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Gestão Sistêmica e Complexidade para Projetos de Software

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Por que tantos projetos de software, mesmo utilizando as melhores ferramentas e metodologias, ainda resultam em fragmentação, desalinhamento e esgotamento das equipes?

Este livro argumenta que a raiz do problema não está nas nossas práticas, mas em nossa forma de pensar. Em uma jornada que conecta as filosofias de Kant, Descartes e Aristóteles às dinâmicas organizacionais modernas, esta obra desvenda três padrões mentais que moldam nosso o Pensamento Analítico, que nos ensina a separar para conhecer; o Pensamento Sistêmico, que nos convida a unir para entender; e o Pensamento Complexo, que nos prepara para navegar na incerteza.

Ao transitar da metáfora do software como mecanismo para a do organismo e, finalmente, para a do ecossistema, o leitor descobrirá novas formas de olhar para a gestão dos seus projetos. Aprenderá a alinhar seus produtos com o negócio, a planejá-los e executá-los iterativamente, a ganhar eficiência no fluxo das tarefas, a coordenar e sustentar o ritmo da equipe enquanto avança no projeto.

Mais do que um manual de novas técnicas, este é um convite para uma nova consciência. É um guia para líderes, gestores e colaboradores que buscam não apenas entregar produtos de maior impacto, mas também criar ambientes de trabalho mais humanos, resilientes e adaptativos, redesenhando a gestão como um profundo ato de união.

295 pages, Kindle Edition

Published October 7, 2025

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Alisson Vale

4 books8 followers

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Profile Image for Raphael Donaire.
Author 2 books36 followers
December 9, 2025
Costumo chamar o Alisson Vale de filósofo do trabalho do conhecimento e esta nova obra não apenas sustenta esse rótulo, mas também o expande.

Em Gestão Sistêmica e Complexidade para Projetos de Software, Alisson faz algo raro: ele traduz conceitos densos de filosofia, teoria dos sistemas, psicologia e complexidade em ferramentas cognitivas acessíveis a quem vive a realidade concreta do desenvolvimento de software. Seu mérito não está em suavizar a complexidade, mas em tornar compreensíveis os fundamentos que sustentam nossas práticas e vieses ao construir produtos digitais.

O livro propõe uma travessia por três lentes: o Pensamento Analítico, o Sistêmico e o Complexo.

Ao fazer isso, Alisson nos chama para uma dança que nos leva a reexaminar as premissas que orientam nossa forma de produzir tecnologia. Cada lente revela limitações e possibilidades: o Analítico nos dá clareza local, mas frequentemente nos aprisiona na busca por controle. O Sistêmico nos permite enxergar interdependências e dinâmicas, mas ainda opera sob um futuro relativamente previsível. O Complexo, por sua vez, nos confronta com a incerteza radical e com a natureza viva das organizações, exigindo uma postura exploratória, presença e abertura.

Ao articular essas três formas de pensar, Alisson demonstra que construir software é, antes de tudo, compreender os porquês que nos movem. Não se trata apenas de estimar esforço para gerar uma entrega, otimizar recursos ou garantir que ninguém “erre”, afinal, como ele mostra com precisão, não errar está muito distante de acertar. O foco desloca-se da eficiência mecânica para a habilidade de construir significado: para que e para quem estamos fazendo isso? O que desejamos conservar? O que precisamos transformar?

A obra também provoca ao redefinir noções clássicas de gestão. Em vez de administrarmos “recursos”, Alisson sugere que passemos a administrar energia: a energia de uma equipe, de um sistema social, de uma organização que aprende. Em vez de tratarmos mapas (frameworks, métodos, modelos) como verdades universais, ele nos lembra que são atalhos úteis, porém limitados. Em territórios complexos, mapas ajudam pouco: é o caminhar atento que gera discernimento.

Outro ponto de inflexão importante é a reflexão sobre IA generativa. Alisson não a reduz à automação, mas a enxerga como um vetor transformador da própria natureza das organizações que passarão a operar como combinações dinâmicas de sentir, escolher e se transformar.

Ainda no campo das metaformoses, o livro nos convida a revisitar o papel do ego: não como um inimigo a ser domado, mas como uma força estruturante que, quando reconhecida, pode se tornar fonte de sentido e não de aprisionamento.

Há, portanto, um fio ético que atravessa todo o livro: construir software é mobilizar significado. A gestão deixa de ser um mecanismo de controle e passa a ser um mecanismo de mobilização do sentido compartilhado. O líder não é quem determina o plano, mas quem cria as condições para que o potencial do futuro, aquilo que "ainda não é, mas pode vir a ser", se manifeste.

No fim, Alisson entrega mais do que uma teoria da gestão do desenvolvimento de software. Ele oferece uma forma de olhar para o trabalho do conhecimento como prática humana, social e filosófica. É um livro que nos pede para ampliar o repertório, para suspender certezas, para abraçar a complexidade como condição do nosso tempo. E, sobretudo, para lembrarmos que software não é código: é uma expressão coletiva de propósito.

Vida longa e plena, Alisson.
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