Três contos totalmente inéditos Prefácio da autora trazendo o contexto da produção e trajetória da obra Depoimentos de Cidinha da Silva e Conceição Evaristo Posfácios de Milena Britto e Luiz Mauricio Azevedo Ao se debruçar sobre as diferentes manifestações do amor entre mulheres, estas histórias revelam um delicado retrato do mundo sob a perspectiva de protagonistas repletas de nuances e complexidades. Juntas, elas formam um mosaico de violências, desejos, caos, ternura e liberdade — sentimentos que se materializam em situações tão distintas quanto uma neta lésbica que descobre coincidências inesperadas com a avó, o deslumbramento diante de uma vizinha rodeada de mistérios ou o ritual sonhador de um casal de idosas em uma manhã de domingo.
Obra vencedora do Prêmio Jabuti, traduzida e publicada em diversos países, Amora se tornou um clássico contemporâneo e ganha agora esta edição definitiva, com três novos contos e textos da autora e de convidadas refletindo sobre sua produção e importância.
Natalia Borges Polesso nasceu em Bento Gonçalves, em 1981. É pesquisadora, escritora e tradutora. Publicou Recortes para álbum de fotografia sem gente (2013), Coração à corda (2015), Amora (2015), vencedor do Prêmio Jabuti, Pé atrás (2018) e Controle (2019). Em 2017, a autora foi selecionada para a lista Bogotá39. Atualmente, é pesquisadora do Programa Nacional Pós-Doutorado, na Universidade de Caxias do Sul. Natalia tem seu trabalho traduzido para diversos países.
Em alguns momentos o uso de muitas frases em inglês, ou gírias exageradas me incomodou um pouco. Mas os contos são excelentes, com uma escrita marcante.
5⭐️ li esse para dar de presenta para Maria, com minhas anotações junto. me pegou mt forte e o prefacio de ngm mais ngm menos de conceicao evaristo.. poha ai tu sabe q o livro vai ser BOM DMAIS. e foi.
uma estrela em respeito a minha melhor amiga Ana Lívia e uma estrela inteiramente dedicada ao conto Marília Acorda
me esforcei muito, mas não consegui entender o hype. 90% dos contos são extremamente monótonos e não vão a lugar algum. "talvez esse seja o propósito, a vida muitas vezes também é monótona e não vai a lugar algum." o problema é que eu leio livros com o exato objetivo de me transportar para além da realidade
não me entendam mal, eu respeito muito o livro e vejo seu valor, afinal o apagamento do amor lésbico na literatura é uma realidade inegável. mas a narrativa poderia ter sido melhor executada. no final do dia me parece uma versão piorada de Modern Love (que também possui amores lésbicos)
não vou me alongar nesse tópico, mas a autora é extremamente CRINGE. eu me senti envergonhada em ter lido algumas coisas que li
dentre as mais de três dezenas de contos os únicos que gostei foram: Marília Acorda, Amora, Bocejo, e Memória
Contos do cotidiano, bem despretensiosos, mas cheios de beleza. Ainda tento achar uma metáfora com amoras, sua raridade, gostinho agridoce ou preferência por climas frios. Gosto do espaço que a coletânea dá para interpretar e poetizar, mesmo quando apresenta um texto com cara de conversa jogada fora entre amigos (só que bem roteirizada).
Pra mim foi uma mistura equilibrada do real com o imaginado. Os textos têm naturalidade sem imitar a falta de lapidação da realidade, é romântico, mas também verdadeiro. Na maioria dos contos eu sentia uma curiosidade de vizinha, abrindo os ouvidos pras histórias do bairro e sentia um impacto semelhante àquelas lendas recém reveladas em um almoço de família.
O livro retrata a vivência lésbica entre amores, cuidado, relações e seduções, mostra que não tem bicho de sete cabeças, é gente vivendo, tem dor, rotina e satisfação. Uma boa leitura, com bons temas, com fluidez e cara de crônica, se engana quem pensa que sua simplicidade é banal.
Esse livro explode em palavras tudo que é contido dentro de mim e eu amei muito ele por isso. A leitura foi bilhões de vezes mais especial para mim porque foi um presente da minha Amora particular e senti em cada conto um pouco desse amor. Obrigada, Fernanda.
Natalia Borges Polesso de alguma forma conseguiu captar tantos nuances e paixões envolvidas no encontro feminino que é até de se envergonhar a forma como as experiências são compartilhadas e expostas assim em uma página.
Eu amo amar mulheres, amo amar minha mulher, amo amar ser mulher, amo mulher.
Marquei meus contos favoritos com estrelinhas desenhadas no lápis: 'Vó, a senhora é lésbica?', 'O interior selvagem', 'Minha prima está na cidade', 'Dramaturga hermética', 'Marília acorda', 'Memória' e 'Profanação'.
Mas de toda forma amo tudo que tem aqui, leiam mesmo, leiam com o coração!!
“Tenho me pensado como lugar, sabe? Um corpo é um lugar? O corpo como metáfora de lugar, percorrido, uma cartografia de vida, com suas marcas, sinais, ilhas.”
Como te extraño, Clara:
“Ninguém quer se molhar.”
No futuro eu fui na praia do sonho e o mar era um mistério antigo:
“Este momento é igual ao meu corpo dividido pelo mar e todas as expectativas que eu já depositei no horizonte.”
Aproximações amorosas:
“5. Bravura: a minha vida e a tua.”
eles dizem por si só, livro magnífico!
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Várias histórias que abordam a lesbiandade. Muito bom pra pensarmos em como a sexualidade afeta a construção da personalidade, as vivências, a forma de ver o mundo.