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Apesar do Sangue
«Ninguém sabe o que custa conquistar uma criança que desistiu do mundo até ter de o fazer.»
Glória está a envelhecer. Na tomada de consciência de que o fim pode estar para breve, é no neto que recaem todas as suas preocupaçõ se ela desaparecer, quem vai cuidar dele? Quem vai tomar conta de Pedro, o rapaz que todos escolheram abandonar?
*
Rita da Nova está de volta com um romance em que os relatos dos vários protagonistas se entrelaçam para contar uma história repleta de feridas profundas.
Com uma narrativa delicada e carregada de sensibilidade, a autora transporta-nos num enredo não linear em que todas as personagens principais têm direito a fazer-se Glória, a avó que aguenta todas as tempestades da família. Helena, a mãe que abandona o filho. Eduardo, o padrasto que já não o é, mas que nunca esqueceu a criança de quem cuidou um dia.
E Pedro, claro, Pedro, o elo que os o rapaz que todos rejeitaram, que ninguém soube amar sem prazo e que, em breve, pode precisar desesperadamente de uma nova oportunidade.
Glória está a envelhecer. Na tomada de consciência de que o fim pode estar para breve, é no neto que recaem todas as suas preocupaçõ se ela desaparecer, quem vai cuidar dele? Quem vai tomar conta de Pedro, o rapaz que todos escolheram abandonar?
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Rita da Nova está de volta com um romance em que os relatos dos vários protagonistas se entrelaçam para contar uma história repleta de feridas profundas.
Com uma narrativa delicada e carregada de sensibilidade, a autora transporta-nos num enredo não linear em que todas as personagens principais têm direito a fazer-se Glória, a avó que aguenta todas as tempestades da família. Helena, a mãe que abandona o filho. Eduardo, o padrasto que já não o é, mas que nunca esqueceu a criança de quem cuidou um dia.
E Pedro, claro, Pedro, o elo que os o rapaz que todos rejeitaram, que ninguém soube amar sem prazo e que, em breve, pode precisar desesperadamente de uma nova oportunidade.
Kindle Edition
First published January 1, 2025
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Community Reviews
Displaying 1 - 30 of 316 reviews
April 18, 2025
Tenho muita pena de quem não lê os livros da Rita. Não é raiva, não é superioridade, é mesmo pena.
May 11, 2025
Queria tanto ter gostado deste livro! Estava com uma imensa expectativa. Achava que seria à terceira que gostaria de um livro da Rita da Nova. Ainda não foi desta e não sei se será para mim... Na minha opinião, mais uma vez, peca pela falta de equilíbrio: uma escrita bonita e poética mas que cansa pelo uso exagerado de metáforas, uma narrativa lenta, em que nada acontece e o que acontece é previsível, os diálogos são pobres, tudo é explorado à exaustão e explicado como se tivéssemos 5 anos. Fico sempre com a mesma sensação: uma mão cheia de nada e que me deixa um sentimento amargo porque a escrita é bonita e tem potencial. Tenho mesmo pena porque acompanho a Rita, que ainda para mais é uma leitora extremamente (extremamente) exigente, e queria mesmo muito gostar dos livros dela.
April 19, 2025
Farei um texto maior mas, por agora, digo apenas isto: é, de muito longe, o melhor livro que a Rita escreveu e tem exatamente o mesmo defeito dos outros dois: acaba.
May 21, 2025
Por acompanhar a autora há algum tempo, é com tristeza que verifico a fraca evolução desde o primeiro livro, a que se perdoava o carácter de estreia, tantas vezes traiçoeiro.
Com tristeza mas sem surpresa, uma vez que, fazendo a autora vida (também) de partilhar as suas leituras, é notório que a qualidade literária do que se lê entorna para aquilo que se escreve. As recomendações estão bem recheadas de um estilo de literatura um tanto infantil e repetitivo, e é esse o estilo de escrita que a autora traz para a sua obra.
Os diálogos artificiais, a caracterização vazia das personagens - rasas e simplistas, os enredos de lana caprina, a profundidade emocional de novela da tvi, acusam uma literatura que aparenta ser infantil, mas que não é dirigida a, nem escrita por, adolescentes. A autora não conseguiu, também, livrar-se de um vício fatal e irritante: o de explicar várias vezes a mesma ideia, até à exaustão, com sinónimos cansativos e recalcando ideias que o leitor já entendeu. Tem também o vício de metáforas estapafúrdias, que lembram redações da escola, e que se toleram em incidentes ocasionais mas que são demasiado frequentes para não configurarem estilo marcado da autora.
É uma excelente comunicadora de redes sociais, mas não é, para mim, uma autora de literatura - a diferença é grande.
Com tristeza mas sem surpresa, uma vez que, fazendo a autora vida (também) de partilhar as suas leituras, é notório que a qualidade literária do que se lê entorna para aquilo que se escreve. As recomendações estão bem recheadas de um estilo de literatura um tanto infantil e repetitivo, e é esse o estilo de escrita que a autora traz para a sua obra.
Os diálogos artificiais, a caracterização vazia das personagens - rasas e simplistas, os enredos de lana caprina, a profundidade emocional de novela da tvi, acusam uma literatura que aparenta ser infantil, mas que não é dirigida a, nem escrita por, adolescentes. A autora não conseguiu, também, livrar-se de um vício fatal e irritante: o de explicar várias vezes a mesma ideia, até à exaustão, com sinónimos cansativos e recalcando ideias que o leitor já entendeu. Tem também o vício de metáforas estapafúrdias, que lembram redações da escola, e que se toleram em incidentes ocasionais mas que são demasiado frequentes para não configurarem estilo marcado da autora.
É uma excelente comunicadora de redes sociais, mas não é, para mim, uma autora de literatura - a diferença é grande.
May 8, 2025
O melhor livro da Rita, o melhor livro do meu ano. Que orgulho!
Apesar do Sangue tem uma profundidade e uma sensibilidade surpreendentes. E tão depressa nos dilacera, como nos apazigua. Neste retrato a quatro vozes, há um toque muito humano, personagens complexas e credíveis e uma cadência que nos envolve desde a raiz. Parte de mim, gostava de esquecer o que leu só para ser arrebatada outra vez, não obstante, a parte que resta sabe que esta história encontrará novas forma de crescer, porque é daquelas que, quanto mais pensarmos nelas, mais camadas seremos capazes de traçar. Sem ter a pretensão de ser barómetro de consciência, mostra-nos a importância da comunicação e a beleza que existe nos laços que vamos estreitando.
Opinião completa aqui: https://andreiapmorais.blogspot.com/2...
Apesar do Sangue tem uma profundidade e uma sensibilidade surpreendentes. E tão depressa nos dilacera, como nos apazigua. Neste retrato a quatro vozes, há um toque muito humano, personagens complexas e credíveis e uma cadência que nos envolve desde a raiz. Parte de mim, gostava de esquecer o que leu só para ser arrebatada outra vez, não obstante, a parte que resta sabe que esta história encontrará novas forma de crescer, porque é daquelas que, quanto mais pensarmos nelas, mais camadas seremos capazes de traçar. Sem ter a pretensão de ser barómetro de consciência, mostra-nos a importância da comunicação e a beleza que existe nos laços que vamos estreitando.
Opinião completa aqui: https://andreiapmorais.blogspot.com/2...
May 20, 2025
4,5 ⭐️
Rita Rita, tu não escreves livros, escreves arte e que bonito foi ter a oportunidade de ler este livro!
adorei esta história, gostei muito das personagens e de como foram desenvolvidas. é bonito ver a construção de uma relação que não é de sangue, porque, muitas vezes, são as relações mais importantes e as que prevalecem.
não leva as 5 estrelas, porque ‘As Coisas que Faltam’ tem um lugar muito especial no meu coração 🥹
Rita Rita, tu não escreves livros, escreves arte e que bonito foi ter a oportunidade de ler este livro!
adorei esta história, gostei muito das personagens e de como foram desenvolvidas. é bonito ver a construção de uma relação que não é de sangue, porque, muitas vezes, são as relações mais importantes e as que prevalecem.
não leva as 5 estrelas, porque ‘As Coisas que Faltam’ tem um lugar muito especial no meu coração 🥹
May 24, 2025
Adoro avós
Estou apaixonada pela escrita da Rita
Estou apaixonada pela escrita da Rita
July 8, 2025
Este conjunto de páginas está longe de ser literatura e só não dou 1 estrela porque não me aborreceu.
O livro cumpre o seu objetivo: vende.
A Rita tem uma base forte de seguidores que se transformou numa base forte de leitores. Infelizmente não consigo encontrar qualidade literária nos livros dela. Tenho pena. Espero que continue a vender tanto como até aqui e que possa continuar a viver da sua escrita, nota-se que a faz feliz e se calhar é só isso que importa.
Agora, o manuscrito:
Se alguma vez estiverem numa noitada de amigos e quiserem um bom drinking game para recuperar a moral, optem por este: emborcar um shot sempre que a Rita escreve "Ademais" ou "Todavia". Será que não há ninguém que faça um CTRL + F e perceba a loucura de conectores desnecessários e repetitivos?
Li o primeiro livro da Rita e voltei a pegar no terceiro com a esperança (ainda que pouca, admito) de ver alguma evolução. Não aconteceu. Os vícios, tais como a necessidade constante de explicar tudo como se quem a lê tivesse algum défice cognitivo, continuam.
Exemplo: "a certeza começou a desaparecer aos poucos - tão devagar quanto o fim de um nevoeiro instalado, daqueles que abandona o ar com tal lentidão, milimetricamente..".
Se queres fazer uma comparação, faz, mas não precisas de a explicar exaustivamente.
Por falar em explicações exaustivas, a Rita continua a enfiar informação que nada acrescenta à história mas que por alguma motivo ela acha importante os leitores saberem: "até ao dia que, acabada de sair do duche - era uma terça - feira e terças-feiras são dias de lavar o cabelo"
Tudo bem, são estilos.
A Rita optou por uma fórmula de que, regra geral, gosto muito. Cada capítulo vai avançando com a história, mas com a perspetiva de diferentes personagens. Um capitulo em que observamos a avó, no seguinte seguimos o neto, no que vem a seguir a esse a filha, etc. (vêem como as explicações desnecessárias são chatas?). Todavia (eheh), não resultou. A narradora é omnisciente, sabe tudo o que cada personagem está a pensar ou sentir. Sabe mesmo tudo, e isso é horrível. Não há qualquer tipo de subtexto, não deixa nada à interpretação, e isso é das coisas que mais me aborrece quando estou a ler um livro.
Penso que a Rita cumpriu o seu propósito. Quis escrever uma história que ia do ponto A ao ponto B e conseguiu. Mas é tudo uma linha reta. Previsível, banal, cheio de lugares comuns.
A escrita é rasa, é tudo muito superficial. Supostamente esta é uma história triste e sofrida (e os acontecimentos são de facto tristes e sofridos) mas não me consegui conectar com nenhuma personagem. Culpa da narradora. O Pedro, personagem central da história, foi abandonado pelo pai, foi abandonado pela mãe, foi abandonado pelo padrasto. Tudo o que sabemos é que ficou triste e calado. Assim mesmo, triste e calado. E pronto. Não há exploração nenhuma dos sentimentos que esta criança estaria a sentir. A descrição do sofrimento deste rapaz é feito com menos atenção do que a descrição de um pacote de bolachas. Não comove, não toca. E um livro que não comove, que se limita a descrever como vamos do ponto A ao ponto B, que não faz pensar, que não suscita dúvida, não pode ser considerado literatura.
Ah, lembrei-me agora! Ainda sobre os leitores da Rita não serem limitados. Rita: é possível fazeres uma analepse que não acabe com "se não fosse aquele barulho, a personagem X não teria voltado ao presente e teria continuado a pensar no passado". Nós conseguimos perceber quando a personagem está a pensar no passado e quando volta ao mundo real, juro.
Enfim, acompanho as reviews da Rita, de que gosto muito. Faz críticas muitas vezes acertadas e com as quais concordo. Seria bom que ela lesse os seus livros como se fosse a Rita a ler os livros de outras pessoas.
O livro cumpre o seu objetivo: vende.
A Rita tem uma base forte de seguidores que se transformou numa base forte de leitores. Infelizmente não consigo encontrar qualidade literária nos livros dela. Tenho pena. Espero que continue a vender tanto como até aqui e que possa continuar a viver da sua escrita, nota-se que a faz feliz e se calhar é só isso que importa.
Agora, o manuscrito:
Se alguma vez estiverem numa noitada de amigos e quiserem um bom drinking game para recuperar a moral, optem por este: emborcar um shot sempre que a Rita escreve "Ademais" ou "Todavia". Será que não há ninguém que faça um CTRL + F e perceba a loucura de conectores desnecessários e repetitivos?
Li o primeiro livro da Rita e voltei a pegar no terceiro com a esperança (ainda que pouca, admito) de ver alguma evolução. Não aconteceu. Os vícios, tais como a necessidade constante de explicar tudo como se quem a lê tivesse algum défice cognitivo, continuam.
Exemplo: "a certeza começou a desaparecer aos poucos - tão devagar quanto o fim de um nevoeiro instalado, daqueles que abandona o ar com tal lentidão, milimetricamente..".
Se queres fazer uma comparação, faz, mas não precisas de a explicar exaustivamente.
Por falar em explicações exaustivas, a Rita continua a enfiar informação que nada acrescenta à história mas que por alguma motivo ela acha importante os leitores saberem: "até ao dia que, acabada de sair do duche - era uma terça - feira e terças-feiras são dias de lavar o cabelo"
Tudo bem, são estilos.
A Rita optou por uma fórmula de que, regra geral, gosto muito. Cada capítulo vai avançando com a história, mas com a perspetiva de diferentes personagens. Um capitulo em que observamos a avó, no seguinte seguimos o neto, no que vem a seguir a esse a filha, etc. (vêem como as explicações desnecessárias são chatas?). Todavia (eheh), não resultou. A narradora é omnisciente, sabe tudo o que cada personagem está a pensar ou sentir. Sabe mesmo tudo, e isso é horrível. Não há qualquer tipo de subtexto, não deixa nada à interpretação, e isso é das coisas que mais me aborrece quando estou a ler um livro.
Penso que a Rita cumpriu o seu propósito. Quis escrever uma história que ia do ponto A ao ponto B e conseguiu. Mas é tudo uma linha reta. Previsível, banal, cheio de lugares comuns.
A escrita é rasa, é tudo muito superficial. Supostamente esta é uma história triste e sofrida (e os acontecimentos são de facto tristes e sofridos) mas não me consegui conectar com nenhuma personagem. Culpa da narradora. O Pedro, personagem central da história, foi abandonado pelo pai, foi abandonado pela mãe, foi abandonado pelo padrasto. Tudo o que sabemos é que ficou triste e calado. Assim mesmo, triste e calado. E pronto. Não há exploração nenhuma dos sentimentos que esta criança estaria a sentir. A descrição do sofrimento deste rapaz é feito com menos atenção do que a descrição de um pacote de bolachas. Não comove, não toca. E um livro que não comove, que se limita a descrever como vamos do ponto A ao ponto B, que não faz pensar, que não suscita dúvida, não pode ser considerado literatura.
Ah, lembrei-me agora! Ainda sobre os leitores da Rita não serem limitados. Rita: é possível fazeres uma analepse que não acabe com "se não fosse aquele barulho, a personagem X não teria voltado ao presente e teria continuado a pensar no passado". Nós conseguimos perceber quando a personagem está a pensar no passado e quando volta ao mundo real, juro.
Enfim, acompanho as reviews da Rita, de que gosto muito. Faz críticas muitas vezes acertadas e com as quais concordo. Seria bom que ela lesse os seus livros como se fosse a Rita a ler os livros de outras pessoas.
May 23, 2025
29/50
⭐️ 2.5 ⭐️
Ora, aqui vou eu remar um pouco contra a maré…
Este livro parte de uma ideia forte — os laços familiares e o que se herda emocionalmente — mas, na minha opinião, acaba por falhar em várias partes.
Senti que havia imensa repetição de ideias e sentimentos ao longo do livro, o que tornou a leitura cansativa, e acabou por retirar um bocado de força ao impacto emocional que podia ter.
As descrições são longas e às vezes em demasia, o que quebra o ritmo.
As relações entre personagens também nem sempre convencem — algumas atitudes parecem pouco realistas ou dramatizadas sem grande construção prévia. O livro aposta tanto no drama que às tantas já não tem o mesmo efeito.
A Helena, sendo uma das personagens centrais, merecia muito mais profundidade. A sua infância e adolescência são praticamente ignoradas, o que torna difícil perceber as suas escolhas. E o final, que a pinta como uma mãe que sempre quis o melhor para o filho, não bate certo com o resto da história.
No fundo, nota-se talento e intenção, mas o resultado final ficou aquém. A meu ver, este livro peca muito pela falta de coerência, equilíbrio e desenvolvimento em vários pontos.
⭐️ 2.5 ⭐️
Ora, aqui vou eu remar um pouco contra a maré…
Este livro parte de uma ideia forte — os laços familiares e o que se herda emocionalmente — mas, na minha opinião, acaba por falhar em várias partes.
Senti que havia imensa repetição de ideias e sentimentos ao longo do livro, o que tornou a leitura cansativa, e acabou por retirar um bocado de força ao impacto emocional que podia ter.
As descrições são longas e às vezes em demasia, o que quebra o ritmo.
As relações entre personagens também nem sempre convencem — algumas atitudes parecem pouco realistas ou dramatizadas sem grande construção prévia. O livro aposta tanto no drama que às tantas já não tem o mesmo efeito.
A Helena, sendo uma das personagens centrais, merecia muito mais profundidade. A sua infância e adolescência são praticamente ignoradas, o que torna difícil perceber as suas escolhas. E o final, que a pinta como uma mãe que sempre quis o melhor para o filho, não bate certo com o resto da história.
No fundo, nota-se talento e intenção, mas o resultado final ficou aquém. A meu ver, este livro peca muito pela falta de coerência, equilíbrio e desenvolvimento em vários pontos.
August 17, 2025
Querida Rita,
Obrigada 💛
A escrita do primeiro livro já foi muito linda, mas com este atingimos um novo patamar. Que escrita magnífica, impossível de largar.
Quando começamos o livro já sabemos que vai ser pesado, mas a vontade que eu tive de agarrar em alguns destes personagens e aperta-los com muita força apanhou-me de surpresa. Cheio de esperança, conforto, entendimento e carinho, o "Apesar do Sangue" deu-me tudo aquilo que eu queria e nem sabia querer.
Oficialmente o meu favorito da autora.
Obrigada 💛
A escrita do primeiro livro já foi muito linda, mas com este atingimos um novo patamar. Que escrita magnífica, impossível de largar.
Quando começamos o livro já sabemos que vai ser pesado, mas a vontade que eu tive de agarrar em alguns destes personagens e aperta-los com muita força apanhou-me de surpresa. Cheio de esperança, conforto, entendimento e carinho, o "Apesar do Sangue" deu-me tudo aquilo que eu queria e nem sabia querer.
Oficialmente o meu favorito da autora.
April 16, 2025
Por si só, já seria um privilégio existir na mesma época do que Rita da Nova. No entanto ainda estou a tentar perceber o que fiz de certo na vida para merecer não só existir na mesma época da Rita, mas também poder chamá-la amiga.
Eu sei, já estou a perder credibilidade naquilo que vou dizer só por admitir que a Rita é minha amiga, mas acreditem que não diria isto se não fosse realmente verdade.
Quando a Rita me perguntou se queria ler o Apesar do Sangue antes de este sair obviamente não fingi pensar no assunto e disse logo que sim. Ouvi a Rita falar sobre este livro durante meses e estava curiosa com a história. Não esperava terminar estas páginas com um novo favorito.
Apesar do Sangue é uma daquelas histórias carregadas de tristeza e melancolia de que tanto gosto, com uma construção de personagens envolvente e marcante, onde a escrita da Rita se supera e atinge uma maturidade e uma beleza que surpreende. Desculpem, mas a Rita atingiu um patamar diferente. A beleza da escrita, as personagens tão complexas e tão realistas, os pormenores das metáforas tão habituais na Rita…
Tornou-se o meu favorito da Rita (e eu que pensava que esse lugar seria sempre d'As Coisas Que Faltam), mas também o meu favorito de autoras portuguesas (A História de Roma que me perdoe!) e o favorito do ano.
Ainda estou em dúvida sobre se processo ou não a Rita pela quantidade absurda de danos psicológicos e lágrimas que este livro me causou, mas, enquanto não decido, quero só dizer que tenho muito orgulho na minha amiga e na escritora incrível em que ela se tem tornado. Quando for grande quero ser como a Rita.
Eu sei, já estou a perder credibilidade naquilo que vou dizer só por admitir que a Rita é minha amiga, mas acreditem que não diria isto se não fosse realmente verdade.
Quando a Rita me perguntou se queria ler o Apesar do Sangue antes de este sair obviamente não fingi pensar no assunto e disse logo que sim. Ouvi a Rita falar sobre este livro durante meses e estava curiosa com a história. Não esperava terminar estas páginas com um novo favorito.
Apesar do Sangue é uma daquelas histórias carregadas de tristeza e melancolia de que tanto gosto, com uma construção de personagens envolvente e marcante, onde a escrita da Rita se supera e atinge uma maturidade e uma beleza que surpreende. Desculpem, mas a Rita atingiu um patamar diferente. A beleza da escrita, as personagens tão complexas e tão realistas, os pormenores das metáforas tão habituais na Rita…
Tornou-se o meu favorito da Rita (e eu que pensava que esse lugar seria sempre d'As Coisas Que Faltam), mas também o meu favorito de autoras portuguesas (A História de Roma que me perdoe!) e o favorito do ano.
Ainda estou em dúvida sobre se processo ou não a Rita pela quantidade absurda de danos psicológicos e lágrimas que este livro me causou, mas, enquanto não decido, quero só dizer que tenho muito orgulho na minha amiga e na escritora incrível em que ela se tem tornado. Quando for grande quero ser como a Rita.
July 14, 2025
Se este livro fosse comida, seria uma salada de alface. Daquelas saladas de alface que vêm em embalagens de alumínio e que, quando vamos comer, notamos que não têm tempero. Porque é que a minha salada não tem tempero?
A Rita da Nova explica muito, não é? Explica tanto… não vá uma pessoa não perceber o que ela quer dizer com “a voz do neto chegava-lhe abafada…”- ela diz imediatamente a seguir, depois da vírgula: “… e Glória não conseguia distinguir as palavras que ele lhe dirigia”, não fosse o ignóbil leitor pensar que, se calhar, abafada significava que a voz chegava assim quentinha e cheia de humidade aos ouvidos da avó.
Isto pode não parecer muito, mas ao longo de duzentas e tal páginas torna-se irritante.
A Rita da Nova devia ser uma seca de corrigir nas perguntas de desenvolvimento do secundário. Consigo imaginar páginas e páginas de parágrafos que, ao fim ao cabo, dizem a mesma coisa, só que com cada vez mais palavras. E o pior é quando “olha lá que o menino ficou muito triste”, não te esqueças que “o menino ficou muito triste”. E mesmo assim, mesmo após tantas vezes nos lembrar que “olha que as pessoas ficam tristes e coiso, e às vezes até ficam mesmo muito tristes”, eu continuo a não acreditar.
Não se passa absolutamente nada de mais neste livro - e isso não tem nada de mal, confesso que ficção literária é o meu “género” favorito. Ora, ficção literária é muito interessante quando as personagens não têm a profundidade de uma piscina infantil. E é pena, porque é uma premissa que tem um potencial de desenvolvimento emocional muito interessante. Mas creio ser isso que separa os bons dos maus: inventar estórias, isso inventa-se; agora, complexidade emocional é mais difícil.
A Rita escreve como se tivesse um número mínimo de palavras para escrever por dia e só se tivesse lembrado de duas frases. O que, para escrever livros, é poucochinho, mas para arranjar sinónimos, é do melhor que há.
A capa é muito bonita, muito atrativa. É pena.
A Rita da Nova explica muito, não é? Explica tanto… não vá uma pessoa não perceber o que ela quer dizer com “a voz do neto chegava-lhe abafada…”- ela diz imediatamente a seguir, depois da vírgula: “… e Glória não conseguia distinguir as palavras que ele lhe dirigia”, não fosse o ignóbil leitor pensar que, se calhar, abafada significava que a voz chegava assim quentinha e cheia de humidade aos ouvidos da avó.
Isto pode não parecer muito, mas ao longo de duzentas e tal páginas torna-se irritante.
A Rita da Nova devia ser uma seca de corrigir nas perguntas de desenvolvimento do secundário. Consigo imaginar páginas e páginas de parágrafos que, ao fim ao cabo, dizem a mesma coisa, só que com cada vez mais palavras. E o pior é quando “olha lá que o menino ficou muito triste”, não te esqueças que “o menino ficou muito triste”. E mesmo assim, mesmo após tantas vezes nos lembrar que “olha que as pessoas ficam tristes e coiso, e às vezes até ficam mesmo muito tristes”, eu continuo a não acreditar.
Não se passa absolutamente nada de mais neste livro - e isso não tem nada de mal, confesso que ficção literária é o meu “género” favorito. Ora, ficção literária é muito interessante quando as personagens não têm a profundidade de uma piscina infantil. E é pena, porque é uma premissa que tem um potencial de desenvolvimento emocional muito interessante. Mas creio ser isso que separa os bons dos maus: inventar estórias, isso inventa-se; agora, complexidade emocional é mais difícil.
A Rita escreve como se tivesse um número mínimo de palavras para escrever por dia e só se tivesse lembrado de duas frases. O que, para escrever livros, é poucochinho, mas para arranjar sinónimos, é do melhor que há.
A capa é muito bonita, muito atrativa. É pena.
June 12, 2025
“Há muito no silêncio de quem prefere calar, bem como na escolha de palavras de quem as economiza, só temos de estar dispostos a escutar com atenção.” ✨
Foi uma leitura agradável, com uma escrita melancólica e bonita que nos faz sentir muita coisa que nos desperta emoções poderosas e nos faz refletir.
É um drama familiar carregado de dor, cicatrizes, perdão, resiliência, e amor, sobretudo aquele amor que não está ligado ao sangue mas está ligado ao coração, aos sentimentos mais puros e fortes.
Contudo, não consigo dizer com clareza o quê mas houve algo que me faltou, senti muito o registo do primeiro livro que li da autora e senti que apesar da mensagem me ter chegado me faltou alguma ligação com determinadas personagens.
Foi uma leitura agradável, com uma escrita melancólica e bonita que nos faz sentir muita coisa que nos desperta emoções poderosas e nos faz refletir.
É um drama familiar carregado de dor, cicatrizes, perdão, resiliência, e amor, sobretudo aquele amor que não está ligado ao sangue mas está ligado ao coração, aos sentimentos mais puros e fortes.
Contudo, não consigo dizer com clareza o quê mas houve algo que me faltou, senti muito o registo do primeiro livro que li da autora e senti que apesar da mensagem me ter chegado me faltou alguma ligação com determinadas personagens.
April 19, 2025
Eu não tenho palavras para descrever todas as emoções que este livro me transmitiu. Gosto de toda a escrita da Rita e apaixonei-me por ela desde As Coisas que Faltam mas tenho a dizer que este é totalmente diferente. Se em Quando os Rios se Cruzam já sentia uma evolução e um crescimento na sua escrita, não sabia o que estava por vir. Apeguei-me a todas as suas personagens porque não são perfeitas e podem, muito facilmente, ser todos nós (ou até partes de nós e das nossas histórias). Acho que o Guilherme o explicou bem num episódio: não são lágrimas de tristeza, porque não é uma história triste. São lágrimas de um aperto no coração, por ver a leveza do fim - a superação, talvez. Foi um cinco estrelas, Rita 🤍
May 24, 2025
Mais uma leitura de 5 estrelas da Rita da Nova. Mais um livro sobre relações familiares que me levou às lágrimas.
Nesta obra tão cheia de vida e sentimento, a autora desafia-se com uma história contada a 4 perspetivas. As vidas de Glória, Pedro, Eduardo e Helena estão interligadas por, tal como o título indica, laços que vão para lá do sangue.
A escrita da Rita é lindíssima – emocionante e cativante. Literalmente não me permitiu pousar o marcador de sublinhar durante toda a leitura. Acabei com um exemplar muito especial, repleto de cores, anotações e manchado pelas consequências das minhas próprias emoções (sniff sniff). Com “Apesar do Sangue”, a Rita consolida-se como uma das minhas autoras nacionais favoritas.
A sua capacidade de contar histórias, de capturar em palavras a experiência da vivência humana e de criar personagens onde todos encontram um pouco de si é surreal. Mal posso esperar para ver o que se segue.
Nesta obra tão cheia de vida e sentimento, a autora desafia-se com uma história contada a 4 perspetivas. As vidas de Glória, Pedro, Eduardo e Helena estão interligadas por, tal como o título indica, laços que vão para lá do sangue.
A escrita da Rita é lindíssima – emocionante e cativante. Literalmente não me permitiu pousar o marcador de sublinhar durante toda a leitura. Acabei com um exemplar muito especial, repleto de cores, anotações e manchado pelas consequências das minhas próprias emoções (sniff sniff). Com “Apesar do Sangue”, a Rita consolida-se como uma das minhas autoras nacionais favoritas.
A sua capacidade de contar histórias, de capturar em palavras a experiência da vivência humana e de criar personagens onde todos encontram um pouco de si é surreal. Mal posso esperar para ver o que se segue.
May 11, 2025
Terceiro livro da Rita da Nova e há uma constante que aprecio nos livros dela até agora: O dom de escrever histórias que me tiram da minha bolha e me dão vontade de continuar a ler.
No entanto, não consigo deixar de ficar ligeiramente desiludida com as expectativas que tinha para este livro. Amei o conceito, mas acho que na prática, ficou um pouco a desejar. Senti que o livro se tornou demasiado previsível, o que me deixou bastante triste, porque o que mais gostei na escrita da autora até agora, foi a capacidade de evoluir as histórias lentamente de forma a deixar-me com o coração nas mãos, neste não senti isso nem um bocadinho. A meio do livro já sentia que eram óbvios todos os passos até ao final.
E principalmente senti que foi um livro muito apressado e resumido, acho que tinha gostado mais dele se tivesse o dobro das páginas; se tivesse sido mais lento e tivesse tido mais profundidade para cada uma das 4 personagens principais, para as suas motivações e sentimentos. E é por essa razão que repito: Amei o conceito, mas na prática ficou um pouco a desejar.
Apesar disso, acho a história bonita e gostei que Pedro tivesse tido o final que merecia.
No entanto, não consigo deixar de ficar ligeiramente desiludida com as expectativas que tinha para este livro. Amei o conceito, mas acho que na prática, ficou um pouco a desejar. Senti que o livro se tornou demasiado previsível, o que me deixou bastante triste, porque o que mais gostei na escrita da autora até agora, foi a capacidade de evoluir as histórias lentamente de forma a deixar-me com o coração nas mãos, neste não senti isso nem um bocadinho. A meio do livro já sentia que eram óbvios todos os passos até ao final.
E principalmente senti que foi um livro muito apressado e resumido, acho que tinha gostado mais dele se tivesse o dobro das páginas; se tivesse sido mais lento e tivesse tido mais profundidade para cada uma das 4 personagens principais, para as suas motivações e sentimentos. E é por essa razão que repito: Amei o conceito, mas na prática ficou um pouco a desejar.
Apesar disso, acho a história bonita e gostei que Pedro tivesse tido o final que merecia.
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May 11, 2025
Mais um livro maravilhoso da Rita 💛 um livro escrito a 4 vozes, 4 personagens que gostei de "ouvir" nestes dias. Uma escrita como sempre madura, mais madura na minha opinião, e que nos faz refletir sobre vários temas, desde maternidade, amor e perda. 🥹
May 7, 2025
O meu livro favorito da Rita, sem dúvida alguma. A cada livro senti a escrita da Rita melhor e neste atingiu um novo patamar.
É um livro que aborda tantos temas diferentes e todos eles são abordamos de forma a que o leitor sinta o seu impacto na vida daquelas personagens. Acabei o livro a querer simplesmente abraçar o Pedro, e a não querer que o livro acabasse.
É um livro que aborda tantos temas diferentes e todos eles são abordamos de forma a que o leitor sinta o seu impacto na vida daquelas personagens. Acabei o livro a querer simplesmente abraçar o Pedro, e a não querer que o livro acabasse.
May 8, 2025
"A Pedro deixou, contudo, a melhor herança que podia pedir: mostrou-lhe que a esperança é algo que se aprende, mesmo quando nos sentimos desorientados no escuro que habita em nós."
Não, esta não foi a quote que mais gostei. Foi uma das que mais gostei - não consigo decidir, porque eu sublinhei 90% deste livro, sem exagero. Querem mais, leiam, porque deviam.
É-me difícil escrever uma review com pés e cabeça, pois acabei este livro em lágrimas. Não, as lágrimas não apareceram apenas no fim, apareceram muito antes disso. Ler este livro foi andar numa corda bamba entre o aperto no peito e o carinho intenso por estas personagens. E entender que precisamos de uma aldeia para curar um coração ferido.
Pedro, Glória e Eduardo. Não sei dizer qual de vós o meu preferido, encontro um pouco de mim em todos vocês. Pedro, sei bem o que é ser abandonada por um progenitor e o que é sentir que não somos suficientes para ficarem. Glória, essa força de vontade e de enfrentar as coisas, por mais que elas doam, é algo que tento aplicar constantemente. Eduardo, o teu coração meigo e a tua empatia imensa, é algo que tento alcançar todos os dias. Quero proteger estes três num aquário e criar um mundo paralelo, onde este trio viva feliz e em paz, com o cheirinho do bolo de mármore da avó Glória e muitos gatos no colo.
Helena, foste uma personagem difícil para mim. Não te compreendo, mas consigo perceber-te. Faz sentido? Percebo que tenhas as tuas razões, apesar de não lhes conseguir dar razão, e espero que encontres paz no meio do teu furacão.
Este livro é casa, uma casa meio destruída, mas onde há muito amor. Rita, que orgulho acompanhar-te há anos e ver a tua bonita evolução. O teu melhor livro, o melhor livro do meu ano, dos melhores livros da minha vida. Vai ficar para sempre comigo, pensarei nesta família para sempre.
Não tenho um defeito a apontar, uma melhoria a sugerir, não tenho nada, mesmo. Não mudaria nada neste livro, encheu-me as medidas, aliás transbordou-as (de lágrimas, principalmente).
Leiam, leiam, leiam.
Não, esta não foi a quote que mais gostei. Foi uma das que mais gostei - não consigo decidir, porque eu sublinhei 90% deste livro, sem exagero. Querem mais, leiam, porque deviam.
É-me difícil escrever uma review com pés e cabeça, pois acabei este livro em lágrimas. Não, as lágrimas não apareceram apenas no fim, apareceram muito antes disso. Ler este livro foi andar numa corda bamba entre o aperto no peito e o carinho intenso por estas personagens. E entender que precisamos de uma aldeia para curar um coração ferido.
Pedro, Glória e Eduardo. Não sei dizer qual de vós o meu preferido, encontro um pouco de mim em todos vocês. Pedro, sei bem o que é ser abandonada por um progenitor e o que é sentir que não somos suficientes para ficarem. Glória, essa força de vontade e de enfrentar as coisas, por mais que elas doam, é algo que tento aplicar constantemente. Eduardo, o teu coração meigo e a tua empatia imensa, é algo que tento alcançar todos os dias. Quero proteger estes três num aquário e criar um mundo paralelo, onde este trio viva feliz e em paz, com o cheirinho do bolo de mármore da avó Glória e muitos gatos no colo.
Helena, foste uma personagem difícil para mim. Não te compreendo, mas consigo perceber-te. Faz sentido? Percebo que tenhas as tuas razões, apesar de não lhes conseguir dar razão, e espero que encontres paz no meio do teu furacão.
Este livro é casa, uma casa meio destruída, mas onde há muito amor. Rita, que orgulho acompanhar-te há anos e ver a tua bonita evolução. O teu melhor livro, o melhor livro do meu ano, dos melhores livros da minha vida. Vai ficar para sempre comigo, pensarei nesta família para sempre.
Não tenho um defeito a apontar, uma melhoria a sugerir, não tenho nada, mesmo. Não mudaria nada neste livro, encheu-me as medidas, aliás transbordou-as (de lágrimas, principalmente).
Leiam, leiam, leiam.
May 10, 2025
Senti piquinhos no nariz o tempo todo! 🫶🏽🫶🏽🫶🏽
Este livro acabou comigo. Achei que já estava mentalizada que ia sofrer, mas estava enganada. Mais do que sofrer, senti-me mesmo com vontade de agarrar estas personagens. Está extremamente bem escrito, com um cuidado e sensibilidade tremenda! Cada personagem teve o seu espaço, não temos tendências na narrativa, mas sim uma abertura a refletir nestes papéis, dinâmicas e escolhas familiares.
Gostei muito de ir pensando com estas personagens, principalmente com o Eduardo e com a Helena - mais não posso dizer’
Este livro vai ser daqueles em que, sem me aperceber, irei dar por mim a pensar sobre ele e a lembrar-me de reflexões que me trouxe.
Este livro acabou comigo. Achei que já estava mentalizada que ia sofrer, mas estava enganada. Mais do que sofrer, senti-me mesmo com vontade de agarrar estas personagens. Está extremamente bem escrito, com um cuidado e sensibilidade tremenda! Cada personagem teve o seu espaço, não temos tendências na narrativa, mas sim uma abertura a refletir nestes papéis, dinâmicas e escolhas familiares.
Gostei muito de ir pensando com estas personagens, principalmente com o Eduardo e com a Helena - mais não posso dizer’
Este livro vai ser daqueles em que, sem me aperceber, irei dar por mim a pensar sobre ele e a lembrar-me de reflexões que me trouxe.
August 2, 2025
Quando soube que o novo livro da Rita ia sair, fiquei logo curiosa para saber o que iria trazer e no que se iria focar.
«Apesar do Sangue», centra-se no conceito de família, nos laços familiares, questiona se não haverá ligações tão mais fortes que se podem criar, apesar de não se ser biologicamente da família e que, quando aqueles que efetivamente o são, a abandonam..
Neste caso específico temos Pedro, entregue pela mãe, Helena, aos cuidados da sua avó, Glória, que lhe deu tudo para preencher o vazio que ficou.
Mas Glória começa a envelhecer e quem ficará, quem cuidará de Pedro, quando ela já não estiver presente?
Algo interessante que a Rita conseguiu aqui foi dar perspectiva a cada uma das personagens centrais desta família. Helena, a mãe incompreendida, Glória, a avó que tudo aceita e carrega, Pedro, o menino que se vê abandonado uma e outra vez, sem perceber o porquê e ainda Eduardo, o padrasto, que no momento atual em que a história se passa, já não carrega esse título.
Temos vários pontos de vista, todos com as suas vivências diferentes, o que dá a oportunidade de não julgar tão rapidamente, mas de tentar compreender cada uma destas pessoas.
Continuo a gostar da escrita, gosto dos temas e situações em que a Rita se centra e estou na expectativa para saber o que virá a seguir!
«Apesar do Sangue», centra-se no conceito de família, nos laços familiares, questiona se não haverá ligações tão mais fortes que se podem criar, apesar de não se ser biologicamente da família e que, quando aqueles que efetivamente o são, a abandonam..
Neste caso específico temos Pedro, entregue pela mãe, Helena, aos cuidados da sua avó, Glória, que lhe deu tudo para preencher o vazio que ficou.
Mas Glória começa a envelhecer e quem ficará, quem cuidará de Pedro, quando ela já não estiver presente?
Algo interessante que a Rita conseguiu aqui foi dar perspectiva a cada uma das personagens centrais desta família. Helena, a mãe incompreendida, Glória, a avó que tudo aceita e carrega, Pedro, o menino que se vê abandonado uma e outra vez, sem perceber o porquê e ainda Eduardo, o padrasto, que no momento atual em que a história se passa, já não carrega esse título.
Temos vários pontos de vista, todos com as suas vivências diferentes, o que dá a oportunidade de não julgar tão rapidamente, mas de tentar compreender cada uma destas pessoas.
Continuo a gostar da escrita, gosto dos temas e situações em que a Rita se centra e estou na expectativa para saber o que virá a seguir!
May 30, 2025
“Porém” ; “Todavia” ; “Logo ela/e”… ao terceiro livro da autora sinto que é mais do mesmo, personagens sem grande profundidade, relação mãe e filha complicada, um abuso sem fim de muletas como porém ou todavia. Ainda não é desta que recomendaria um livro da autora a alguém. Aliás, acho que já é um pouco masoquismo insistir em ler livros com um marketing absurdo para a fraqueza de conteúdo que entrega.
July 1, 2025
3,5 ⭐
June 4, 2025
a rita fez-me sentir aquele desconforto tão necessário : será que sou mesmo empática (como julgo ser)? será que oiço mesmo as pessoas que me rodeiam ou me deixo levar por opiniões que penso que estão estagnadas em mim e nunca vão mudar?
quando a rita me autografou o livro ela disse-me mesmo: "preciso de chegues ao 3º capitulo da Helena. Sei que vais gostar e terás as tuas respostas". e ontem perto das 2 da manhã foi mesmo isso que senti, que uma frase chegou para fazer o clique. Não foi para a desculpar, mas para a compreender melhor, e entende-la como é, que o medo paralisa, e que só nos restar aceitar ajuda e agarrarmo-nos, sem esconder a vulnerabilidade. aceitar o medo como ele é, e avançar. A Helena foi complexa e em muitos momentos demasiado duro lê-la, mas deu-me muito gosto ir ao seu centro e saber que podia voltar(Mais tolerante).
Quero também realçar algo que adorei - personagens masculinas sem medo do toque e da intimidade, de mostrar que precisam de contacto mais físico e despido de armaduras. foi tão estranho ao início, parece que nunca associo esses aspetos a homens, nesta intensidade pelo menos, e aqui tive uma avalanche disso e soube tão bem. Eduardo e Pedro, marcaram-me mesmo!
e mais pontos para todas as formas, sempre diferentes, de caracterizar o pânico e a ansiedade. desde elevadores a descer, a ouvir tudo como se tivessemos mergulhados debaixo de agua. senti-me muito vista em todas. importantíssimo.
por fim, a escrita está tão primorosa, e neste livro atingiu um outro nível: evoluiu tanto porque se nota uma urgência em contar tudo da forma mais próxima do nosso ouvido, como um susurro ou como se estivessemos a partilhar uma refeição longa e a ouvir a história de cotovelos pousados na mesa e a cabeça a descansar nas mãos e os olhos vidrados em quem nos transmite tudo.
denota-se essa urgência no conto ao se juntarem expressões nossas conhecidas, interjeições tipicamente portuguesas, metáforas e analogias pensadas ao pormenor com tanto cuidado que só apetece colar na testa. e aqui, nestas portugalidades e no espiríto aventureiro mas com um sabor a casa entra o meu amor pela Glória, a que está na frente da trincheira e lá fica para proteger tudo e todos, sem nunca se queixar. Admirei-a, não só pela força de admirar mas também pelos mantras que ela própria escolhia reger-se, a contínua renovação mesmo em cenários de angústia total. Não me esquecerei dela tão cedo. Viva a Glória e a todo o amor que tinha para dar <3
quando a rita me autografou o livro ela disse-me mesmo: "preciso de chegues ao 3º capitulo da Helena. Sei que vais gostar e terás as tuas respostas". e ontem perto das 2 da manhã foi mesmo isso que senti, que uma frase chegou para fazer o clique. Não foi para a desculpar, mas para a compreender melhor, e entende-la como é, que o medo paralisa, e que só nos restar aceitar ajuda e agarrarmo-nos, sem esconder a vulnerabilidade. aceitar o medo como ele é, e avançar. A Helena foi complexa e em muitos momentos demasiado duro lê-la, mas deu-me muito gosto ir ao seu centro e saber que podia voltar(Mais tolerante).
Quero também realçar algo que adorei - personagens masculinas sem medo do toque e da intimidade, de mostrar que precisam de contacto mais físico e despido de armaduras. foi tão estranho ao início, parece que nunca associo esses aspetos a homens, nesta intensidade pelo menos, e aqui tive uma avalanche disso e soube tão bem. Eduardo e Pedro, marcaram-me mesmo!
e mais pontos para todas as formas, sempre diferentes, de caracterizar o pânico e a ansiedade. desde elevadores a descer, a ouvir tudo como se tivessemos mergulhados debaixo de agua. senti-me muito vista em todas. importantíssimo.
por fim, a escrita está tão primorosa, e neste livro atingiu um outro nível: evoluiu tanto porque se nota uma urgência em contar tudo da forma mais próxima do nosso ouvido, como um susurro ou como se estivessemos a partilhar uma refeição longa e a ouvir a história de cotovelos pousados na mesa e a cabeça a descansar nas mãos e os olhos vidrados em quem nos transmite tudo.
denota-se essa urgência no conto ao se juntarem expressões nossas conhecidas, interjeições tipicamente portuguesas, metáforas e analogias pensadas ao pormenor com tanto cuidado que só apetece colar na testa. e aqui, nestas portugalidades e no espiríto aventureiro mas com um sabor a casa entra o meu amor pela Glória, a que está na frente da trincheira e lá fica para proteger tudo e todos, sem nunca se queixar. Admirei-a, não só pela força de admirar mas também pelos mantras que ela própria escolhia reger-se, a contínua renovação mesmo em cenários de angústia total. Não me esquecerei dela tão cedo. Viva a Glória e a todo o amor que tinha para dar <3
May 19, 2025
Este terceiro livro prova que a Rita escreve mesmo como ninguém. Fiquei muito tocado e verti umas lágrimas com os capítulos finais. Há um claro crescimento como escritora e já só penso no quarto! Obrigado, Rita ♥️
August 7, 2025
absolutamente maravilhoso. desde a sensibilidade de escrita da Rita à capacidade de imprimir no papel a complexidade de uma família. o meu favorito dos três 🤍
June 21, 2025
Para quem procura um romance bem construído, sobre personagens, cada uma delas brilhantemente desenvolvida, com espaço para crescer e apresentar os seus argumentos, criando uma narrativa cativante e viciante, “Apesar do Sangue” é o livro certo.
Adorei cada página deste livro e adoro assistir à evolução na escrita de Rita da Nova.
Aqui oferece-nos a história de uma família, composta pela avó Glória, a sua filha Helena e o neto Pedro. Temos ainda o pai de Pedro, David, muito pouco presente e Eduardo, um padrasto exemplar.
É em torno destas personagens que vamos conhecer o que se passa no seio desta família e como o passado as toldou. Não quero falar muito mais sobre a história, porque parte do encanto está na descoberta, digo apenas que temos aqui um livro sobre relações humanas. Sobre acções e atitudes que trazem consequências, algumas aparentemente condenáveis, mas todas, quando vistas da perspectiva de quem as vive, justificáveis.
O drama de Glória, uma avó/mãe, que se vê confrontada com uma situação limite para a qual precisa de encontrar rapidamente uma resposta é muito viva, sente-se esta sua dor.
Rita da Nova é, sem dúvida, uma autora que quero muito continuar a acompanhar!
Opinião mais detalhada em video:
https://abibliotecadajoao.blogspot.co...
Adorei cada página deste livro e adoro assistir à evolução na escrita de Rita da Nova.
Aqui oferece-nos a história de uma família, composta pela avó Glória, a sua filha Helena e o neto Pedro. Temos ainda o pai de Pedro, David, muito pouco presente e Eduardo, um padrasto exemplar.
É em torno destas personagens que vamos conhecer o que se passa no seio desta família e como o passado as toldou. Não quero falar muito mais sobre a história, porque parte do encanto está na descoberta, digo apenas que temos aqui um livro sobre relações humanas. Sobre acções e atitudes que trazem consequências, algumas aparentemente condenáveis, mas todas, quando vistas da perspectiva de quem as vive, justificáveis.
O drama de Glória, uma avó/mãe, que se vê confrontada com uma situação limite para a qual precisa de encontrar rapidamente uma resposta é muito viva, sente-se esta sua dor.
Rita da Nova é, sem dúvida, uma autora que quero muito continuar a acompanhar!
Opinião mais detalhada em video:
https://abibliotecadajoao.blogspot.co...
April 26, 2025
Ler Apesar do Sangue foi um prazer imenso e um orgulho difícil de explicar. Tive o privilégio de o ler antes da publicação e, sendo a Rita uma amiga de quem gosto muito, esta história tornou-se ainda mais especial para mim. Ainda assim, posso garantir: a minha opinião é absolutamente honesta e imparcial — o talento da Rita é tão evidente que fala por si.
Sempre li mais em inglês, desde que me lembro. Mas a escrita da Rita tem esta capacidade única de me fazer voltar a apaixonar pela minha língua materna, principalmente neste livro. Cada palavra, cada silêncio, cada pequena escolha linguística faz-me sentir um regresso a casa — às pessoas, às emoções, à nossa maneira tão portuguesa de ser e de sentir.
Em Apesar do Sangue, Rita da Nova oferece-nos uma história profundamente humana e comovente, onde as feridas familiares e a procura de pertença se entrelaçam de forma delicada e honesta. Acompanhamos Pedro, um jovem que lida com o abandono da mãe e a rejeição daqueles que o deviam proteger. Através das vozes da avó Glória, da mãe Helena e do padrasto Eduardo, compreendemos que amar nem sempre é saber como cuidar — mas, mesmo assim, o amor fica, às vezes de formas que nem sempre entendemos.
Pessoalmente, senti-me especialmente próxima da Glória. Sendo alguém que, em momentos delicados ou de stress, cozinha e faz bolos como forma de cuidar dos outros e trazer algum consolo ao mundo, encontrei nela uma familiaridade imediata. A Glória cozinha como quem diz: “estou aqui para ti”, mesmo quando as palavras faltam — e isso tocou-me profundamente.
Além disso, esta história encontrou-me num momento sensível: perdi recentemente a minha avó, e algumas páginas de Apesar do Sangue bateram de frente com feridas ainda muito abertas. Foi impossível não me emocionar. Este é um livro que fala, com uma enorme delicadeza, sobre o que nos liga, mesmo quando parece que já não há salvação possível.
A Rita descreveu esta história como algo que lhe “caiu no colo e não a largou até ser escrita” — e sente-se. Há uma urgência silenciosa, um respeito enorme pelos sentimentos humanos, e uma escrita que nos leva pela mão sem nunca forçar a emoção.
Apesar do Sangue é daqueles livros que nos apertam o peito — mas também nos abraçam. Um livro que fica, que ecoa, e que, para mim, já se tornou inesquecível.
Obrigada por existires, Rita.
Sempre li mais em inglês, desde que me lembro. Mas a escrita da Rita tem esta capacidade única de me fazer voltar a apaixonar pela minha língua materna, principalmente neste livro. Cada palavra, cada silêncio, cada pequena escolha linguística faz-me sentir um regresso a casa — às pessoas, às emoções, à nossa maneira tão portuguesa de ser e de sentir.
Em Apesar do Sangue, Rita da Nova oferece-nos uma história profundamente humana e comovente, onde as feridas familiares e a procura de pertença se entrelaçam de forma delicada e honesta. Acompanhamos Pedro, um jovem que lida com o abandono da mãe e a rejeição daqueles que o deviam proteger. Através das vozes da avó Glória, da mãe Helena e do padrasto Eduardo, compreendemos que amar nem sempre é saber como cuidar — mas, mesmo assim, o amor fica, às vezes de formas que nem sempre entendemos.
Pessoalmente, senti-me especialmente próxima da Glória. Sendo alguém que, em momentos delicados ou de stress, cozinha e faz bolos como forma de cuidar dos outros e trazer algum consolo ao mundo, encontrei nela uma familiaridade imediata. A Glória cozinha como quem diz: “estou aqui para ti”, mesmo quando as palavras faltam — e isso tocou-me profundamente.
Além disso, esta história encontrou-me num momento sensível: perdi recentemente a minha avó, e algumas páginas de Apesar do Sangue bateram de frente com feridas ainda muito abertas. Foi impossível não me emocionar. Este é um livro que fala, com uma enorme delicadeza, sobre o que nos liga, mesmo quando parece que já não há salvação possível.
A Rita descreveu esta história como algo que lhe “caiu no colo e não a largou até ser escrita” — e sente-se. Há uma urgência silenciosa, um respeito enorme pelos sentimentos humanos, e uma escrita que nos leva pela mão sem nunca forçar a emoção.
Apesar do Sangue é daqueles livros que nos apertam o peito — mas também nos abraçam. Um livro que fica, que ecoa, e que, para mim, já se tornou inesquecível.
Obrigada por existires, Rita.
June 17, 2025
Gostei imenso de ler este novo da Rita da Nova. No início foi mais desafiante por serem 4 pontos de vista, mas à medida que conhecemos as personagens, o livro cresce connosco.
Mais Eduardos e Glórias, menos Helenas e Davids.
Mais Eduardos e Glórias, menos Helenas e Davids.
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