Depois de A Malnascida, A Malcriada. Comparada a grandes escritores italianos — Ginzburg, Moravia, Ferrante —, Beatrice Salvioni confirma neste segundo romance, tão terno quanto furioso, que chegou para firmar o nome no pódio das letras italianas.
É noite cerrada, e uma rapariga corre descalça pela cidade deserta. Desesperada, raivosa, acaba de descobrir que foi traída por alguém que jamais julgara capaz de a enganar.
Estamos em Monza, Itália, em 1940. Há quatro anos que Francesca não tem notícias de Maddalena, que foi internada num hospício e não responde a nenhuma carta. Francesca desconfia de que a amiga lhe guarda grande ressentimento. Afinal, Maddalena nunca deixou de ser a rejeitada, a malnascida. Acontece que também Francesca pisou o risco e se passou para o lado dos malditos daquela sociedade conservadora e fugiu de casa para ir viver com Noè Tresoldi, provocando um escândalo na família. A mãe acusa-a de ser uma degenerada, uma filha amaldiçoada.
É a este cenário que Maddalena regressa enfim, ainda pequena e ainda mais magra, como se o tempo não tivesse passado por ela e pudesse fingir ser a adolescente corajosa de sempre. Mas os anos passados no hospício deixaram marcas, e agora a guerra está prestes a começar.
Os elogios da crí
«Com um ritmo vertiginoso, que mergulha o leitor na atmosfera daqueles anos terríveis, Salvioni pinta um fresco perfeito […], fazendo uma dissecação da condição feminina que é difícil de esquecer.» Corriere della Sera Sobre A Malnascida:
«O indiscutível fenómeno literário do ano. […] Um livro magnético.» El Confidencial
«Fazendo uso de uma voz literária incomum e categórica, esta jovem escritora constrói um romance de formação pessoal e cívica, dando vida a um fresco de personagens que se movem em tons de claro-escuro e a um dispositivo narrativo muito bem oleado, marcado por uma escrita depurada e por diálogos eficazes.» Corriere della Sera
«Surpreendente e fascinante maturidade linguística e domínio da narrativa. […] Beatrice Salvioni consegue imaginar universos literários nos quais ressoam grandes temas contemporâ o mundo visto pelas crianças, o direito à diferença, a condição da mulher, a violência cega da ideologia.» Il Venerdì
«A Malnascida é um Bildungsroman e um hino à amizade e ao seu poder disruptivo.» Il Foglio
«Eis uma história que nos é próxima. Salvioni usou o fascismo para ver melhor o presente.» La Stampa
«A "malnascida" que conhecemos ao longo desta história é uma pequena encarnação do inferno.
Si arriva alla fine con la sensazione di aver corso una maratona e una serie di domande che affollano la mente: perché non sono andata a mangiare la pizza? È nato prima l'uovo o la gallina? Perché Salvioni non ha aggiunto venti pagine a La malnata così da chiudere quella storia e dedicarsi a un romanzo nuovo di zecca (considerando anche che qui di Maddalena c'è giusto l'ombra)? E in questo caso, ci sarebbe stato davvero bisogno dell'ennesimo romanzo ambientato in epoca fascista? Capisco che il periodo storico che stiamo vivendo, rimandi a certi parallelismi, ma ho anche la sensazione che ci si stia marciando su... un po' come quando, immancabili, a gennaio saltano fuori tutte le storie che raccontano di ebrei deportati. Non vorrei sembrare irrispettosa, ma a tratti ci trovo dietro della gran paraculaggine!
Oh! E poi c'è la verosimiglianza con L'amica geniale, tanto sbandierata quando fu pubblicato il primo libro quanto taciuta adesso; tanto falsa nel primo caso quanto reale questa volta, soprattutto per "quell'ombra" di Maddalena che così tanto ricorda Lila.
Soprassiedo sul pruriginoso sbocco del rapporto tra le due protagoniste, già intuibile nel primo romanzo e sul quale stavolta l'autrice calca ancora di più la mano perché, si sa, un po' di inclusività serve sempre e senza non si va da nessuna parte!
Il seguito de "La Malnata" trova rifugio in queste pagine intrise di Storia. Ritroviamo infatti i personaggi del libro precedente ma cresciuti e nel bel mezzo del fascismo e delle conseguenze a cui porterà. Tra ricerca, guerra, paura, emancipazione, speranza ed amore si vive nella Monza degli anni '30 e '40 del Novecento italiano, dove Francesca vedrà sviluppare le sfaccettature della sua vita e del suo destino. Un seguito degno di nota, non scontato ma pieno di risvolti, che riporta alla memoria tempi da non poter dimenticare. Nonostante abbia trovato alcune scelte narrative forse un pò forzate, ho seguito la storia con molto interesse e partecipazione. Per il resto non mi sbilancio troppo, deve essere letto e capito con tutti i suoi colpi di scena.
incrível!!! she did it again!! o meu livro preferido de 2025 e definitivamente um dos meus preferidos de sempre
«o paradoxo de um romance é que nada daquilo que se conta é verdade, mas ao mesmo tempo nada é falso. o que escrevi neste livro é inventado, mas há quem tenha feito resistência partigiana a sério, em Monza, como em todo o país. mulheres que foram presas e condenadas à prisão, que distribuíram panfletos antifascistas e foram agitadoras nas fábricas, que deram abrigo aos soldados após o dia 8 setembro de 1943, fornecendo-lhes roupas civis ou escondendo-as em caves, que foram presas, torturadas e assassinadas.»
se no primeiro livro — «a malnascida» — identifiquei como personagem principal a amizade de Francesca e Maddalena —, neste segundo livro, a esta complexa relação junta-se a resistência ao fascismo italiano e o romper dos estereótipos de género, mais concretamente o papel das mulheres na luta e na revolução. é difícil escolher as passagens do livro que mais me tocaram, porque não me lembro de sublinhar tanto um livro como este (excluindo os livros da minha autora predileta Annie Ernaux).
é um enredo contagiante e difícil de largar, ao qual se junta uma escrita rigorosa historicamente — sem esquecer o mencionado «paradoxo»; mas mais do que isso uma escrita que nos comove e emociona, ao ponto de sentirmos o sofrimento das personagens como se fosse quase nosso. e através do «universo literário» que a autora construiu — através, obviamente, da sua pesquisa, mas também da sua imaginação — sentimos que estamos em Monza a resistir — ou a tentar, pelo menos — ao Duce e às tropas alemãs como a Francesca e o Noé ou a acompanhar o Filippo na sua jornada militar na Rússia. a escrita é de tal forma imersiva que somos transportados para a Itália da década de 40 através de personagens comuns, que apenas deviam obediência ao regime, mas que arriscaram e lutaram por uma Itália livre das amarras do fascismo.
destaco também a tremenda evolução da Francesca em comparação com o primeiro livro, que revelou que tem também muito de «malnascida» na sua alma.
estou totalmente rendida à Beatrice Salvioni e tal como é mencionado na contracapa do livro, devemos olvidar todas as comparações (a Elena Ferrante, por exemplo), dado que a autora «confirma neste segundo romance, tão terno quanto furioso, que chegou para firmar o nome no pódio das letras italianas.»
«o fascismo tinha sido uma infeção, um fungo. um ódio aprendido de cor, palavras sem conceito. e, no entanto, surgia-me a dúvida de que, mesmo que Mussolini tivesse sido pendurado pelos pés, não tinha sido completamente extirpado. e talvez não fosse suficiente mantermo-nos vigilantes. esse mal ainda estava ali, à espera sob a terra e sob a pele como um tumor. assumiria outras formas, outras faces. e autoproclamar-se-ia sempre de justiça, de tradição, de moralidade.»
«se se é mulher, a nossa raiva é loucura e solidão, e só ao crescer aprendemos que nos convém escondê-la.»
«talvez seja por isso que o passado é uma condenação da qual não há como escapar. porque para quem nos precedeu foi todo o seu presente. talvez seja a mesma razão pela qual - a história não pára de se repetir e os homens têm vontade de encontrar uma desculpa para se guerrearem.»
«Filippo era o que restava de um homem que o horror cuspiu. a única maneira de não ser mudado por uma guerra é morrer nela.»
«só um homem poderia acreditar que ser mulher implica algum tipo de salvação.»
“Malcriada” é a continuidade do livro “Malnascida”. Um romance intenso sobre as cicatrizes emocionais, a força da amizade e o confronto com valores conservadores numa sociedade marcada pela opressão e pela guerra. O livro tem a capacidade de retratar o peso das opiniões públicas nas vidas dos personagens, especialmente das mulheres, promovendo uma reflexão sobre a liberdade e a solidariedade femininas. Além disso, destaca-se o poder da amizade como resistência à brutalidade social. Todos os acontecimentos históricos são de extrema importância para que se entenda o contexto social em período da 2ª guerra mundial no ponto de vista de uma Itália maltratada Comparativamente à obra anterior “Malcriada” tem uma fluidez da narrativa mais eficaz para uma leitura mais ágil. Dou nota máxima pela obra completa.
Mi era piaciuto molto La Malnata. Questo l’ho amato all’inizio: mi pare che l’autrice abbia affinato il suo stile e si sente la ricerca storica. Verso metà mi è parso esagerasse: la madre di Francesca, quella di Maddalena le ho trovate inutili e sovrapponibili, simile destino, uguali atteggiamenti. Già non è facile prender per buono il ruolo che l’autrice riserva alle sorelle Maddalena e Donatella, ma è funzionale alla storia, avrei evitato di calcare la mano con personaggi che invece non servono proprio. Nella seconda metà però il libro si riprende. Almeno fino a pagina quattrocento. Da lì in avanti l’ho detestato,e ho dovuto farmi forza per non farne un dnf, perché mi è parso di essere uscita da un romanzo storico per entrare in un qualche multiverso fumettistico e irrealistico. Peccato.
"O que fazes tu, sozinha, ao peso de todos os teus pensamentos?"
A volta da fascinante história de Maddalena e Francesca, a malnascida e a malcriada, mas agora adultas e em tempos de guerra. Um livro intenso, mas com uma escrita fluída e fácil. Onde se coloca em destaque o fascismo de Mussolini e o papel das mulheres na Segunda Guerra Mundial, sempre com um personagens super cativantes e curiosas.
Mi aspettavo una continuazione del capitolo precedente.. e invece anche altro che non mi ha convinto del tutto. Come mai unire una delle pagine più importanti della nostra storia recente in questo libro? Boh! Di certo ritroviamo le nostre due giovani protagoniste e qualche new entry un po ostica e non simpatica (vedi Orlandi e Tagliabue). Linguaggio duro e crudo, non gira intorno (soprattutto il pezzo sul interrogatorio). La parte “love story” mi ha un po lasciato di sasso. Una nota positiva: la voce femminile nel momento della Resistenza. Peccato per il resto.
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La scrittura, se pure scorrevole e volendo anche piacevole, manca di originalità. Sembra di leggere l'ennesima eco di formule narrative già viste, il cui risultato è un linguaggio confezionato, studiato a tavolino e poco autentico.
I limiti maggiori, però, risiedono nella costruzione della storia e dei personaggi. Personalmente ho percepito una sorta di ansia da prestazione, come se si volessero per forza comprimere all'interno di un solo romanzo una serie di temi "forti", dai maltrattamenti nei manicomi, agli orrori della guerra e del fascismo ed alla lotta partigiana, passando per gli abusi sulle donne conditi da un po'di traumi familiari ed amore omosessuale. Insomma sembra che all'autrice sia stata fornita una check-list, una traccia con i vari temi da trattare per risultare impegnati. Il rischio che si corre in questi casi è che si risulta sì impegnati, ma anche un po'paraculo.
Inoltre, proprio a causa di questo accumulo di fatti e per far spazio a tutto, gli eventi legano male tra loro, risultando spesso forzati ed affrontati in maniera superficiale e senza una reale organicità.
Non guidico la coerenza evolutiva dei personaggi avendo letto solo questo secondo volume della saga, ma posso dire che in "La Malacarne" la maggior parte dei personaggi sembra ridotta a semplici comparse abbozzate. Tra l'altro, i personaggi meglio rappresentati sono anche i più irritanti.
Uno su tutti Noè, il marito-amico. Un personaggio del tutto inverosimile, privo di spessore e di vero fascino. Capisco l'intento dell'autrice di voler rappresentare un maschile diverso, privo di mascolinità tossica, ma qui si sfocia nella caricatura del "buono a tutti i costi", tanto da risultare irreale.
Ancora più problematica è la figura di Maddalena, una sorta di fatina salvifica che compare come per magia ogni volta che la protagonista si trova nei guai, per poi scomparire fino alla crisi successiva. Questo meccanismo narrativo, che nella fantascienza o nella favola può anche funzionare, qui annulla la suspense e l'aderenza al verosimile. La presenza costante di un deus ex machina finisce per depotenziare i momenti di tensione, togliendo oltretutto profondità alle difficoltà affrontate dai protagonisti.
Infine, la sensazione generale che mi lascia questa lettura è quella di un'operazione commerciale palese e nemmeno tanto ben riuscita. "La Malacarne" sembra pensato più per cavalcare il successo de "La Malnata" che per una reale necessità narrativa. I continui rimandi al primo volume sono talmente insistenti da risultare stucchevoli e non fanno che spegnere ogni desiderio di recuperarlo. Anzi, si ha quasi l'impressione che il primo libro sia stato svuotato di senso proprio per creare una saga "seriale" spendibile altrove, come dimostra l'annunciata serie TV. Inoltre non si capisce da nessuna parte che il libro sia un seguito di un precedente e questo avvalora la tesi della furbata commerciale.
Peccato, perché nella cornice storica e nell'ambientazione c'erano tutti gli elementi per costruire qualcosa di autenticamente potente. Invece, così com'è questo libro risulta essere solo un'occasione sprecata.
Ci ha messo un po’ per prendermi, ma le ultime 200 pagine le ho divorate. Troppo lungo, quasi 500 pagine, si poteva dire tutto in 300. Storia bella, protagonista Francesca, ambientato in epoca fascista. Ho capito dopo un po’ che è il seguito di un altro libro dell’autrice, La malnata, che leggerò. Francesca è amica di Maddalena che sta in manicomio, esce dopo mesi di torture ed è cambiata, tanto, segnata da ciò che le hanno fatto. Francesca scappa di casa quando scopre che il padre non inviava le lettere che lei scriveva a Maddalena e va a vivere con Noe che poi sposa e con cui vivrà un amore senza fuoco, ma molto profondo. Sullo sfondo la guerra, la miseria, Mussilini e i partigiani. Lungo lungo lungo
Bella l’ambientazione storica, le scene di vissuto della vita partigiana, ma la storia in sé è un po’ scarna. Soliti cliché sentimentali che ormai si trovano in tutti i libri, film, di oggi… Se fosse stato più storico e meno sentimentale lo avrei preferito. A tratti mi ricordava un’amica geniale versione Lombardia. In ogni caso dopo aver fatto un po’ fatica ad essere coinvolta, la parte centrale e finale si è rivelata una piacevole lettura
2,5⭐ avevo letto La Malnata quando era uscito e l'avevo trovato un libro piacevole da leggere, nonostante le fin troppo chiare somiglianze con L'amica Geniale. ma La Malacarne mi ha fatto innervosire più volte durante la lettura, primo fra tutti il fatto che l'autrice sappia scrivere molto bene ma il libro secondo me non è uscito altrettanto bene. innanzitutto mi ha dato molto fastidio il fatto che non capivo che età avessero i personaggi, perché da una parte si comportavano come dei bambini, dall'altra partorivano frasi profonde e filosofiche che neanche Socrate, manco fossero studenti universitari o altro. le scelte di Francesca durante tutto il romanzo sono molto discutibili, soprattutto nell'ultima parte quando entra con la pistola nel locale da ballo e si fa arrestare. perché? per quale motivo? perché voleva uccidere uno che gli sta antipatico, okay, ma un rischio assolutamente ingiustificato. il legame tra Francesca e Maddalena ha veramente zero chimica, non mi sono mai ritrovata a tifare per loro, anzi. Noè e Francesca sono descritti come una vera coppia, come due persone che crescono insieme, si amano e si prendono cura l'una dell'altra. ma perché l'autrice ha deciso di mettere questo amore omosessuale senza nessun motivo? perché Francesca dovrebbe essere innamorata di Maddalena? forse perché è rimasta attaccata alla Maddalena dell'infanzia, visto che in 4 anni non si sono viste né sentite. non mi è sembrato amore, ma pura ossessione al passato. l'amore l'ho visto solo tra Noè e Francesca, e sinceramente ho mal sopportato il fatto che Francesca pensasse continuamente a Maddalena mentre era chiaramente innamorata anche di Noè. detestabile che, ogni volta che Francesca si trovava nei guai, arrivasse Maddalena come un deus ex machina, senza alcun senso, a salvarle la pelle. ma perché? anche questo dovrebbe alimentare il suo amore verso di lei? se fosse stato scritto in un altro modo questo loro legame non mi avrebbero infastidito così tanto. l'unica cosa bella di questo libro è stata l'ultima parte, quando Francesca e gli altri diventano parte della Resistenza.
e poi, veramente, basta, BASTA con queste storie di amicizia tra una ragazza gentile e tranquilla e una scalmanata vista da tutti come il demonio e una pazza. c'è già L'amica Geniale, che basta e avanza e non sarà mai superato da nessun'altra opera.
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Ambientato a Monza nel periodo fascista ritroviamo Francesca e Maddalena, le indimenticabili protagoniste del romanzo “La Malnata”. Sono trascorsi quattro anni da quando Maddalena è stata rinchiusa in manicomio perché a quel tempo le donne che non rispettavano i canoni stabiliti dagli uomini venivano “esiliate” nei modi più biechi e lei è la malnata, la maledetta. Francesca si è sempre sentita colpevole di questa situazione, essendo l’amica intervenuta per salvarla da uno stupro, e negli anni ha cercato di mantenere contatti con lei attraverso lettere che il padre prometteva di consegnare. Un giorno però, nel guardare in un armadio, ritrova tutte le missive mai recapitate e sentendosi tradita decide di scappare di casa. La ragazza si rifugia da Noè un amico “speciale” che decide di accoglierla, nonostante le conseguenze legali, instaurando un legame platonico. In quegli anni le donne passavano da essere “proprietà” dei padri a quella dei mariti, non erano libere di scegliere per la propria vita e lo scandalo suscitato da questa convivenza porta le malelingue a definirla la malacarne, la degenerata. Da questo incipit si dipana la trama del romanzo in cui le due ragazze si trovano ad affrontare nuove vicissitudini in un periodo storico molto difficile e complesso, la dittatura fascista, che le porta a rafforzare il loro legame amicale (o forse qualcosa di più). Dopo il romanzo d’esordio l’autrice ritorna con il sequel di un libro a mio parere bellissimo. Rientrare nelle vite delle due ragazze, vedere come la vita le ha cambiate e fatte crescere, nel bene e nel male, è stato emozionante. Anche in questo libro è centrale il ruolo delle donne, la loro forza, la tenacia e la resilienza nell’affrontare le difficoltà con la consapevolezza che cambiare la mentalità “patriarcale” è un percorso molto lungo e non rimane che lottare per dare una speranza alle generazioni future rappresentata nel finale con gravidanza di Francesca. Come nel precedente capitolo ho apprezzato molto l’ambientazione e l’utilizzo del dialetto brianzolo mi ha evocato piacevoli ricordi. È un libro vero, crudo che coinvolge e appassiona. Non posso che consigliarne la lettura. Merita. Molto bello.
Per chi dice che è paragonabile alla saga dell’Amica Geniale… beh si sbaglia di grosso! Non è assolutamente a quei livelli.
Devo dire che il primo 1/3 del libro non mi ha presa per nulla, poi ha iniziato ad interessarmi. Chiaramente lo sfondo storico/culturale della 2 guerra mondiale nell’Italia del Nord é indubbiamente affascinante ma quello che mi è piaciuto di più è stata la naturalezza con cui un amore a quell’epoca (ma forse anche oggi) proibito, é stato descritto e sviluppato.
Mi è piaciuto molto il personaggio di Noé e l’intelligenza con cui comprende ed accetta, soprattutto nella parte finale. Mi pongo sempre molte domande sulla possibilità di poter amare due persone allo stesso tempo. Secondo me una là si ama e basta e l’altra si impara ad amarla…
Nota negativa, degli spunti forzatamente femministi e di denuncia… troppo forzato. Ribadisco, non si può paragonare all’amica geniale che secondo me è un capolavoro.
Spero in un continuo ambientato nel dopoguerra, nell’epoca del boom economico. Spero che l’autrice non abbia paura di descrivere una storia che sicuramente è stata « scritta/vissuta » da donne coraggiose.
"...se se é mulher, a nossa raiva é loucura e solidão, e só ao crescer aprendemos que nos convém escondê-la."
."Para me lembrar que eles podem moldar a realidade como Ihes aprouver. Porque, se conheceres o pior que podem dizer de ti, nada te consegue surpreender."
"As palavras da minha mãe tinham-me feito perceber qual era o aspeto mais terrível de ser mulher: eu não pertencia a mim própria. Não havia saída para o facto de ser mulher."
"Não me importava com a dor; por outro lado, a ideia de deixar de existir aterrorizava-me."
"Somos loucas assim que nos tornamos inconvenientes ou dizemos coisas que os envergonham."
"Se são outros a decidir os limites da natureza que te pertence, é fácil acusarem-te de seres má e indisciplinada. É a melhor desculpa para não se confrontarem com aquilo que dizes: és doida e indigna da sua atenção."
A me spiace essere rimasta così delusa da questo libro, soprattutto perché l’autrice è giovane e ci sa fare perché l’ha dimostrato con la Malnata. Questo secondo libro non è all’altezza del primo. Si percepisce lo sforzo di inserire i personaggi in una Storia a cui non appartengono, specialmente la protagonista che non ha alcun pensiero approfondito, come un burattino mosso dal bisogno di dover portare avanti il racconto senza effettivamente capire perché. O forse sono io che non riuscivo a “sentirla”. E qui entra pure in gioco la ricerca storica, al contrario abbastanza solida, ma che ho trovato poco fluida nel racconto. Non l’ho trovato un romanzo costruito in modo speciale, soprattutto la prima parte è stata sofferta. Ahimè, pare una fanfiction frettolosa dell’Amica geniale. Sorry not sorry!
MERAVIGLIOSO🥹 Avevo amato La Malnata, ma questo ancora di più. Va più nel profondo, intreccia la Storia con la S maiuscola in modo più preponderante, è un viaggio stupendo a fianco di Francesca, che non dimenticherò mai. Dopo averlo finito sento già un vuoto, mi mancheranno Francesca, Maddalena, Noè, Filippo, persino Giuditta, mi mancherà sapere in che guai si cacceranno e rimanere con il fiato spezzato dalla paura. Il legame tra Francesca e Maddalena è uno dei più belli che abbia mai letto, mi ha fatto provare emozioni indescrivibili. Beatrice Salvioni ha fatto un lavoro fantastico di ricerca riguardo gli avvenimenti storici in ogni minimo dettaglio e ha costruito benissimo i personaggi. Di sicuro, qualsiasi altra cosa scriverà sarà subito mia! ❤️ Consigliatissimo❤️
Gostei, mas desta vez não me arrebatou como o primeiro. A história tem densidade e momentos que pediam mais ritmo, por vezes, quase se arrasta. Ainda assim, é uma conclusão necessária para o percurso de Francesca e Maddalena, duas amigas que me fizeram lembrar o universo de Elena Ferrante.
A amizade entre elas é o fio condutor numa narrativa passada no Norte de Itália, durante uma guerra que nos mostra o pior do ser humano: violência, vaidade e desespero. Um retrato duro e bem escrito, onde a esperança mal consegue respirar.
Não é perfeito, mas tem força. E vale pelas personagens femininas que resistem e crescem num mundo em ruínas.
si fa leggere, ma è una copia talmente spudorata di Ferrante che più di va avanti più diventa fastidioso: a partire da Maddalena, una scopiazzatura di Lila, fino ad arrivare addirittura allo stile di scrittura, un tentativo mal riuscito di copiare lo stile di Ferrante.
“O fascismo tinha sido uma infeção, um fungo. Um ódio aprendido de cor, palavras sem conceito. E, no entanto, surgia-me a dúvida de que, mesmo que Mussolini tivesse sido pendurado pelos pés, não tinha sido completamente extirpado. E talvez não fosse suficiente mantermo-nos vigilantes. Esse mal ainda estava ali, à espera sob a terra e sob a pele como um tumor. Assumiria outras formas, outras faces. E autoproclamar-se-ia sempre da justiça, da tradição, da moralidade.”
"La Malnata" mi era piaciuto tantissimo, è stato il mio romanzo preferito del 2023, questo mi ha deluso. Lo stile di scrittura di Salvioni è sempre ottimo e scorrevole, ma ho trovato la storia forzata. Anche se prevedibile, ho trovato l'amore tra le due protagoniste molto forzata. Di interessante c'è lo sfondo del fascismo e della resistenza italiana.
Si può piangere per un libro? Si può piangere per il dolore narrato, per l’attualità dello stesso? Si può piangere perché, terminandolo, anche se fa male, dovrai dire addio ai personaggi che ti hanno accompagnato durante tutta la lettura?
La Malacarne, di Beatrice Salvioni, pubblicato da Einaudi Editore, a tutte queste domande risponde: si.
La storia riprende, più o meno, da dove era terminata “La Malnata”, romanzo d’esordio dell’autrice, libro col quale forma una sorta di Dilogia. Ci troviamo in Lombardia, a Monza, in pieno ventennio fascista, periodo e tematica che divide il palco con le due protagoniste principali: Francesca e Maddalena.
Ma questo è romanzo collettivo, parla di quel buco nero che sono stati gli anni del ventennio, parla dei partigiani, parla del diritto di tutte le donne ad essere ciò che si è, a non rispettare le aspettative sociali, ad infrangere il diktat che vuole, tutto il mondo femminile, ricco di limiti imposti, sottomesso, con gli occhi bassi e fede al dito, a sfornare figli neanche fossero panzerotti.
Ricorda ed onora, raccontando la loro storia, tutte le donne internate, il titolo è un omaggio al Saggio di Annacarla Valeriano: “Malacarne. Donne e manicomio nell’Italia fascista.”.
Probabilmente non è un romanzo perfetto, ma è perfetto il modo in cui è in grado di trasportarti in quel tempo, in quel luogo, in quelle atmosfere, anche grazie ad uno stile perfettamente in linea, dialetto compreso. È perfetto come tramite tra fantasia e realtà. Questo perché i nomi saranno pure di fantasia, ma ciò che accadde, la sofferenza, no. È perfetto nel replicare, in parole, la complessità dell’animo umano in tutti i suoi stati, dai più alti e nobili ai più gretti, viscidi ed orribili. È perfetto nel ricordarci che cio che è passato è, in alcuni casi ed in alcuni paesi, in base al tipo di passato, ancora presente.
“Quel male era ancora lì, aspettava sotto la terra e sotto la pelle come un tumore. Avrebbe preso altre forme, altri volti. E si sarebbe sempre autoproclamato: giustizia, tradizione, moralità.”
Dedicato ai Malnati, dedicato agli Indocili, è un romanzo che mostra tanti aspetti della nostra vita e di come sia facile, deragliare dalla umana decenza ed entrare a far parte di quella fetta di società marginalizzata e discriminata. Ma è comunque un racconto salvifico, che riesce a scardinare in ottima parte cliché letterari, che ci mostra e ricorda che l’umanità può essere ricca di animo, che la speranza può e deve esistere, anche, e forse soprattutto, nelle relazioni umane. Di qualsiasi tipo esse siano.
"Sei diventata una malacarne. Marcia fin dentro le ossa". Le parole di mia madre mi avevano fatto capire quale fosse l’aspetto più terribile dell’essere femmina: non mi appartenevo. Non ero mia. Non esistevano vie d’uscita dall’essere donna
Il seguito de "La malnata" è un bel romanzo che intreccia la Storia alla condizione femminile, e conferma il talento affabulatore di Salvioni che sa catturare chi la legge attraverso un linguaggio evocativo, vivido e intenso, intrecciando narrazione e introspezione.
Il romanzo, raccontato in prima persona dal punto di vista di Francesca, esplora profondamente la condizione femminile nell'Italia fascista, evidenziando come le donne fossero spesso considerate proprietà degli uomini, passando dall'autorità del padre a quella del marito.
Il libro è suddiviso in quattro parti, tutte intense, e anche se ci sono alcune porzioni più monotone e noiose, oltre ad alcuni discorsi a mio parere un po' troppo moderni, e alcune scelte narrative discutibili nel contesto (la liberazione di Francesca su tutte, una scena un po' troppo "suicide squad") è chiaro il grande lavoro di ricerca storica fatto dall’autrice ed è bello andare a chiudere i cerchi rimasti aperti con il finale tronco del primo romanzo.
L'apprezzamento che ho provato per questo romanzo è sui piani storico e simbolico, la trama di per sé non ne fa un capolavoro.
Ho apprezzato il personaggio di Noè, un uomo gentile e comprensivo, che sfida le convenzioni sociali dell'epoca accogliendo Francesca nella sua casa dopo che lei fugge dal padre. Un gesto rivoluzionario nel contesto di una società patriarcale e conservatrice, nella quale una donna che vive con un uomo senza essere sposata è vista come un disonore.
Noè, da sempre innamorato di Francesca, diventa il suo rifugio, un sostegno emotivo e morale. La sua figura positiva contrasta con quella degli uomini autoritari e oppressivi che dominano il romanzo.
Maddalena e Francesca, insieme, rappresentano la forza della solidarietà femminile. Il loro legame trascende le difficoltà, diventando una fonte di speranza e resistenza contro l'oppressione.
Maddalena è la ribellione, il coraggio e la vulnerabilità delle donne che osano sfidare le convenzioni sociali opprimenti.
Francesca è un viaggio in una crescente consapevolezza di sé e di emancipazione, un simbolo di resistenza non solo contro le ingiustizie, ma anche contro le insicurezze che derivano dall'essere costantemente giudicata e limitata.
Una bella lettura, intensa e accattivante.
l'elefante nella stanza: l'amica geniale
L'ho già detto sia per "la malnata" di Salvioni stessa che per "Borgo sud" di Di Pietrantonio: c'è un prima e un dopo la quadrilogia di Ferrante e ormai qualsiasi storia che abbia per protagoniste due donne viene tacciata quasi di plagio.
Maddalena e Lila hanno in comune la complessità e lo spirito ribelle e indomito, per questo sono emarginate, e il loro rapporto fondamentale con un'altra donna rappresenta forza, conflitto e crescita. Hanno però caratteristiche diverse: Maddalena affronta apertamente il sistema che vuole schiacciarla, mentre Lila usa l'intelligenza per manipolare persone e situazioni. Hanno strategie di resistenza diverse, in contesti storici diversi. Maddalena mantiene simbolicamente intatta la propria lotta interiore, Lila si annulla, non si limita solo a sparire fisicamente.
Lenù e Francesca condividono la narrazione in prima persona incentrata sull'identità, la crescita e il desiderio di emancipazione in società oppressive, ma si sviluppano in contesti e con prospettive diverse. Lenù sfrutta l'istruzione, la cultura e la scrittura per emergere e distaccarsi dalla sua origine sociale. È segnata dalla costante tensione tra il desiderio di appartenere e quello di fuggire. Francesca ha, invece, una ribellione diretta alle imposizioni sociali e familiari, scopre un lato di sé violento, e trova supporto in Noè e Maddalena.
Lenù evolve in un arco narrativo molto lungo, maturando attraverso quattro romanzi che esplorano ogni fase della sua vita, dalle sue insicurezze giovanili fino alla sua affermazione come scrittrice. Francesca, invece, vive una crescita concentrata in una narrazione più breve, dove i momenti di trasformazione sono legati al rapporto con Maddalena, alla guerra e alla lotta contro le ingiustizie del suo tempo. Lenù e Francesca si confrontano con sfide differenti, pur condividendo una potente forza narrativa nell’esplorare la condizione femminile e i percorsi di emancipazione.
Noè e Enzo, pur avendo in comune l'affidabilità e il sostegno silenzioso, si differenziano per ruolo e sviluppo. Noè è buono ma statico, è funzionale alla crescita di Francesca ed ha un ruolo più limitato nel romanzo rispetto a Enzo, che attraversa molte fasi della trama e contribuisce a definire il personaggio di Lila. Noè e Enzo condividono la qualità di essere figure maschili positive e rispettose in contesti altrimenti opprimenti, ma differiscono per profondità narrativa e funzione. Noè è una presenza simbolica, con poco sviluppo, Enzo evolve, é complesso e sfaccettato.
Il rapporto tra Lila e Lenù è complesso, profondo e stratificato. È una relazione di amicizia intensa ma anche di competizione, che attraversa momenti di affetto, rivalità e ammirazione reciproca. Lenù vede in Lila un modello di intelligenza e creatività, ma anche un'ombra che la mette costantemente alla prova, spingendola a superare i propri limiti. Allo stesso tempo, Lila ammira e invidia Lenù per le opportunità che riesce a cogliere, soprattutto grazie all'istruzione e all'ascesa sociale.
Questa dinamica crea un legame unico, fatto di interdipendenza e crescita reciproca, in cui le due donne si influenzano profondamente, nonostante i diversi percorsi di vita. È un'amicizia che rappresenta anche le tensioni e le contraddizioni della condizione femminile in una società patriarcale.
Il rapporto tra Maddalena e Francesca è profondo e carico di significati diversi. Sono entrambe emarginate dalla società per il loro modo di essere, a prescindere dallo status sociale. Maddalena diventa un modello di coraggio per Francesca, che cerca di emanciparsi dalle catene del patriarcato e delle aspettative sociali. La loro amicizia è un rifugio e una forma di resistenza contro le ingiustizie, rappresenta la solidarietà femminile come un'ancora di salvezza, speranza condivisa e mutuo sostegno.
Lila e Lenù esplorano le sfumature dell’amicizia attraverso tensioni e competizioni, Maddalena e Francesca rappresentano una complicità quasi priva di conflitti, focalizzata su un amore impossibile, sulla lotta comune per la sopravvivenza e la libertà.
No, "la malacarne" non è "l'amica geniale". Possiamo accettare che esistano storie con due personaggi femminili legati tra loro senza bisogno di tirare sempre in ballo Ferrante?