It is 1905 and Luis Bernardo Valenca, a thirty-seven-year-old bachelor and owner of a small shipping company, is revelling in Lisbon’s luxurious high society. But his life is turned upside down when King Dom Carlos invites him to become governor of Portugal’s smallest colony, the island of São Tomé e Principe. Luis Bernardo is ill-prepared for the challenges of plantation life – used to a softer urban existence, he is shocked by the conditions under which the workers labour.
But with the English closing in on São Tomé’s cocoa plantations, the island’s main means of survival, Luis Bernardo must endeavour to protect the island and its community.
Miguel Sousa Tavares is a portuguese journalist and was born in Porto, on the 25th June 1952. His mother, Sophia de Mello Breyner, was a poetess and his father, Francisco de Sousa Tavares, a lawyer and a journalist. After taking the Law course, he carried advocacy during twelve years, but left it permanently to become a full time journalist. He first appeared at television in 1978, by entering the Radiotelevisão Portuguesa channel (Portuguese Radiotelevision). In 1989, he was one of the creators of Grande Reportagem magazine (Big Report) and he became director of it in 1990, place where he settled during ten years. He also published some chronics and wrote to the journal Público (Public) from 1990 until 2002. At the same time, he also wrote chronics in other publications such as A Bola (The Ball, a sport journal), Máxima (Maximum, a female magazine) and in the online journal Diário Digital (Digital Diary). He worked at SIC, a private TV channel, where he hosted information programmes such as "Crossfire". He left SIC and refused the invitation to be general director of RTP but, in 1999, he returned to the television. He entered TVI in 1999 where he hosted the programme Legítima Defesa (Self Defense) and in 2000 he started to work as a fixed commentator at the Jornal Nacional (Nacional Journal, in TVI). He also released various books, and almost all of them are chronics. The first one, Sahara, a República da Areia (Sahara, the Sand Republic), was edited in 1985 and was part of a report. Ten years later he wrote a collection of political texts called Um Nómada no Oásis (A Nomadic in the Oasis) and O Segredo do Rio (The Secret of the River, a children story). In 1998, the book called Sul (South) came out and in 2001 the book called Não te Deixarei Morrrer, David Crockett (I won't let you die, David Crockett). In this last year, was also edited Anos Perdidos (Lost Years), a colection of chronics dedicated to the govern of António Guterres. His first novel was Equador (Equator), first edited in 2003 and which sold more than 370 thousand copies. This novel was so sucessful that posteriorly was released in Brazil, Germany, Spain, Latin America, Czech Republic and the Netherlands, and also won the 25th edition of the Grinzane Cavour prize for the best foreign novel of the year, in Italy. In October of 2007, Miguel Sousa Tavares released Rio das Flores (River of Flowers), also a success.
The novel by Miguel Sousa Tavares, Ecuador, is the story of Luis Bernardo Valença, a young Lisbon dandy offered by King Don Carlos a post he cannot refuse. That of the governor of a Portuguese colony in off Africa, in Sao Tome and Principe, which he knows nothing about abroad, a bit like most Portuguese at the beginning of the 20th century. Its mission is to refute the idea of the English concerning this tiny archipelago far from its metropolis, namely that slavery has been practiced there illegally since it was abolished in 1876, under cover of false employment contracts. Luis, who led a life made up of bourgeois receptions and an impossible love with Mathilde, a married woman, therefore sees himself embarked far from his landmarks and far from the splendor of Lisbon to save the honor of his homeland. This fact is how the King agreed to accept this mission. There, he discovers a world that is both fascinating, an island of wild, dazzling nature, but also cruel, of a world in which forced labor is still practiced. He tried in vain to accomplish his mission there with wealthy owners of coffee and cocoa plantations who naturally did not wish to see their way of life threatened by this young civil servant whom they found too cumbersome. From then on, he made a series of visits and receptions to get to know these islands and these wealthy owners whom he administered in the name of the King. Very quickly, he realizes that the truth about what is happening in these plantations is hiding from him. He is also intimidated so that he does not reveal the indecent practices done to Africans. Shortly after his arrival, the English consul arrives, accompanied by his young wife with bewitching charms. His presence in Sao Tome and Principe owes to his penchant for gambling. Indeed, then promised a brilliant career in the British colonies, one discovers this vice, which stains his reputation as an intractable official. He has no choice but to save his honor and his couple rather than to embark far from the Indies where he had been stationed. His wife, who has sworn never to abandon him, is also forced to follow him. David and Bartolomeu, therefore, find themselves in this colony with each mission to report on workers' situation on the island to their respective sovereigns. One was defending the Portuguese crown, and the other was the British crown, which threatened to boycott products from the island if forced labor was confirmed there. The English couple would quickly befriend this coveted young bachelor, although they opposed their mission. Both, enamored of the liberalism of the time, agreed that the plantation workers were under duress and could not return home to Angola once their 5-year contract had ended. But how can one tell the King of Portugal that England is right? And how do you convince plantation owners to change their way of life? And how could he persuade his friend, the consul, that telling the truth in his report for the crown of England would threaten his mission, his post, and the esteem he had with the King of Portugal?
Andava para ler este livro há anos. Embora esperasse um romance não tão simples, esta história mostrou-me que afinal a história centra-se toda na complexidade da personagem principal. Sentimo-nos muito próximo de Luís Bernardo durante toda a narrativa. O final foi uma surpresa. Esperava tudo, menos o que aconteceu...
Esse é um dos primeiros livros - se não o primeiro - que indico para quem me pede uma dica de uma boa leitura! Um romance histórico completo: escrita fluida, narrativa instigante, personagens extremamente bem construídos e um cenário que impressiona. Miguel Sousa Tavares nos apresenta a história de Luís Bernardo, cidadão português que, no início do século XX, é convidado pelo rei a governar a remota ilha de São Tomé e Príncipe. Acompanhamos na rotina do protagonista cada detalhe do choque cultural entre um cidadão boêmio da cidade grande e uma ilha colonial sem qualquer estrutura. O leitora ainda se depara com intrigas políticas, romances e amizades conturbadas. Um dos meus livros favoritos!
Gosto de Miguel Sousa Tavares, o escritor. Gosto mesmo. E gosto ainda mais quando escreve livros de crónicas (o que não é o caso)...!
Li um quase romance,"No teu Deserto", e este "Equador", romance, ficar-me-á na memória sobretudo e acima de tudo pelas características da sua personagem principal, Luís Bernardo.
Identifiquei-me com o seu sentido de justiça (aqui relativamente à questão da escravatura), sendo que em algumas circunstâncias identifiquei-me também muito com o tipo de sentimentos e emoções experimentados por ele durante a sua vivência em São Tomé e Principe, embora nunca lá tenha estado e tenha muita curiosidade em conhecer este país. É verdade que a paisagem nos desperta para determinados estados de espírito, mas é igualmente verdade que estes só se manifestam de determinada forma porque já cá estão connosco (têm em nós a sua semente)...!
Talvez tenha sido isso mesmo o explica a trajectória de vida desta personagem e o seu desfecho. Essa fuga desenfreada da paixão cega e louca porque, na verdade, estamos apenas diante de um boémio, mulherengo, que escapa de algo que sabe poder fazê-lo perder o tino e o norte.
E concordo com Eduardo Lourenço e com o comentário crítico que faz em relação à obra e que acompanha a mesma... "Equador" tem qualquer coisa de queirosiano. Sendo obras e escritores de épocas diferentes, lembrei-me muito de "Os Maias"no decorrer da leitura de "O Equador". E não foi só por causa da forma como o adultério se proporciona... É a descrição da própria sociedade, todo o cinismo e intriga social, muito bem retratados na minha perspectiva.
Deixou muito a desejar. Estava à espera de um livro sobre os escravos das colónias, mas só tive um livro sobre os ricos das colónias. Apesar de até ter apreciado a personagem do governador, isso não foi o suficiente. Houve no livro muita coisa que considero errada, muita coida de que não gostei, dentro de um livro que se propunha a falar de temas importantes e de uma época histórica importante. Nunca houve um ponto de vista completo dos escravos, parece que eles não tinham opinião nem sentimentos, não tiveram um papel na história que era suposto ser sobre eles. As mulheres no livro só servem para que o governador se possa entreter, até a mulher mais forte e íntegra da história se envolve com ele. A paixão do governador pela Ann é patética na minha opinião, a própria Ann não tem profundidade nenhuma. Há uma quebra no livro para falar do cônsul inglês e da sua vida na Índia que não faz sentido, uma vez que nunca mais se volta ao ponto de vista dele. Os temas principais do livro são o sexo e a dificuldade dos ricos em viverem desterrados nas colónias, coitadinhos. As mamas da Ann durante páginas e páginas são a coisa mais importante do livro... Já para não falar que as traições conjugais são o forte do governador. E o fim deste era escusado, num homem capaz e dono de si, independente, que nunca se preocupou com as opiniões dos outros, custa-me a acreditar no que ele fez a ele próprio. Entregou-se a uma paixão estúpida, que nunca foi amor. E no meio disto tudo, a escravidão passa ao lado. Gostei muito dos factos históricos e da descrição das ilhas, mas não chega para que o livro seja minimamente bom.
Adorei! Sinto que fui passar 15 dias a São Tomé. Até tive calor a ler o livro e tudo:) Está muito bem escrito e a história é maravilhosa. Agora sim posso ver a série.
Já muito me tinham falado deste livro, da forma como nos viciava e eu fui anotando, deixando crescer a vontade de o ler um dia. E um dia, a medo, lá lhe peguei, nos intervalos de um outro que tinha deixado na mesa de cabeceira.
O que primeiro me agarrou foi a escrita de época sem os trejeitos e as expressões que lemos em escritores “da” época. A escrita fácil, a história e as aventuras amorosas, o desenrolar de todo o processo de ida de Luís Bernardo para S. Tomé. Depois deixei-me esmorecer pelas descrições do reconhecimento que tem que fazer da ilha, pelo constatar de que o esperava uma missão ingrata.
Com a entrada em cena do cônsul inglês e da sua bela esposa, a história ganha um novo fôlego (na minha modesta opinião, a história de vida do cônsul é um livro dentro do livro, um pequeno conto delicioso) e a partir daí largar as terras quentes de S. Tomé tornou-se um sacrifico, a todos os momentos me apetecia viajar para as roças, para as praias desertas, para a varanda de Luís Bernardo e sentar-me a ouvir um dos seus discos levados de Lisboa, ajudar nos preparativos da visita de Sua Majestade, convencer com Ann e David.
Ficou-me a curiosidade de ver como tudo acabava, qual o rumo que o Governador daria à ilha e à sua vida, para onde o levariam os devaneios políticos e amorosos, se para os braços do amor, se da política, se do mundo.
Li os últimos capítulos sofregamente e quando terminei só me ocorreu que já não se vivem vidas assim nos nossos dias, e é pena. Vou sentir falta do Luís Bernardo e das rosas loucas ao adormecer.
Fica a self note: As edições ilustradas não são portáteis e tiram quase toda a piada de ler na cama.
Este aqui foi uma leitura tão boa, que passei até o calor escaldante que ele descreve. Se há um livro português que se assemelha tanto aos da literatura brasileira das décadas de 60-70, certamente é este aqui. Minha impressão inicial foi que ele poderia vir a compor uma das cinco obras do 'ciclo do cacau' de Jorge Amado, não apenas pelo foco escravagista nas plantações do fruto, mas pela escrita e temas que Amado comumente abordava em suas obras.
Dito isto, a obra de Tavares está focada em uma única e quase impossível missão: mascarar o trabalho escravo nas ilhas colonas de Portugal, São Tomé e Príncipe, condicionadas ao cumprimento de um acordo para com os ingleses, podendo, assim, continuar a comercialização do fruto, que é renda essencial para a decadente monarquia portuguesa.
Em uma época de fim de reinado, de caçadas, de grande turbulência nacional, D. Carlos, regente da época, traça um plano simples para convencer um jovem com tendências liberais (sim, eu sei) e libertárias para mudar-se para as ilhas e lá, como governador, verificar a existência da escravidão, em caso positivo, mina-la. Um plano simples que tem absolutamente tudo para dar errado.
Com personagens cativantes, com descrições belíssimas das ilhas e do modo de vida, da desigualdade, do racismo, da escravatura e do conservadorismo, Tavares conta a história não apenas de São Tomé e Príncipe e sim, do Brasil e de outras mais colônias exploradas à mingua na cadeia imperialista da época, com todo tipo de atraso moral e estrutural, que pode e deve ser combatido; de modo que o governador Bernardo Valença terá tempos terríveis a frente, enquanto em contrapartida, ao leitor, belíssimos. A mim, foi um prazer a leitura, do início ao fim, com um desfecho que eu não esperava, mas que simboliza bem o período. Ademais, há uma boa surpresa de um certo e inusitado casal inglês vindo da Índia, portanto, admirável, espero encontrar mais obras assim, que abarcam todo nosso prazer na leitura.
I was excited to find a book set in São Tomé and Príncipe, and this one started out interesting, albeit slow-paced. Unfortunately, it soon became offensive on several levels, and took much longer than I expected to finish.
In 1905, Luis Bernardo is a gentleman in Lisbon when he's called upon to spend three years as governor of São Tomé and Príncipe. The British are accusing the Portuguese of using slave labor on the islands, and threatening to boycott their exports; Luis Bernardo's job is to clean up the situation before that happens. (Note that while the international relations aspect is historical, Luis Bernardo is fictional. Unfortunately, the author does not include a note at the end explaining how much of his story was inspired by real events.)
As I mentioned, the story, while it moves slowly, is at least interesting: Luis Bernardo is immediately at odds with the reactionary plantation society, and his efforts to reform it kept my attention. It's not often that novels about slavery feature a character in authority actively trying to change things. The white male characters, including Luis Bernardo, are reasonably well-drawn; the resistance that he meets feels genuine and realistic. The islands come across fairly vividly, and the novel appears well-researched and contains interesting historical information.
But of course, there's something wrong with a novel where only the white male characters come across as fully human, and the number of -isms Tavares manages to pack into the book fairly boggles the mind. First, the women: they exist entirely as sex objects and accessories, without any development beyond that; this is particularly unfortunate with Ann, who gets a lot of page time but never becomes more than an "ample, panting bosom." In fact, there's only one woman in the book with whom Luis Bernardo does not have sex, and that's only because he doesn't get around to it.
Second, the Africans: they're Hollywood stereotypes, none of them taking important roles, even though their conditions are at the heart of the book. This is especially odd because a crucial aspect of Luis Bernardo's character is that he's the one Portuguese on São Tomé who sees and treats them as human--one wonders why the author couldn't manage to do the same.
Relatedly, there's the treatment of colonialism. Given the setting, it's natural enough for the (white) cast to support it; even the more liberal-minded Luis Bernardo is in favor as long as it's "civilizing." But things really get ugly when the omniscient narrator starts talking about India: the book states flat-out that the local people are incapable of governing themselves, the British are good colonialists who don't meddle and are doing them a service, etc. And it reverts to stereotypes, contrasting that "elemental, instinctive" country with the "civilised world where good taste and discrimination reigned." Tavares even gives us this howler: "It was arguable whether Providence had chosen Great Britain to direct the destinies of India: after all, the Portuguese had got there first and, after them, and before the English, the French." Around this point, I started to suspect that the 2003 publication date was misleading: perhaps the book was written contemporaneously with the events it describes, but published posthumously? Sadly, no. Somehow this really is a 21st century novel.
To top it off, Tavares even throws in some anti-Semitism: an antiques dealer is demonized as a "despicable Jewish trader" and the like, for the terrible crime of complaining when an item he paid a large amount of money for in a legitimate sale is publicly confiscated by the police as stolen property.
At any rate, there's a reasonably interesting story in there somewhere, but I'm not about to recommend a book that reduces most of humanity to objects. Again, this is especially unfortunate here because in the hands of a better author, these characters and this story might have amounted to something worthwhile.
I was motivated to read this novel for an upcoming trip I am doing this Summer to Sao Tome. It was recommended in my Bradt Guide to Sao Tome & Principe, and this is one of the two novels available in English set in this African country. I am very glad I read it, for there is little information available about this country other than the basics offered by geography and history books.
Luis Bernardo Valenca is a Portuguese, hedonist man living in Lisbon at the beginning of the 1900's. David Jameson, and his wife, Ann, are a British, passionate couple living in India. When the British accuse Portugal of keeping slavery in Sao Tome & Principe, King Dom Carlos of Portugal asks Luis Bernardo to become the governor of this Portuguese colony. His mission is to prove to David Jameson, sent to Sao Tome as a British council, that the Angolan workers in Sao Tome & Principe are being treated as any other Portuguese citizens. However, will Luis Bernardo accomplish convincing the British council of this? Will Luis Bernardo's ideas about colonialism fit in within the local community of Portuguese cocoa planters? Will Luis Bernardo be able to abandon his comfortable life of pleasures in Lisbon and settle down in a backwater, African colony? This is "Equator", and while most of the time this is a gripping novel, there a few elements that made me give it four stars instead of five:
1. At times, it switches from fiction to non-fiction very easily. This sometimes made me feel I was reading a text book about history and not a historical novel. I wish the author had been more subtle with this. It was always interesting to read about it and it gave historical context to understand why things were happening, but it made the plot stop in order to make room for the history classes. However, this did not happen often, but when it did, I could not help wondering what had happened to the plot.
2. The author is skilled at giving you a sense of place, but sometimes he fails. There are many beautiful passages, specially those about loneliness and those about Sao Tome, among others, but other times he is good at just listing and numbering. Mentioning names of places, and names of objects, without descriptions, does not give a sense of place, and, for me, reading lists is pointless and easy to forget. However, like I said, when he describes, rather than just name, he is good at it, and those descriptions have stayed within me even after I read the novel.
3. I wish the author had had more confidence in the readers at remembering things. Whenever he mentioned something he had previously talked about, he felt he needed to give you a brief summary of the issue again, and this became annoying at times because I felt I was reading about some issues even more than twice. This also had me reading very long sentences, which lost sense by the time I finish reading them.
However, all in all, this is great novel. Reading about Sao Tome & Principe, Portugal and India was always interesting, and the twists and turns of the plot kept me intrigued as to what was going to happen next all the time. Another great, historical novel, this time about the Portuguese colony of Goa, I can recommend is Lino Leitao's "The Gift of the Holy Cross".
“Well, apparently it depends on your point of view, on what one understands slave labour to be.”
Luis Bernardo Valenca, a rakish bachelor and businessman, thinks himself several necks ahead of his social circle, more intelligent and cultured, less vacuous. His public commentary about Portugal’s relationship with its colonies in the first blush of the twentieth century, the Overseas Question, has caused a stir. Soon, he finds himself in route to a secret lunch with the monarch, Don Carlos. Luis knows the King is embattled at home and abroad, but Luis, whose outstanding quality is his total lack of ambition, would never have anticipated the proposal Don Carlos has in mind.
The British Cadbury company has accused Portugal of using slave labor to process São Tomé’s cocoa, which gives them an unfair trade advantage. Britain will put boots on the ground to confirm this suspicion and will impose a boycott that will bankrupt the colony if their suspicions prove valid. Don Carlos knows this outcome will be a domino that can collapse Portugal’s hold on its African empire, and he is intent on finding a way to placate the British. Luis Bernardo, who has no experience beyond intellectual weightlifting, now finds himself the appointed Governor of São Tomé and Principe.
Luis discovers that the colony’s workforce, although technically contracted laborers, are de facto slaves. To address this, he will need to break through the impenetrable layers of subterfuge and silence that binds the plantation administrators, men he had said were nonentities who behaved like potentates. This is not a simple task. Luis is a mouse in a viper pit. But who will undo him? The plantation administrators and their powerful Lisbon connections or the British Consul and his beautiful wife, who are his nemeses in theory but become his friends and his only connection to the life of sophistication he left behind? Whether he manages to navigate the challenges for which he is woefully unprepared, and survive in the doing, will rest in his ability to determine which viper will strike first.
Kakvo putovanje a da mi za ulazak nije bila potrebna viza i obavezno cijepljenje protiv tropskih bolesti. Muguel Suosa Tavares napisao je knjigu “Ekvator”, koja je davne 2004. godine zaludila cijeli Portugal. Autor, inače, ozbiljan znanstvenik i povjesničar je kroz roman koji priča o lisabonskom intelektualcu, ženskarošu, neženji, Luísu Bernardu Valença, 37-godišnjaku, kojeg početkom dvadesetog stoljeća (1905.) portugalski kralj šalje na mjesto guvernera u portuglaske kolonije São Tomé i Principe, Ovom knjigom M.S. Tavares je uspio da kod Portugalaca probudi zatomljena i zaboravljena pitanja o nacionalnom identitetu, kolonijalnoj prošlosti, i o osjećaju nacionalnog ponosa.
Na tim malenim otocima koje je teško pronaći na karti, koje siječe ekvator, Luis će se naći na prekretnici svoga života: da li da ostvari diplomatsku karijeru ili da ostavi sve zbog ljubavi jedne žene. Strastvenost, prevara, psihološko previranje i dileme dio su ove nesvakidašnje priče…dalje neću prepričavati jer pročitajte ju sami, isplati se. Velika preporuka!
Tenho uma certa aversão a bestsellers e também não nutro qualquer simpatia por MST. Talvez por isso demorei tanto tempo a ganhar coragem para ler mais um “tijolo” tão aclamado pela crítica e leitores. De qualquer forma tentei que estes dois factores não me toldassem o espírito enquanto lia e escrevia esta minha opinião. Portugal, Lisboa, São Tomé e Príncipe, início do século XX, escravatura, relações internacionais, fim da monarquia, intriga política, vida boémia e paixões avassaladoras, enfim todos os ingredientes para se tornar uma excelente história. Até que gostei do início! A escrita é fácil e acessível mas com alguns toques de "intelectualoide" à mistura. O trabalho de pesquisa foi muito bem feito e as descrições de Lisboa, de São Tomé e Príncipe e do exotismo da Índia são fantásticas, conseguindo mesmo transportar-nos para o local e época retratada. Talvez seja este o ponto mais positivo do livro. No que diz respeito às personagens a dupla Luís Bernardo e David está muito bem conseguida. Ambos jovens, cultos, não alinhados com os ideais de uma sociedade decadente e com uma visão “muito à frente” levando em consideração a época. As personagens femininas são tão fracas que nem merecem comentário. Estava à espera de um livro de ficção-histórica, com menos descrições e mais realidade do que se viveu naquela altura mas no final temos as aventuras e desventuras amorosas de Luís Bernardo. Há quem goste…eu nem por isso!
In 1905 Luis Bernardo Valenca is requested by the King of Portugal to abandon his comfortable life as a bachelor and business man in Lisbon and take up the post of Governor of Sao Tome et Principe, two specks of land off the West African coast. The two islands are populated by Portuguese colonizers and labourers imported from Angola. The British have been importing cocoa and other commodities from the islands, but are threatening to withdraw their support based on the fact that the Angolese labourers are effectively providing slave labour. Luis Bernardo must convince the reluctant plantation owners and managers to give effect to an anti-slavery and repatriation arrangement in time to convince the newly appointed British consul who must provide a report to the British government that there is no slave labour practices on the islands. David Jameson and his wife, Ann, left India in the aftermath of a scandal for a minor position as consul on Sao Tome et Principe. A friendship develops quickly between the three people, but the threat of David's report hangs over everything they do. The story is built on the complex characters with Sao Tome featuring as an isolated backdrop to all the events. Highly recommend.
Para mi es un 4.5. Me ha gustado mucho. Lo he leido en portugues, y sin problema. Creo que es una obra que esta muy, muy bien escrita. Es ademas muy ilustrativa y me ha picado mucho la curiosidad para aprender un poco mas sobre ese periodo historico y las colonias de los distintos imperios. Hace poco escuche una entrevista a Luz Gabas y ciertamente le dare un tiento a Palmeras en la nieve en el futuro. En este caso la trama se situa en Guinea Ecuatorial, una colonia espanola. La trama me parece muy interestante y creo que esta muy bien contada, con los claroscuros de todos los personajes. Quizas le quito esa media estrella porque...
En cualquier caso, lectura altamente recomendable. Estoy disfrutando mucho de todo lo que he leido hasta ahora en 2024.
Comecei empolgado com esse, pelo tema e pelo estilo realista e direto do autor. Conforme foi passando minha esperança de que ele tratasse de algo sério como trabalho escravo de forma decente foram morrendo. A elite lisboeta (e depois inglesa) é tratada como o bom-colonizador, pessoas respeitáveis e capazes, que faziam tudo o possível para modernizar a colônia, apenas para serem atrapalhados por colonos retrógrados. Personagens negros tem POUQUÍSSIMO espaço e são retratados como servis, passivos ou burros, a serem . As mulheres só aparecem para serem objetos de conquista pra o protagonista, esse James Bond humanitário, o que deixa o romance principal constrangedor de acompanhar. Enfim, nunca li um livro com menos de 20 anos que tenha envelhecido tão mal.
Um livro com uma vertente histórica muito interessante. Que nos apresenta um bocadinho da história das colónias portuguesas e da influência de Portugal.
Já conhecia os contornos da história (vi a série baseada neste livro), mas achei o enredo muito bem explorado e narrado. E toda a vertente histórica tornou a leitura muito mais rica e envolvente!
Apesar da dimensão do livro e dos capítulos, achei uma leitura agradável. Ainda que retratasse a época do início do século XX, a verdade é que o livro está escrito de forma bastante simples, sem que se perca as expressões e formas de falar típicas da época. Gostei muito da escrita de Miguel Sousa Tavares. Sem dúvida que tem a capacidade de nos transportar para outros climas e épocas.
quando terminei este livro peguei na câmara e comecei a balbuciar tudo o que me vinha à cabeça. não sabia bem o que sentir, mas sabia que estava impactada com esta história.
vou começar por vos dizer: não se deixem enganar, não se sintam intimidados!
este é um livro pesado, de época (1905), mas de simplíssima escrita. num ápice estava envolta nas aventuras amorosas e no desenrolar de todo o processo de ia de Luís Bernardo para S. Tomé.
confesso que o reconhecimento que o protagonista faz pela ilha não foi a minha parte favorita de ler (querido Eça, senti-o aqui presente!), mas é preciso contextualizarmo-nos. tal como Luís, nós vemos S. Tomé pela primeira vez e, em parte, acho que isto se dá à necessidade de sentirmos a ingratidão da sua missão também na nossa pele.
Luís é um personagem complexo, um homem humano, com convicções morais fortes e inovadoras para a época. escrevo sobre ele como se escrevesse sobre um amigo, adorei-o. ler sobre o quão penosa e solitária se tornou a sua vida faz com que julguemos menos... talvez, que questionemos os nossos próprios ideais durante um instante.
quero escrever tanto sobre esta história, mas não quero estragá-la para ninguém... e isso é difícil!
a quem embarcar nesta aventura, tenha atenção: o enredo distorce a constante luta interior entre a razão e o desejo, entre cumprir o dever ou ceder ao amor.
Não foi por amor a Miguel Sousa Tavares que comecei a ler este romance. Nada disso! Eu até nem vou muito à bola com o artista. Mas a verdade é que teve o dom de passados alguns anos me conseguir trazer de novo o gosto pela leitura. Isso aconteceu quando num final de tarde, ao chegar a casa após mais um dia de trabalho, noto que Miguel Sousa Tavares está a dar uma entrevista na rádio. Chamou-me a atenção a sua típica arrogância, de quem se acha o Mourinho das Letras. Referia que se o Equador se tinha tornado um sucesso de vendas, tal facto apenas se devia à excepcional qualidade do livro. Pensei para mim… Será que é mesmo bom? Ou o tipo é só garganta? Estava dado o “click” para me tornar um leitor assíduo… O Equador conta a história de um bon vivant, Luis Bernardo, que decide atender ao pedido de El Rei D. Carlos: ir para S. Tomé convencer os ingleses de que já não existem vestígios de mão-de-obra escrava nas colónias. Não sabia o que o esperava. Não sabia que ia encontrar o amor. Não sabia que o rumo da sua vida iria para sempre mudar.
Um romance cheio de amor à pátria, amor às colónias e amor ao cacau. É uma obra cuidada a que me agarrei e só parei quando cheguei ao fim. Obrigado Miguel por teres sido a ponte para a literatura deixando na outra margem internet, jogos e tantas outras coisas...
Às vezes, ao acabar de ler um livro, sinto-me tão perdida, tão abandonada, que chego até a ter vontade de chorar. Isto acontece não porque a história é extremamente triste ou porque eu sou uma incurável "lamechas", mas sim porque apego-me às personagens de tal maneira que julgo-os como meus amigos.
Luís Bernardo conseguiu conquistar a minha simpatia e empatia, apesar da original hostilidade. Apeguei-me a esta personagem, só queria saber o que lhe ia acontecer, e, ao chegar ao inevitável fim, sinto que a perdi.
Afastando-me um pouco do meu lado emocional e abraçando o racional, quero dar os parabéns a Miguel Sousa Tavares. Independentemente da nação, independentemente das possíveis justificações ou das argumentações, escravatura é escravatura, ponto final. É um longo período sangrento e vergonhoso pelo qual todas as nações colonizadoras (e não só) passaram. Apesar de termos ultrapassado esse período, hoje em dia ainda há escravatura e, embora este livro centre-se na colónia portuguesa de S. Tomé e Príncipe, o ódio racial, o sentimento de superioridade e a indiferença face ao sofrimento dos outros ainda são actuais.
A mentalidade é o mais complicado mudar e este livro mostrou-o extraordinariamente!
Sim, estamos no século XXI e muito foi conseguido e mudado (felizmente). No entanto, ainda há muito de actualidade num romance que se passa no início do século XX.
Já conhecia o Miguel Sousa Tavares de No teu deserto, livro que me agradou bastante. Antes, porém, ele já tinha escrito esse Equador, seu primeiro romance – já tinha outras obras de não-ficção anteriores – que fez um sucesso até que bem grande em Portugal e no Brasil há alguns anos. Fora best-seller e um daqueles romances que se torna o hype do momento. O livro é muito bom, muito bom mesmo. A história gira em torno de Luís Bernardo, um dândi, dono de uma pequena companhia de navegação, que chegado à beira dos quarenta anos se vê ainda solteiro, com dinheiro, vivendo uma vida boêmia na Lisboa de início do século XX. Entre uma paixão e outra, escreve um ou outro artigo para os jornais da capital. Um desses textos, que trata da colonização, chama a atenção de algumas pessoas e acaba por levar a um convite do próprio rei: ser o governador das ilhas de São Tomé e Príncipe, na costa da África, com uma missão bem específica: demonstrar que não existe escravidão nas ilhas e, assim, evitar que o cacau que elas produzem não seja boicotado pelas fábricas inglesas de chocolate. Depois de certa hesitação, Luís Bernardo aceita a tarefa. Os motivos não ficam exatamente claros nem mesmo para ele. É para fugir de um amor? É para aceitar um desafio? É para fazer algo que o tire da vida confortável, mas entediante que tem em Lisboa? Em São Tomé, uma ilha à deriva no meio do Atlântico, se vê diante de novos desafios. Ele tem seus princípios, é – em essência ¬– uma pessoa correta e decente, mas nunca compreende claramente qual é a sua missão, tampouco compreende claramente as pessoas com quem está lidando, inclusive o cônsul inglês e a esposa que vão morar na ilha. É um humanista, um idealista que tem que lidar com o cinismo do governo de Lisboa, que quer uma solução, mas sem se comprometer com os produtores. Também não compreende o que querem os produtores, que querem que nada mude, mas que o governador sirva apenas para enganar o cônsul inglês. O que fazer? Junte-se a isso, os dilemas do amor que ele encontra em São Tomé. Um belo romance, com a trama muito bem amarrada, com mostra de grande artesania, mesmo que um tanto melancólico na ilha à deriva no meio do oceano, o que talvez seja o que acontece, em alguma medida com todos nós, à deriva no mundo.
Luis Bernardo o maior COMEDOR DE CASADAS da literatura em língua portuguesa. Mas falando sério, é muito difícil que um livro entregue quando as expectativas pra ele são tão altas, mas Equador as superou. Recomendo demais
This entire review has been hidden because of spoilers.
Начало 20-го века, закат колониальных времен. Герой с государственным заданием направлен на удаленный португальский остров в Атлантике, где на свою беду встречается со вторым главным героем, своим английским оппонентом. Роман напоминает шахматную партию - два умных красивых молодых дипломата, официальные представители своих стран, дамы, стражи, пешки, кони - все на месте, а уединенный остров - игровое поле. У каждой стороны свои интересы и очень трудный, практически неразрешимый расклад. Молодые герои полны страстей, и их государственные миссии под угрозой. Честь и достоинство на одной чаше весов, непреодолимая страсть - другой. Никакой суеты, все характеры и экспозиция проработаны до мелочей, напоминает документальную хронику событий. Как пишет в предисловии переводчик Ринат Валиулин, "тут же про вечное, про непреходящие истины, про правду, ложь, честь и совесть". Великолепная книга, лучшая за многие месяцы.
Ufa, custou mas foi! Comecei a ler este livro há quase um ano atrás, e interrompi-o para ler o novo da J. K. Rowling (big mistake) e decidi recomeçar há umas semanas. Sinceramente, não percebo o hype todo em relação a este livro. A história não é cativante, não senti nenhuma ligação com os personagens, as duas cenas de sexo com a Anne são constrangedoras e baratas("chupou-lhe os mamilos", a sério?!). Só mais ou menos nas últimas 30 páginas é que acontece alguma coisa de relevante.
Durante muitos anos foi o meu livro favorito. É talvez dos melhores romances históricos que alguma vez li. Apesar de ter mais de 700 eu li-o a voar, sobretudo por causa da narrativa. Tenho que o reler xD