vou deixá-la aqui registrada: "A gente raramente sabe que um momento será memorável enquanto ele acontece e só tem a verdadeira noção do significado de cada peça do quebra-cabeças muito tempo depois.".
no mais, eu fiquei muito feliz de ler um livro tão lindo como esse.