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Diário do fim do amor

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Qual o papel dos diários na história da literatura? Por que esse gênero é tão associado ao universo feminino? O que os escritos íntimos de grandes escritoras nos contam sobre a obra delas? Que função ocupa o amor, ou o fim dele, nos diários? Em seu livro de estreia, a jornalista, pesquisadora e professora Ingrid Fagundez se debruça sobre essas e outras questões. Mesclando uma pesquisa aprofundada sobre a história e as transformações da escrita diarística com entradas do próprio diário, além de passagens dos escritos de Sylvia Plath, Susan Sontag, Katherine Mansfield, Virginia Woolf e Marie Bashkirtseff, a autora cria um texto original. Fagundez nos convida a repensar a importância dos diários e do amor para o fazer literário e oferece uma nova perspectiva para a chamada literatura feminina.

Gênero originalmente destinado ao registro da vida pública e aos relatos de viagens, a escrita de diários passou por uma modificação radical no século 19, quando, graças à Modernidade, a vida interior se tornou gradativamente seu principal objeto. Foi então que passou a ser o território por excelência da mulher, a quem a escrita de outros domínios era interditada. Essa mudança social tem um papel decisivo na transformação da literatura do século 20. Afinal, "é impossível 'capturar a vida' se a gente não mantém diários", escreveu Plath.

Pelas páginas deste Diário do fim do amor, acompanhamos o relato comovente do fim de um relacionamento e a busca da cura pela escrita, ao mesmo tempo que mergulhamos nos registros dos diários de grandes escritoras. Descobrimos, assim, não apenas aspectos importantes da obra de cada uma, mas também as dificuldades que circundam a literatura escrita por mulheres, pois "os cadernos delas desvendam [...] os embates para se assumirem como mulheres que escrevem".

Nas palavras de Tatiana Salem Levy, "este é um belíssimo livro sobre uma escritora que, na companhia de tantas outras, se revela enquanto se cria. O que Ingrid Fagundez nos mostra [...] é o quanto as pequenas experiências interiores guardam da imensidão do mundo".

216 pages, Paperback

Published March 10, 2025

5 people are currently reading
83 people want to read

About the author

Ingrid Fagundez

1 book1 follower
Ingrid Fagundez nasceu em Sant’Ana do Livramento (RS) e vive em São Paulo. Formou-se em jornalismo e foi repórter da Folha de S.Paulo e da BBC Brasil. Mestre em escrita criativa pela Universidade de East Anglia, na Inglaterra, e doutoranda em teoria e crítica literária na Unicamp, é professora no Instituto Vera Cruz. Diário do fim do amor é seu livro de estreia.

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Displaying 1 - 16 of 16 reviews
Profile Image for Gabrielle Cunha.
429 reviews114 followers
April 9, 2025
Eu amei as inserções sobre autoras que escreviam diários - é um tema que adoro. Gosto de ler, escrevo até hoje, enfim. Mas confesso que as partes autorais me desanimaram bastante durante a leitura.
Profile Image for gab.
112 reviews
October 28, 2025
defini este livro como uma ode aos diários, mas talvez ele seja uma celebração das margens. do gênero menor, do tema menor, da existência menor. que alegria encontramos nas pequenezas
Profile Image for Andre Aguiar.
470 reviews112 followers
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April 13, 2025
o corpo ou a mente, os livros ou o sexo, a ambição ou o amor. não se pode ter as duas coisas. nem pense na chance remota de que vai ter tudo de volta no final.
Profile Image for juliana ronchesel.
9 reviews
April 25, 2025
ingrid fagundez não conta um fim — ela o habita, costura palavras com silêncio, faz da dor matéria de linguagem. entre as páginas, o diário deixa de ser só confissão: vira abrigo, invenção, gesto político. ela conversa com mulheres que também escreveram no “escuro” — plath, woolf, sontag — e com isso desenha uma constelação que é também espelho. e uma escrita que pulsa como coração: não para explicar o amor, mas para continuar sentindo, mesmo depois do fim.
Profile Image for Carla Parreira .
2,037 reviews3 followers
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May 7, 2025
O livro explora a escrita diarística como uma forma de expressão literária e autoconhecimento. A autora, que é gaúcha e reside em São Paulo, utiliza o diário não apenas como um recurso para preencher lacunas em sua obra, mas como um meio de investigação pessoal. O livro apresenta uma narradora que, enquanto estuda literatura na Inglaterra, reflete sobre um relacionamento tumultuado. As entradas diarísticas são intercaladas com reflexões sobre a importância da escrita de mulheres, destacando como os diários podem servir tanto para a construção da identidade quanto para o registro de fracassos e descobertas pessoais. Fagundez menciona autoras como Silvia Plath e Virginia Woolf, cujos diários revelam um processo de autoconstrução e desconstrução, enfatizando que a escrita diarística não se limita a grandes nomes consagrados, mas também abrange experiências de mulheres em busca de sua voz e lugar na literatura. Essa abordagem híbrida do diário permite à autora explorar a complexidade das emoções e a busca por significado em meio a desencontros amorosos, criando um espaço onde a intimidade e a reflexão se entrelaçam.A autora reflete sobre a fragilidade das experiências amorosas e a frustração que pode surgir quando expectativas não se concretizam. Ela destaca que o diário não é apenas um registro de sucessos, mas também de fracassos e surpresas que enriquecem a narrativa. A busca pela identidade e a desconstrução pessoal são temas centrais, onde a escrita se torna um meio de autodescoberta. Fagundez menciona que o amor, frequentemente visto como um tema menor na literatura feminina, é tratado com profundidade, desafiando essa percepção estigmatizada. Ela cita Gertrude Stein, que, ao escrever sobre sua vida, utiliza artifícios literários para expressar sua realidade, revelando a complexidade das experiências femininas.
Profile Image for Ana Luiza Boaventura.
11 reviews1 follower
September 1, 2025
fico muito feliz de ter lido esse livro, mas pra mim foi uma leitura um tanto quanto cansativa, por causa dos trechos autorais. tenho essa tendência a demorar meses numa leitura, naturalmente, mas o livro me decepcionou muito e fui empurrando com a barriga, mesmo que o tema seja um tema pela qual sou obcecada.

a autora costura vários diários ao longo do livro, inclusive diários ficcionados de uma mulher num relacionamento fracassado, virginia woolf, katherine mansfield, sylvia plath, etc. é um livro que não é romance nem ensaio, como a própria ingrid comenta no último fragmento. gostei dessa fluidez porque faz com que muitas abordagens teóricas sobre o diário sejam apresentados de forma simultânea aos diários das escritoras, o que enriquece bastante a discussão do tema. nesse sentido, é um livro muito bom e acessível
Profile Image for Matheus Ivan.
18 reviews
August 19, 2025
Me chama atenção a insistência da autora em escrever sobre o amor, sou apaixonado por diários, pela escrita de si, pela investigação interior como prática de escrita e da experiência como matéria-prima da literatura.
Desse modo, adorei o modo como a crítica literária, a análise dos diários a interpretação se costuram com uma narrativa de fim de um relacionamento.
Penso que é um livro que pode ser lido de muitas formas, em alguns momentos me interessei mais pela pesquisa, em outros pela história do casal, mas no geral foi um livro que gostei bastante.
Profile Image for Bomfim M.
1 review19 followers
April 7, 2025
Ótima estreia de Ingrid Fagundez, jornalista, professora de escrita/literatura e, agora, escritora. Em "Diário do fim do amor", ela costura seu próprio diário sobre o término de um relacionamento a outros diários de escritoras consagradas (Virgínia Woolf e Sylvia Plath, entre outras). Em meio às entradas, reflexões sobre a trajetória do diário enquanto gênero literário, seu início no universo masculino e sua migração para um gênero quase estritamente feminino.
Profile Image for mia.
137 reviews
September 30, 2025
"Espero não ser tarde para afirmar meus gostos, mas o que é tarde?, pergunta Drummond num poema sobre as brincadeiras de rua extintas pelos gritos de mãe. Tarde nunca é tarde o suficiente. Defini este livro como uma ode aos diários, mas talvez ele seja uma celebração das margens. Do gênero menor, do tema menor, da existência menor. Que alegria encontramos nas pequenezas!"
lindo livro de estreia de fagundez
12 reviews
May 23, 2025
Não existe fio condutor no livro, a autora transita do seu diário para notações de outros autores sem ter uma construção de relação entre as partes. O fim de cada parte do diário não despertou em mim ansiedade de ler o que virá, me senti perdida, não há profundidade no diário, não permitindo conexão com a história.
Profile Image for Eduardo Leite.
Author 2 books65 followers
June 9, 2025
Falta certa coesão entre as partes em que se fala sobre escritoras e seus diários e as partes dos diários da própria autora
Displaying 1 - 16 of 16 reviews

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