Theo poderia ser só mais um cara de 27 anos, infeliz no trabalho, com problemas familiares e de relacionamento. Mas ele também é Cupido, o Deus do Amor, responsável por unir almas gêmeas no mundo inteiro. Desde que sejam, única e exclusivamente, casais heterossexuais.
Essa é a sua maldição: ser uma gay solitária, imortal e meio dramática, obrigada a passar a vida criando histórias de amor, sem jamais poder viver uma, já que nem as próprias paixões estão a salvo das punições que seu avô distribuiu quando Theo ousou desafiá-lo. Pelo menos ele conseguiu monetizar e digitalizar essa coisa de match, sendo CEO do maior aplicativo de encontros do século XXI.
Mas, quando rumores sobre o algoritmo um tantinho viciado começam a afetar tudo o que construiu, ele tenta um último ato de rebeldia… só para acabar com a pior punição de todas: unir seu sócio, melhor amigo e potencial amor de sua vida, Guilherme, com sua outra melhor amiga e resolvedora de todas as suas bagunças, Bruna. Tudo isso sem poderes, e com um prazo apertado.
Ok. Eu acabo de passar as últimas 5 horas grudado num livro e isso não acontecia há muito tempo.
Estúpido Cupido me ganhou em sua campanha de divulgação, fiquei fascinado no mesmo instante, salvei grande parte dos pôsteres perfeitos, falei com a maior quantidade de pessoas que pude sobre a ideia genial desse livro prestes a sair e aguardei ansioso pelo lançamento. Admito que enquanto o download acontecia tive medo de que toda a minha expectativa acabasse me deixando decepcionado, mas acho que minha classificação deixa claro que não foi o caso.
Com uma narrativa impecável, Ayslan me fez estar na pele do próprio cupido, me levou para um escritório cheio de pompa, para bailes de tirar o fôlego e (essa parte digo abusando do auto-controle para não gritar enquanto digito, afinal são quase 4 da manhã) UMA DISCUSSÃO ENTRE DEUSES NUM PANTEÃO!!!!!!! Isso tudo sem sair do meu quarto. Várias vezes fui obrigado a encarnar a Fleabag e quebrar a quarta parede para encarar a minha câmera imaginária e refletir sobre como a escrita de Ayslan é incrível. Eu estou obcecado.
Fico extremamente feliz em ver algo grandioso como Estúpido Cupido na literatura nacional, só prova como temos grandes talentos e que grandes protagonistas e heróis não precisam obrigatoriamente caminhar pelas ruas frias de Londres ou avenidas movimentadas de Nova York, eles também podem estar no trânsito caótico de São Paulo ou numa balada gay em Recife.
Eu poderia continuar escrevendo por horas, falando sobre tudo que esse livro me fez sentir... Estúpido Cupido se tornou literalmente um dos meus livros favoritos da vida inteira e agora minha missão (sem maldição envolvida, tudo baseado em vontade própria kkkkkk) é falar dele com todo mundo!!
Ayslan, obrigado por dividir com o mundo essa história. Acredite, todas as pessoas que conhecerem o Theo se sentirão ao menos um pouco mais felizes e compreendidas. Ah, obrigado também por ser aquele tipo de autor sem coração, mas que no fim das contas é bonzinho e dá um jeitinho pra ninguém sair triste. Chorei horrores com você sabe o quê, mas te perdoei logo em seguida com a solução.
Por falar em chorar, é impressionante como me peguei com os olhos marejados em alguns momentos, mas chorei mesmo foi durante os agradecimentos.
Quando foi que minha avaliação virou uma conversa pessoal com o autor? Enfim... kkkkk Leiam Estúpido Cupido, falem de Estúpido Cupido. Tô feliz.
"É como se eu me derramasse por inteiro e você só estivesse disposto a molhar os pés na água."
Um livro muito confortável, uma leitura gostosa e querida, me deixou muito feliz e empolgado lendo! Eu amei a forma com que o universo do livro foi bem construído e as coisas foram bem explicadas, o Theo é um protagonista muito realista, engraçado sem se esforçar muito e que a gente consegue enxergar como uma pessoa real! Bruna e dona Ana foram personagens muito bem construídas, eu amava ler sobre elas. Confesso que eu esperava mais da relação entre o Theo e o Guilherme, especificamente queria saber mais sobre o Guilherme! Acho que a relação entre eles dois ficou muito vaga, o que eu acho que poderia ser solucionado com mais flashbacks deles na época da faculdade e ao longo do anos, mostrando como o Theo começou a se interessar por ele e como ele percebeu a reciprocidade do Guilherme. Tive a impressão de que algumas pontas ficaram soltas nesse quesito. Além disso, acho que o final do livro acabou ficando um pouco corrido? Especialmente os dois últimos capítulos e o epílogo. Apesar de tudo, foi uma leitura muito gostosa e eu definitivamente recomendo pra quem está procurando uma leitura nacional rápida e divertida!
Esse livro meio que me ganhou de cara, desde o momento em que eu vi a capa de relance no Twitter pensei “hmmm essa história parece foda”. Assim que comecei a ler vi que a primeira impressão não podia estar mais certa! Eu amo releituras de mitos clássicos, e esse autor consegue fazer isso com maestria, com personagens super identificáveis e uma narrativa fluida que te faz ficar presa na leitura. Foi uma das melhores leituras do ano até então sem dúvidas, o único problema é que mal acabei e já estou com saudades do Theo hshshsh.
Queria mais dos flashbacks, aquele dos anos 90 me quebrou todo. Mas precisamos falar sobre o Theo que personagem sem sentindo e confuso, não entendi, ele é jovem ou adulto, ou os dois? O cara tem mais de 300 anos e nos últimos anos ele age como um adolescente de 17, cara sei que teu avô de ameacou e tal, mas assim, tu já tá velho o suficiente pra ser mais esperto do que ele, olha tudo o que tu já viveu, ficar indeciso por coisa besta não combina contigo bicha. Bota um cropped, reage!
Estúpido cupido foram as melhores 5 horas gastas de leitura. Fugindo de clichê de romance LGBT é uma leitura leve, divertida e uma história que prende por misturar deuses gregos numa realidade de mundo atual. Bruna por favor se vc tiver lendo isso vem aqui me flechar e ajuda essa alma aqui rs
This entire review has been hidden because of spoilers.
> Escrita [1/1] Apesar de eu achar que o Ayslan consegue entregar até mais na questão de escrita (porque eu percebi que tem algumas frases super poéticas e maravilhosamente bem escritas no meio do texto), eu vou dar nota máxima porque não deixou nada a desejar. É uma escrita gostosa.
> Formato [0,75/1] Meu coração tá me sussurrando que essa história seria mil vezes mais incrível se os capítulos fossem alternados entre *histórias através dos milênios* e *século XXI*
> Fantasia/Romance [0,5/1] Eu acho que o livro não focou tanto na construção e demonstração de magia pra ser considerado um livro de fantasia/mitologia. Mas eu tambén achi que faltou um pouco de romance, sabe aquilo que aconteceu na comic-con? Podia ter sido pelo menos metade do livro nessa vibe pra gente se apegar mais no casal antes de dar merda.
> Personagens [0,5/1] Não me apeguei muito a eles, mas pelo menos não odiei nenhum (apesar de que fiquei sim com raiva da bruna e do guilherme por eles não terem entendido o lado do Theo).
> Enredo [0,75/1] Isso aqui é mais uma questão beem pessoal mesmo, mas eu não consigo imaginar a narrativa de deuses homofóbicos. Eu acho que podia ser alguma questão um pouco diferente o problema motor, porque livros de romance LGBT não fantásticos já têm isso de rejeição da família, então um livro com DEUSES podia ter um problema mais incomun.
Mas eu devo dar um ponto extra pro Ayslan porque esse foi a primeira obra que eu li em que "o poder do amor é mais forte" foi usado com coerência!!
muito divertido! porém, tenho algumas coisas pra tirar do peito sobre e eu acho que preciso ocupar esse papel chato de falar dessas coisas. mas vamos lá:
• acho sem sentido reclamar que toda obra que possui personagens LGBTQIA+ girar em torno dessas temáticas. querendo ou não, TODA ARTE É POLÍTICA, e assumir isso de cara não é demérito a ninguém. dito isso, o que me incomodou nesse aqui, na parte do que eu estava esperando, era que havia a ideia de que a premissa poderia muito bem se sustentar sem toda essa camada de trazer uma reflexão de luta contra os preconceitos vividos pela comunidade. apesar de nada ter me indicado isso, achei pelo primeiro capítulo bem divertido que talvez a história fosse seguir essa linha. não é o caso. agora, daquilo que a história me ofereceu, tem um tom panfletário meio incômodo porque não passa disso. em vários trechos sinto verdade sim, mas em outros parece mais uma regurgitação de lugares comuns, especialmente se você faz parte da comunidade.
• sou um homem cis e não tenho a vivência de uma pessoa trans para poder falar sobre isso com propriedade, mas achei muito curioso como a personagem negra e trans caiu em vários estereótipos vistos em vários outros produtos, seja literatura ou audiovisual. eu sinto que o autor tentou fazer uma representação honesta tomando como base certos aspectos dessa vivência no Brasil, vivência essa que sabemos ser real e pungente, mas... é realmente essa a única possível? não sei se estou forçando a barra, mas senti que poderia ter ido pra outro caminho. além disso, essa personagem acaba sendo alvo de uma escolha narrativa que realmente achei desagradável, algo que o livro até que contorna e tira um pouco do gosto amargo, mas, que me faz pensar que poderia ter seguido sem isso. quase me pareceu como um clichê vindo dos quadrinhos que já passou da hora de não ser mais usado.
• apesar dessa imagem ser bem proeminente na mídia, foi um pouco fascinante ver essa reimaginação héteronormativa dos deuses gregos como essas figuras que perpetuam padrões sociais. fascinante porque uma olhada na história mostra que eles eram tudo MENOS essa abordagem. entendo essa ser uma escolha do autor para que a mensagem que ele queria passar fosse mais forte, mas quando a narrativa flerta com a ideia de que TODO o ódio contra pessoas queer é influenciado por um único ponto central, me parece um pouco esvaziar o que é uma luta constante de gerações. não vejo maldade nisso não, mas achei certamente uma escolha já feita.
enfim, não quero ser o cara que sai por aí detonando livro independente nacional, ESPECIALMENTE considerando o quão difícil é publicar um livro, mesmo os que são feitos da própria vontade do autor. ainda acho essa uma leitura divertida, o protagonista é bem relacionável apesar de ser LITERALMENTE um branco milionário (um feito conseguir fazer eu me importar com alguém assim além do batman e do kendall roy), o romance embora não seja o melhor do mundo e tenha mais cenas contadas do que mostradas acaba conquistando no fim, eu gostei de estúpido cupido e definitivamente leria mais desse universo e desses personagens. sempre é bom ler uma fantasia que tenha um autor de verdade por trás e não um bot obcecado por pornografia com seres mágicos e papéis de gênero bem definidos.
foram cinco meses com esse livro na minha lista e seis dias para lê-lo. amo histórias que fogem do convencional, e isso é exatamente o que se vê em EC. o que mais chama a atenção é justamente esse lado da história do cupido, ainda mais pra nós que crescemos lendo percy jackson e os olimpianos. gostei muito de como, mesmo sendo um livro de romance, o romance de theo e guilherme não é o único fio condutor da história. a bruna é minha nova heroína.
se for pra citar coisas que me incomodaram, acho que a principal delas é uma certa falta de brasilidade que eu esperava ver na história. pode ser que isso incomode somente a mim, mas esperava ver personagens que fossem mais identificáveis no sentido regional, mas conseguiria transportá-los pra um romance norte-americano e não se teria prejuízo.
ainda assim, EC é leitura obrigatória pra fãs de mitologia grega que procuram novas histórias com visões que fogem aos padrões vistos no gênero. e preciso dizer que a parte do incêndio especificamente foi a melhor surpresa triste que tive em um livro nesse ano.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Ai, cara, eu nem sei o que dizer! Chorei de rir, chorei de emoção e me apaixonei por essa história! Recomendo demais pra quem gosta de algo leve, divertido e bem feito!
Nada ia me preparar pra essa montanha russa emocional disfarçada de narrativa divertida. Estou em prantos mas a leitura foi sem dúvida a melhor de 2023 até agora