Lisbon, 1st November 175. The morning begins calmly in the city, but in the Inquisition’s prison in Rossio, Sister Margarida, a young nun condemned to die at the stake, tries to hang herself in her cell. In his house in Santa Catarina, Hugh Gold, an English sea captain, looks at the river and dreams of his days at sea. In the Church of São Vicente de Fora, before Mass begins, a young boy is angry with his mother because he wants to go home to find his twin sister. In Belém, a minister’s secretary attends Mass in the presence of the King, Dom José. And in the Limoeiro jail, the pirate Santamaria gets involved in a vicious fight with a gang of Spanish deserters. Suddenly, at nine-thirty in the morning, the city begins to shake. With a violence never seen before, the earth rips itself apart, houses collapse, church roofs cave in and chaos reigns, killing thousands. In the hours that follow, a giant wave engulfs Terreiro do Paço and for several days huge fires terrorise the kingdom's capital. Lost and in a state of shock, the survivors wander the streets in search of their destiny. While Sebastião José de Carvalho e Melo tries to reorganise the city, a pirate and a nun try to escape justice, an Englishman tries to find his money and a twelve-year-old boy tries to find his twin sister who is buried under the rubble.
Domingos Freitas do Amaral nasceu a 12 de Outubro de 1967, em Lisboa. Depois de se ter formado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa, e de ter feito um mestrado em Relações Internacionais, na Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, decidiu seguir a sua carreira como jornalista. Actualmente, é o director da revista Maxmen, desde o seu lançamento, em Março de 2001. Colabora também com o Diário Económico e a revista Grazia. Antes, trabalhou no jornal O Independente durante 11 anos, além de ter colaborado com outras publicações, como o Diário de Notícias, Grande Reportagem, City, Invista e Fortuna. Colaborou também com a Rádio Comercial e com a SIC. É casado, tem dois filhos - uma rapariga e um rapaz - e vive em Lisboa. Enquanto Salazar dormia...(2006) é o seu quarto livro de ficção publicado pela Casa das Letras, depois de Amor à Primeira Vista (1998), O Fanático do Sushi (2000) e Os Cavaleiros de São João Baptista (2004). Fonte:Webboom
Este libro ha supuesto una gran decepción. Muy lejos de ser una novela histórica, en ella sus personajes (bastante planos e hipersexualizados) vagan sin rumbo, como pollos sin cabeza, durante cuatrocientas y pico páginas por las ruinas de una ciudad destruida. En mi opinión, una oportunidad perdida de explorar uno de los acontecimientos históricos más interesantes de finales del siglo XVIII.
- Já percebi, és o único aqui que presta - e apontei para a freira mais velha. - Ela é uma velha promíscua que só quer é apalpar mulheres; eu sou um mentiroso e um pirata, e ela, e apontei para Margarida, é uma pobre mas tonta rapariga, indefesa perante as nossas garras. Oportuno, Muhammed informou: - E Muhammed ir ser enrabador de homens!
Só por este pequeno diálogo temos o resumo de todo um livro. Se a isto adicionarmos o comerciante inglês, Hugh Gold, com a sua forma peculiar de misturar o português com o inglês, está a resenha escrita. E, para que fique registado, o rapazinho de 12 anos, Filipe e a sua irmã Assunção, eram de facto os únicos que prestavam no meio de tantas personagens sórdidas e quiçá parvas, sobretudo parvas!
- Good lord, I was in the convento várias vezes! I asked por ti, but they said que tu was doente, in bed! One day, disseram you went to terra, to Norte, to die por lá! It was big mentira! Never pensei que tu in jail, to die, condenada, in the fire... ahahahah
Well, eu don't saber como review this livro. The personagens are all egoístas without moral. :P
Agora for real. :D Este livro é uma mistura de factos históricos, nomeadamente o terramoto de 1 de novembro de 1755 que destruiu muitos monumentos, na agora baixa pombalina, e matou muita gente e a tomada da dianteira da reconstrução por Sebastião José de Carvalho e Melo, o futuro Marquês de Pombal.
No meio dos factos históricos o autor "botou" para aqui as personagens do primeiro excerto. Para começar irritou-me o narrador, o pirata Santamaria, que no fim dos capítulos que narrava deixava sempre um parágrafo a tentar fazer suspense. Para quê?
Depois, como eram fugitivos, graças ao terramoto que destruiu a prisão, andavam lá pelas ruas destruídas a fugir dos guardas, e de um mauzão e ainda tinham tempo para a junção dos corpos??? Eu cá acho que me afligia mais em pôr-me ao largo, mas "tá-se".
E a tentativa de dar alguma profundidade ao nosso narrador, o pirata Santamaria, que coitadinho, foi abandonado pelo seu país que não pagou o resgate do barco pirateado e como consequência tornou-se ele um pirata, e depois está num momento de junção de corpos com a escrava Ester e quando ela lhe oferece a vista de outro ângulo vem-lhe à memória que foi sodomizado pelo capitão do navio pirata em troca da sua vida e de repente fica muito traumatizado, mas a escrava repara no transtorno, passa-lhe a mão e diz-lhe que tem de enfrentar os seus medos e ele fica pronto e faz com ela o que o capitão do navio lhe tinha feito e fica "curado" do trauma. WTF?????
E a freirinha Margarida que parecia uma inocente, que quase caiu nas garras da freira mais velha, a irmã Alice, que tinha e passo a citar "tendências invertidas", e depois já não era tão tonta, nem tão inocente e quando pensou que o Santamaria tinha morrido deitou-se com o inglês que mistura idiomas??? E a mesma freirinha que ao fim de sete dias já está apaixonada pelo nosso Santamaria e diz-lhe "amo-te "?!? Filha, tem calma contigo! Só saíste da prisão há dois dias e pelo meio ainda dormiste com o inglês!!! Sossega!!!
E aquela revelação final da paternidade dos gémeos??? Foi de mais para a minha pobre cabeça!
Para rematar, a leitura não foi penosa porque os diálogos do inglês me fizeram rir, os episódios estapafúrdios que mencionei anteriormente fizeram-me revirar os olhos, os capítulos não eram muito longos, mas mesmo assim o livro podia ser bem mais curto e o autor poderia ter-se focado apenas na história das personagens que inventou e deixar as reais de lado. Acho que quis dar um cunho histórico, mas, pelo menos para mim, não funcionou.
Talvez não fosse o momento certo para ler este livro ou talvez já não tenha pachorra para este tipo de história. Não deixará saudades.
Dispensável. Como relato histórico é pobre, certamente muito mais podia ser dito, como romance não serve. O linguajar da freira, do inglês e do árabe puseram-me os nervos em franja.
E é o que se passa com este livro, está ok. É um tema fascinante, desafiante, que com certeza exige uma pesquisa minuciosa. É à pesquisa que atribuo as 2 estrelas. Estou envolvida no mesmo caminho, li inúmeras fontes, muitas delas contraditórias. Creio que os testemunhos em primeira mão são o que de que mais fidedigno julgo poder encontrar-se sobre a época. Ainda assim, nem todos os sobreviventes da tragédia tinham conhecimento de tudo o que se passava ao seu redor, e muitas vezes avançam com informação incorreta ou imprecisa sobre o rei, o governo, os trâmites que estão a ser postos em marcha para reconstruir a cidade.
Reconheci vários pontos da pesquisa que tenho levado a cabo neste livro, mas não me lancei a ele para aprender sobre o terramoto. Procurei empreender a viagem que um romance promete até ao tempo e ao local que explora, e é aí que surgem os problemas.
As personagens são ocas, superficiais, personagens-tipo. A freira bonita é boa, a freira velha e ignorante é má. O pirata alto e bonito é charmoso, o espanhol é abestalhado, o inglês só pensa em negócios e tem um linguajar sem qualquer critério, que aleija bastante o leitor, a escrava é espertalhona e fogosa, Sebastião de Carvalho e Melo é implacável, a rainha é dada a achaques e o rei é um fraco.
Este ramalhete pode ilustrar, muito à superfície, a sociedade portuguesa do século XVIII, mas falha na sua compreensão, na sua humanização; não lhe acrescenta nada. Malagrida diz algo como "as mulheres são aparentadas com o diabo". Pergunto-me se haverá fundamento aqui, porque pelas missões que o jesuíta terá empreendido na América do Sul, e a fama de santo que tinha, duvido que andasse pelas ruas, e muito menos junto da corte, a proferir esse tipo de opinião. Pelo que sei da rainha D. Mariana Vitória, era uma mulher de fibra, espírito forte, robusta e saudável, que caçava e montava melhor do que muitos fidalgos da sua corte (sendo inclusive elogiada por isso) e, por muito horrível que o terramoto fosse, até agora nenhum testemunho próximo da corte (o do Monsenhor Acciaioli por exemplo, núncio apostólico), dá a entender que esta tenha fraquejado.
Assumir-se que o rei dormia em barracas de pano e madeira porque tinha medo que o tecto lhe desabasse na cabeça é só pueril. Os livros de História perpetuam-no à primeira vista, porque há que resumir. Mas e se nos permitirmos reflectir mais além? O que significava a família real? Significava a soberania de todo um império, significava independência face a Espanha (que ainda no tempo do seu pai lutava por nos dominar), e significava assegurar que Portugal mantinha as suas possessões, a sua história, a sua língua, os seus tratados e compromissos, a sua dignidade e a sua paz e interesses, bem como os dos súbditos. D. José não pretendia apenas salvar a cabeça das pedras, mas um universo de possivelmente milhões de pessoas de cair em mãos hostis. Assim sendo, também D. Mariana Vitória, lado a lado com a Princesa do Brasil, D. Maria Francisca, herdeira do trono, não dorme em carruagens "apenas" porque tem medo de novos abalos, ou porque ficou traumatizada e era fraca de nervos.
O romance é inverosímel em muitas frentes... Antes de mais, a quantidade de gente que "corre" em fuga. É-me difícil imaginar tanta destreza para escapar a obstáculos ou perseguidores quando as fachadas se tinham derramado para o meio da rua, e o entulho cobria as vias estreitas. Segundo, o retrato psicológico das personagens falha a todos os níveis. Custa-me a crer que num cenário de horror inimaginável, de Apocalipse, de fim do mundo, em que os cadáveres decepados de entes queridos fariam os lisboetas recear um desfecho semelhante para si mesmos, surgisse qualquer tipo de luxúria, de "divertimento", de brejeirice nas horas subsequentes ao primeiro abalo. Também não apreciei a sugestão de que as mulheres seriam todas promíscuas, à excepção do nosso anjo, Irmã Margarida, que por algum motivo nunca teve direito a um artigo definido até meio da narração.
A linguagem é quase atual, e estou convencida de que muitos vocábulos não existiriam ainda, ou não eram usados, tais como "sismo", pelo menos tendo em conta de que nem havia uma palavra em português para "maremoto", à época. Os diálogos preocupam-se mais em soar espirituosos do que em retratar o século XVIII, as hierarquias sociais, os estratos de uma sociedade profundamente desigual.
Como informa a sinopse, esta é a história entrecruzada de várias personagens aquando do abalo sísmico de 1755. O pirata, as freiras, o comerciante inglês, a escrava, "o rapaz", com laivos de aparições do ministro dos Negócios Estrangeiros (Sebastiã de Carvalho e Melo), de Malagrida, da Casa Real, etc. Mas até meio (altura em que abandonei a leitura), não tinha acontecido coisa alguma. Tudo bem, a terra tremeu, há poeira e toda a gente tem imensa sede. Mas num cenário tão caótico, estas personagens andam para cima e para baixo, Terreiro do Paço, Rossio, Rua da Madalena, Alfândega, Patriarcal, Paço da Ribeira, Bairro Alto. A sério? A sério que com a cidade em chamas, as ruas intransitáveis, um maremoto, as paredes a desabarem a cada novo abalo, porque foram vários, estas pessoas conseguiram encontrar-se no meio de milhares, tantas vezes, em situações tão caricatas, trocar três palavras, ver-se de novo daí a nada? Forjar alianças, amizades, criar rivalidades, inimigos em comum, etc.?
E a escrita pobre, gráfica e cinematográfica, de vocábulos sem sal, que jamais entra pelas personagens adentro e lhes expõe a alma ou lhes empresta espírito...
Não gosto. Ressalvo que a classificação é pelo trabalhão que com certeza deu ao autor, mas falta-lhe o cunho de um romancista e a substância mágica que permite a um autor moldar personagens credíveis, com as quais nos importamos de facto. Aqui, tudo é vento...
Quando comecei este livro estava com elevadas expectativas em relação ao mesmo. Nunca havia lido nada que tratasse sobre o terramoto de 1755 e entusiasmava-me a ideia de ler um romance histórico sobre esse trágico acontecimento.
Comecei a lê-lo no Dia de Todos os Santos, o que achei perfeito uma vez que foi exactamente nesse dia que o grande terramoto assombrou Lisboa e arredores. Agradava-me também a ideia de ler ficção histórica por si só, género que apesar de não ser dos meus preferidos, aprecio bastante e não tem tido grande expressão no projecto "LinkedBooks" (o meu blog literário). Por outro lado, temia que fosse um mau romance histórico, pois pela minha experiência quando são maus, são mesmo bastante penosos de ler.
Foi neste estado de espírito que ao ler as primeiras páginas me surpreendi de imediato. Esperava uma contextualização histórica fiel e pormenorizada sobre o terramoto de 1755, contudo acaba por ser mais um romance que decorre durante os dias do terramoto, onde o acontecimento histórico é apenas cenário.
O foco desta história é o dia a dia de um grupo de pessoas de várias origens e de características bem diversas entre si, cujos percursos individuais se acabam por intersectar. A história segue a vida dessas pessoas desde o dia anterior ao terramoto contando a forma como vivenciaram este evento e lhe sobreviveram (ou não).
A escrita é simples e corrida, com muitos acontecimentos, o que faz com que o leitor se prenda à narrativa e consuma as páginas rapidamente. Apesar de como disse anteriormente esperar algo diferente, agradou-me este ritmo, sem grandes pausas descritivas.
Existem alguns aspectos menos positivos, como por exemplo um personagem inglês que fala de forma estranhíssima e cansativa (uma palavra em inglês e outra em português consecutiva e continuadamente) e que por um qualquer milagre é entendido por todos (lembremos que estamos no séc XVIII e que seria bastante improvável que, por exemplo, uma escrava o entendesse na perfeição). Outro aspecto menos bom foi o que considerei um excesso de cenas e situações sexuais. Se bem que me agradou uma história enraizada nas necessidades básicas, imediatas e prementes de um grupo de pessoas que de repente se vê no meio de uma catástrofe de tremendas dimensões, parece-me que a paixão, o amor, a promiscuidade e o sexo ocuparam (talvez) um lugar de destaque maior do que o que na realidade lhes seriam devidos.
De um modo geral a leitura foi agradável e durante a mesma até considerei a possibilidade de atribuir 4 estrelas aqui no Goodreads. Mas o final foi para mim incrivelmente despropositado. Já me tinha habituado a que o livro não tivesse grande história, sendo um relato do dia a dia de pessoas que se encontram em situação excepcional, cheio das dificuldades inerentes a quem viveu uma tão horrível situação. Penso que as histórias não necessitam todas de ter espectacularidade ou grande acontecimentos, ainda para mais num cenário destes, espectacular por si só, pelos piores motivos.
Contudo, de repente no final, para mim a história tomou contornos de novela barata. Não adianto muito mais para que esta opinião não estrague a leitura futura de quem deseje ler este livro, mas posso dizer que uma série de coincidências, despropositadas e pouco credíveis se conjugaram para que o livro tivesse um grande e surpreendente final (pela negativa). Se nada deste livro foi "em grande", a minha opinião é a de que o autor deveria ter mantido o mesmo rumo, apresentando um final realista e concordante com o resto da história. "Quase" entendo a necessidade do autor dar ao seu livro este "grande" final, mas para mim, acabou por arruinar um pouco a opinião que vinha a formar durante a leitura...
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A escrita é boa, sem dúvida, principalmente quando o comparo a JRS, isso foi algo que me surpreendeu pela positiva, bem melhor do que esperava.
Há também a sensação de estar a ser embalado, não sei explicar de outra forma, há livros que me contam directamente uma história e há outros que me fazem sentir que é a história que se revela para mim, como leitor. Domingos Amaral fez isto, algo que não acontece com frequência.
No entanto, há demasiadas peças que encaixam mal. Como se um puzzle tivesse um horário apertado para ser feito e as peças fossem colocadas mal, importando apenas usar todas as disponíveis. Há um pormenor na história que é tão mau, mas tão mau, que não deixa de me assombrar a opinião sobre o livro. É pena, julgo que sem essa parte, que ainda sussurra aos meus ouvidos, teria certamente mais uma estrela. No entanto, não passou de uma leitura agradável, nada mais.
Ainda assim, estarei atento ao autor, a qualidade da sua prosa é indiscutível e é algo que prezo bastante. Espero que na próxima vez que me encontre com um livro dele a história, os pormenores, todos os detalhes sejam cuidadosamente pensados e preparados para que possa ser uma leitura arrebatadora. Só falta isso, o dom da palavra, de causar sensações reais ao leitor, esse dom, Domingos Amaral já o tem.
Pues le doy 2 estrellas porque me lo he acabado y, por tanto, algo tendrá... Pero no puedo decir mucho más positivo sobre esta novela. Me lo compré porque el tema me interesaba mucho, el gran terremoto de Lisboa me parece un acontecimiento histórico impresionante y poco conocido. Y por eso me da tanta rabia que el autor haya desaprovechado un escenario tan interesante con una trama sin pies ni cabeza. Los personajes están estereotipados hasta un nivel que casi parece una parodia, la obsesión por el sexo hace que el terremoto y sus posteriores incendios parezcan una especie de orgía y del lenguaje del personaje inglés prefiero ni hablar. En resumen, no lo recomiendo para nada y me queda la sensación de haber perdido la oportunidad de leer una buena novela.
Li grande parte deste livro na viagem Lisboa-Londres a seguir ao Natal. 2 horas num voo é sempre um ótimo local para por leituras em dia. Tinha lido poucas páginas e devo ter chegado a meio. Depois parei. Só esta semana fui teimosa e me obriguei a pegar-lhe para terminar e perceber realmente o que aconteceu Quando Lisboa Termeu...
Parece-me que o facto de ter lido outros livros pelo meio é mais que suficiente para dizer que esta história não me encheu, de todo, as medidas. Conhecemos os personagens antes dos abalos de terra e percebemos logo que, apesar de não terem nada a ver uns com os outros, vão acabar por se relacionar devido aos acontecimentos. Isto seria bastante interessante se tal não se arrastasse durante mais de 300 páginas. Só nessa altura nos é finalmente dado a perceber o porquê de este estranho grupo de pessoas se ter juntado de modo a tentar salvar as suas vidas. Apesar de tudo, a construção dos personagens deixa bastante a desejar, exceção feita talvez a Santamaria (que é quem narra todos os acontecimentos) e um pouco Margarida (apesar de a rapariga bonita, como tantas vezes foi referida me começar a irritar).
Compreendo que terá sido a realidade de muitos dos sobreviventes da tragédias nas horas e dias que se seguiram mas, ao fim de quase 500 páginas, eu já estava cansada de descer ao Rossio e ao Terreiro do Paço e voltar a subir ao Bairro Alto ou à zona da Sé várias vezes por dia. Parece que não havia mais nada para me dizer.
Ao chegar à última página, fiquei com a sensação de que todo o potencial que o livro tinha e que me chamou a atenção se foi perdendo, até não restar mais do que apenas a vontade de terminar.
No he llegado a terminar de leerlo, por eso no lo puntúo porque sería injusto. Me parece un libro bien escrito, cuya historia de fondo me llamó la atención desde el primer momento, el terremoto que asoló Lisboa el 1 de noviembre de 1755. Por desgracia, las historias que se entretejen en este panorama desolador, no me han atrapado y abandono la lectura. Lástima, pero queda mucho por leer.
"Quando Lisboa Tremeu" relata a forma como o terramoto de 1755 mudou a vida de cinco personagens fictícias, mas que podiam muito bem ter sido reais. Tal como penso que todos sabem, quando cataclismos destes acontecem, quem não os presenciou mais facilmente fica tocado com as histórias de um grupo diminuto de pessoas do que quando se fala de milhares ou milhões; à mais proximidade; neste caso, quem lê, pode até encontrar parecenças com outras histórias que conhece, pode até aperceber-se «-Poderia ter sido eu», o que faz com seja mais fácil perceber certas atitudes desesperadas que numa situação normal poderiam ser consideradas abomináveis; eu diriam até que dá um abanão a quem lê que às vezes é preciso e que nos lembra o quão devemos, pelo menos, valorizar o que temos. Tudo isto para dizer que esta obra conta histórias individuais e não é um relato fiel e imparcial do Terramoto, ou pelo menos foi assim que eu interpretei. E se assim for visto, acho que o trabalho do autor foi muito bem conseguido.
Ainda assim, houve alturas em que o Terramoto, ou seja, o suposto tema principal, me pareceu um pouco acessório, mas pode ser assim quando cinco pessoas vêm a sua vida mudada para sempre por causa dele? Mais uma vez insisto: o Terramoto não foi visto pelo ponto de vista dos dirigentes, de quem tem de controlar a situação e restabelecer a ordem (ainda que por aí tenho havido umas incursões um pouco deslocadas do resto mas que ainda assim fizeram uma elucidação necessária) e sim do ponto de vista de umas quantas pessoas simples e comuns (bem, comuns talvez não...) Mas já que falo nelas, quero também referir que estão bem contextualizadas. Acho que uma freira que foi condenada pela Inquisição, uma escrava, um comerciante inglês, um pirata, um escrivão, entre outros não podiam pertencer mais à sociedade setecentista. No entanto, apesar de as suas histórias parecerem aleatórias, estas entrelaçam-se de uma maneira que dá todo o sentido ao livro e que me surpreendeu no final.
Foi o primeiro livro que li de Domingos Amaral e o seu estilo de escrita agradou-me a níveis satisfatórios: apesar de faltar descrição e a que há não ser das melhores, o facto de ser a personagem principal ser o narrador atenua esta falha. A início esta opção não me pareceu a melhor pois não estava a ver como ia surgir a explicação para Santamaria, o tal pirata, saber de acontecimentos que não presenciou, mas ao longo do livro este aspeto foi-se tornando claro, ainda que houvesse ali umas quantas coisas forçadas.
O livro foi dividido em quatro partes, sendo cada uma um elemento da Natureza. Foi uma decisão bastante pertinente uma vez que todos estes elementos estão relacionados com o Terramoto: a Terra, que tremeu, a Água, que vinda do rio Tejo em ondas gigantes inundou o Terreiro do Paço, o Fogo, que destruiu o que restou, e o Ar, que aqui pode ser encaixado de várias maneiras, como sendo essencial à vida humana, da qual a cidade estava desprovida, devido aos mortos e aos que fugiram, ou como um elemento purificador de todo aquele caos, ou como símbolo de subsistência e de esperança, pois mesmo depois de já não restar nada, o ar ainda lá está, à espera de ser respirado.
Sendo eu uma apaixonada por História e por romances históricos e por nunca ter lido nenhum outro livro que falasse do mesmo acontecimento que este, talvez o tenha sobrevalorizado. Mas eu gostei, e li-o muito mais depressa do que esperava. Foi uma visão diferente do número de mortos, de feridos, de edifícios destruídos; foram histórias humanas, de como o Terramoto afetou as pessoas reais, de como os sobreviventes se safaram no meio da destruição, do desespero, do nada em que Lisboa se transformou. E por isso dou-lhe 4,5 estrelas.
Sinto algum fascínio pelo terramoto que devastou Lisboa em 1755. Sempre foi um evento da história portuguesa sobre o qual quis saber mais e presumo que tenha sido esse o motivo que me levou a adquirir este livro do Domingos Amaral há uns anos. Há pouco tempo vi uma excelente (apesar de breve) reconstituição do terramoto e maremoto desse dia e decidi que estava finalmente na altura de pegar neste livro.
O que temos neste livro é basicamente as histórias de vida cruzadas de várias personagens fictícias, relatado na primeira pessoa por uma delas: Santamaria, o português que ficou prisioneiro dos árabes e que, sob o seu comando se tornou pirata. Após alguns anos foi raptado pelos franceses e entregue a Portugal, onde se encontrava na prisão do Limoeiro (que ainda hoje sobrevive,após várias reconstruções e remodelações) no dia do terramoto. As outras personagens são um árabe que o acompanha, duas freiras condenadas à forca pela Inquisição, um inglês que residia em Lisboa há algum tempo, uma escrava negra e um rapaz de 12 anos que perde a mãe no dia do terramoto e acredita que a sua irmã gémea se encontra soterrada mas viva algures na cave da sua casa.
Confesso, a minha maior expectativa para este livro era aprender. Saber mais sobre este acontecimento decisivo para a história da capital do país, não só a nível político, mas também a nível social, económico e por aí em diante. Sabia que esta era uma história que seguia a vida de personagens fictícias, mas não esperava que o livro se debruçasse na sua maioria sobre elas. Até aí o problema era meu e das expectativas que criei, mas optando por este caminho, o trabalho do autor seria criar personagens interessantes e com uma história que cativasse o leitor. Não aconteceu comigo. Acabei o livro há pouco e só me ficou o saltitar das personagens de local em local, a sua promiscuidade e o linguajar irritante de algumas delas (já lá vou).
Sem contar com o narrador, o que sucede com as outras pessoas é contado em segunda mão, muitas vezes a duplicar de acordo com os diferentes relatos que chegaram a Santamaria. Sinceramente, não gostei desta opção do autor, de existirem vários pontos de vista na história, sem que o realmente fossem, porque torna a história confusa, sem que o leitor perceba, muitas vezes, a verdade do que aconteceu.
A verdade é que pouco neste livro me interessou realmente: apenas uns breves trechos que o autor decidiu colocar para tentar contextualizar a época, mas que sinceramente achei mal entrelaçadas com a história que estava a ser contada. Quase parece que foram ali colocadas para não podermos dizer que não há contextualização. A escrita é tão básica e superficial que não encontro nada que lhe possa elogiar. Quanto ao linguajar de que falei acima, tenho inveja de quem passou pelas tiradas do inglês e não se irritou. Um exemplo: “See, I’m ferido, no guns, i’m de pijama. And, slave, tu sabes talk with eles.” Foi isto o livro TODO. Dá a sensação que o autor escreveu tudo em português e depois voltou atrás para substituir palavras pelo inglês; para quem não percebe inglês, perde muitas vezes o sentido do que está a ser dito, e para quem percebe é só ridículo. Para além disso, encontrei aqui e ali coisas como “Há medida que…” e outras que tais. Não é preciso dizer mais nada.
No final de contas, pouco aprendi e não gostei do enredo/personagens que o autor aqui nos apresenta. Não recomendo.
Escrita fluída que facilmente agarra o leitor e o mantém entretido, entrelaçado. Mas aos poucos vamos sentindo que nada nos diz e do que diz é feito de uma forma claramente comercial, em busca de agradar ao leitor mais básico. Todo o texto está tolhido de supostos valores do amor e paixão, mas que aqui é veiculado pelo suor e sexo. Depois de ver o currículo do autor percebe-se de onde vem esta visão do mundo o facto de ter passado pelas direcções de revistas como a Maxmen e GQ deixou provavelmente as suas marcas. Este seria um bom conto para editar às postas numa dessas revistas. De resto a escrita é em si pobre em adjectivação e a construção de ideias surge com uma imediatez típica de jornal ou revista faltando-lhe capacidade para complexificar e densificar os mundos construídos.
O pior livro que li nos últimos tempos. Achei o tema muito interessante e, ingenuidade minha, pensei que o Domingos Amaral fazia parte do grupo de novos escritores que vêm surgindo na nossa literatura. Enganei-me. As personagens são superficiais e pouco pensadas. A forma de falar do Inglês, da freira Alice e de Muhammed complicam com o sistema nervoso de um santo. A obsessão do autor com seios é visível pelo livro. Infelizmente, o vocabulário usado para descrevê-los é muito reduzido (grandes, volumosos, redondos e cheios). A falta de vocabulário é notória ao longo de todo o livro, os vocábulos vão-se repetindo como se não houvesse outros para descrever as mesmas coisas. Tem uma vantagem: lê-se rapidamente. Não aconselho.
Oscilei durante o livro todo entre o "it was ok" e o "like it". No final optei pelo "like it". É um livro leve, com uma história que podia ter sido bem mais interessante. Tem alguns dados históricos que desconhecia. Um pouco exagerado nos diálogos da personagem inglesa chegando mesmo ao ponto de cansar ler as frases com metade em português e metade em inglês.
Uma desilusão. A história não tem ponta de interesse, a escrita é muito pobre. Passa-se durante o terramoto mas muito pouco se aprende sobre o mesmo. A esquecer.
Portuguese historical fiction written by a Portuguese writer must be praised! This is a good effort reminding us of what could have been the chaos in Lisbon during those days around the earthquake in 1755.
On the morning of 1st November, in All Saints day, while most people were in church a strong earthquake was felt in Lisbon. This was followed by a tsunami / giant wave that contributed to downtown's destruction and the death of all those that believed they would be safer on the riverside. To make things worse fire also started in a few points in the city, adding to the natural disaster. And afterwards there were also the earthquake replicas felt on the following days.
I've been fortunate to have only have felt a very mild earthquake and it was an odd feeling. Thinking about this one more than 250 years ago, it must have been truly felt like God's punishment...
However, the language used by the author is a bit simplistic at times, the characters are not fully developed (and after meeting someone for 5 days talking about "my love" or "the love of my life" seems a bit too naive...) and due to the fact that there is more than one narrator, making the story go back and forth, sometimes I felt a bit lost regarding the timeline. I must say that the language used by the English character is IMHO not believable: how could common people in Lisbon, who at the time had no idea about English, understand this man who spoke half Portuguese and half English? Also his Portuguese words are too colloquial for someone who is not able to speak a full sentence in Portuguese and surprisingly most of the time he conjugates verbs correctly in Portuguese. And I was astonished that he could use a word such as "energúmeno"! :P Also the Brazilian character spoke with a similar accent and vocabulary as nowadays, which doesn't ring true...
All in all, a fast read of a light novel on a very important episode of Portuguese history (and I kept thinking that Saramago should have taken this theme for one of his books...).
This edition also had errors in Portuguese spelling (despite the fact that it uses the new *annoying* orthography): Da primeira vez que viemos há procura do teu dinheiro... (page 291) Há medida que íamos partilhando... (page 354) Given that I'm trying to read more in Portuguese so that I can keep the language alive in my brain, this is a quite negative aspect of this book :( Probably I should try to ask for a refund! :P
4,5 - Demorei, mas valeu a pena. Já queria ler um livro deste escritor há muito e finalmente tive oportunidade.
Personagens: todas elas interessantes, enquadramento histórico: fantástico, (conhecer Lisboa nestes tempos foi uma viagem entusiasmante e dolorosa), escrita: fluída, fria e sem "papas na língua", óptimos diálogos, onde destaco um pequeno ponto negativo: o autor usou demasiado (e tudo quanto é demasiado enjoa)as variações de sotaque, e as frases mal pronunciadas de personagens de origem estrangeira.
Domingos Amaral já me tinha conquistado com o seu Verão Quente e agora que li o Quando Lisboa Tremeu, a opinião sobre o autor mantém-se e ainda sai reforçada porque se o primeiro foi bom, o segundo foi ainda melhor! Neste romance histórico que retrata o grande terramoto que assombrou Lisboa em 1755 e que marcou a sociedade portuguesa, seis pessoas cruzam-se pelo sacrifício de sobrevivência que todos querem ultrapassar para recomeçarem uma nova vida. Longe dos passados pesados que são mostrados ao longo da atualidade histórica e através do convívio, que se vai gerando entre um narrador bem presente, uma freira, um árabe, uma escrava, um inglês e um rapaz, percebe-se o que a população lisboeta sofreu com os abalos terrestres que se fizeram sentir naquele ano e que levaram muitas pessoas consigo, deixando ficar uma cidade deserta e em ruínas. Quando Lisboa Tremeu podia contar tudo o que se passou na realidade, mas não se fica por aí e através de personagens ficcionais relata um grande romance que envolve os cinco elementos do nosso planeta e conta de uma forma tão visível o verdadeiro caos que se fez sentir. Nesta obra editada pela Casa das Letras, o leitor escolhe as suas personagens favoritas com o seu decorrer e onde no fim se percebe que tantas proximidades não acontecem em vão, existindo sempre uma outra história por contar, aquelas curvas que as vidas sempre têm entre si e que se tentam esconder dos outros mas que um dia podem ou não ser descobertas. Seis pessoas que já se tinham cruzado no passado, voltam a encontrar-se e o silêncio ou o desconhecimento vai acontecendo até que o final surpreende tudo e todos, deixando o leitor preso às ruas assombradas e desertas da capital que se transforma num campo de batalha e onde política e religião lutam entre si, como sempre acontece e não se admite! Domingos Amaral sabe bem o que o leitor quer ter em mãos e deixou-se pegado ao terramoto de 1755 como antes não tinha acontecido. Envolvente, um pouco emocional e real são três das características que podem simbolizar este romance com que me deixei levar!
Domingos Amaral leva-nos a vivenciar os infortúnios dos lisboetas aquando do terramoto que assolou Lisboa a 1 de Novembro de 1755. Juntamente com o protagonista e narrador da estória, o marinheiro Santamaria (pseudónimo que criou baseado no nome do seu barco que viria a ser pirateado pelos árabes), conhecemos mais personagens ligadas pelo terramoto e posterior maremoto que viria a matar muita gente. Depois disso, as chamas invadiram a capital portuguesa. Santamaria juntamente com o seu colega de mar Muhammed encontravam-se presos no Limoeiro aquando do tremor de terra. Como as paredes da prisão foram abaixo, os dois companheiro sentiram-se libertos, juntamente com outros criminosos bem mais perigosos que estes dois marinheiros que foram apenas presos por praticarem pirataria. Presas também estavam a irmã Margarida e Alice. Margarida uma jovem rapariga que estava condenada à morte por suspeita de bruxaria, tinha planeado enforcar-se no dia em que houve o terramoto. Hugo Gold um inglês desterrado de Inglaterra para Portugal que encontra uma escrava Ester e juntos percorrem Lisboa. E finalmente o rapaz que procura insistentemente a sua irmã que poderá estar soterrada na cave de sua casa. Após o maremoto começaram as pilhagens. Escravos e foragidos das prisões aproveitaram as casas em ruínas para roubarem os bens mais preciosos. Junto com o maremoto foi também o tesouro real de D. Joao V, uma colecção que se dizia estar espalhada pelas várias salas do Paço real. Com o tesouro real ficaram em ruínas diversos palácios e, inclusive, um hospital, o de Todos-os-Santos que fora aniquilado pelo fogo. As igrejas também foram aniquiladas. Em quarenta igrejas existentes em Lisboa, trinta ficaram em ruínas. Por isso mesmo, o padre Malagrida, juntamente com outros párocos vinham a dizer que o terramoto tinha sido um desígnio de Deus para castigar os pecadores. E para acentuar ainda mais essa teoria, o terramoto tinha-se dado em dia santo: 1 de Novembro. O que é certo é que matou cerca de 10 mil pessoas tendo sido considerado um dos mais mortíferos da história. No entanto, apesar de todos os defeitos que lhe são apontados, o rei D. José I contou com a forte ajuda de Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, que rapidamente reuniu esforços para colocar Lisboa de pé novamente. Domingos Amaral soube retratar muito bem os momentos após o terramoto de Lisboa. A morte de milhares de pessoas, a violência que gerou depois pela falta de comida. A água só não faltou porque Lisboa já era abastecida de água devido à construção do Aqueduto das Águas Livres. Porém, mesmo perante tal desgraça, as pessoas não deixavam de se apaixonar e de se amar. Que foi o que aconteceu com o protagonista da estória.
ℍ𝕠𝕝𝕒 𝕔𝕙𝕚𝕔@𝕤! Hoy os traigo la reseña de "cuando Lisboa tembló " de #DomingosAmaral . Muchísimas gracias como siempre a por el envío del ejemplar, ya que he podio disfrutar de adentrarme en la Lisboa del siglo XVIII⠀ .⠀⠀⠀ ⠀ Un terremoto de proporciones desmesuradas sacude Lisboa el 1 de noviembre de 1755. Santamaria un hombre que huye de la ley y que tuvo que convertirse en pirata para sobrevivir, nos narra la historia de como él y otras personas a las que no conocía de nada llegan a conocerse unidos por la desolación y la desgracia acontecida.⠀ Así seremos testigos de cómo las monjas Margarida y Alice escapan de su sentencia de la inquisición, de como un niño busca desesperadamente a su hermana entre los escombros de una Lisboa derruida y de cómo el capitán Gold y la esclava Esther luchar cada uno por sobrevivir.⠀ ⠀ 𝗟𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲 𝗵𝗮 𝗴𝘂𝘀𝘁𝗮𝗱𝗼☺️⠀⠀⠀ ⠀ ✔️El ritmo de la historia. Divida en tres partes, Domingos Amaral nos adentra en el corazón de una Lisboa arrasa por una sucesión de terremotos y un tsunami que dejará a la ciudad sumida en la desolación. Un ritmo ágil y trepidante que nos lleva con capítulos cortos a vivir como la vida de todos los personajes se cruzan poco a poco hasta permanecer unidos.⠀ ⠀ ✔️Contexto histórico. Con bastante maestría y pinceladas de la cruda realidad, Domingos nos demuestra el gran trabajo de documentación que ha realizado.⠀ ⠀ ⠀ 𝗟𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗼 𝗺𝗲 𝗵𝗮 𝗴𝘂𝘀𝘁𝗮𝗱𝗼😒⠀ ⠀ ✖️El personaje del capitán Gold. Los capítulos que trataba de la vida en esos días de este personaje, me ha resultado muy tedioso tener que leer como la parte en la que él habla, está mezclada con el inglés. Para mi gusto el libro pierde fluidez.⠀ ⠀ ✖️El final. Un final un tanto agridulce que hace que no te quedes con buen sabor de boca al acabar el libro.⠀ ⠀ Ellos de cuestionaran si la catástrofe ha sido un castigo divino o una casualidad trágica que cambiará sus vidas para siempre. Viaja a la Lisboa del siglo XVIII y descubre que pasó con nuestros protagonistas.⠀ ⠀ ⭐ 3/5⠀⠀⠀ .⠀⠀⠀ .⠀⠀⠀ ¿Os llama la atención? Conocíais este libro 📙 contádme que os depara la semana 🤓🔥⠀ ⠀
Este é um romance histórico fora do vulgar. Não só as suas personagens são tudo menos “boazinhas”, não é sobre nobres, nem amores proibidos. Penso que é contada de uma forma muito fluída que nem compreendemos que estamos a aprender sobre a história da cidade de Lisboa. Entramos na história e seguimos com ela como se pudéssemos ver como Lisboa era antes do terramoto de 1755.
A história começa no dia do terramoto e conta como foram os dias seguintes para quem ficou em Lisboa e viveu aquele terror. Eu não tinha noção da gravidade do terramoto naquela altura. Apenas sabia, como acho que a maioria das pessoas sabe, que houve um grande terramoto no Dia de Todos os Santos e que, por isso, houve grandes incêndios e que logo de seguida houve um maremoto. De resto, imaginei que viesse ajuda de todo o lado para a população. Claro que a minha imaginação só poderia estar errada. A descrição do caos está bem conseguida, descrevendo várias zonas de Lisboa.
Apesar de não gostar muito das personagens principais, acho que a história é muito interessante e surpreendente. Faz-nos pensar o que faríamos numa situação semelhante. A minha personagem favorita na história é o Marquês de Pombal, apesar de ser um dos antagonistas.
Se tem curiosidade sobre o que aconteceu no grande terramoto e gostam de uma história de redenção, recomendo este livro.
Um tema que sempre me interessou, e sobre o qual já li outro romance que não apreciei tanto ("A voz da Terra", de Miguel Real) e que é esquecido na maior parte das vezes. Neste romance é elaborado com uma escrita leve e fluída. Demonstra bem qual terá sido o ambiente na época, de confusão e de falta de informação perante aquilo que se passa noutra colina da cidade de Lisboa. A atribuição da responsabilidade do terramoto e maremoto a castigo divino, pelos pecados da cidade e seus habitantes. O aproveitamento político que se faz da situação para engrandecimento de Sebastião José de Carvalho e Melo (posteriormente Marquês de Pombal). Uma obra interessante e no geral bem construída. O final acho que poderia ser melhorado, parece-me que foi "despachado" em meia dúzia de páginas.
*Lisboa, 1 de Novembro de 1755,antes das nove e meia da manhã... Um rapaz quer voltar a casa para ir buscar a irmã gémea,antes da missa começar!
*Lisboa,1 de Novembro de 1755 "De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casa caem, os tectos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o terreiro do Paço e durante vários dias incêndios colossais vão atemorizar a capital do reino"
*Lisboa,depois de 1 de Novembro de 1755...Atordoado e perdido um rapaz tenta encontrar a sua irmã gémea, soterrada nos escombros!
Muito boa história. Com personagens muito interessantes e curiosas. A reconstituição histórica é boa sem ser exaustiva, dando o autor mais relevo à história ficcional das personagens sendo o espaço e o tempo descrito pela visão das personagens e da sua vivência. Bem escrito e de leitura muito agradavel. Adorei.
Livro #15 de 2021: Escolhi este livro para o projecto #alervamoschamaroinvernoQb, e foi o livro que escolhi para a letra Q, por várias razões; primeira Lisboa é a minha cidade Natal e sempre me interroguei sobre as pessoas que viveram este periódo histórico e sempre quis saber mais sobre este periodo histórico, de tal modo que já por duas vezes fui ao Lisbon Story Center onde se conta muito mais da história de Lisboa mas na qual este episódio está magistralmente representada. Outra razão de ter escolhido este livro é que há cerca de 10 anos comprei-o com vontade de o ler, mas quase em seguida mudei de casa, como muitos livros esteve quase 11 anos numa caixa longe de mim e só durante esta pandemia veio morar nas minhas estantes. Outra razão é porque o autor deste livro é português e na altura que o comprei tinha tentado ler mais autores nacionais pois embora hajam alguns bons autores nacionais, na altura eu estava desiludida com os escritores nacionais que nao conseguiam me encantar como na altura e ainda hoje muitos escritores estrangeiros o conseguem fazer.
Assim iniciei a leitura deste livro e devo dizer que fiquei agradávelmente surpreendida com a história que é contada de uma forma muito fluida pelo marinheiro português, que 13 anos antes do terramoto de Lisboa fora prisoneiro de piratas árabes e perante o ambandono á sua sorte pelo Rei de Portugal viu-se obrigado a ser também um pirata, na manhã do dia do terramoto, ele encontrava-se preso em Lisboa, por ter sido entregue a Portugal pelos Franceses, ir e o terramoto liberta-o, a partir daqui vamos acompanhá-lo nos dias seguintes perante todos os perigos e a sua ligação a uma jovem freira condenada pela Inquisição, a um comerciante inglês, a um miudo de 12 anos e o seu cão que tentam salvar a irmã gémea, apriosionada nas ruinas da casa, e outros sobrevientes. Eu gostei muito da história consegui empatizar com as personagens e uma coisa que gosto sempre que aconteça nos livros, é ter razão em suspeitas da trama, que se verificam. Recomendo.
O livro começa bem, é divertido e apresenta uma história diferente. No obstante, ao longo do romance perde força até chegar a um final que poderia ter acontecido 100 páginas antes. Acho que esta história poderia ter acontecido em qualquer outro contexto pois quase não fala do que foi a organização e os problemas após o terramoto e apenas fala dumos personagens planos.