NEM TODOS OS QUE VESTEM UM HÁBITO PROCURAM A LUZ DE DEUS.
Na imponente encosta do Moncayo, envolto numa paisagem de névoas e silêncios, ergue-se o Mosteiro de Santa María de Veruela – uma construção grandiosa que ambiciona tornar-se o reflexo do Paraíso na Terra.
Estamos no turbulento século xiv, em plena guerra entre as coroas de Castela e Aragão. Bizén, um homem enigmático e com um passado misterioso, chega ao mosteiro de Santa María de Veruela com uma missão específica e recuperar os restos mortais que repousam numa antiga tumba do convento.
O abade do mosteiro recusa-se terminantemente a permitir tal exumação, levantando suspeitas quanto aos verdadeiros segredos que aquela sepultura guarda. Enquanto Bizén tenta desvendar os mistérios que se escondem sob o silêncio monástico, um dos monges da abadia é encontrado morto em circunstâncias sinistras.
A tranquilidade aparente do mosteiro esconde uma densa rede de intrigas, ambições e velhas rivalidades, e, como se não bastasse, quanto mais Bizén se aproxima da verdade, mais arriscado se torna o seu papel dentro do mosteiro –, pois, se o assassino não for descoberto a tempo, o seu próprio segredo poderá ser revelado, colocando a sua vida em risco.
Entre jogos de poder, traições e o peso do sagrado, O Mosteiro revela os recantos mais obscuros da alma humana e das instituições que se dizem puras.
Luis Zueco conduz-nos, com mestria, através de um enredo envolvente, onde o suspense se entrelaça com a história.
Luis Manuel Zueco Jiménez (Borja, Zaragoza, 2 de julio de 1979) es un novelista, historiador, investigador y fotógrafo español. Además, es vicepresidente de la Asociación de Amigos de los Castillos de Aragón) y Director del hotel con encanto Castillo de Grisel y copartícipe de la restauración del Castillo-Palacio de Bulbuente
O autor consegue recriar com mestria o ambiente do mosteiro. O silêncio, o clima de névoa e isolamento tornam o mistério mais denso e envolvente. O enredo manteve-me sempre em suspense, pois o que acontece neste mosteiro vai contra todos os valores éticos e religiosos das personagens. Temos aqui um duelo fascinante entre a aparente pureza da vida monástica e os desejos humanos mais obscuros: poder, ambição e medo. Gostei muito!
“O Mosteiro” de Luis Zueco é um romance histórico, que tem nuances de thriller.
Século XIV, em plena guerra entre as coroas de Castela e Aragão, encosta do Moncayo, ergue-se o Mosteiro de Santa María de Veruela.
Bizén, um notário, que traz uma delicada mensagem do rei, chega ao mosteiro, sendo o único sobrevivente de um ataque.
Pouco antes da sua chegada, um dos monges é assassinado, e o abade escolhe o notário para descobrir que foi o assassino.
Bizén vai poder deambular pelo mosteiro e interrogar os seus habitantes, mas a tarefa revela-se mais dificil do que supunha.
Afinal, apesar de serem homens religiosos, Bizén apercebe-se que todos lhe mentem.
Será que ele irá conseguir deslindar o crime?
PONTOS FORTES:
- escrita cativante
- leitura viciante
- enredo com nuances históricas
- suspense crescente
- reviravoltas
- final inesperado
PONTOS FRACOS:
- nada a registar
Gosto muito deste autor, que nos prende desde o início, apesar dos enredos históricos, são histórias muito interessantes. Gostei bastante deste enredo, dos personagens e do crime que foi cometido. Recomendo!
Quando pensamos num mosteiro imaginamos um local de fé, recolhimento, repleto de pessoas que procuram a oração e a virtude. Mas a realidade pode ser outra e nele estarem presentes os vícios do mundo como a mentira, a ganância, a vingança. Tudo isto acontece no mosteiro de Veruela e será a busca da verdade que norteará a personagem principal. Uma leitura que nos prende, mas que não deixamos de comparar com outros do mesmo género.
Um romance medieval. Muito bom para perceber o ambiente medieval e conhecer a Ordem de Cister. É um romance robusto, ideal para quem aprecia uma leitura mais pausada, rica em detalhes e que valoriza a reconstrução histórica fidedigna. Se você gosta de se perder em labirintos de mosteiros, conspirações e segredos guardados por séculos, este livro será uma excelente adição à sua estante. "sem o mal, o Homem não poderia compreender o bem. E, se não puder compreender o bem, não o pode valorizar".