"Mehdi se sécha, enfila un tee-shirt propre et un pantalon de toile, et il chercha au fond de sa sacoche le livre qu’il avait acheté pour sa fille. Il poserait sa main sur son épaule, il lui sourirait et lui ordonnerait de ne jamais se retourner. "Mia, va-t’en et ne rentre pas. Ces histoires de racines, ce n’est rien d’autre qu’une manière de te clouer au sol, alors peu importent le passé, la maison, les objets, les souvenirs. Allume un grand incendie et emporte le feu.""
Enfants de la troisième génération de la famille Belhaj, Mia et Inès sont nées dans les années 1980. Comme leur grand-mère Mathilde, leur mère Aïcha ou leur tante Selma, elles cherchent à être libres chacune à sa façon, dans l’exil ou dans la solitude. Il leur faudra se faire une place, apprendre de nouveaux codes, affronter les préjugés, le racisme parfois. Leïla Slimani achève ici de façon splendide la trilogie du Pays des autres, fresque familiale emportée par une poésie vigoureuse et un souffle d’une grande puissance.
Leïla Slimani is a French writer and journalist of Moroccan ancestry. In 2016 she was awarded the Prix Goncourt for her novel Chanson douce.
Slimani was born in Rabat, Morocco and studied later political science and media studies in Paris. After that she temporarily considered a career as an actress and began to work as a journalist for the magazine Jeune Afrique. In 2014 she published her first novel Dans le jardin de l’ogre, which two years later was followed by the psychological thriller Chanson douce. The latter quickly turned into a bestseller with over 450,000 copies printed within a year even before the book was awarded the Prix Goncourt.
Li-o de um fôlego e fechei a última página deste tríptico com a mesma sensação do fim dos grandes portentos literários que mais marcaram a minha vida: a companhia eterna das personagens vívidas, truculentas, a memória das histórias bem contadas em que o desvelar de uma árvore genealógica ocorre no pano de fundo da história de um país. Os Belhaj de Slimani têm lugar na minha imagética leitora junto dos grandes, dos Buddenbrook de Mann, dos Buendía de Garcia Márquez, dos Maias de Eça, dos Nabascos da Agustina, dos Trasks e Hamiltons de Steinbeck, dos Trueba de Allende. A trilogia d'O país dos Outros é uma das façanhas mais sagazes e bem escritas com que já me cruzei da literatura contemporânea. Slimani traça o retrato de uma família que cruza dois países e ecoa a História de Marrocos com uma inteligência e uma mestria tocantes. A sua escrita é simultaneamente um exercício de acuidade realista e de lirismo magistral. Slimani convoca o estranhamento, a rebelião e a liberdade, a violência bárbara e misógina sempre presente do Islão, os conflitos geracionais e de classe, o fogo do título e do poema que o inspirou como força do legado irredutível. O país dos outros, vejam como dançamos e levarei o fogo comigo são um exercício de alquimia literária, um convite ao fascínio contemplativo diante da genealogia humana.
Neste último volume seguimos Mia e Inès, filhas de Aïcha e Mehdi. Educadas à francesa, em escolas elitistas de Casablanca, sentem-se estrangeiras no próprio país. Entre a repressão sexual, os silêncios familiares e a vontade de liberdade, Mia parte para Paris e depois Londres. Inès acaba por seguir a irmã. Aliás, são os pais que incentivam as filhas a sair de Marrocos e não regressar:
«Mia, vai e não voltes.» Falar-lhe-ia de Cortés, o conquistador que, chegado à baía de San Juan, decidiu queimar os barcos para resistir à tentação de dar meia-volta. «Não guardes forças para o regresso e nada o mais longe que puderes. Percebi tudo, sabes, e vi tudo. O que te fizeram sofrer e o que dirão de ti. Deverás pensar como uma mulher a monte, minha filha, porque é a nostalgia, sempre, a perdição dos criminosos em fuga. Um aniversário, um enterro ou simples saudade do país. A nostalgia fá-los regressar e eles arrependem-se. Não devias regressar a Ítaca, mas sim encontrar para ti uma ilha como a dos Lotófagos, uma ilha para esquecer o regresso, para nem sequer sentir vontade disso.» Fora o que ele fizera. Oferecia-lhe o mesmo destino, o destino de um homem sem passado. «Sim, as pessoas tentarão convencer-te. Pensarás que tens alguma coisa para fazer aqui, que podes ser útil. Mas não acredites nisso. Enfia cera nos ouvidos, amarra-te ao mastro, lembra-te do que te disse. Não voltes. Essas histórias de raízes não passam de uma maneira de te pregar ao chão, portanto não importa o passado, a casa, os objetos, as recordações. Ateia um grande incêndio e leva o fogo contigo. Não te digo até um dia, minha querida, digo-te adeus. Empurro-te do cimo da falésia, solto a corda e observo-te a nadar. Meu amor, não cedas no que toca à liberdade, desconfia do calor da tua própria casa.» E, então, dar-lhe-ia o livro. Ela pousaria o embrulho no colo. «Obrigada, papá.» Lentamente, rasgaria o papel: A Vida Não É Aqui.
Ao escolher centrar o romance na terceira geração dos Belhaj — ou seja, na sua — Leïla Slimani oferece-nos uma história íntima, em torno da questão da identidade, das raízes múltiplas e do desejo de não renegar nem umas nem outras.
«Podemos amar um país que não nos ama? Podemos ser, ao mesmo tempo, daqui e de lá?»
Avec J’emporterai le feu, Leïla Slimani signe un très beau final pour sa trilogie Le Pays des autres. Enfin, elle assume que c'est aussi l'histoire de sa famille. Elle y est plus sincère, plus authentique et y pose des questions qui traversent plein de familles qui sont d’ici et d’ailleurs.
Le roman commence par Mia, fille d’Aïcha (l'aînée de Mathilde et Amine, devenue gynécologue) et Mehdi Daoud, ancien idéaliste de gauche devenu banquier dans le Maroc des années 80, où tout est à bâtir. Le livre accompagne Mia et sa sœur Inès dans leur enfance et adolescence à Rabat, mais aussi l'évolution de Mehdi, Aïcha, Mathilde, Amine, Selma et Selim.
J'y retrouve à la fois des bribes de mon enfance et adolescence à Rabat, mais je mesure aussi tout ce qui me sépare de cette jeunesse dorée. J'y retrouve l'évolution de mon pays que j'ai vécue, mais d'un autre point de vue. Ni celui des bourgeois, ni celui des domestiques. Point de vue d'une classe moyenne complètement absente des récits de Slimani.
Le roman a pour filigrane l'identité et l'exil. L'appartenance et l'errance. Le chez-soi. Le Pays des autres n'a jamais aussi bien porté son nom.
J'ai aimé la sincérité du ton. L'absence de complaisance de Slimani avec ses deux pays. La force douce du récit. Et puis encore et toujours la plume. Cette capacité incroyable de nous tenir par la main et de nous embarquer tout de suite dans le récit. C'est fort. Addictif et agréable.
“Medhi bem podia repetir às suas filhas que não devíamos ser escravos da opinião dos outros, que só importava quem éramos verdadeiramente, no nosso âmago, mas sabia que não passavam de tolices. Nunca éramos outra coisa que não o que os outros captavam em nós, o que lhes dávamos a ver. Os segredos do coração, as qualidades ocultas da alma, as boas intenções, nada disso importava no mundo de verdade.”
Aqui encontramos o retrato da geração mais nova desta história, onde se perdem e abandonam algumas convicções e tradições mas sem deixar de parte a sua identidade. A recomendar!
Cada día estoy más convencido que en algunos años, hablaremos de la trilogía “El país de los otros” (2020-25) de Leila Slimani como hablamos de la saga “Dos Amigas” de Elena Ferrante. Cabaret Voltaire @cabaretvoltaire_ed acaba de publicar la última entrega, “Me llevaré el fuego”, donde seguimos acompañando a Mathilde Belhach y sus descendientes en Marruecos, siendo ya la tercera generación en territorio norafricano. La historia se centra en las nietas, Mia e Inés, que en apenas 40 años experimentan profundos procesos de occidentalización y apertura al mundo, pero también de retrocesos autoritarios y conservadores, viviendo en una constante sensación de confusión moral de cara al régimen pero también al interior de sus hogares. Como tema muy contingente, Mia e Inés han crecido acostumbradas a la comodidad y la libertad, siendo una verdadera generación que no está dispuesta a fingir. Pero a la hora de enfrentar la desgracia, bala que especialmente para ellas pasaba siempre lejos, las herramientas que han adquirido como el desapego partiendo a estudiar a Francia, será al mismo tiempo la más dolorosa de sus decisiones al renunciar a la memoria y la identidad.
“¿Para qué intentar saber dónde está mi lugar, cuál es mi país, si ni siquiera sé quién soy? ¿Qué significa la identidad cuando has perdido la memoria? No la de los pueblos -no, esa me importa poco-, sino las historias que me contaba mi abuela, las fábulas que se inventaba mi padre, «érase una vez» murmurados que me constituyen y con los que cubro las paredes. Cuando me preguntan de dónde vengo, nunca sé qué decir, balbuceo como una tartamuda que intentara pronunciar una palabra y que, agotada, termina renunciando a hablar. A mi padre, The Great Pretender, le gustaba hacerse pasar por quien no era y, como él, yo me he convertido en mi propia impostora, en una copia mala de una obra de arte, en una falsa moneda que no vale nada, salvo para los ingenuos que merecen que los estafes”.
Con esta obra se cierra el círculo, se cierra la trilogía. Me llevaré el fuego no hay que leerla como una saga familiar, sino como una auténtica reflexión sobre la identidad, sobre las batallas silenciosas que libran tantas mujeres para escribir su propia historia en un mundo que insiste en dirigirlas. El país de los otros, fue el primer libro, la raíz. Es la historia de un país y de una mujer: Marruecos, un país en conflicto permanente, y Mathilde, una mujer en conflicto consigo misma. La pregunta base. ¿Dónde pertenezco realmente? En Miradnos bailar, la segunda parte de la trilogía, los años han pasado y es su hija quien encarna la independencia femenina. Mathilde, en su desesperación, ha encontrado un modo de vida. Sigue preguntándose ¿ qué identidad se construye entre esos dos mundos? En esta última entrega, Me llevaré el fuego la mirada se afina todavía más, madres, hijas y nietas cargan con silencios, renuncias y con ese deseo de querer escapar y, al mismo tiempo, de mantener lo heredado, las raíces. Mujeres que deciden callar para sobrevivir, que se rebelan contra lo impuesto o que simplemente buscan un lugar donde no tengan que elegir entre sus raíces y lo que realmente desean. Y la pregunta clave ¿Qué legado voy a transmitir? Para mí, lo más poderoso de toda esta historia es cómo Slimani nos muestra que la herencia emocional es como el fuego puede quemar, puede iluminar, pero también puede dar calor. El calor de pertenecer. Ese fuego pasa de madres a hijas habitando el interior de cada una de ellas. Y estaréis de acuerdo conmigo, cada generación responde a su manera, y en esa respuesta está el verdadero legado. No se trata de repetir lo que otros hicieron, sino de escuchar lo que nos toca vivir y, desde ahí, encontrar nuestro propio camino. Siempre entre nuestras raíces y nuestro presente se abre la posibilidad de algo nuevo, algo que nos define.
Puedo presumir de haber leído toda la obra de Leila, y puedo decir que es una de las grandes escritoras del panorama actual. En el primer libro que leí de ella encontré esta frase: “Escribir es descubrir la libertad de inventarte a ti misma e inventar el mundo”, y me cautivó. Leila ha sabido destacar por la profundidad de su obra, por su defensa de la literatura como herramienta de transformación y reflexión. Reivindica su voz como mujer y como escritora, al mismo tiempo que reivindica una cultura y una forma de vida.
3.5, la saga 4 J’ai adoré la trilogie familiale. Trois générations de personnages riches et complexes. J’ai trouvé ce dernier tome un peu pudique. Les dernières pages, qui bouclent la série, aurait mérité d’être plus lumineuses pour bien refléter l’ensemble de l’œuvre plutôt que l’état d’esprit de Slimani au moment d’écrire ces lignes.
TW REVIEW TRES TRES SERIOUS (je le devais bien à Leila Slimani…)
Bon…nous y est…le dernier tome de la plus belle trilogie de l’histoire, mais aussi surement le plus puissant, le plus humain, et sans doute celui qui m’a le plus troublé.
Jamais un livre ne m’a autant parlé.
Dans ce dernier tome, la nuance est poussée à son paroxysme. Des personnages que l’on pensait detester se sont finalement révélés être profondément attachants, car humains avant tout. C’est le cas essentiellement pour les hommes de ce livre, présentés d’abord comme des figures patriarcales, autoritaires, conflictuelles. Puis on entre dans leur tete, on ressent leur mal etre, leurs doutes, leurs peurs, la difficulté à endosser ce role de père, quand eux memes ont grandi sans père. On devient finalement particulièrement empathique pour ces hommes maladroits qui malgré tout essayent et font ce qu’ils peuvent, mais qui échouent dans un silence douloureux. On leur découvre une vulnérabilité bouleversante malgré qu’ils incarnent ce modele plutôt banal et universel du pere arabe qui préfère les actes à la parole.
Quant aux femmes, elles jouent toujours un role central. Elles restent le coeur de cette trilogie. D’abord Aicha que l’on découvre dans son nouveau role de mère, qui incarne une fatigue invisible. Un modele de dévouement, à ses enfants, mais aussi à son mari. On reconnait bien là la patte de son pere !
Puis selma, dont le destin reste le plus marquant. Une sorte de rappel qui sonne aussi comme un avertissement : il suffit parfois de pas grand chose pour que la vie bascule. Et en l’occurrence pour le pire. Selma qui n’a jamais su se relever de l’humiliation qu’elle a subi, de cette « déchéance » sociétale. Selma, que la vie a essoré, qui ne se permet plus de rêver, si ce n’est à travers des photos sur son frigo. Selma qui n’a jamais pu affronter son passé et qui abandonne sa fille, tout en prenant soin des enfants des autres.
Enfin il y a Mia…le personnage imparfait par excellence, on ne sait pas trop si on l’aime au debut, puis finalement, exactement comme son pere, on finit par etre terriblement touchée par son humanité. Personnage qui m’a touché à bien des égards !
Je suis aussi obligée de mentionner la manière dont est decrit le Maroc dans ce dernier tome, presque personnifié, comme un personnage à part entière, qu’on voit naitre, grandir, évoluer. Qui souffre, qui pleure, qui aime. Le maroc dont l’empreinte est indélébile : on a beau le quitter, on ne l’oublie jamais. Ce pays qui garde une place en vous, qu’on aime parfois presque autant qu’on le déteste. Un maroc ni idealisé, ni cliché, qui brille par ses contradictions.
En lisant ce livre, impossible de ne pas faire de lien avec l’actualité. L’intrigue, bien que se deroulant principalement dans les années 80-90, soulèvent les memes problématiques qu’aujourd’hui, que ce soit sous l’angle du Maroc (ce choix entre développement d’infrastructures et développement de l’éducation, la place des femmes avec la deuxième reforme de la moudawana en cours) ou de la france (lutte identitaire et racisme). Avec les memes questions posées tout au long de la trilogie : D’où vient-on ? Que veut dire être « chez soi » ? Est-ce qu’on peut être étranger chez soi ? Ou au contraire appartenir à deux pays ? Chaque personnage apporte une réponse différente à ces questionnements.
Et comme pour mettre un clou de plus dans le cercueil (ba doom tss !), le livre se termine par un enterrement, puis un deuil. On pleure la mort de medhi presque autant que sa famille. Et en meme temps on pleure la fin du livre, on fait le deuil de tous ces personnages auxquels on s’est attaché, qu’on a vu grandir, souffrir, s’émanciper sur des centaines de pages. Jamais j’ai eu autant de mal à dire adieu à une famille fictive (fallait voir ma gueule à la fin…).
Pour terminer cette review, je dois mentionner ce choix de clôturer le livre par la coupe du monde du Maroc. Événement qui peut sembler anecdotique, mais qui en réalité, outre l’exploit sportif accompli, fut d’une force immense. Une bouffée d’air frais dans ce monde où les arabes n’ont jamais été aussi déconsidérés et déshumanisés. Mais ce sont les mots d’hakim qui le résument le mieux :
« la première fois en 20 ans qu’une bonne nouvelle est associée aux musulmans ».
Bref, merci à Leila slimani d’avoir mis des mots sur les silences, les doutes et douleurs de toute une génération de femmes (des hommes aussi ig).
Gostei mais deste último volume do que dos anteriores. Pareceu-me melhor estruturado e mais íntimo. A narrativa acompanha os descendentes da família Belhaj, a partir dos anos 1980-90 em que Marrocos vive o seu período pós-colonial. O contexto histórico é bastante vivo, as questões da liberdade, da política, da modernidade, do papel das mulheres são muito bem retratadas e, no geral, é uma leitura agradável, embora não deslumbre. Há que reconhecer, no entanto, que Slimani capta muito bem o espírito de uma época e que consegue expor tensões culturais e raciais com muita elegância. Penso que este é o mais conseguido da trilogia, mas continuo a não me juntar ao coro dos enormes elogios que lhe são dedicados.
J’ai trouvé ce roman plus intimiste d’une certaine façon. Certes on laisse de côté beaucoup de personnages auquel on accorde qu’un ou deux paragraphes (ou phrases comme pour Omar), au final assez misérabilistes ; adieu les personnages forts et imposants, on tombe de suite sur leur déchéance – Selim, Amin, Mathilde. Il y a quelques fulgurances qui m’ont réellement touchées dans l’écriture, mais je n’ai réussi à trouver que peu, voire quasiment aucun affect pour la troisième génération. Désolée mais à 6 ans, on ne trouve plus « mignon » une enfant qui essaie de tuer un nourrisson et autres choses (les relations pédophiles). Je sais que cela arrive, et je n’accuse pas le roman de les glorifier, mais tout autour était tellement d’atermoiements que toutes les questions de l’acculturation, de l’identité, de la place de chacun.e dans la société m’ont semblé tellement anecdotiques que je n’ai rien à en dire de positif. Le lien au père est touchant, mais j’ai du mal à me fixer par rapport au roman, entre accusation et hommage, mais tellement mêlé au reste que je le sens comme un interlude à chaque fois. Il y a beaucoup d’amour dans ce roman, sauf qu’il semble tellement intimiste et familial que… désolée, je n’aime pas du tout le côté voyeuriste d’un roman basé sur de vraies personnes qui n’ont pas toustes données leur accord. Et c’est le sentiment de cette trilogie.
Une écriture magnifique, des passages poignants. Une autrice dont je ne manque aucun livre. Mais des personnages auxquels je n'arrive pas à m'attacher une fois de plus. C'est assez déroutant.
“Il n’y a que dans les livres que l’innocence existe.”
🇫🇷{French below}🇲🇦
Aaah! Where do i start? Since I’ve moved abroad and gained a bit in what I call “literary maturity”, I started absolutely loving and searching for books (historical, novels, societal, whatever) of Moroccan authors or about Morocco. Well, Leila Slimani makes me fall in love with being moroccan, with the GOOD AND the BAD!
I have adored this trilogy based in her own life (so it was a big plus that it’s my favorite genre: historical fiction). 🟢1st book based on the “grandparents’ generation” set in the late 40s til the 60s: post 2nd World War, Morocco’s independence, the start of the Lead Years in Morocco… so a context full of change, uncertainty and revolution. 🔴2nd, based on the parents’ generation: still in the Lead Years, a new King, a lot of reluctancy from some towards the monarchy, which led to 2 military coups against the Monarch… a whole generation educated by and amongst the French colonizers, but suddenly revolting against them and their presence… 🔵3rd and final book, this one, my favorite, based on Leila’s generation: the 80s up until the present time. A lot of turmoil during these years as well, to say the least.
Leila makes things so relatable, as if she writes in a certain code, which only moroccans, whether they lived in one of these generations or not, whether they know the history of their country or not, whether they had a similar “priviledged” life like her or not, can relate to!!!
She has an incredible capacity of making you get in the skin of the dominant moroccan father figure, as well as the sensitive yet strong moroccan woman, the bourgeois elite, and the poor low class of peasants and maids, the old-fashioned mentality of the older generations and the modern and liberal of the younger ones… I was in absolute AWE during this trilogy, how DEEPLY Leila dug into EACH character: from the very main one, to the maid, or the car-keeper which appears maybe once, or even the dog.
All of this, with such a beautiful writing style, which compares to no other. I invite all my fellow moroccans, fellow book-lovers, fellow foreign friends to read these 3 books! You’ll get to know me better through them as well🥰
FRANÇAIS🇫🇷🇲🇦
Ahlalaaaa ! Par où commencer ? Depuis que je vis à l'étranger et que j'ai acquis un peu de "maturité littéraire", je me suis beaucoup interessée aux livres (historiques, romans, sociétaux, etc.) d'auteurs marocains ou sur le Maroc. Et bien, Leila Slimani me fait aimer et être fière d’être marocaine, avec le BON ET le MAUVAIS !
J'ai adoré cette trilogie basée sur sa propre vie (c'était donc un gros plus que ce soit mon genre préféré : fiction historique). 🟢1er livre basé sur la "génération des grands-parents" se déroulant de la fin des années 40 jusqu'aux années 60 : post 2ème guerre mondiale, indépendance du Maroc, début des Années de Plomb au Maroc... donc un contexte plein de changement, d'incertitude et de révolution. 🔴2ème, basée sur la génération des parents : toujours dans les Années de Plomb, un nouveau Roi, beaucoup de réticences de certains envers la monarchie, ce qui a conduit à 2 coups d'état militaires contre le Monarque... toute une génération éduquée par et parmi les colonisateurs français, mais qui se révolte soudainement contre eux et leur présence.... 🔵3ème et dernier tome, celui-ci, mon préféré, basé sur la génération de Leila : les années 80 jusqu'à nos jours. Beaucoup de bouleversements durant ces années aussi, c'est le moins que l'on puisse dire.
Leila a un don pour que le lecteur puisse vraiment s’identifier avec ses histoires, comme si elle écrivait dans un certain code, que seuls les Marocains, qu'ils aient vécu dans l'une de ces générations ou non, qu'ils connaissent l'histoire de leur pays ou non, qu'ils aient eu une vie "privilégiée" similaire à la sienne ou non, peuvent s'y retrouver !
Elle a une capacité incroyable à vous faire entrer dans la peau du père marocain dominant, ainsi que dans celle de la femme marocaine sensible mais forte par obligation, de l'élite bourgeoise et de la classe inférieure pauvre des paysans et des “bonnes”, de la mentalité dépassée des anciennes générations et de la mentalité moderne et libérale des plus jeunes... J'ai été absolument émerveillée pendant cette trilogie par la profondeur avec laquelle Leila s'est plongée dans CHAQUE personnage : du personnage principal à la femme de ménage, en passant par le gardien de voiture qui n'apparaît qu'une fois… ou même le chien!
Tout cela, avec un style si beau, qui ne se compare à aucun autre. J'invite tous mes compatriotes marocains; les amoureux des livres, ou mes amis étrangers à lire ces 3 livres ! Vous apprendrez à mieux me connaître à travers eux aussi🥰.
Une de mes phrases préferées du livre:
“Et il la regarda. Comme ça. Comme il ne l'avait jamais regardée auparavant. Il la regarda comme Amine regardait ses arbres, respectueux et émerveillé, n'espérant rien d'autre que de les voir fleurir.”
Qu'est-ce que ça veut dire l'identité quand on a perdu la mémoire ?
Escribo esta reseña en un TGV Nancy-París después de haberme terminado el libro esta mañana para no tener que cargar con las 400 páginas del libro que pone punto y final a la trilogía de _Le pays des autres_. No sé por dónde empezar a reseñarlo ni sé cómo abarcarlo. Este año Leila Slimani tendría que haber venido a presentar esta última entrega en el Livre sur place de Nancy, pero por motivos personales, acabó anulando su cita. Con el tiempo, casi que me alegro de que no hubiera venido, porque no habría soportado oír hablar del libro sin haberlo leído todavía.
El título ya de por sí es muy evocador. _Yo cargaré con la llama_ allá donde sea, enlazando a las vestales romanas y el fuego del hogar con un tema recurrente en las tres novelas: la construcción de la identidad entre dos aguas, el ser de aquí y ser de allá, la confusión de ser un extranjero en su propio país por no atenerse a las costumbres y el conflicto de serlo en Francia por las ideas preconcebidas sobre Marruecos. El otro día escuchaba el podcast de La Guardia Mora y una de las chicas hablaba del fenómeno de llevar consigo la frontera como una cruz; una explicación que sin duda se ajusta mucho a lo que atraviesan Inès y Mia. Esta bilocación mental y física se pone en evidencia con las prácticas religiosas impuestas en el funeral de Mehdi o la segregación social entre marroquíes que se podían pagar un billete de ascensión social para matricular a sus hijos en escuelas europeas, pero que sufrían rechazo y discriminación por parte del entorno escolar.
Otro de los grandes temas es la memoria; una memoria ajada por el tiempo, llena de nudos y marañas narrada desde la voz de Mia. Slimani juega con lo que Mia recuerda o cree recordar sobre la vida en Marruecos, sus abuelos en la granja, su padre y su afán por poner siempre la otra mejilla y su madre que ha vertebrado su existencia en torno a la maternidad. Esta panoplia de personajes cristaliza momentos clave de la historia reciente de Marruecos (el fin del reinado de Hassan II, el continuismo disfrazado de progresismo con Mohamed VI, el ataque a las torres gemelas) hasta llegar a la semifinal Francia-Marruecos de 2022; redefine la compleja telaraña de sucesos y se sienta a descansar en los tonos de gris: ¿Dónde estabas tú cuando X ocurrió?
Me despido de este mundo transfronterizo y le guardo un recuerdo especialmente tierno a Aïcha. Je tire mon chapeau à Madame Slimani d'avoir accouché un roman si réussi (encore une fois).
Quelle tristesse de quitter la famille Belhaj-Daoud … Pour ce dernier tome, on suit la dernière génération. De nouvelles thématiques sont évoquées : homosexualité, la place du père, l’attachement a son pays etc… Ce qui est déroutant, c’est que Leila Slimani a réussi à rendre attachant les hommes de cette famille, qui paraissent plus vulnérables dans ce tome, alors qu’on avait envie de les décapiter dans les 2 premiers livres mdr. On a moins la dimension historique, mais on creuse beaucoup plus les personnages, auxquels on s’est attachés plus que jamais. Je ne mets que 4 étoiles et pas 5, parce que déjà j’ai largement préféré le tome 2, mais également parce que le rythme du 3eme livre me perdait un peu cette fois, parfois j’avais du mal à me repérer temporellement.
Conclusion finale de la trilogie : j’ai globalement adoré, j’étais super triste et émue à la fin, que ce soit a cause de comment le livre de termine, mais aussi de laisser les personnages (Selma et Selim définitivement mes prefs jvm vous slay à mort ptn, Selim pour son émancipation et Selma tu méritais tellement mieux comme chemin de vie, mais tu es si nécessaire). Comme dirait Enzo Reads : QUE VAIS JE FAIRE DE MA VIE MAINTENANT ?
Bref même si les 3 tomes ont leurs défauts (globalement a cause du rythme mais c’est probablement subjectif), je le conseille a 10000% tant par l’attachement qu’on porte a cette famille, mais également parce qu’on s’intéresse a l’histoire du Maroc, sa politique, sa mentalité et son patriarcat bien ancré
... A Leïla escreve de forma (quase diria) única, as suas Palavras são capazes de nos transportar aos locais, aos tempos idos, aos sentimentos, conseguimos viajar no que escreve, com elas, as Palavras, sentimos Alegria, tristeza, ira, companheirismo e muita angústia, na sua escrita estou quase sempre em Apneia... No 5º Livro que leio dela as 5 🌟 já estavam garantidas... Boas leituras 📙 📚 📙 📖
Le 3ème livre de la série “Le pays des autres”, qui est entièrement à la hauteur des deux premiers que j’ai adorés. L’histoire suit une famille à travers les époques avec des liens partagés entre le Maroc et la France. Dans ce dernier tome, on arrive enfin à la fin des années 90/début des années 2000 et on peut se reconnaître mieux dans la vision des deux dernières filles de la famille, des Franco-Marocaines privilégiées qui naviguent entre plusieurs cultures et les changements rapides de leur époque.
Després de Mireu com ballem, esperava moltíssim més! No m’ha enganxat-interessat pràcticament. Em sembla una mica desendreçat i que fa llacunes en algun moment. A vegades dubto de la continuïtat del meu criteri, potser abans en sabia molt menys i per això em va semblar un bon llibre, el segon? No ho crec, però. Era bo. Aquest fluixeja.
Je ne comprends pas tous les éloges fait à ce dernier tome de la trilogie. L. Slimani est une auteure que j'apprécie énormément et dont j'ai tout lu. Je me suis arrêtée aux 2/3 du livre. Les nombreuses scènes intimes m'ont dérangée car elles venaient interrompre brutalement, et de façon non justifiée à mon sens, des passages plutôt intéressants par ailleurs. Je reste hermétique au livre et suis très déçue d'en rester là sur cette trilogie.