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As Cartas do Boom
Quatro dos maiores autores contemporâneos de língua espanhola através da sua correspondência partilhada.
Este livro reúne, pela primeira vez, a correspondência entre os quatro principais romancistas do Boom latino-americano: Cortázar, Fuentes, García Márquez e Vargas Llosa. Os dois últimos receberam o Prémio Nobel e os dois primeiros mereciam-no; ninguém teria ficado surpreendido se o recebessem. Este intercâmbio entre quatro amigos brilhantes e bem-sucedidos permite-nos um acesso sem precedentes às suas relações pessoais e coletivas, com todos os seus encontros e desencontros, e abre-nos uma janela privilegiada para a literatura e a política latino-americanas, especialmente durante um período crucial da sua história moderna, entre 1959 e 1975.
As Cartas do Boom narram o momento de máximo auge deste quarteto, um momento em que os criadores pareciam ter começado a escrever menos sozinhos para tocar em conjunto, como parte integral de uma mesma literatura, e aprofunda esse reconhecimento e essa regeneração de um passado comum.
«Encontrar quatro grandes escritores num contexto histórico quase sem paralelo, comunicando entre si durantes vários anos para falar do romance, da literatura em geral, da história latino-americana, das suas próprias biografias e da dinâmica das suas ideias dentro desse contexto, é absolutamente único. As páginas seguintes contam essa história».
Os editores: Carlos Aguirre, Gerald Martin, Javier Munguía e Augusto Wong Campos.
«A obra de García Márquez é incompreensível sem a de Cortázar, e a de Cortázar é incompreensível sem a de Vargas Llosa, e estabelece-se toda uma rede que corresponde a algo muito real. Porque sei que cada um de nós está muito consciente do que os outros estão a fazer».
Carlos Fuentes, 1968
Tradução de João Rodrigues.
Este livro reúne, pela primeira vez, a correspondência entre os quatro principais romancistas do Boom latino-americano: Cortázar, Fuentes, García Márquez e Vargas Llosa. Os dois últimos receberam o Prémio Nobel e os dois primeiros mereciam-no; ninguém teria ficado surpreendido se o recebessem. Este intercâmbio entre quatro amigos brilhantes e bem-sucedidos permite-nos um acesso sem precedentes às suas relações pessoais e coletivas, com todos os seus encontros e desencontros, e abre-nos uma janela privilegiada para a literatura e a política latino-americanas, especialmente durante um período crucial da sua história moderna, entre 1959 e 1975.
As Cartas do Boom narram o momento de máximo auge deste quarteto, um momento em que os criadores pareciam ter começado a escrever menos sozinhos para tocar em conjunto, como parte integral de uma mesma literatura, e aprofunda esse reconhecimento e essa regeneração de um passado comum.
«Encontrar quatro grandes escritores num contexto histórico quase sem paralelo, comunicando entre si durantes vários anos para falar do romance, da literatura em geral, da história latino-americana, das suas próprias biografias e da dinâmica das suas ideias dentro desse contexto, é absolutamente único. As páginas seguintes contam essa história».
Os editores: Carlos Aguirre, Gerald Martin, Javier Munguía e Augusto Wong Campos.
«A obra de García Márquez é incompreensível sem a de Cortázar, e a de Cortázar é incompreensível sem a de Vargas Llosa, e estabelece-se toda uma rede que corresponde a algo muito real. Porque sei que cada um de nós está muito consciente do que os outros estão a fazer».
Carlos Fuentes, 1968
Tradução de João Rodrigues.
560 pages, Paperback
Published May 13, 2025
117 people are currently reading
927 people want to read
About the author
Mario Vargas Llosa
535 books9,315 followersJorge Mario Pedro Vargas Llosa, 1st Marquess of Vargas Llosa, more commonly known as Mario Vargas Llosa, was a Peruvian novelist, journalist, essayist, and politician. Vargas Llosa was one of the Spanish language and Latin America's most significant novelists and essayists and one of the leading writers of his generation. Some critics consider him to have had a more substantial international impact and worldwide audience than any other writer of the Latin American Boom. In 2010, he won the Nobel Prize in Literature "for his cartography of structures of power and his trenchant images of the individual's resistance, revolt, and defeat".
Vargas Llosa rose to international fame in the 1960s with novels such as The Time of the Hero (La ciudad y los perros, 1963/1966), The Green House (La casa verde, 1965/1968), and the monumental Conversation in The Cathedral (Conversación en La Catedral, 1969/1975). He wrote prolifically across various literary genres, including literary criticism and journalism. His novels include comedies, murder mysteries, historical novels, and political thrillers. He won the 1967 Rómulo Gallegos Prize and the 1986 Prince of Asturias Award. Several of his works have been adopted as feature films, such as Captain Pantoja and the Special Service (1973/1978) and Aunt Julia and the Scriptwriter (1977/1982). Vargas Llosa's perception of Peruvian society and his experiences as a native Peruvian influenced many of his works. Increasingly, he expanded his range and tackled themes from other parts of the world. In his essays, Vargas Llosa criticized nationalism in different parts of the world.
Like many Latin American writers, Vargas Llosa was politically active. While he initially supported the Cuban revolutionary government of Fidel Castro, Vargas Llosa later became disenchanted with its policies, particularly after the imprisonment of Cuban poet Heberto Padilla in 1971, and later identified as a liberal and held anti-left-wing ideas. He ran for the presidency of Peru in 1990 with the center-right Frente Democrático coalition, advocating for liberal reforms, but lost the election to Alberto Fujimori in a landslide.
Vargas Llosa continued his literary career while advocating for right-wing activists and candidates internationally following his exit from direct participation in Peruvian politics. He was awarded the 1994 Miguel de Cervantes Prize, the 1995 Jerusalem Prize, the 2010 Nobel Prize in Literature, the 2012 Carlos Fuentes International Prize, and the 2018 Pablo Neruda Order of Artistic and Cultural Merit. In 2011, Vargas Llosa was made the Marquess of Vargas Llosa by Spanish king Juan Carlos I. In 2021, he was elected to the Académie française.
Vargas Llosa rose to international fame in the 1960s with novels such as The Time of the Hero (La ciudad y los perros, 1963/1966), The Green House (La casa verde, 1965/1968), and the monumental Conversation in The Cathedral (Conversación en La Catedral, 1969/1975). He wrote prolifically across various literary genres, including literary criticism and journalism. His novels include comedies, murder mysteries, historical novels, and political thrillers. He won the 1967 Rómulo Gallegos Prize and the 1986 Prince of Asturias Award. Several of his works have been adopted as feature films, such as Captain Pantoja and the Special Service (1973/1978) and Aunt Julia and the Scriptwriter (1977/1982). Vargas Llosa's perception of Peruvian society and his experiences as a native Peruvian influenced many of his works. Increasingly, he expanded his range and tackled themes from other parts of the world. In his essays, Vargas Llosa criticized nationalism in different parts of the world.
Like many Latin American writers, Vargas Llosa was politically active. While he initially supported the Cuban revolutionary government of Fidel Castro, Vargas Llosa later became disenchanted with its policies, particularly after the imprisonment of Cuban poet Heberto Padilla in 1971, and later identified as a liberal and held anti-left-wing ideas. He ran for the presidency of Peru in 1990 with the center-right Frente Democrático coalition, advocating for liberal reforms, but lost the election to Alberto Fujimori in a landslide.
Vargas Llosa continued his literary career while advocating for right-wing activists and candidates internationally following his exit from direct participation in Peruvian politics. He was awarded the 1994 Miguel de Cervantes Prize, the 1995 Jerusalem Prize, the 2010 Nobel Prize in Literature, the 2012 Carlos Fuentes International Prize, and the 2018 Pablo Neruda Order of Artistic and Cultural Merit. In 2011, Vargas Llosa was made the Marquess of Vargas Llosa by Spanish king Juan Carlos I. In 2021, he was elected to the Académie française.
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Displaying 1 - 30 of 49 reviews
August 15, 2023
Cuatro editores se dieron a la tarea de seleccionar y ordenar doscientas cincuenta cartas de estos grandes escritores latinoamericanos. Esta relación epistolar comprende desde 1959 hasta 1975 y gracias a este libro podemos asomarnos a la vida de estos grandes como nunca antes.
Veremos a cuatro jovenes que comparten el amor por la escritura y el anhelo de hacerse un nombre en la literatura, que tuvieron que buscar oportunidades lejos de casa pues tuvieron que auto exiliase por diversas razones, tanto económicas como políticas y hasta para huir de la constante persecución y censura que sufrieron tras hablar de temas que pocos se atrevían.
Cuatro jovenes talentos que intercambian cartas entre ellos para compartir ideas, puntos de vista sobre las obras del otro, palabras de aliento y cientos de anécdotas que reflejan la tenacidad y persistencia para alcanzar sus sueños, cada una de estas cartas con el sello y estilo de cada uno: Carlos y Gabo como grandes compadres, las cartas de Julio parecen poemas, siempre bellamente escritas y Mario Vargas Llosa desde temprano mostrando gran admiración por la obra de Gabo. Eso sí, en todas ellas siempre mostrando la preocupación de todos por la situación de Latinoamérica y su apoyo incondicional a la Revolución cubana.
Estas cartas, además de poner en manifiesto la hermosa amistad que floreció entre los escritores, nos muestra su titánica labor para poner en lo más alto a la literatura latinoamericana en una época en donde nadie volteaba a ver lo que pasaba en este continente y gracias a los temas que abordaron en sus libros mostraron un continente lleno de color, de cultura pero que llevaba años luchando para liberarse de la opresión por parte de sus gobiernos.
Es un libro HERMOSO. Lectura obligada para quienes aman a estos escritores pero también para quienes no conozcan su obra.
Veremos a cuatro jovenes que comparten el amor por la escritura y el anhelo de hacerse un nombre en la literatura, que tuvieron que buscar oportunidades lejos de casa pues tuvieron que auto exiliase por diversas razones, tanto económicas como políticas y hasta para huir de la constante persecución y censura que sufrieron tras hablar de temas que pocos se atrevían.
Cuatro jovenes talentos que intercambian cartas entre ellos para compartir ideas, puntos de vista sobre las obras del otro, palabras de aliento y cientos de anécdotas que reflejan la tenacidad y persistencia para alcanzar sus sueños, cada una de estas cartas con el sello y estilo de cada uno: Carlos y Gabo como grandes compadres, las cartas de Julio parecen poemas, siempre bellamente escritas y Mario Vargas Llosa desde temprano mostrando gran admiración por la obra de Gabo. Eso sí, en todas ellas siempre mostrando la preocupación de todos por la situación de Latinoamérica y su apoyo incondicional a la Revolución cubana.
Estas cartas, además de poner en manifiesto la hermosa amistad que floreció entre los escritores, nos muestra su titánica labor para poner en lo más alto a la literatura latinoamericana en una época en donde nadie volteaba a ver lo que pasaba en este continente y gracias a los temas que abordaron en sus libros mostraron un continente lleno de color, de cultura pero que llevaba años luchando para liberarse de la opresión por parte de sus gobiernos.
Es un libro HERMOSO. Lectura obligada para quienes aman a estos escritores pero también para quienes no conozcan su obra.
July 28, 2023
Leer “Las cartas del boom” fue descubrir el corazón palpitante del boom latinoamericano, el cual emergió con fuerza desde un terreno fértil de innovación, rebosante de audacia al desafiar las normas establecidas. Cada página me transformó en un espectador de una conversación íntima entre gigantes.
Las cartas entre Fuentes, Cortázar, García Márquez y Vargas Llosa, iluminan este momento de intensa ebullición intelectual. Al transitar sus palabras, sentí deslizarme por los corredores de sus pensamientos, captando destellos de genialidad y humanidad.
Inspirados por la turbulencia política y social de su época, sus textos reflejan la forma en que este telón de fondo convulso y doloroso se entrelazaba con sus creaciones, dando lugar a historias que, aunque reconocidas globalmente, portaban el latido indomable de mi amada Latinoamérica.
Además, las cartas revelan cómo rompieron barreras literarias con la fuerza de una explosión. Experimentaron con el tiempo y la narrativa, crearon personajes inolvidables y plasmaron realidades más mágicas que la ficción. A través de sus palabras se ve la lucha por hallar la forma correcta de contar sus historias, una batalla contra la complacencia y el conformismo.
El epistolario proyecta tanto la intensa camaradería y admiración mutua entre estos autores, como los matices de tensión y desacuerdo que subyacían en sus interacciones. Estas relaciones, definidas por la amistad, la colaboración y la competencia, también albergaban conflictos que finalmente marcarían el final de estas conexiones estrechas y el declive del movimiento literario que tanto habían definido.
Disfruté notar cómo, incluso en las descripciones de la vida diaria, cada línea está imbuida con su particular sello. Sus personalidades y estilos de escritura se desprenden de cada palabra, recordándome por qué han dejado una huella imborrable en el mundo literario.
El libro ofrece un lente para entender el contexto, apreciar no solo sus logros, sino también el camino, repleto de complejidades y contradicciones con que forjaron su trayectoria. Por su valor tanto literario como histórico, considero esta lectura como indispensable para todos los amantes de la literatura.
Las cartas entre Fuentes, Cortázar, García Márquez y Vargas Llosa, iluminan este momento de intensa ebullición intelectual. Al transitar sus palabras, sentí deslizarme por los corredores de sus pensamientos, captando destellos de genialidad y humanidad.
Inspirados por la turbulencia política y social de su época, sus textos reflejan la forma en que este telón de fondo convulso y doloroso se entrelazaba con sus creaciones, dando lugar a historias que, aunque reconocidas globalmente, portaban el latido indomable de mi amada Latinoamérica.
Además, las cartas revelan cómo rompieron barreras literarias con la fuerza de una explosión. Experimentaron con el tiempo y la narrativa, crearon personajes inolvidables y plasmaron realidades más mágicas que la ficción. A través de sus palabras se ve la lucha por hallar la forma correcta de contar sus historias, una batalla contra la complacencia y el conformismo.
El epistolario proyecta tanto la intensa camaradería y admiración mutua entre estos autores, como los matices de tensión y desacuerdo que subyacían en sus interacciones. Estas relaciones, definidas por la amistad, la colaboración y la competencia, también albergaban conflictos que finalmente marcarían el final de estas conexiones estrechas y el declive del movimiento literario que tanto habían definido.
Disfruté notar cómo, incluso en las descripciones de la vida diaria, cada línea está imbuida con su particular sello. Sus personalidades y estilos de escritura se desprenden de cada palabra, recordándome por qué han dejado una huella imborrable en el mundo literario.
El libro ofrece un lente para entender el contexto, apreciar no solo sus logros, sino también el camino, repleto de complejidades y contradicciones con que forjaron su trayectoria. Por su valor tanto literario como histórico, considero esta lectura como indispensable para todos los amantes de la literatura.
June 7, 2025
Un tesoro invaluable de nuestro tiempo, para quienes no nos tocó vivirlo en los sesenta.
Cartas reveladoras, instructivas, llenas de emoción y lo que significaba ser parte de algo histórico para cada uno de estos monstruos.
Larga vida al Boom.
Cartas reveladoras, instructivas, llenas de emoción y lo que significaba ser parte de algo histórico para cada uno de estos monstruos.
Larga vida al Boom.
July 21, 2023
Absolutamente imprescindible para quienes somos rendidos lectores y relectores de los cuatro protagonistas y muchos más
August 6, 2023
Mucho se ha escrito acerca del Boom latinoamericano y de los escritores que lo conformaron: Julio Cortázar (JC), Carlos Fuentes (CF), Gabriel García Márquez (GGM) y Mario Vargas Llosa (MVLL)[1]. Nunca fue una agrupación como tal, no obstante, su existencia ha permanecido a lo largo de los años con la diversidad de producciones literarias que los lectores han ido acompañando fielmente[2].
Los denominados Fab Four, pusieron un hito en el mundo literario occidental y latino. A la luz de los hechos se puede mencionar algunos factores que propiciaron este momento histórico-literario.
La importancia:
El Boom confrontó la perpetua problemática de la identidad latinoamericana, poniendo el acento en las emergentes políticas identitarias
Es indudable que el relato latinoamericano cobre una función específica en las novelas de JC, CF, GGM y MVLL. En dichas cartas se aprecia a veces con desesperación esta problemática incurable partiendo de la política y las horrendas maneras de conquistar el poder para gobernar. Cada noticia que reciben de Perú, Colombia, México y Argentina y de los otros países son humillantes y a la vez dolorosas. Con todo, la única acción posible es escribir, crear, asumir dicha problemática para exponerla con todas las armas literarias en forma y contenido a los lectores.
La Revolución y Cuba:
Hemos dicho ya que la Revolución cubana fue un catalizador del interés global por América Latina, y que sirvió para poner los ojos del mundo sobre su literatura.
Cuba estuvo en la palestra de la intelectualidad y la literatura a mediados del siglo XX. La Habana fue un foco. Quien quería conocer las nuevas ideas, la vanguardia poética, narrativa, cinematográfica tenían que pasar y respirar la isla. Podría decirse que Cuba fue el principio del fin de una hermandad con el famoso caso Padilla que conllevaron a grandes desencuentros políticos. “No es posible… que, en Cuba, en nombre del socialismo y a partir del chantaje de hacerle el juego al imperialismo, se instalen un tribunal permanente de los escritores cubanos y latinoamericanos”, le escribe CF a JC. Este caso sin lugar a duda puso a prueba las posiciones política-moral de los escritores, habiendo ovacionado y consagrado a la revolución, pasando a condenar o no condenar la persecución a los críticos de la revolución. Para GGM no había que enlodar la hazaña revolucionaria por unos casos aislados, por ejemplo. Y esto en plenos artículos o cartas abiertas o cartas al mismo Fidel firmadas por MVLL condenando el caso Padilla.
Lo fundacional en todo sentido:
El adanismo fue un rasgo del Boom…
Refundar la literatura y matar o desprestigiar a otros movimientos o autores actuales o de generaciones anteriores fue una motivación. Los cuatro escritores estaban embebidos de lecturas y escritores de todo el mundo, conocían el panorama literario latinoamericano y occidental mejor que nadie, viajando como verdaderos cosmopolitas, reseñando, traduciendo, intercambiando diversas referencias. Esto les daba argumentos para, por ejemplo, menospreciar a escritores como Alain Robbe-Grillet, desfasados en técnica y temática. El agotamiento de occidente era evidente y el Boom vino en cierta medida a refrescar y oxigenar en forma y contenido la literatura.
Cortázar decía al respecto sobre la novela: «No tengo el prejuicio de los ‘géneros literarios’: una novela es siempre un baúl en el que metemos un poco de todo. Fuentes le escribe a Vargas Llosa: “El futuro de la novela está en América Latina, donde todo está por decirse, por nombrarse, y donde, por fortuna, la literatura surge de una necesidad y no de un arreglo comercial o de una imposición política, como tan a menudo sucede en otras partes.”
La importancia editorial:
Sin duda y también de las revistas académicas, y la ardua labor de la agencia literaria de Carmen Balcells.
Todos escribían una sola novela, La Novela de América Latina, así parecían exponer en sus cartas, pues como se ha mencionado lo que acontecía en la región permitía una infinidad de temas bastante suculentos. Los viajes de investigación de MVLL a la selva peruana para escribir La casa verde o los juicios a los responsables de la dictadura de Batista para El otoño del patriarca de GGM. Ciertamente todo este trabajo académico, intelectual, de gran envergadura literaria no hubiera sido posible y exitosa sin ese respaldo editorial como el de Balcells, Seix Barral, en España, o Sudamericana, en Argentina, negociando y logrando traducciones al francés, al inglés, etc. Además, la impresión de las novelas de los escritores del Boom fue tan notable que no demoraron en vender sus derechos de cuentos o novelas para ser llevados al cine. Por ejemplo, Buñuel quería filmar La ciudad y los perros, pero no encontraba los elementos necesarios ante las temidas censuras. Finalmente, Francisco Lombardi lo haría posible varios años después. Antonioni compró los derechos cinematográficos del cuento Las babas del diablo de Cortázar para lo que sería la célebre Blow-up. Aura, la novela de Fuentes, fue también llevada al cine por el director italiano Damiano Damiani.
Las cartas:
Se sabe que Cortázar no conservó ninguna carta, Fuentes conservó las que recibía y las copias de las que enviaba, y Vargas Llosa solo las que recibía; según contó, García Márquez perdió muchas de ellas.
“Tu carta es como un pulso, algo tan vivo; es ese abrazo que después, cuando nos encontramos cada tanto tiempo, no sabemos darnos con los brazos porque siempre hay algo que nos frena y nos cohíbe, y al final hablamos de tantas cosas que no son en el fondo lo que podríamos hablar y que nuestros libros en cambio hablan por nosotros”, le escribió JC a CF.
Lo que podemos apreciar en estas misivas es la comunicación fluida de los asuntos literarios contemporáneos, las recomendaciones, los pedidos de editores, de cuatro escritores comprometidos con la literatura y la vocación literaria. En todo esto están involucrados y funcionan casi como una sociedad, porque generalmente son ellos cuatro.
Se saben un grupo, un cuadrado perfecto que va en búsqueda del éxito como escritor, pero no a costa de nada, no por orden del azar, no sin méritos, sino todo lo contrario, con una base bastante sólida, y esa solidaridad en la correspondencia se aprecia corrigiendo párrafos, textos, ofreciendo salidas, opiniones claras, transparentes, sin menoscabo, sin envidias carroñeras tan acostumbradas en los círculos literarios.
El Boom era un círculo, pero con los ojos en el mundo de la literatura.
El género epistolar está hoy en día prácticamente en desuso, aun puede considerarse retrógrado. “Nuestro verdadero destino está en la literatura epistolar”, le escribe GGM a CF. En Las cartas del Boom este género resucita de alguna manera porque la carta tiene la fortuna de transportar algo vivo, el mensaje en tinta, en lápiz o máquina de escribir. Comprender este hecho dentro del boom es fascinante. Nadie habla por ellos más que ellos mismos. Escuchamos la voz de estos cuatro grandes escritores latinoamericanos, en un inicio amical, pero con el correr de los años y con el contexto terrible, social, político y económico esa voz se va tornando pesimista, cansina. “La desacralización del Boom me parece saludable”, le escribe GGM a MVLL. “No hay más remedio que seguir luchando, gritando, diciendo lo indecible, aun a sabiendas de que fracasaremos”, le escribe CF a MVLL.
Las cartas de los integrantes del Boom pasaron entonces de valores altamente literarios, dando cuenta de sus trabajos creativos arduos, de compartir impresiones, reseñas, consejos y todo lo demás que almacena la creación literaria para producir las obras maestras que conocemos, a dar cuenta del penoso e infame devenir político y social de América Latina, volviéndose ellos mismos en personajes controversiales, sometidos a las críticas de todo calibre debido a sus opiniones y posturas públicas.
“Pero ya ves, la historia se nos cruza siempre. Y se nos cruza, en México, con sangre, con muerte, con hechos terribles que nos borran las palabras posibles, tanto es el dolor y el asombro y la ira ante los cadáveres terribles, no inútiles, pero sí evitables. Entonces la boca es una herida fresca, la sangre te ahoga y las palabras usuales dejan de escucharse: gritamos, como animales”, le escribe CF a JC.
Las cartas del Boom es un epistolario magnífico, por lo que es menester leer sin más. Estas cartas son un trayecto, un viaje que todos conocemos por evidencia, pero no por vivencia. El valor literario intrínseco supera a cualquier otro de tipo ideológico, personal, familiar, etc. Este libro no hubiera sido posible por el grandioso trabajo de los editores Carlos Aguirre, Gerald Martin, Javier Munguía y Augusto Wong Campos, que incluye además ensayos, entrevistas y documentos.
El único escritor vivo del cuarteto latinoamericano es Vargas Llosa quien en 2017 expresó en la FIL Guadalajara: “El Boom ya no existe. Yo soy el último sobreviviente. A mí me toca el triste privilegio de apagar la luz y cerrar la puerta”.
[1] Uno de los últimos estudios imprescindibles es el libro de Xaví Ayén, Aquellos años del Boom (2019, Debate)
[2] ¿Qué otros autores debieron estar en este grupo? Siempre será tema de discusión, pero si hubo un autor que ha figurado como una sombra, una gran sombra, además, fue Miguel Ángel Asturias, Premio Nobel de Literatura, sin duda un antecesor que los cuatro escritores del Boom a menudo citaban en sus cartas.
Los denominados Fab Four, pusieron un hito en el mundo literario occidental y latino. A la luz de los hechos se puede mencionar algunos factores que propiciaron este momento histórico-literario.
La importancia:
El Boom confrontó la perpetua problemática de la identidad latinoamericana, poniendo el acento en las emergentes políticas identitarias
Es indudable que el relato latinoamericano cobre una función específica en las novelas de JC, CF, GGM y MVLL. En dichas cartas se aprecia a veces con desesperación esta problemática incurable partiendo de la política y las horrendas maneras de conquistar el poder para gobernar. Cada noticia que reciben de Perú, Colombia, México y Argentina y de los otros países son humillantes y a la vez dolorosas. Con todo, la única acción posible es escribir, crear, asumir dicha problemática para exponerla con todas las armas literarias en forma y contenido a los lectores.
La Revolución y Cuba:
Hemos dicho ya que la Revolución cubana fue un catalizador del interés global por América Latina, y que sirvió para poner los ojos del mundo sobre su literatura.
Cuba estuvo en la palestra de la intelectualidad y la literatura a mediados del siglo XX. La Habana fue un foco. Quien quería conocer las nuevas ideas, la vanguardia poética, narrativa, cinematográfica tenían que pasar y respirar la isla. Podría decirse que Cuba fue el principio del fin de una hermandad con el famoso caso Padilla que conllevaron a grandes desencuentros políticos. “No es posible… que, en Cuba, en nombre del socialismo y a partir del chantaje de hacerle el juego al imperialismo, se instalen un tribunal permanente de los escritores cubanos y latinoamericanos”, le escribe CF a JC. Este caso sin lugar a duda puso a prueba las posiciones política-moral de los escritores, habiendo ovacionado y consagrado a la revolución, pasando a condenar o no condenar la persecución a los críticos de la revolución. Para GGM no había que enlodar la hazaña revolucionaria por unos casos aislados, por ejemplo. Y esto en plenos artículos o cartas abiertas o cartas al mismo Fidel firmadas por MVLL condenando el caso Padilla.
Lo fundacional en todo sentido:
El adanismo fue un rasgo del Boom…
Refundar la literatura y matar o desprestigiar a otros movimientos o autores actuales o de generaciones anteriores fue una motivación. Los cuatro escritores estaban embebidos de lecturas y escritores de todo el mundo, conocían el panorama literario latinoamericano y occidental mejor que nadie, viajando como verdaderos cosmopolitas, reseñando, traduciendo, intercambiando diversas referencias. Esto les daba argumentos para, por ejemplo, menospreciar a escritores como Alain Robbe-Grillet, desfasados en técnica y temática. El agotamiento de occidente era evidente y el Boom vino en cierta medida a refrescar y oxigenar en forma y contenido la literatura.
Cortázar decía al respecto sobre la novela: «No tengo el prejuicio de los ‘géneros literarios’: una novela es siempre un baúl en el que metemos un poco de todo. Fuentes le escribe a Vargas Llosa: “El futuro de la novela está en América Latina, donde todo está por decirse, por nombrarse, y donde, por fortuna, la literatura surge de una necesidad y no de un arreglo comercial o de una imposición política, como tan a menudo sucede en otras partes.”
La importancia editorial:
Sin duda y también de las revistas académicas, y la ardua labor de la agencia literaria de Carmen Balcells.
Todos escribían una sola novela, La Novela de América Latina, así parecían exponer en sus cartas, pues como se ha mencionado lo que acontecía en la región permitía una infinidad de temas bastante suculentos. Los viajes de investigación de MVLL a la selva peruana para escribir La casa verde o los juicios a los responsables de la dictadura de Batista para El otoño del patriarca de GGM. Ciertamente todo este trabajo académico, intelectual, de gran envergadura literaria no hubiera sido posible y exitosa sin ese respaldo editorial como el de Balcells, Seix Barral, en España, o Sudamericana, en Argentina, negociando y logrando traducciones al francés, al inglés, etc. Además, la impresión de las novelas de los escritores del Boom fue tan notable que no demoraron en vender sus derechos de cuentos o novelas para ser llevados al cine. Por ejemplo, Buñuel quería filmar La ciudad y los perros, pero no encontraba los elementos necesarios ante las temidas censuras. Finalmente, Francisco Lombardi lo haría posible varios años después. Antonioni compró los derechos cinematográficos del cuento Las babas del diablo de Cortázar para lo que sería la célebre Blow-up. Aura, la novela de Fuentes, fue también llevada al cine por el director italiano Damiano Damiani.
Las cartas:
Se sabe que Cortázar no conservó ninguna carta, Fuentes conservó las que recibía y las copias de las que enviaba, y Vargas Llosa solo las que recibía; según contó, García Márquez perdió muchas de ellas.
“Tu carta es como un pulso, algo tan vivo; es ese abrazo que después, cuando nos encontramos cada tanto tiempo, no sabemos darnos con los brazos porque siempre hay algo que nos frena y nos cohíbe, y al final hablamos de tantas cosas que no son en el fondo lo que podríamos hablar y que nuestros libros en cambio hablan por nosotros”, le escribió JC a CF.
Lo que podemos apreciar en estas misivas es la comunicación fluida de los asuntos literarios contemporáneos, las recomendaciones, los pedidos de editores, de cuatro escritores comprometidos con la literatura y la vocación literaria. En todo esto están involucrados y funcionan casi como una sociedad, porque generalmente son ellos cuatro.
Se saben un grupo, un cuadrado perfecto que va en búsqueda del éxito como escritor, pero no a costa de nada, no por orden del azar, no sin méritos, sino todo lo contrario, con una base bastante sólida, y esa solidaridad en la correspondencia se aprecia corrigiendo párrafos, textos, ofreciendo salidas, opiniones claras, transparentes, sin menoscabo, sin envidias carroñeras tan acostumbradas en los círculos literarios.
El Boom era un círculo, pero con los ojos en el mundo de la literatura.
El género epistolar está hoy en día prácticamente en desuso, aun puede considerarse retrógrado. “Nuestro verdadero destino está en la literatura epistolar”, le escribe GGM a CF. En Las cartas del Boom este género resucita de alguna manera porque la carta tiene la fortuna de transportar algo vivo, el mensaje en tinta, en lápiz o máquina de escribir. Comprender este hecho dentro del boom es fascinante. Nadie habla por ellos más que ellos mismos. Escuchamos la voz de estos cuatro grandes escritores latinoamericanos, en un inicio amical, pero con el correr de los años y con el contexto terrible, social, político y económico esa voz se va tornando pesimista, cansina. “La desacralización del Boom me parece saludable”, le escribe GGM a MVLL. “No hay más remedio que seguir luchando, gritando, diciendo lo indecible, aun a sabiendas de que fracasaremos”, le escribe CF a MVLL.
Las cartas de los integrantes del Boom pasaron entonces de valores altamente literarios, dando cuenta de sus trabajos creativos arduos, de compartir impresiones, reseñas, consejos y todo lo demás que almacena la creación literaria para producir las obras maestras que conocemos, a dar cuenta del penoso e infame devenir político y social de América Latina, volviéndose ellos mismos en personajes controversiales, sometidos a las críticas de todo calibre debido a sus opiniones y posturas públicas.
“Pero ya ves, la historia se nos cruza siempre. Y se nos cruza, en México, con sangre, con muerte, con hechos terribles que nos borran las palabras posibles, tanto es el dolor y el asombro y la ira ante los cadáveres terribles, no inútiles, pero sí evitables. Entonces la boca es una herida fresca, la sangre te ahoga y las palabras usuales dejan de escucharse: gritamos, como animales”, le escribe CF a JC.
Las cartas del Boom es un epistolario magnífico, por lo que es menester leer sin más. Estas cartas son un trayecto, un viaje que todos conocemos por evidencia, pero no por vivencia. El valor literario intrínseco supera a cualquier otro de tipo ideológico, personal, familiar, etc. Este libro no hubiera sido posible por el grandioso trabajo de los editores Carlos Aguirre, Gerald Martin, Javier Munguía y Augusto Wong Campos, que incluye además ensayos, entrevistas y documentos.
El único escritor vivo del cuarteto latinoamericano es Vargas Llosa quien en 2017 expresó en la FIL Guadalajara: “El Boom ya no existe. Yo soy el último sobreviviente. A mí me toca el triste privilegio de apagar la luz y cerrar la puerta”.
[1] Uno de los últimos estudios imprescindibles es el libro de Xaví Ayén, Aquellos años del Boom (2019, Debate)
[2] ¿Qué otros autores debieron estar en este grupo? Siempre será tema de discusión, pero si hubo un autor que ha figurado como una sombra, una gran sombra, además, fue Miguel Ángel Asturias, Premio Nobel de Literatura, sin duda un antecesor que los cuatro escritores del Boom a menudo citaban en sus cartas.
December 4, 2024
Nadie negará la importancia crítica que tendrá Las cartas del Boom para la historia de la literatura latinoamericana. Si pensáramos este libro en los términos que sus editores plantean, a saber, una novela escrita incidentalmente por los protagonistas del Boom, el movimiento editorial más importante de su tiempo en habla hispana, yo diría que sería una gran novela inconclusa sobre la gran amistad entre tres personas y Vargas Llosa, al que siempre se le lee desde la distancia, como ese amigo que es más un conocido al que respetas pero al cual no le confiesas genuinamente quién eres. El gran protagonista de esta historia es la prosa de Julio Cortázar. No puedo creer lo hermoso que escribía este hombre para sus amigos y, en general, lo buena persona que fue: severa en lo literario, tierna en lo personal. El momento en donde muere Cortázar es tristísimo y no es sorpresa que a partir de ahí se acabe la correspondencia entre los demás miembros. En fin, este libro nos permite conocer un poquito más de lo que fueron estas grandes personalidades de la literatura. Asimismo, creo que nos enseña la maquinaria social y económica del quehacer literario. Aprendemos, por ejemplo, lo bueno que era Carlos Fuentes para generar relaciones públicas en todos lados. Después de leer este libro me doy cuenta de lo importante que fue Fuentes para que este movimiento fuera un éxito mercadotécnico, ya que él era el de los contactos con traductores y editores del mundo.
Ahora bien, por supuesto que el impacto que tendrá esta correspondencia radica realmente en cómo se construye una época política e intelectual en Latinoamérica, a través de sus mejores plumas: una época tumultuosa, repleta de discusiones y polémicas. El periodo más fértil de la correspondencia (1967-1971) está marcada también por la publicación de las mejores novelas de los cuatro. A quien no le importe mucho el trasunto político, quizá le resulte imprescindible conocer cómo se gestaron 100 años de soledad, El otoño del patriarca, Conversación en la catedral o Aura; cómo defendieron críticamente la publicación de Rayuela; cómo se apoyaron para recibir premios o viajar a congresos; cómo fueron construyendo su amistad a través de los años y cómo se fueron distanciando por motivos políticos (Vargas Llosa y Cortázar) o personales (Vargas Llosa y García Márquez).
Ahora bien, por supuesto que el impacto que tendrá esta correspondencia radica realmente en cómo se construye una época política e intelectual en Latinoamérica, a través de sus mejores plumas: una época tumultuosa, repleta de discusiones y polémicas. El periodo más fértil de la correspondencia (1967-1971) está marcada también por la publicación de las mejores novelas de los cuatro. A quien no le importe mucho el trasunto político, quizá le resulte imprescindible conocer cómo se gestaron 100 años de soledad, El otoño del patriarca, Conversación en la catedral o Aura; cómo defendieron críticamente la publicación de Rayuela; cómo se apoyaron para recibir premios o viajar a congresos; cómo fueron construyendo su amistad a través de los años y cómo se fueron distanciando por motivos políticos (Vargas Llosa y Cortázar) o personales (Vargas Llosa y García Márquez).
July 22, 2025
Las cartas del Boom
Este libro fue simplemente maravilloso, el adentrarnos en la intimidad de estos grandes autores, y conocerlos desde un punto de vista personal y al mismo tiempo obtener la pieza faltante del puzzle para darle una visión más completa a sus obras. En definitiva una lectura que me tomo su tiempo pero que me la disfrute muchísimo, cada carta y documento que este libro contiene son excepcionales.
Los cuatro autores convergen en un momento histórico de mucha turbulencia política y social en Latinoamérica, a través de sus obras buscan denunciar, dar a conocer y hacer conciencia colectiva, una lucha que muchas veces fue en países ajenos, muy lejos de casa pero que les brindo la fuerza y seguridad para hablar. Así mismo, jugaron de una forma nunca antes vista con la narrativa, brindándonos magia, juegos de palabras, la creación de personajes que marcaron la literatura y lograr darle voz propia a la literatura latinoamericana.
La complicidad, amistad y la admiración que surgió entre estos autores es sin duda uno de los pilares de este movimiento, considero que hubiera sido muy diferente su alcance de no haber existido o de no haber poseído la misma fuerza que tuvo.
Un aplauso a los editores por esta recopilación.
Soy consciente que dentro de este movimiento podríamos mencionar a muchos otros autores, entre ellas grandes autoras latinoamericanas que brillaron con luz propia y forjaron su propio camino, pero fueron estos cuatro quienes lograron ese mayor reconocimiento, un reconocimiento merecido con justa causa, pero no quiero dejar de mencionarlas a esas autoras que también hicieron un trabajo excepcional, por mencionar a algunas representantes: Elena Garro, Clarice Lispector, Silvia Ocampo, Rosario Castellanos y María Luisa Bombal; entre otras y otros muchos autores.
Este libro fue simplemente maravilloso, el adentrarnos en la intimidad de estos grandes autores, y conocerlos desde un punto de vista personal y al mismo tiempo obtener la pieza faltante del puzzle para darle una visión más completa a sus obras. En definitiva una lectura que me tomo su tiempo pero que me la disfrute muchísimo, cada carta y documento que este libro contiene son excepcionales.
Los cuatro autores convergen en un momento histórico de mucha turbulencia política y social en Latinoamérica, a través de sus obras buscan denunciar, dar a conocer y hacer conciencia colectiva, una lucha que muchas veces fue en países ajenos, muy lejos de casa pero que les brindo la fuerza y seguridad para hablar. Así mismo, jugaron de una forma nunca antes vista con la narrativa, brindándonos magia, juegos de palabras, la creación de personajes que marcaron la literatura y lograr darle voz propia a la literatura latinoamericana.
La complicidad, amistad y la admiración que surgió entre estos autores es sin duda uno de los pilares de este movimiento, considero que hubiera sido muy diferente su alcance de no haber existido o de no haber poseído la misma fuerza que tuvo.
Un aplauso a los editores por esta recopilación.
Soy consciente que dentro de este movimiento podríamos mencionar a muchos otros autores, entre ellas grandes autoras latinoamericanas que brillaron con luz propia y forjaron su propio camino, pero fueron estos cuatro quienes lograron ese mayor reconocimiento, un reconocimiento merecido con justa causa, pero no quiero dejar de mencionarlas a esas autoras que también hicieron un trabajo excepcional, por mencionar a algunas representantes: Elena Garro, Clarice Lispector, Silvia Ocampo, Rosario Castellanos y María Luisa Bombal; entre otras y otros muchos autores.
March 26, 2024
Cartas favoritas, las de Cortázar y el Gabo.
November 26, 2023
Hay algo de la intimidad epistolar que pocos videos y quizá casi ninguna columna periodística logrará esclarecer sobre la relación entre los cuatro autores. En este sentido, creo que el libro es un excelente retrato, no solo del rumbo literario al que se dirigía el continente, sino también del clima político de la región, el vínculo intelectual con Europa y las relaciones dentro del mundo editorial.
Es evidente que la recopilación de las cartas y el ordenamiento de todas las citas tuvo que haber sido una tarea mayúscula. Sin embargo, no hay cita que sobre. El libro hace un gran esfuerzo para contextualizar debidamente al lector: se añade una línea del tiempo, anexos sobre documentos referidos en las cartas, explicaciones sobre acontecimientos políticos e inclusive se señalan las afirmaciones que los escritores incluyeron en sus cartas y que resultaron ser erróneas (sobre todo sobre viajes y proyectos que no se concretaron).
Si bien, no creo que el lector de este libro tenga que ser un ávido conocedor de la obra de los cuatro, por la extensión del libro, sí creo que facilitaría la lectura el estar familiarzado con la figura de al menos 3 de los 4 autores.
Hay muchas maneras de interesarse por el boom latinoamericano y creo que este libro puede complacer a varias de ellas: si solamente interesa la relación personal entre los autores; si se quiere encontrar algo de crítica literaria por parte de los escritores; si lo que interesa es el fenómeno editorial del boom y cómo se fraguaban las relaciones; si se quiere conocer más sobre las inclinaciones políticas de cada escritor; para quien busca un poco más de claridad sobre la ruptura del movimiento (en especial en lo que refiere a la situación de Cuba y el caso Padilla, puesto que no dudo que más de uno -incluyéndome- haya tenido dudas sobre las causas, el desenlace y las implicaciones de este acontecimiento).
Fue una lectura placentera y acelerada de principio a fin. Disfruté mucho el tono relajado y juguetón de Fuentes, sobre todo hacia García Márquez. Desconocía de la cercanía que Cortázar tenía con todos ellos, siempre lo imaginé como un satélite del movimiento. Sobre todo al principio, aprecié la critica y el reconocimiento que se hacían entre ellos, aunque sí hubieron casos en los que la adulación reiterada irritaba. Aunque entiendo que estaba fuera de las manos de los editores, me hubiera encantado leer más cartas de Vargas Llosa, sobre todo hacia García Márquez. Finalmente, pese a entender que no fueron una agrupación per se, este libro me ayudó mucho a ver lo vinculados que estaban y lo mucho que eran conscientes de ello.
Es evidente que la recopilación de las cartas y el ordenamiento de todas las citas tuvo que haber sido una tarea mayúscula. Sin embargo, no hay cita que sobre. El libro hace un gran esfuerzo para contextualizar debidamente al lector: se añade una línea del tiempo, anexos sobre documentos referidos en las cartas, explicaciones sobre acontecimientos políticos e inclusive se señalan las afirmaciones que los escritores incluyeron en sus cartas y que resultaron ser erróneas (sobre todo sobre viajes y proyectos que no se concretaron).
Si bien, no creo que el lector de este libro tenga que ser un ávido conocedor de la obra de los cuatro, por la extensión del libro, sí creo que facilitaría la lectura el estar familiarzado con la figura de al menos 3 de los 4 autores.
Hay muchas maneras de interesarse por el boom latinoamericano y creo que este libro puede complacer a varias de ellas: si solamente interesa la relación personal entre los autores; si se quiere encontrar algo de crítica literaria por parte de los escritores; si lo que interesa es el fenómeno editorial del boom y cómo se fraguaban las relaciones; si se quiere conocer más sobre las inclinaciones políticas de cada escritor; para quien busca un poco más de claridad sobre la ruptura del movimiento (en especial en lo que refiere a la situación de Cuba y el caso Padilla, puesto que no dudo que más de uno -incluyéndome- haya tenido dudas sobre las causas, el desenlace y las implicaciones de este acontecimiento).
Fue una lectura placentera y acelerada de principio a fin. Disfruté mucho el tono relajado y juguetón de Fuentes, sobre todo hacia García Márquez. Desconocía de la cercanía que Cortázar tenía con todos ellos, siempre lo imaginé como un satélite del movimiento. Sobre todo al principio, aprecié la critica y el reconocimiento que se hacían entre ellos, aunque sí hubieron casos en los que la adulación reiterada irritaba. Aunque entiendo que estaba fuera de las manos de los editores, me hubiera encantado leer más cartas de Vargas Llosa, sobre todo hacia García Márquez. Finalmente, pese a entender que no fueron una agrupación per se, este libro me ayudó mucho a ver lo vinculados que estaban y lo mucho que eran conscientes de ello.
August 31, 2023
Recorrer la historia de América Latina durante los años que abarcan las cartas resulta mucho más estimulante que leer una nota fría y académica. Muchas de las anécdotas que uno puede conocer de cualquiera de los cuatro (siempre hay preferencias e incluso una jerarquía para cada uno) es un feliz reencuentro cuando se las lee aquí, de modo que el epistolario sirve también como excusa para volver a tomar un libro de cualquiera de los cuatro, leído o pendiente, y volver a él. Ser de nuevo consciente de que la suma de los cuatro es inabarcable.
Es una pena enorme que sean tan pocas las cartas (encontradas) que le dirige Vargas Llosa al resto del grupo. La "fobia epistolar" de este hace que su figura sea la que menos resalte dentro del conjunto. Una lástima.
Por otro lado, el trabajo de edición se agradece por el esmero y se deja ver en las notas a pie de página (además de los prólogos y apéndices), pertinentes para llenar los espacios que quedan en blanco y que por la naturaleza de las cartas (muchas de ellas no encontradas) no abarcan.
La última carta de Carlos Fuentes (pocos meses antes de morir) saludando por sus 85 años a García Márquez, recordando la vieja amistad que se remonta a tantos años atrás es conmovedora y aun lo es más luego de la lectura de este libro. Un cierre como de quien apaga la luz, aunque el destinado a serlo aún sigue entre nosotros.
Es una pena enorme que sean tan pocas las cartas (encontradas) que le dirige Vargas Llosa al resto del grupo. La "fobia epistolar" de este hace que su figura sea la que menos resalte dentro del conjunto. Una lástima.
Por otro lado, el trabajo de edición se agradece por el esmero y se deja ver en las notas a pie de página (además de los prólogos y apéndices), pertinentes para llenar los espacios que quedan en blanco y que por la naturaleza de las cartas (muchas de ellas no encontradas) no abarcan.
La última carta de Carlos Fuentes (pocos meses antes de morir) saludando por sus 85 años a García Márquez, recordando la vieja amistad que se remonta a tantos años atrás es conmovedora y aun lo es más luego de la lectura de este libro. Un cierre como de quien apaga la luz, aunque el destinado a serlo aún sigue entre nosotros.
December 31, 2023
Me siento afortunada de vivir en este momento y tener la oportunidad de leer concentrada y ordenada las cartas que se enviaron estos cuatro escritores. Me deja un grato sabor de boca, pensé que podría aburrirme o que me constaría trabajo leer y no fue así. Tuve que parar su lectura algún tiempo pero cuando pude retomarla, no paré.
Me encanta que puedes conocer a cada uno de estos escritores creo yo, sin máscaras y sobre todo sentir la emoción cuando hablan de sus escritos, de la situación política y de sus afectos.
Un libro que no puede faltar para cualquier lector que le guste el famoso boom.
Me encanta que puedes conocer a cada uno de estos escritores creo yo, sin máscaras y sobre todo sentir la emoción cuando hablan de sus escritos, de la situación política y de sus afectos.
Un libro que no puede faltar para cualquier lector que le guste el famoso boom.
January 20, 2024
Los libros de cartas son de lectura difícil -por repetitivos, porque las cartas por lo general están pensadas para ser conversaciones íntimas, porque es necesario seguir el hilo de la correspondencia, entre otras razones- y este no es la excepción.
Habiendo dicho lo anterior, este es un libro muy interesante, y sin duda indispensable para los estudiosos del boom o la biografía de los cuatro escritores abordados.
Es un libro interesante por las dinámicas bilaterales entre los escritores; por las cartas que no se conservaron porque ninguno de los correspondientes guardó copia; por los silencios a cartas específicas, y por cómo la política (específicamente las diferencias ideológicas en torno al gobierno comunista de Cuba) fue destruyendo la amistad grupal. A medida que las correspondencias se vuelven más escasas, el lector puede entender que “la vida es así”: los grupos de amigos se separan, algunos se quedan, la vida sigue, y eventualmente uno muere.
Altamente recomendado, pero requiere tener contexto y conocimiento previo sobre la vida de fuentes, Vargas Llosa, García Márquez y Cortázar. El estudio introductorio ayuda bastante a proveer dicho contexto, aunque como siempre con todo lo que requiere tener contexto, mientras más tenga uno de antemano, mejor.
Habiendo dicho lo anterior, este es un libro muy interesante, y sin duda indispensable para los estudiosos del boom o la biografía de los cuatro escritores abordados.
Es un libro interesante por las dinámicas bilaterales entre los escritores; por las cartas que no se conservaron porque ninguno de los correspondientes guardó copia; por los silencios a cartas específicas, y por cómo la política (específicamente las diferencias ideológicas en torno al gobierno comunista de Cuba) fue destruyendo la amistad grupal. A medida que las correspondencias se vuelven más escasas, el lector puede entender que “la vida es así”: los grupos de amigos se separan, algunos se quedan, la vida sigue, y eventualmente uno muere.
Altamente recomendado, pero requiere tener contexto y conocimiento previo sobre la vida de fuentes, Vargas Llosa, García Márquez y Cortázar. El estudio introductorio ayuda bastante a proveer dicho contexto, aunque como siempre con todo lo que requiere tener contexto, mientras más tenga uno de antemano, mejor.
October 9, 2023
estos señores (sólo tres, jeje) siempre tendrán mi cariño. con sus letras comencé a leer.
Cortázar y Fuentes son guías para mi educación estética. Vargas Llosa no deja de asombrarme por sus técnicas de escritura. El otro que falta, García Márquez, nunca me ha enganchado. en estas cartas suele ser un pesado, jaja, no sé.
Cortázar y Fuentes son guías para mi educación estética. Vargas Llosa no deja de asombrarme por sus técnicas de escritura. El otro que falta, García Márquez, nunca me ha enganchado. en estas cartas suele ser un pesado, jaja, no sé.
January 9, 2024
Este libro es muy importante para nosotros como lectores, para el acervo cultural de nuestra región y para la literatura universal. Sobre todo es la documentación de unas amistades, de unos vínculos y esa cualidad tan humana se transparento en casa carta y empapó cada obra.
Excelente! Me hace ver la obra de estos autores con otra luz y definitivamente me voy a intentarlo con Carlos fuentes de quien no leí nada y a volver a abordar la obra de vargas llosa que un poco me espantaba.
Excelente! Me hace ver la obra de estos autores con otra luz y definitivamente me voy a intentarlo con Carlos fuentes de quien no leí nada y a volver a abordar la obra de vargas llosa que un poco me espantaba.
May 13, 2025
Hermoso e imprescindible para todo lector latinoamericano.
February 1, 2025
Kad nejauši uzzināju par šīs grāmatas eksistenci, momentā zināju, ka tai jābūt kā Latīņamerikas maģiskā reālisma bībelei, un spiedu PIRKT.
Tās lasīšanu esmu atlikusi kā saldo ēdienu. Taču atverot pirmo lpp, zinu, ka tā padarīs manu Goodreads izaicinājumu nesasniedzamu, bet, iespējams, tas ir tā vērts.
Interesanti, ko gan viens otram stāstīja Markess, Fuentess, Ljosa un Kortasārs?…
Tās lasīšanu esmu atlikusi kā saldo ēdienu. Taču atverot pirmo lpp, zinu, ka tā padarīs manu Goodreads izaicinājumu nesasniedzamu, bet, iespējams, tas ir tā vērts.
Interesanti, ko gan viens otram stāstīja Markess, Fuentess, Ljosa un Kortasārs?…
May 24, 2024
Ayer terminé de leer ¨Las cartas del Boom¨. Mucho se ha escrito, desde distintas aproximaciones, sobre el fenómeno cultural, literario y político que resultó ser el Boom Latinoamericano, pero este libro no solo es entrañable, era también, necesario.
Los editores de este libro llevaron a cabo una labor titánica al reunir la correspondencia privada entre cuatro de sus mayores exponentes: Julio Cortázar (el Cronopio), Carlos Fuentes (el Águila Azteca), Gabriel García Márquez (el Coronel) y Mario Vargas Llosa (el Emperador Inca).
¿Pueden imaginar el privilegio de cualquier escritor de compartir el manuscrito de su novela con JC, MVLL, GGM o CF y recibir de vuelta sus comentarios y críticas? Bueno, pues entre estos cuatro amigos escritores lo hacían. Pueden estar seguros que antes de que alguno de ellos publicara un libro, los otros tres ya sabían de qué trataba porque lo conocía incluso desde que la historia era apenas una semilla, una idea, una revelación.
Se deja ver en sus cartas el gran respeto y admiración que sentían unos por otros. Pero también se puede aprender de las personalidades tan distintas de cada uno bajo el cobijo de la intimidad y la amistad. JC, el más tímido, el más solitario, el más idealista, el más comprometido con sus convicciones, el que siempre evitó que su presencia se convirtiera en un espectáculo. MVLL, el más pragmático, el más estudioso, el mayor defensor de la literatura como materia de estudio y por lo mismo, el más versado; es difícil imaginar alguna obra que no haya leído mi Marito. CF, el polifacético, el que creció en un ambiente más intelectual. Al ser sus padres diplomáticos, viajó y se movía como pez en el agua en ese mundillo de gente conocedora de arte, política, sistemas económicos, relaciones sociales, etc. Fue también, y en eso coinciden MVLL y GGM, el mayor mecenas de nuevos talentos, generoso para conseguirles un editor, emitir una recomendación, comentar una publicación, en fin, todo lo necesario para que un escritor en ciernes, logre hacerse de un nombre en el difícil mundo de los agentes y las editoriales. Y por último, el Gabo de mis amores, el más bohemio, transparente, con mayor sentido del humor, el más querendón y hasta el más chismoso jajaja. En varias de sus cartas aplica el ¨no digas que yo te dije, peeeero…¨, el más caribe, vaya.
Pero el Boom no hubiera sido lo mismo sin la realidad geopolítica histórica que lo acompañaba. La Revolución Cubana, el golpe de Estado en Chile y Argentina, sin Somoza en Nicaragua, sin Díaz Ordaz en México, sin Nixon en Estados Unidos, sin la Primavera de Praga. En todos estos eventos, los cuatro como bloque, participaron emitiendo comunicados, firmando cartas de repudio, abogando por los perseguidos políticos, asistiendo a mesas redondas invitados por los oprimidos de esos países, pidiendo cuentas a los dictadores, publicando ensayos en revistas.
Todo era risa y diversión hasta que el grupo comenzó a distanciarse por diferencias de orden político, MVLL es el primero que deja de enviar misivas o no lo hace tan periódicamente, GGM opta por usar el teléfono, al final, la correspondencia se da principalmente entre el Cronopio y el Águila Azteca. En la última carta de JC a GGM el 11 de octubre de 1983, le reenvía la carta que le hizo llegar un preso argentino y le reporta algunos problemas gástricos que los médicos no logran localizar, le informa que en diciembre viajará a Centroamérica y que hará escala en México para verlo. Ignoro si ese encuentro se dio, o si JC pudo realizar ese viaje, el Gran Cronopio murió cuatro meses después de esta carta.
La últimas carta es de CF a y GGM felicitándolo por su cumpleaños 85. CF murió en el 2012 y GGM dos años después. El único sobreviviente es MVLL quien en el 2016 dijo ¨El Boom ya no existe. Yo soy el último sobreviviente. A mí me toca el triste privilegio de apagar la luz y cerrar la puerta¨.
Este libro es lo mejor que he leído en años y me deja mucha tarea. Me encantaría conseguir publicaciones que se mencionan en el libro, pero Amazon no las tiene. Si alguien me quiere ayudar, le paso la lista.
Los editores de este libro llevaron a cabo una labor titánica al reunir la correspondencia privada entre cuatro de sus mayores exponentes: Julio Cortázar (el Cronopio), Carlos Fuentes (el Águila Azteca), Gabriel García Márquez (el Coronel) y Mario Vargas Llosa (el Emperador Inca).
¿Pueden imaginar el privilegio de cualquier escritor de compartir el manuscrito de su novela con JC, MVLL, GGM o CF y recibir de vuelta sus comentarios y críticas? Bueno, pues entre estos cuatro amigos escritores lo hacían. Pueden estar seguros que antes de que alguno de ellos publicara un libro, los otros tres ya sabían de qué trataba porque lo conocía incluso desde que la historia era apenas una semilla, una idea, una revelación.
Se deja ver en sus cartas el gran respeto y admiración que sentían unos por otros. Pero también se puede aprender de las personalidades tan distintas de cada uno bajo el cobijo de la intimidad y la amistad. JC, el más tímido, el más solitario, el más idealista, el más comprometido con sus convicciones, el que siempre evitó que su presencia se convirtiera en un espectáculo. MVLL, el más pragmático, el más estudioso, el mayor defensor de la literatura como materia de estudio y por lo mismo, el más versado; es difícil imaginar alguna obra que no haya leído mi Marito. CF, el polifacético, el que creció en un ambiente más intelectual. Al ser sus padres diplomáticos, viajó y se movía como pez en el agua en ese mundillo de gente conocedora de arte, política, sistemas económicos, relaciones sociales, etc. Fue también, y en eso coinciden MVLL y GGM, el mayor mecenas de nuevos talentos, generoso para conseguirles un editor, emitir una recomendación, comentar una publicación, en fin, todo lo necesario para que un escritor en ciernes, logre hacerse de un nombre en el difícil mundo de los agentes y las editoriales. Y por último, el Gabo de mis amores, el más bohemio, transparente, con mayor sentido del humor, el más querendón y hasta el más chismoso jajaja. En varias de sus cartas aplica el ¨no digas que yo te dije, peeeero…¨, el más caribe, vaya.
Pero el Boom no hubiera sido lo mismo sin la realidad geopolítica histórica que lo acompañaba. La Revolución Cubana, el golpe de Estado en Chile y Argentina, sin Somoza en Nicaragua, sin Díaz Ordaz en México, sin Nixon en Estados Unidos, sin la Primavera de Praga. En todos estos eventos, los cuatro como bloque, participaron emitiendo comunicados, firmando cartas de repudio, abogando por los perseguidos políticos, asistiendo a mesas redondas invitados por los oprimidos de esos países, pidiendo cuentas a los dictadores, publicando ensayos en revistas.
Todo era risa y diversión hasta que el grupo comenzó a distanciarse por diferencias de orden político, MVLL es el primero que deja de enviar misivas o no lo hace tan periódicamente, GGM opta por usar el teléfono, al final, la correspondencia se da principalmente entre el Cronopio y el Águila Azteca. En la última carta de JC a GGM el 11 de octubre de 1983, le reenvía la carta que le hizo llegar un preso argentino y le reporta algunos problemas gástricos que los médicos no logran localizar, le informa que en diciembre viajará a Centroamérica y que hará escala en México para verlo. Ignoro si ese encuentro se dio, o si JC pudo realizar ese viaje, el Gran Cronopio murió cuatro meses después de esta carta.
La últimas carta es de CF a y GGM felicitándolo por su cumpleaños 85. CF murió en el 2012 y GGM dos años después. El único sobreviviente es MVLL quien en el 2016 dijo ¨El Boom ya no existe. Yo soy el último sobreviviente. A mí me toca el triste privilegio de apagar la luz y cerrar la puerta¨.
Este libro es lo mejor que he leído en años y me deja mucha tarea. Me encantaría conseguir publicaciones que se mencionan en el libro, pero Amazon no las tiene. Si alguien me quiere ayudar, le paso la lista.
November 8, 2023
Un libro maravilloso que me hizo volver a entusiasmarme con la literatura latinoamericana del siglo XX. De hecho, ya me hice una lista de lecturas latinoamericanas para el próximo año.
Conclusiones a la rápida:
1) Es impresionante cómo el quehacer estético estaba totalmente imbricado con la actividad política. Como si hacer literatura fuera hacer política por otros medios. Pero, al mismo, estos autores reclamaban la especificidad de dicho medio, de lo literario, y la incomprensión de aquellos que hacían “literatura política” propiamente tal;
2) Eran muy conscientes de su talento y relevancia, y sabían usarlo a su favor;
3) Hay una importante cuota de autopromoción también y de “mafia”, como le gustaba decir a García Márquez. Alguna vez lo dijo Rafael Gumucio -cuando estaba lúcido-: la literatura se nutre de las mafias de escritores;
4) Las mejores cartas las escriben Cortázar y Fuentes. Sobre todo Fuentes: chistoso, culto, y lúdico con el lenguaje (adicto al pastiche, camaleónico: fácilmente se “teñía” del estilo de su interlocutor);
5) Con esta lectura me queda más que claro que, para todo artista, el tema del dinero es recurrente y obsesivo: tenerlo, no tenerlo, ganar más pero sin comprometerse, eliminar el trabajo asalariado que esclaviza, pero también hipnotiza, y así sucesivamente (véase, en este sentido, los diarios de Warhol);
6) La literatura (la cultura de la palabra escrita, pero como estética, no como intercambio económico o meramente funcional, como tenemos hoy) llegó a un apogeo en los 60 que difícilmente volverá a tener. Es increíble la cantidad de seminarios, revistas, suplementos, congresos, premios, etc., que existían. Y, sobre todo, de LECTORES;
7) El sentimiento de pertenencia a lo latinoamericano que manifiestan todos los interlocutores es clave: la idea de una historia ABIERTA, de un movimiento irrefrenable que rompería la maldición de la “soledad” americana, que le daría a estas despojadas naciones una “segunda oportunidad sobre la tierra”, el entusiasmo revolucionario, etc. Será un “delirio americano”, como dice un liberal de estos tiempos, pero es mejor ese “caos” delirante que “esta realidad tan charcha” (como diría Redolés).
Háganse un favor y lean este libro
Conclusiones a la rápida:
1) Es impresionante cómo el quehacer estético estaba totalmente imbricado con la actividad política. Como si hacer literatura fuera hacer política por otros medios. Pero, al mismo, estos autores reclamaban la especificidad de dicho medio, de lo literario, y la incomprensión de aquellos que hacían “literatura política” propiamente tal;
2) Eran muy conscientes de su talento y relevancia, y sabían usarlo a su favor;
3) Hay una importante cuota de autopromoción también y de “mafia”, como le gustaba decir a García Márquez. Alguna vez lo dijo Rafael Gumucio -cuando estaba lúcido-: la literatura se nutre de las mafias de escritores;
4) Las mejores cartas las escriben Cortázar y Fuentes. Sobre todo Fuentes: chistoso, culto, y lúdico con el lenguaje (adicto al pastiche, camaleónico: fácilmente se “teñía” del estilo de su interlocutor);
5) Con esta lectura me queda más que claro que, para todo artista, el tema del dinero es recurrente y obsesivo: tenerlo, no tenerlo, ganar más pero sin comprometerse, eliminar el trabajo asalariado que esclaviza, pero también hipnotiza, y así sucesivamente (véase, en este sentido, los diarios de Warhol);
6) La literatura (la cultura de la palabra escrita, pero como estética, no como intercambio económico o meramente funcional, como tenemos hoy) llegó a un apogeo en los 60 que difícilmente volverá a tener. Es increíble la cantidad de seminarios, revistas, suplementos, congresos, premios, etc., que existían. Y, sobre todo, de LECTORES;
7) El sentimiento de pertenencia a lo latinoamericano que manifiestan todos los interlocutores es clave: la idea de una historia ABIERTA, de un movimiento irrefrenable que rompería la maldición de la “soledad” americana, que le daría a estas despojadas naciones una “segunda oportunidad sobre la tierra”, el entusiasmo revolucionario, etc. Será un “delirio americano”, como dice un liberal de estos tiempos, pero es mejor ese “caos” delirante que “esta realidad tan charcha” (como diría Redolés).
Háganse un favor y lean este libro
October 28, 2024
Aún sigo abrumada por toda la sabiduría que se concentra en las cartas que intercambiaban estos cuatro genios.
El libro es una brújula y un regalo invaluable para quienes admiramos el trabajo y apreciamos todo lo que consiguieron los creadores del Boom. Muy recomendable para profundizar en la vida de estos autores inéditos. Es un libro para saborearlo lentamente, al estar planteado en género epistolar permite intercalarlo con otros libros, pero es de esos ejemplares que dan más tareas pues en los diálogos que intercambian se transponen películas, se descubren entrevistas y se mencionan autores quizás menos conocidos con los que uno se queda con ganas de leer.
Solo puedo decirles: léanlo, siéntense y disfruten.
El libro es una brújula y un regalo invaluable para quienes admiramos el trabajo y apreciamos todo lo que consiguieron los creadores del Boom. Muy recomendable para profundizar en la vida de estos autores inéditos. Es un libro para saborearlo lentamente, al estar planteado en género epistolar permite intercalarlo con otros libros, pero es de esos ejemplares que dan más tareas pues en los diálogos que intercambian se transponen películas, se descubren entrevistas y se mencionan autores quizás menos conocidos con los que uno se queda con ganas de leer.
Solo puedo decirles: léanlo, siéntense y disfruten.
Read
June 13, 2024Que manera de conocer a cada uno de los escritores de la época del Boom. Tener la oportunidad de leer esta correspondencia entre ellos, me hizo transportarme a ese momento, conocer hechos reales, históricos y de primera mano, conocer su esencia, ver como se escribían abiertamente con sus posturas, formas de pensar, diferencias, respeto y cariño.
Ver como se fueron desvaneciendo por el mismo paso del tiempo, que nunca perdona, me hizo sentir un nudo en la garganta y un apachurro en el corazón. ¡Que lectura! Estuvo genial.
Ver como se fueron desvaneciendo por el mismo paso del tiempo, que nunca perdona, me hizo sentir un nudo en la garganta y un apachurro en el corazón. ¡Que lectura! Estuvo genial.
October 9, 2024
Qué hermoso es sentir la complicidad, la intimidad, el amor por la literatura y el ansia por un cambio social en el continente que caracterizaba a estos 4 grandes. No solo se siente, sino que se desborda, rebalsa. A través del intercambio epistolar se observa cómo evolucionan sus relaciones, desde un contacto tímido y cordial, hasta una familiaridad carnal y, en algunos cosas, la decepción y la ruptura. Al final me dejó con unas ganas enormes de leer muchas de sus obras que tenía pendientes. A por ellas.
July 16, 2024
Obra mayúscula para cualquiera que guste de contextualizar históricamente al autor y su obra. La literatura epistolar siempre resulta un gozo cuando el diálogo tras el que se esconde la pluma tiene mucho que decir y vaya si este cuarteto de amigos da para hablar y disfrutar. No hay pierde en l lectura de estas cartas que ubican de manera personalísima a 4 de los autores más grandes que ha dado el contiene latinoamericano.
December 15, 2023
Un libro extraordinario. Tanta inteligencia, tanto humor, tanta máscara. Un libro fundamental que se lee con verdadero placer. No hay caso, el boom latinoamericano, aunque pueda ser despreciado por algunos como anacrónico, mercantil o trillado, es lo más alto de la literatura en español que jamás se ha escrito. Hermoso libro.
January 5, 2024
¿Por dónde empezar? "Las cartas del Boom" son absolutamente maravillosas. Nos ayuda a vislumbrar la relación que tenían estos cuatro autores, que iba mucho más allá de Carmen Balcells. Eran una familia que tuvo su declive, hablando técnicamente del Boom y de sus relaciones personales, pero dónde se alimentaron unos a otros con sus manuscritos, ideas, correcciones, comentarios y sus referencias. También aporta una visión sobre las ideas políticas y sociales que tenían Cortázar, Vargas Llosa, Márquez y Fuentes sobre Latinoamérica, sus países correspondientes, Cuba y la libertad.
April 11, 2025
Es un gran trabajo que recopila las cartas de 4 grandes exponentes del boom que permite conocer de manera profunda acontecimientos importantes para los autores a través del hilo conductor de las cartas y te ayuda a visualizar un lado humano de escritores que regularmente se encuentran en un pedestal.
May 29, 2024
Considero que el valor de este libro es más que nada para escritores. Ya que como dice la portada de una edición similar (Dos soledades de Vargas Llosa y García Márquez) En este libro se aprende más sobre escritura que en cualquier curso de literatura.
May 14, 2025
Me gustó mucho, quise leer todas las obras de los escritores del BOOM, tenía otra visión, la del colegio.
May 6, 2024
pasiones
escritura
el mundo en una carta
tiempos en que se registraban cartas que iban de un país a otro
de un continente a otro más lejano
el escritor se denuncia a sí mismo
le da por los diarios
por las cartas
por las notas
pasa el tiempo
y no todo queda claro
pero se hacen leves luces en las cartas recobradas
¿cuántas se han perdido?
¿Qué decían?
Un grupo que estaba unido
que tenía un horrible nombre: booooooooooooommmmmm
y a los que tantos envidiosos le reclamaban que tenían demasiado poder
se escindió,
rompió
no en mil pedazos, pero sin en varios trozos
influyeron unos sobre otros
se apoyaron
y luego
un puñetazo en la cara
un estallido
el mundo, la política (a la que amaban tanto como a la literatura) les fue mostrando sus diferencias
PRAGA, CUBA,
la imposibilidad de un gobierno crítico y autocrítico
aquí están las cartas, las hipotesis que enlazan las ideas sueltas que ya teníamos sobre este tema
la belleza de una carta en la que nos cuentan la historia mejor de sus vidas, tal vez: una profunda amistad
la ruptura es lógica cuando uno piensa y tu amigo también,
así qué
hoy brindaré por esos amigos que rompieron entre ellos, pero que son mis amigos los cuatro, algunos menos visitados, pero finalmente grandes cuates míos y de muchos otros más
escritura
el mundo en una carta
tiempos en que se registraban cartas que iban de un país a otro
de un continente a otro más lejano
el escritor se denuncia a sí mismo
le da por los diarios
por las cartas
por las notas
pasa el tiempo
y no todo queda claro
pero se hacen leves luces en las cartas recobradas
¿cuántas se han perdido?
¿Qué decían?
Un grupo que estaba unido
que tenía un horrible nombre: booooooooooooommmmmm
y a los que tantos envidiosos le reclamaban que tenían demasiado poder
se escindió,
rompió
no en mil pedazos, pero sin en varios trozos
influyeron unos sobre otros
se apoyaron
y luego
un puñetazo en la cara
un estallido
el mundo, la política (a la que amaban tanto como a la literatura) les fue mostrando sus diferencias
PRAGA, CUBA,
la imposibilidad de un gobierno crítico y autocrítico
aquí están las cartas, las hipotesis que enlazan las ideas sueltas que ya teníamos sobre este tema
la belleza de una carta en la que nos cuentan la historia mejor de sus vidas, tal vez: una profunda amistad
la ruptura es lógica cuando uno piensa y tu amigo también,
así qué
hoy brindaré por esos amigos que rompieron entre ellos, pero que son mis amigos los cuatro, algunos menos visitados, pero finalmente grandes cuates míos y de muchos otros más
December 10, 2025
Una hermosa historia. La relevancia hecha letras, que sin mesura se comieron mis días. La manera en que los autores develaban sus temores y ambiciones, sin desconfiar del compañero que, como fiel precursor, motivaba a seguir trabajando. Me llamó mucho la atención la constante necesitad que plasmaba GGM de escribir y no atrasar más sus escritos. Y la fiel identidad, más que humilde, de JC. CF fue el que guió y mantuvo "unido" al grupo, hasta en los momentos más difíciles, especialmente divididos por la inminente situación mundial. Me gustaría saber por qué MVLL le pegó a GGM. Creo que ellos saben, aunque un viejo MVLL no quiere recordar. Me queda en deuda el libro de JC que escribió en su viaje junto a su último gran amor, Carol.
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April 18, 2024
La hermosura de los tiempos cuando nos comunicáramos por cartas
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