After walking for days across the harsh Brazilian landscape only to be rejected by his last living relative, Samuel finds his options for survival are dwindling fast - until he comes to the hollow head of a statue, perfect for a boy to crawl into and hide...
Whilst sheltering, Samuel realises that he can hear the villagers' whispered prayers to Saint Anthony - confessing lost loves, hopes and fears - and he begins to wonder if he ought to help them out a little. When Samuel's advice hits the mark he becomes famous, and people flock to the town to hear about their future loves. But with all the fame comes some problems, and soon Samuel has more than just the lovelorn to deal with. A completely charming and magically told Brazilian tale, sure to capture your heart.
A Brazilian journalist, novelist and children's author, Socorro Acioli (1975- ) holds a masters in Brazilian literature, and began her literary career in 2001, going on to publish in a number of genres, for both adult and child readers. She has participated in a workshop run by Gabriel Garcia Marquez; has done research at the International Youth Library in Munich, Germany; and is currently pursuing a PhD in Literary Studies at the Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro.
Socorro Acioli (Fortaleza, 24 de fevereiro de 1975) é uma escritora brasileira, formada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo, mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará e Doutoranda em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, em Niterói. Sua obra de estréia, O Pipoqueiro João, foi escrita quando a autora tinha ainda oito anos de idade. Publicado pela Nação Cariry Editora.
Em 2001, durante o curso de jornalismo, retornou às letras com a biografia de Frei Tito de Alencar Lima. O livro, intitulado Frei Tito, foi publicado pelas Edições Demócrito Rocha na coleção Terra Bárbara. Em 2003 lançou, pela mesma editora e mesma coleção, a biografia de Rachel de Queiroz, escrita a partir de pesquisas e entrevistas com a autora. A partir de 2004, Socorro Acioli começou a escrever e publicar livros infanto-juvenis. Estreou com Bia que tanto lia - uma história do livros para crianças, pelas Edições Demócrito Rocha. Em 2006 foi a única brasileira selecionada para a oficina de roteiros Como contar um conto, ministrada pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez (Prêmio Nobel de Literatura de 1982), na Escuela de Cine y TV de San Antonio de Los Baños, em Cuba.
Em 2007 ganhou a bolsa de pesquisa da Biblioteca de Munique, na Alemanha, onde morou por dois meses. Em 2009, foi convidada pelos Centro Culturais das Embaixadas do Brasil em La Paz, Bolívia e em Praia, Cabo Verde, para proferir palestras sobre sua obra e seminários sobre Literatura Brasileira. (Wikipedia)
Quando o assunto é literatura, tem duas coisas que amo: Gabriel García Márquez e realismo mágico (obras que contêm uma visão realística do mundo, mas com elementos mágicos). A obra da autora brasileira Socorro Acioli reúne os dois, tendo desenvolvido “A cabeça do santo” em uma oficina ministrada por ninguém menos que o incrível Gabo (apelido para os íntimos, hehe).
O cenário é a cidade de Candeia, no sertão cearense. Samuel vai até a pequena e abandonada cidade para cumprir o último desejo de sua mãe: ir em busca do pai, a quem nunca conheceu. A premissa é bem parecida com o livro “Pedro Páramo”, um clássico da literatura mexicana e que inspirou o estilo de García Márquez. Mas apesar das semelhanças iniciais, o desenvolver da narrativa toma um caminho bem diferente - e muito criativo.
Ao chegar na cidade e se deparar com um cenário de abandono, Samuel busca abrigo em um local nada comum e que marcou a história de Candeia. Trata-se da cabeça oca de um santo, que nunca chegou a ser colocada no topo da estátua para a qual foi projetada. Não bastasse a peculiaridade do refúgio, o personagem passa a escutar vozes femininas quando está dentro da cabeça do santo. E a pergunta que fica é: o que essas vozes têm em comum? Estaria Samuel imaginando coisas?
A escrita de Socorro é fácil e nos transporta para uma história deliciosa de se ler! Tem romance, bom humor, mistério, drama… Daqueles livros coringas, que é difícil de alguém não gostar. E depois da leitura, não deixe de escutar o episódio do @dariaumlivropodcast com a autora para saber a inspiração - verídica - da história! Super recomendo!
nossa, mas eu esperava demais desse livro, demais mesmo. e não deixa de ser um livro bom, desses que a gente quer saber o que vai acontecer - mesmo que seja bem previsível. mas não gostei da construção do protagonista, apressada que só. se alguém fizer alguma adaptação dessa história pro audiovisual, espero que seja cuidadoso com os detalhes.
Que história deliciosa de ler!!! amei o ritmo da narrativa, alternando entre lenda, suspense e romance (com pitadas de realismo mágico). Fiquei encantada e admirada com o talento da Socorro 🧡
Que livro bom! Curtinho, bem humorado, com uma pitada de drama e romance na medida certa. É uma leitura muito prazerosa, Socorro sabe como prender o leitor e encantar com as palavras. Livro digno de roteiro de novela das 6, mas sem o filtro amarelo que americanos usam pra descrever países latinos e sem um nordeste estereotipado. Depois de ler só queria esquecer pra ler tudo de novo e passar pela experiência de ler pela primeira vez.
amei demais a história e, sem sacanagem, a escrita da Socorro é uma das coisas mais sensacionais q já li na vida! são nítidas, tb, a referência e as oficinas de escrita com o Gabo. apesar disso, achei o final MUITO corrido; ele não me deu tempo de assimilar e d "acreditar" naquele final, aí me soou meio artificial :/
no geral, um livro INCRÍVEL e que vou recomendar pra todo mundo! tô animado pra ler o outro romance da autora :)
Em A Cabeça do Santo, Socorro Acioli constrói uma história envolvente, que mistura o realismo fantástico tupiniquim com as cores e o calor do sertão cearense. A premissa é original, Samuel, depois da morte da mãe, parte em busca da família que nunca conheceu e acaba por se refugiar no interior da cabeça inacabada de uma estátua de Santo António. É aí que descobre ter o dom de ouvir as preces das mulheres da região, vozes carregadas de desejos, frustrações e esperanças.
Gostei muito da forma como a autora cria esse ambiente de religiosidade popular, fé e superstição, mas também de humor e cumplicidade. A relação de Samuel com Francisco, e as várias histórias de amor e de vida que se cruzam através das vozes, dão ao livro um ritmo vivo e uma certa delicadeza poética.
A leitura é rápida, acessível e cheia de imagens interessantes. Ainda assim, o final não me conquistou totalmente — ficou aquém da força que o enredo vinha a construir, mas não retira o mérito de ser um livro marcante, diferente e muito bem escrito.
— Foi a morte que me ensinou. O tempo de sonhar é em cima da terra.
Era tudo tão lindo que nem coube nos seus pequenos sonhos. Ela precisou aprender a sonhar mais.
— Final, final mesmo, Samuel, é só quando eu baixar teu caixão na cova. Ainda dá tempo. — Tu sonha muito, Chico. — Foi a morte que me ensinou. O tempo de sonhar é em cima da terra.
E por fim, há aquelas delícias que só mesmo no português brasileiro:
Era bonita, Madeinusa, sempre foi. Seu pai falava que coisa linda como ela haveria de ser importada, como o rádio que ele comprou. Na caixa estava escrito: «Made in usa». — O nome da minha filha veio do estrangeiro, eu só fiz ajuntar as letras. (…)
Isto relembrou-me que o nome Valdisnei é a forma brasileira de homenagear o Walt Disney.
Tem muita coisa legal aqui, mas infelizmente não atendeu as expectativas. Do meio pro fim fica confuso e apressado, muitas pontas soltas são amarradas de qualquer jeito e rolam vários reencontros super forçados, uma coisa bem "último capítulo de novela". Um aviso importante: a autora faz repetidos comentários pejorativos envolvendo pessoas obesas, algo que empobreceu bastante a leitura pra mim.
4.5 ⭐️| "tempo de sonhar é em cima da terra" é, definitivamente, uma das mensagens que vou guardar pra sempre na memória! só não dei a nota completa porque queria que tivesse durado mais, apesar de achar que todos os elementos se encaixam perfeitamente no espaço e tempo. fico sempre muito feliz quando descubro mais histórias incríveis, engraçadas e inteligentes vindas de nordestinos de forma tão responsável com a nossa cultura. me dá uma alegria no coração saber que foi escrita durante uma oficina do mestre gabriel garcía marquez e ele teve a oportunidade de aprovar e conhecer um pouco mais de nós com essa narrativa. "a cabeça do santo" vai ficar pra sempre na minha memória. o realismo mágico é sempre muito incrível
"A Cabeça do Santo" conta a história de Samuel, um rapaz que acabou de perder a sua mãe e se sente impelido a realizar quatro pedidos que ela lhe deixou: três deles são acender velas para três santos; o quarto pedido já é bem mais complicado: que Samuel encontre o seu pai e sua avó paterna, que ele nunca conheceu.
Samuel parte a pé, para a pequena cidade de Candeia.
“Tudo ficou pelo caminho: juventude, alegria, pedaços de pele, mililitros de suor, quilos do corpo, e os parcos e velhos fios de esperança de que houvesse alguma coisa invisível que ajudasse os homens sobre a Terra”.
Após quase 20 dias, chega enfim à cidade de Candeia.
Finalmente, conhece a sua avó, no entanto as coisas não correram como esperava. A avó não aceita recebê-lo e ainda recomenda que encontre depressa um lugar para se esconder, visto que uma forte tempestade está a ameaçar cair.
É assim que Samuel vai parar então na Cabeça do Santo: a “gruta” em que ele se esconde, na verdade, é a cabeça de uma imagem de Santo António que não pode ser colocada no lugar por uma falha arquitetónica.
“Ao chegar àquela cidade quase fantasma, ele encontra abrigo num lugar curioso: a cabeça oca e gigantesca de uma estátua inacabada de santo Antônio, que jazia separada do resto do corpo. Mas as estranhezas não param aí: Samuel começa a escutar uma confusão de vozes femininas apenas quando está dentro da cabeça. Assustado, se dá conta de que aquilo são as preces que as mulheres fazem ao santo falando de amor”.
Apenas o final do livro fica um pouco aquém da expectativa criada. Após tanta criatividade, fiquei com a sensação que o encerrar da história poderia ter sido mais surpreendente...
Curiosidades: "Há 36 anos, a cabeça do santo está em uma casa, servindo de muro e até abrigo, no bairro Conjunto Habitacional, no município de Caridade, a 97 quilômetros de Fortaleza."
Apesar de parecer inusitado, Acioli usa uma histótia real para criar a sua ficção. "A Cabeça do Santo", contou com o apoio de ninguém menos do que Gabriel García Márquez, com quem Acioli fez uma oficina literária.
Uma leitura leve, rápida e divertida. Eu hesitei muito entre quatro ou cinco estrelas. Pelo prazer da leitura que foi, dou cinco. Por achar que o enredo em algumas partes foi “rápido” demais, daria um quatro. Queria ter lido mais sobre a relação de Samuel e Francisco.
A few days before her death Samuel's mother asks her fourteen year old son to light candles at the foot of three different saints and then to find his estranged father and his grandmother in the town of Cadeia. During this ill fated journey Samual finds shelter in what he first assumes as a cave. He later learns that it is the head of an incomplete statue of a famous Brazilian saint and is surprised to hear the prayers of the believers from the town of Cadeia. .
Cadeia is what you can call as a dead town with no prospect for development and many people have migrated away to other towns. The few people who stayed back have lost their faith in their saint and their religion. Samuel is intrigued by the sweet voice of a girl singing sad songs and is determined to find her identity. Meanwhile, he realizes he can solve the worries of the patrons by simple interventions and thereby restoring the towns Catholic faith inadvertently.
Did Samuel's little play help the town or make matters worse for him? Where is the line between human intervention and God's play? This short tale The Head of the Saint will answer these questions and more. Though translated from Portuguese, this story set in Brazil will not deprive you of the native settings.
Even though I had a vague idea about the subject, The Head of the Saint was a pleasant surprise. It reads like a folklore and all the characters are intertwined. The Head of the Saint has a lots of religious undertones that we do not find in our typical YA books. It does feel at times like a translated work but it is worth the effort.
If you are interested in reading folklores from different countries, you can pick The Head of the Saint.
obrigada livia que voltou a tentar ler ele em 2025, obrigada
a cabeça do santo te leva para candeia, uma cidade quase fantasma no sertão do ceará, onde samuel chega para cumprir o último desejo da mãe: encontrar o pai que nunca conheceu. ao chegar na cidade abandonada, ele encontra abrigo num lugar nada comum - a cabeça oca e gigantesca de uma estátua inacabada de santo antônio. mas as estranhezas não param aí: samuel começa a escutar vozes femininas quando está dentro da cabeça do santo, preces de mulheres falando sobre amor. junto com francisco, um rapaz que vira seu amigo, samuel explora esse dom da escuta e aos poucos a cidade volta à vida.
tinha tentado ler esse livro em 2021 e não tinha conseguido, mas resolvi dar uma nova chance e me surpreendi e muito. a escrita de socorro é fácil e nos transporta para uma história deliciosa de se ler! tem romance, bom humor, mistério, drama e ainda crítica.
a parte da força estranha me pegou muito, uma parte muito querida e muito linda, acho que é uma distribuição de amor, um novo tipo de amor, até mesmo o amor próprio é tratado ali. a relação de samuel com francisco e as várias histórias de amor que se cruzam através das vozes dão ao livro um ritmo vivo e uma certa delicadeza poética. fico sempre muito feliz quando descubro mais histórias incríveis, engraçadas e inteligentes vindas de nordestinos de forma tão responsável com a nossa cultura. a cabeça do santo vai ficar pra sempre na minha memória, o realismo mágico é sempre muito incrível.
se você gosta de realismo mágico, histórias que misturam romance com humor e mistério, narrativas que celebram a cultura nordestina com responsabilidade e livros que falam sobre diferentes formas de amor de um jeito delicado e poético, esse livro é pra você.
Estava muito curiosa pra ler esse livro, que tem uma premissa gostosa e se passa no interior do meu estado. É realmente gostoso ler um livro que se passa na sua terra, você se identifica com a linguagem, com os lugares, com as pessoas. A história é bem interessante e vai desabrochando de maneira inventiva e natural, resultando numa leitura agradável mas um pouco morna. Senti que o mistério não me capturou muito, alguns elementos foram dados de graça ao leitor, quando poderiam ter sido mais bem distribuídos ao longo do livro.
Eu ainda não entendi, porque demorei tanto para ler esse livro! Que coisa genial, fantástica e maravilhosa essa história de Samuel, Santo Antônio e milagres no meu amado Nordeste!
Nossa, que livraço! A escrita da Socorro é algo surreal, da melhor qualidade. Nele, tem muito de Juan Rulfo, e obviamente do Gabo, ambientado num Brasil de muita fé, esperança e encantamento. A leitura é deliciosa e extremamente envolvente, e quando damos a mão para Socorro e deixamos que ela nos guie pela narrativa, tudo fica ainda melhor. Eu gostei muito, muito mesmo! A mulher escreve muito bem. Que privilégio viver no mesmo tempo que o dela 💜
Há livros que são milagres em si mesmos, e A Cabeça do Santo de Socorro Acioli é um deles. Com uma escrita delicada e poética, ela nos guia por um sertão cearense onde o realismo mágico floresce em meio ao luto, à memória e às orações.
Samuel, o protagonista, é um jovem guiado pelo peso da perda e pelas últimas palavras de sua mãe. A promessa de encontrar seu pai e sua avó o leva à cidade de Candeia, um lugar quase morto, sufocado pelo sol impiedoso e pelo abandono. É em meio a esse cenário árido e de silêncio que a história se transforma: Samuel descobre, dentro da cabeça oca e gigantesca de uma estátua inacabada de Santo Antônio, um dom extraordinário: Ele escuta as preces femininas destinadas ao santo, vozes que ecoam desejos, paixões, esperanças e canto.
O livro é uma celebração do realismo mágico, que aqui assume formas encantadoras e inquietantes. A capacidade de Samuel não é apenas um dom narrativo, mas um símbolo das vozes esquecidas, dos desejos sussurrados por aquelas que parecem invisíveis ao mundo. A habilidade de ouvir o que é normalmente inaudível traz à cidade uma ressurreição inesperada, um sopro de vida que transforma a própria realidade dos personagens.
Socorro Acioli conduz essa narrativa com uma sofisticação ímpar. A leveza de sua escrita nunca diminui o peso do luto e das descobertas de Samuel, mas encontra equilíbrio entre poesia e realidade. A cidade de Candeia, com seus segredos e seus moradores peculiares, torna-se um personagem por si só, viva e repleta de melancolia. Samuel é um protagonista cativante, e sua jornada — marcada pela busca por identidade, amor e pertencimento — é construída com uma precisão que emociona.
A beleza de A Cabeça do Santo reside também em como Acioli captura a alma do sertão: Um lugar de calor e desolação, mas também de fé e transformação. Entre milagres, maldições e preces, a narrativa nos envolve como um canto antigo, difícil de esquecer.
Esse é um livro que toca fundo, daqueles que são lidos com urgência, como se cada página carregasse uma revelação preciosa. Ao final, nos recorda do poder da memória, do amor e da esperança, mesmo quando tudo parece silencioso e vazio. Uma obra inesquecível, que guarda no coração uma poesia que apenas a grande literatura pode oferecer.
«Pouco antes de morrer, a mãe de Samuel lhe faz um último pedido: que ele vá encontrar a avó e o pai que nunca conheceu. Mesmo contrariado, o rapaz cumpre a promessa e faz a pé o caminho de Juazeiro do Norte até a pequena cidade de Candeia, sofrendo todas as agruras do sol impiedoso do sertão do Ceará.»
Assim como existem pessoas que cruzam oceanos e se descobrem em lugares nunca antes visitados, há livros que viajam entre continentes para chegar a locais onde parece sempre terem pertencido. É o caso deste “A Cabeça do Santo”, livro ainda não editado em Portugal e que uma querida amiga a residir no Brasil teve a amabilidade de me oferecer. E ainda bem que o fez porque eu adorei lê-lo.
Esta é a história de Samuel, um jovem de origens humildes que descobre possuir o dom de ouvir as preces feitas pelas mulheres. Após perder a mãe, o rapaz parte a caminho da pequena cidade de Candeia e é lá, quando no interior da cabeça oca e gigantesca de uma estátua inacabada de Santo António, que se dá conta das suas habilidades.
O realismo mágico presente neste livro é misturado ao nordeste brasileiro, com todas as carências e vulnerabilidades que lhe são características, e o resultado torna-se uma aposta ganha. A autora consegue criar uma trama concisa e envolvente onde elementos regionais, religiosos e políticos ganham destaque. Fica difícil parar de ler. E o mais fascinante é o facto de existir realmente uma cidade brasileira (chamada Caridade e a 97 km de Fortaleza) onde foi erguida uma estátua com 19 metros de altura, inacabada. A cabeça pode ser encontrada a vários quilómetros de distância, junto à porta de uma casa de habitação da localidade. Curioso, não?
Achei só o final, bem no final mesmo, um tanto ou quanto apressado e questiono-me em relação a algumas das escolhas tomadas pela autora para finalizar a história. Contudo, nada que me faça dar menos de 5 estrelas.
Não é tudo aquilo que se diz por aí (na minha opinião, claro). É uma história simples, sem grande profundidade, marcada pela religiosidade e pelo realismo mágico. As personagens são rasas, sem grande desenvolvimento, pelo que senti que o livro foi uma mera descrição de acontecimentos. No entanto, gostei da leitura no sentido em que permaneci interessada pelo enredo, não me senti aborrecida, talvez por ser muito fácil de acompanhar. O final foi repentino, senti falta de uma mensagem mais explícita e marcante.