Há tempos Martha Medeiros tem um caso de amor... com livros. Ficção e não ficção, romance e poesia, autores nacionais e estrangeiros, vivos e mortos – há lugar para todos na estante da autora. Nas deliciosas crônicas aqui reunidas, ela parte de suas leituras para fazer o que faz de refletir de forma bem-humorada sobre o cotidiano, amores, crises, as dores e as delícias da existência humana. E reafirma os grandes poderes da arte – possibilitar autorreflexão e tornar mais suportáveis os desafios da vida
Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre em 20 de agosto de 1961 e é formada em Comunicação Social. Como poeta, publicou os seguintes livros: Strip Tease (Brasiliense, 1985), Meia-Noite e Um Quarto (L&PM, 1987) Persona Non Grata (L&PM, 1991), De Cara Lavada (L&PM, 1995), Poesia Reunida (L&PM, 1999) e Cartas Extraviadas e Outros Poemas (L&PM, 2001). Em maio de 1995 lançou seu primeiro livro de crônicas, Geração Bivolt (Artes & Ofícios), onde reuniu artigos publicados em Zero Hora e textos inéditos. Em 1996 lançou o guia Santiago do Chile, Crônicas e Dicas de Viagem, fruto dos oito meses em que viveu na capital chilena. Seu segundo livro de crônicas, Topless (L&PM, 1997), ganhou o Prêmio Açorianos de Literatura.
É autora dos best-sellers Trem-Bala, Doidas e santas e Feliz por nada. Seu romance Divã, lançado pela editora Objetiva, já vendeu mais de 50.000 exemplares e também virou peça de teatro, com Lilia Cabral no papel principal. Martha ainda escreveu um livro infantil chamado Esquisita Como Eu, pela editora Projeto, e o livro de ficção Selma e Sinatra. É colunista dos jornais Zero Hora e O Globo, além de colaborar para outras publicações.
O livro, composto por crônicas, é uma compilação de textos da autora desde 1998 até 2024, e não contém crônicas inéditas, mas sim uma seleção de suas melhores obras. Duas crônicas em particular, "Ler Por Quê" e "Fim de Férias", são bem profundas. No geral o livro é uma reflexão e um convite para aqueles que ainda não têm o hábito de ler, mostrando como a leitura pode enriquecer nossas vidas. Melhores trechos: "...ler é um processo deliciosamente doloroso de virar gente grande... Não existe livro sem leitor... Poesia serve exatamente para a mesma coisa que serve uma vaca no meio da calçada de uma agitada metrópole. Para alterar o curso do seu andar, para interromper um hábito, para evitar repetições, para provocar um estranhamento, para alegrar o seu dia, para fazê-lo pensar, para resgatá-lo do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum assombro, sem nenhum encantamento... Cultura não é aquilo que entra pelos olhos, é o que modifica seu olhar..."