Através do perverso (e, ao mesmo tempo, inocente) olhar de umas freiras que brincam a não ser freiras, constrói Cristina Sánchez-Andrade este original romance no qual a estreita vida conventual contrasta com os excessos da vida palaciana. Uma abadessa excêntrica e ressentida, cuja misteriosa morte é anunciada desde as primeiras páginas, um frade que esgotou a sua vida procurando Deus pela via da razão, um marquês brigão, a sua mulher dona Hilda,que vai ao convento para jurar a sua virgindade, um estranho lacaio que faz bolas de papel, uma cozinheira que aspira a ser marquesa e, finalmente, o Rei que já não pisa a terra, são outras personagens que vão entretecendo esta intrigante história. Um romance pouco (ou nada) convencional, escrito com uma prosa sensual e lírica, em que a solidão, o desamparo do homem, a dura tarefa de ser, a liberdade e a procura da intensidade pessoal aparecem como pano de fundo.
Críticas de imprensa "Memorizem este nome: Cristina Sánchez-Andrade. É, simplesmente, uma das vozes femininas mais poderosas que deu a literatura espanhola." Nuria Martínez Deaño, jornal La razón
Cristina Sánchez-Andrade (Santiago de Compostela, 1968) es licenciada en Ciencias de la Información y en Derecho y colaboradora de la prensa y crítica literaria.