«[…] o que está em causa nestes Diálogos com Lídia Jorge é, antes de mais, um o de tentar chegar, por sucessivos e cautelosos avanços, ao pensamento da escritora, expresso em função de interrogações que trazem em si a hipótese de um conhecimento em construção, incompleto ou até precário.»
Carlos Reis, «Nota Prévia»
«Trata-se de um texto a dois, duas faces sem nenhuma das quais, de forma igual, não existiria a moeda. Só tenho de lhe agradecer por acreditar que os meus testemunhos poderão ter interesse para um determinado público. Sobre a dimensão desse eventual interesse, nada posso garantir, mas o que posso assegurar é que entrei neste jogo com simplicidade e alegria, falando como escrevo os meus livros, com a ideia de que a perfeição é uma seta disparada para um lugar incerto que não tem figura.»
CARLOS REIS nasceu em 28 de setembro de 1950, em Angra do Heroísmo. É Licenciado em Filologia Românica (1974) e doutorado em Literatura Portuguesa (1983) pela Faculdade de Letras Universidade de Coimbra, onde é professor catedrático, desde 1990. Foi professor convidado das Universidades de Salamanca, Santiago de Compostela, Wisconsin-Madison, Massachusetts-Dartmouth e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Foi ainda Diretor do Centro de Estudos de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade Aberta (1988-1998), Diretor da Biblioteca Nacional de Lisboa, entre Maio de 1998 e Outubro de 2002 e reitor da Universidade Aberta (2002-06). Coordenador de várias coleções, de onde se destacam a História Crítica da Literatura Portuguesa (Editorial Verbo; oito vols. publicados) e Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós (Imprensa Nacional-Casa da Moeda; 14 vols. publicados). Foi condecorado, pela Presidência da República, com a Comenda da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 2008.