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História da Expansão e do Império Português

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A Expansão portuguesa confunde-se com a própria História de Portugal. Situado na periferia da Europa, Portugal encontrou no mar um espaço favorável para traçar a sua configuração definitiva e para se projetar pelo mundo, procurando no exterior o que lhe faltava no território peninsular.

Nos primeiros séculos da expansão, Portugal rasgou o horizonte dos europeus e uniu outros povos a um destino comum, gerando novos negócios, criando novas paisagens, possibilitando a circulação de gentes, objetos, animais, plantas, conhecimentos e ideias, e dando início à globalização. Ao longo dos séculos, o império foi-se alterando, e, se num primeiro momento, dominou uma perspetiva de imperialismo marítimo, posteriormente, o império português tornou-se dominantemente territorial. Já no último terço do século XX, o fim da soberania portuguesa em África decorreu em circunstâncias dramáticas, num processo de descolonização que deixou marcas profundas na política e sociedade portuguesas.

Os historiadores João Paulo Oliveira e Costa, José Damião Rodrigues e Pedro Aires Oliveira traçam um retrato rigoroso e exaustivo da História da Expansão e dos Descobrimentos portugueses, que permite interpretar este processo histórico à escala mundial, analisando o comércio, a conquista, a missionação, entre outros temas, bem como os povos ultramarinos, com as suas civilizações e as suas organizações políticas, sociais e económicas, a que os portugueses tiveram de se adaptar.

Um livro essencial para perceber o Império Português, que se estendeu por quase seis séculos, desde a conquista de Ceuta em 1415, até 1999, ano em que Macau deixou de estar sob a administração portuguesa.

679 pages, Paperback

First published January 1, 2014

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About the author

João Paulo Oliveira e Costa

69 books40 followers
JOÃO PAULO AZEVEDO OLIVEIRA E COSTA nasceu em Lisboa, a 1 de Abril de 1962. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1984), Mestre (1989) e Doutor em História da Expansão Portuguesa (1998), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com as teses A descoberta da civilização japonesa pelos portugueses e O Cristianismo no Japão e o Episcopado de D. Luís Cerqueira, respectivamente.
É Professor Catedrático no departamento de História da FCSH/UNL e foi Director do Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar, entre 2002 e 2020.
É membro correspondente da Academia Portuguesa da História, membro do Comité Internacional do Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa, membro da Direcção do Centro de Estudos de Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica Portuguesa, fundador do Bulletin of Portuguese Japanese Studies e director dos Anais de História de Além-Mar, ambos editados pelo CHAM. Coordenador da Enciclopédia Virtual da Expansão Portuguesa, foi um dos coordenadores científicos das Biografias dos Reis de Portugal e autor de D. Manuel I, publicado nessa colecção. Foi ainda Presidente da Associação de Amizade Portugal-Japão, entre 2001 e 2005, tendo sido condecorado, pelo Imperador do Japão, com a Ordem do Sol Nascente, Raios de Ouro com Roseta, em 2015.
Dentre a sua obra científica destacam-se: A descoberta da civilização japonesa pelos Portugueses (Macau, 1995); O Japão e o Cristianismo no Século XVI. Ensaios de História Luso-Nipónica (Lisboa, 1999), D. Manuel I, um príncipe do Renascimento (Lisboa, 2005); A Interculturalidade na Expansão Portuguesa (Lisboa, 2007, com Teresa Lacerda); Henrique, o Infante (Lisboa, 2009), Episódios da Monarquia Portuguesa (2013); Mare Nostrum: em busca de honra e riqueza (2013); História da Expansão e do Império Português (coordenador e coautor) (2014); Os Descobrimentos Portugueses. O início da globalização (2018) e The Cape Route and the Silk Roads (coeditor, com Carmen Amado Mendes) (no prelo).
Iniciou-se na escrita de ficção com o romance O Império dos Pardais (2008), a que se seguiu O Fio do Tempo (2011), O Cavaleiro de Olivença (2012), O Samurai Negro (2016), Xogum - O Senhor do Japão (2018), A Dama do Quimono Branco (2019) e A Estreia do Auto da Índia (2021).

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Displaying 1 - 6 of 6 reviews
Profile Image for Nádia Rodrigues.
72 reviews10 followers
June 11, 2017
Excelente livro de consulta. No entanto, certas posições menos recorrentes, ou até parciais obrigam a outras consultas bibliográficas, nomeadamente no que diz respeito aos "lançados" e a corrupção.
Profile Image for Paula Metelo.
5 reviews
October 19, 2015
Sem entrar nos pormenores nem comentários sobre este livro, apenas o deixo ao critério de quem procura perceber o império português, desde a conquista de Ceuta em 1415 até 1999.
Profile Image for Diogo Jesus.
254 reviews3 followers
March 16, 2017
Good auxiliary to study or understand well the different phases and events of the portuguese expansion which defined its history and modern mentality. Not very unaccurate, so nice.
Profile Image for Álvaro Athayde.
80 reviews10 followers
March 4, 2015

INTRODUÇÃO
Páginas 11 a 13


PARTE I — OS PRIMÓRDIOS (1147-1502)
Páginas 15 a 98 (355 anos)
O João Paulo Oliveira e Costa vê a Monarquia Portuguesa como Galo-Romano-Germânica, semelhante às Monarquias Angevina, Capetíngia e Suábia (Hohenstaufen), coisa de que discordo pois a considero Moçárabe. Pode parecer um pormenor de somenos mas acho que o não é…

O período tem início em 1147, data da Tomada de Lisboa, e termina em 1502, data do primeiro desembarque na Baía da Guanabara (1 de Janeiro) e da partida, sob o comando de Vasco da Gama, da Terceira Armada da Índia (12 de Fevereiro).

Preferi 1147, ano da Tomada de Lisboa, a 1143, ano do Tratado de Zamora, ou a 1139, ano da Batalha de Ourique, porque a Tomada de Lisboa foi o real início da Expansão Marítima de Portugal.


PARTE II — O IMPÉRIO MARÍTIMO (1495-1668)
Páginas 99 a 200 (147 anos)

Capítulo 6 — O Deslumbramento Manuelino (1495-1521)
Páginas 105 a 128 (26 anos)

A Cruzada do Rei abortou, o Império do Capitão vingou, ou de como não se alcança o que se busca e se alcança o que se não busca. Ironias dos processos históricos…

Capítulo 7 — O Realismo Joanino (1527-1557)
Páginas 129 a 143 (36 anos)

O início do Mito da Decadência:
No Algarve d'África havia que racionalizar, que consolidar, e o Rei mandou evacuar praças. Imperdoável.

No Oriente havia que administrar, tarefa pouco atraente para os Dom Quixotes. Catástrofe!

No Brasil o mesmo, havia que explorar o sertão, tarefa ingrata, não que conquistar fortalezas, tarefa heróica. Aborrecimento.
Mas o Império seguiu adiante apesar da caramunha, tinha uma vida própria, a vida dos casados, seus familiares e seus aliados. Curioso…

Capítulo 8 — As Contradições de um Império Pluricontinental Pujante (1549-1580)
Páginas 144 a 167 (31 anos)

A continuação do Mito da Decadência:
O Algarve d'África era o grande objectivo dos senhores de pendão e caldeira que educaram o Rei Menino na ideologia da Conquista e da Cruzada, à castelhana… E o Algarve d'África foi-se, o Rei com ele.

O Oriente e o Brasil seguiram crescendo na linha do antecedente – tinham uma vida própria, a vida dos casados, seus familiares e seus aliados – e a serem descritos como estando em decadência pelos capitães e governadores.
Achei muito curioso o paralelismo entre o D. Afonso V e o D. Sebastião, ambos órfãos educados pelos Grandes Senhores nos Ideais da Cavalaria e da Cruzada, ambos pretendendo ir ao Algarve d'África tirar desforço.

Azar do D. Sebastião que os Grandes Senhores não fossem seus tios…

Capítulo 9 – Crise e Reconfiguração (1580-1640)
Páginas 168 a 186 (60 anos)

O Filipe de Áustria herdou, comprou e conquistou Portugal, como o próprio terá dito, e depois usou-o na prossecução da sua política europeia. Tivesse ele optado pela herança portuguesa em lugar de optar pela borgonhesa, outro seria hoje o mundo!

Segundo o João Paulo Oliveira e Costa este foi o período áureo dos Grandes Senhores de Portugal – o Rei reinava… em Madrid! os Grandes Senhores governavam… em Lisboa! – mas como o diabo não dá sem também tirar ocorreram dois percalços:
O Áustria atacou a Inglaterra com forças navais portuguesas na Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604) e envolveu o reino na Guerra da Revolta Holandesa (1568-1648) ao fechar os portos portugueses às Sete Províncias Unidas (1595), concitando a animosidade da Inglaterra e desencadeando a Guerra Luso-Neerlandesa (1595-1663), a primeira guerra global, uma guerra guerreada do Japão ao Maranhão durante 68 anos.

O Conde-Duque de Olivares resolveu quebrar o pacto do Áustria com os Grandes Senhores de Portugal, o que os virou a todos contra Espanha, no Reino e no Império.
Mas entretanto o Império, que os casados, seus familiares e seus aliados tinham continuado a firmar e a expandir, tinha-se tornado suficientemente poderoso para se autodefender no Atlântico Meridional e no Índico, e para bancar a Guerra da Restauração.
Profile Image for João Gabriel Caia.
44 reviews4 followers
September 23, 2023
O labor da investigação e procura pelo saber nunca se faz sozinho, ignorando o que de referência já foi feito.

Nestes últimos 5 anos, entre a conclusão da Licenciatura em História e Arqueologia na UÉ e a conclusão do Mestrado em História na NOVA FCSH, aprendi imenso com a leitura de centenas de artigos e livros.
De entre os muitos livros que graças a este percurso entraram nas minhas estantes existem alguns que, nas áreas da História de Portugal, da História Contemporânea e, mais concretamente, da História da Luta de Classes Rurais no Portugal Contemporâneo, foram pedras basilares para conhecer mais e questionar melhor. Por essa razão partilho aqui os mesmos, em jeito de homenagem ao conhecimento historiográfico de referência que condensam nas suas páginas:

📚 “Conflitos Sociais nos Campos do Sul de Portugal”, de José Pacheco Pereira
📚 ”Comunismo e Nacionalismo em Portugal”, de José Neves
📚 ”Anarquistas e Operários”, de João Freire
📚 ”Portugal à Coronhada”, de Diego Palacios Cerezales
📚 ”O Alentejo no século XIX: economia e atitudes económicas”, de Helder Adegar Fonseca
📚 ”A Economia Moral da Multidão na Inglaterra do Século XVIII”, de E.P. Thompson
📚 “Weapons of the Weak”, de James Scott
📚 “A Revolução Russa”, de Sheila Fitzpatrick
📚 “A Era dos Extremos”, de Eric Hobsbawm
📚 “Salazar e os Fascismos”, de Fernando Rosas
📚 ”História da Primeira República Portuguesa”, coord. Fernanda Rollo e Fernando Rosas
📚 ”O Império Colonial em Questão (sécs.XIX-XX), org. Miguel Bandeira Jerónimo
📚 ”Estrutura da Antiga Sociedade Portuguesa”, de Vitorino Magalhães Godinho
📚 ”História da Expansão e do Império Português”, de João Paulo Oliveira e Costa, José Damião Rodrigues e Pedro Aires Oliveira
📚 ”Identificação de um País” (vols. 1 e 2), de José Mattoso
📚 ”La España del siglo XX”, de Santos Juliá
8 reviews
November 18, 2018
Adorei!
As aulas de história vão longe e nem sempre ensinaram tudo bem. Além disto, só se focavam no que de bem fizemos. Este livro relembra os nossos feitos e o contexto em que ocorreram, as diversidades que se enfrentaram, o que de melhor fizemos, como exploramos os nossos domínios e como eles evoluíram enquanto nossos. É curioso reparar que muito do que mal se fez ainda hoje perdura e quão difícil é corrigir esses comportamentos.
Decerto muito ficou por dizer, mas o que li ajudou-me a contextualizar o nosso papel desde 1415, não até 1999 como alegam os autores, mas até aos dias de hoje.
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