Um desaparecimento misterioso. Dois inspetores à procura de respostas. Vários suspeitos.
Na noite de 5 de novembro de 2012, na cidade do Porto, Clara Paixão, de 12 anos, desaparece sem deixar rasto no caminho entre a escola e casa. É de imediato lançada uma investigação. Os inspetores Jaime Ferreira e Beatriz Peixoto, da Polícia Judiciária, são chamados ao local e veem-se enredados numa teia de segredos e mentiras.
Entretanto, na isolada Ilha do Poço Negro, o polémico jornalista Ademar Leal vive em penitência. Apesar de estar desempregado, resiste ao convite para escrever um livro sobre a resolução dos crimes do verão de 1985. Com o tempo, porém, os dias tornam-se inteiros e as noites, longas; as suas pulsões perseguem-no.
Até que, certa noite, recebe um telefonema perturbador que o obriga a mergulhar no caso mais chocante e macabro da sua carreira.
Miguel d’Alte is a Portuguese writer, born in 1990 in Porto, the city where he lives and writes. He holds a Master’s degree in Finance from the University of Porto and worked in the financial sector for nearly a decade before fully committing himself to literature. He has lived in the Czech Republic, France, Angola and Luxembourg — experiences that have shaped both his worldview and his writing. Alongside literature, his passions include travel, history and rock ’n’ roll. He has two dogs, Buk and Lolita. He studied fiction writing and screenwriting. His main literary influences include Charles Bukowski, Michel Houellebecq and João Tordo, and, within the thriller genre, Joël Dicker and Nordic crime fiction. In September 2022, he published his debut novel, "O Lento Esquecimento de Ser", set in Paris during May 1968. In October 2023, he released "Os Crimes do Verão de 1985", an acclaimed thriller centered on a cold case, marked by a claustrophobic atmosphere, which is set to be adapted for the big screen. His third book, the novel "A Origem dos dias", was published in September 2024 and was named by Jornal de Letras as one of the best novels of the year. In November 2025, he published his fourth book, "Todas as Famílias Felizes", a crime novel about the disappearance of a twelve-year-old child in Porto.
Miguel d'Alte é um escritor português. Nasceu em 1990, no Porto, onde reside. Mestre em Finanças, formou-se na Universidade do Porto e trabalhou na área financeira durante cerca de uma década. Viveu na República Checa, França, Angola e Luxemburgo. Persegue as suas grandes paixões: a literatura e a escrita, mas também viajar, a história, o rock 'n' roll. Tem dois cães, Buk e Lolita. Estudou escrita de ficção e guionismo. Elege como suas principais influências Charles Bukowski, Michel Houellebecq e João Tordo, e, no género thriller, Joël Dicker e os policiais nórdicos. Em setembro de 2022, publicou o seu primeiro livro, "O Lento Esquecimento de Ser", um romance ambientado em Paris durante o Maio de 1968, e, em outubro de 2023, "Os Crimes do Verão de 1985", um aclamado thriller sobre um caso arquivado, de ambiente claustrofóbico, e que será brevemente adaptado ao grande ecrã. O seu terceiro livro, o romance "A Origem dos Dias", foi publicado em setembro de 2024 e considerado no Jornal de Letras como um dos melhores romances do ano. Em novembro de 2025, publicou o seu quarto livro, "Todas as Famílias Felizes", um romance policial sobre o desaparecimento de uma criança de 12 anos, no Porto.
Há poucos livros (para ser honesto, poucas coisas) que me fariam ficar acordado duas noites seguidas até às 4 da manhã. Fi-lo com «Misery», com «Admirável Mundo Novo», «Crime e Castigo», uns quantos Saramagos e agora este «Todas as Famílias Felizes». É um policial em todo o seu esplendor, com a vantagem de estar muitíssimo bem escrito (outra coisa não seria de esperar do Miguel) e com um desenho de ação equilibrado e entusiasmante. Confirma que o Miguel D’Alte faz parte daquela mão cheia (a que pode faltar um dedo!) de escritores portugueses atuais que elevam a literatura a um lugar de rigor e excelência.
No seu novo livro Miguel D'Alte leva-nos ao Porto, mais concretamente à zona de Aldoar, cenário do desaparecimento da pequena Clara Paixão de 12 anos. A Polícia Judiciária é chamada ao local para investigar e começa a perceber que nem tudo é o que parece e que o caso é muito mais complexo do que aparenta. Na Ilha do Poço Negro, Ademar Leal, que já conhecemos do livro Os Crimes do Verão de 1985, vive no seu auto-imposto isolamento até receber um telefonema que o faz regressar ao Continente para investigar o desaparecimento de Clara, investigação esta que se vai tornar na mais macabra e perturbadora da sua vida. Neste seu novo policial, Miguel D'Alte, constrói mais uma vez uma trama electrizante com personagens complexas e imperfeitas que têm que conviver com os seus demónios interiores. A narrativa é construída a partir de uma estrutura peculiar, alterna a investigação policial feita no presente com capítulos do livro que o Ademar está a escrever, o que torna o livro ainda mais viciante. Ao contrário das minhas companheiras de leitura eu gostei do final e não fiquei surpreendida por ter este desfecho, era previsível e faz todo o sentido para mim. Muitos parabéns Miguel por mais um livro espectacular que tem como cenário uma zona da nossa cidade que eu conheço tão bem!
É preciso alguma mestria para se escrever um policial com esta profundidade. Com o regresso de Ademar, o autor deu-nos aquele sentimento de aconchego, o velho conhecido por quem temos apreço. A personagem que transita do policial anterior tem novos fantasmas, mas também um lado mais humano, mais terno.
A estrutura do livro está muita bem conseguida, uma fórmula que nos faz querer ler "só mais um capítulo" constantemente. É uma narrativa dura, com situações que incomodam, mas nada é escrito com o intuito de chocar. É um livro que me fez pensar muito nestas crianças, nas crueldades a que são sujeitas, no Mal que habita em alguns seres.
Miguel D'alte é, definitivamente, um autor de excelência.
Todas as Famílias Felizes, de Miguel d’Alte, é um policial que começa de forma aparentemente simples com o desaparecimento de uma menina de 12 anos no Porto, Clara Paixão, mas que se transforma rapidamente numa história cheia de camadas, segredos e dilemas morais.
O autor constrói o enredo com uma precisão incrível, alternando entre a investigação policial e a vida de Ademar Leal, que conhecemos no em Os crimes do verão de 1985.
À medida que a história avança, percebemos que nada é o que parece e que cada personagem guarda a sua própria verdade. O resultado é uma narrativa intensa, cheia de tensão e de momentos que nos deixam a questionar tudo.
O que mais me impressionou foi a forma como o autor equilibra o suspense com a profundidade emocional. Não é apenas sobre descobrir “quem fez o quê”, mas sobre entender o porquê — e o preço que cada um paga por aquilo que decide esconder. As personagens são complexas, cheias de falhas e contradições, o que torna a história ainda mais credível e envolvente.
Admito que achei que o livro tem algumas páginas a mais, o que fez com que eu perdesse um pouco o entusiasmo a meio, mas voltou em força na reta final. O desfecho é brutal, surpreendente e faz tudo valer a pena. Todas as Famílias Felizes é uma leitura intensa, emocionante e surpreendente.
«…mistura diferentes tipos de narração, desde primeira pessoa a relatos dos acontecimentos ao longo dos dias da investigação, passando por excertos de um livro ou transcrições de interrogatórios. Todos estes elementos tornaram a leitura muito mais interessante do que se tivessemos apenas um ponto de vista, e senti-me sempre muito agarrada à história.»
Mais um livro que foi devorado em 3 dias! Que ritmooooo!!!
Amei, amei, amei e estive sempre envolvida em toda a narrativa! Fiquei ansiosa, desconfortável, suspirei, engoli gritos, pus a mão no peito de choque, fiquei em suspense... Este livro teve de tudo!
Tenho de salientar que tanto a escrita como a revisão/edição estão perfeitas! Isso ajuda muitooo no ritmo de leitura e na própria envolvência na história.
Faltam-me palavras para descrever este livro... A escrita fluida a que o Miguel nos habituou está aqui em todo o seu esplendor!! Entramos depressa na acção (no desaparecimento da Clara de 12 anos) e depois não queremos parar de ler, queremos saber tudo, acompanhar a viagem alucinante até ao desfecho e que desfecho!!! Se um livro nos deixa neste frenesim, tem de ser mesmo bom e é!!! Recomendo muito!!! Tudo o que o Miguel escrever, vou querer ler!!
Para mim, o melhor livro do Miguel D’Alte ! Adorei !!! Mega bem escrito e com uma história super cativante. Continuarei a ler todos os livros do autor.
Miguel D'Alte entrega, mais uma vez, um policial de excelência. Se tinha gostado muito de "Os crimes do verão de 1985", fui incapaz de largar a leitura deste novo livro. Uma trama excepcionalmente bem urdida, com personagens marcantes. À semelhança dos restantes livros do autor o protagonista, é um homem angustiado, que se debate com os seus demónios.
Bravo Miguel D'Alte 👏🏻👏🏻👏🏻! Tenho a certeza que no futuro irei ler mais acerca da ex-inspectora Beatriz Peixoto 😉
Miguel D’Alte regressa ao género policial com todos os elementos calculáveis: o desaparecimento de uma adolescente, a investigação da polícia, as pistas que aparecem e as dúvidas sobre a família. Repesca a personagem Ademar do seu policial anterior, o que é habitual em livros deste género. No entanto, o autor vai mais além do que é expectável no género policial: aposta numa narrativa intensa e complexa, narrada a duas vozes, intercalando o relato da investigação com excertos do livro que Ademar escreveu após os acontecimentos, misturando excertos do livro de Ademar, registos pessoais e transcrições de interrogatórios. São tantas as questões e perspetivas que vão surgindo no desenrolar da investigação que foi quase impossível parar de ler até chegar à última página! Numa linguagem muito cuidada e precisa, com ritmos diferentes (entre os avanços da investigação e as pausas dos excertos do livro), vamos conhecendo os contornos do desaparecimento e todas as contradições da investigação. A opção de escrever a narrativa em diferentes planos alarga a experiência de leitura, porque temos diversas perspetivas, como se estivéssemos num labirinto de versões da história, com a verdade sempre em construção. O espaço onde tudo acontece é muito familiar para mim, o que conferiu muita veracidade à narrativa. Conheço bem os espaços geográficos de Aldoar, no Porto (e já começa a ser habitual o autor referir nos seus livros espaços bem próximos da minha realidade, começo a achar que somos “vizinhos”!). É neste espaço que as personagens tão bem construídas se movimentam: personagens complexas, imperfeitas, cheias de questões e cada uma com os seus próprios fantasmas e dilemas. Considero Todas as famílias felizes um policial construído de forma muito inteligente, que distrai sem subestimar a capacidade do leitor. Foi, sem dúvida, um experiência de leitura viciante, como todos os livros de Miguel D’Alte!
Clara Paixão desaparece a caminho de casa, no centro do Porto, quando sai dos treinos de basquetebol. O pai de Clara dá logo o alerta e pede ajuda a Ademar Leal, o jornalista que conhecemos de “Os Crimes do Verão de 1985”. Os inspetores Jaime Ferreira e Beatriz Peixoto investigam o caso, mas a diferença de idades e feitios (e problemas pessoais), não ajuda à cooperação. O resultado é uma história complexa, macabra e violenta que, embora possa ser lida isoladamente, deve ser precedida do livro que mencionei. E agora, Miguel?... Haverá mais alguma investigação conduzida a partir do Poço Negro?...
sou suspeita gosto muito dos livros do Miguel. são cativantes, interessantes e cada capítulo leva nos a querer ler mais e mais. uma história pesada mas que eu gostei muito. recomendo muito que leiam os livros do Miguel.
Adorei a leitura! O livro está muito bem organizado, com capítulos curtos e intensos, intercalados com excertos que dão um ritmo viciante à narrativa. O enredo é incrivelmente bem delineado, sem pontas soltas — tudo encaixa no final.
Para mim, tem um toque macabro que só acrescenta qualidade e torna a experiência ainda mais marcante.
Um livro que recomendo sem hesitar. Para mim, foi mesmo uma leitura 5 estrelas.
O Miguel reafirma-se como um dos meus escritores portugueses favoritos com o seu novo policial. Voltámos ao Porto, voltamos a acompanhar o nosso querido Ademar do thriller anterior, porém num enredo muito mais viciante. Tive muita dificuldade em pousar o livro, porque cada vez que pensava que podia, havia algo que aguçava a curiosidade para a página seguinte. Os capítulos curtos, e a maneira como foi construído, resultam em noites com pouco sono porque “é só mais um capítulo”. Uma escrita exímia, um enredo intenso e muito bem construído, onde nada é o que parece, e que nos leva a questionar tudo. (Pensei que desta vez ia apanhar o culpado antes do final, mas não consegui). Adorei a estrutura do livro, a humanização das personagens, o ambiente tão familiar para quem é do Porto, e a conjugação do policial com um lado mais emocional. “Viver é educar a morte.”
5 ⭐️ perfeitinhas e alinhadas. Já tinha ficado maravilhada com o fantástico "Os Crimes do Verão de 1985", e Miguel d'Alte não desiludiu com este novo livro! Para continuar a seguir com imensa atenção! 👌❤️
★★★★★ 5 estrelas Todas as Famílias Felizes, de Miguel D'Alte, é um livro intenso, sombrio e profundamente envolvente. A alternância entre personagens e tempos está muito bem conseguida e dá um ritmo quase cinematográfico à narrativa, mantendo-nos sempre em tensão. A ação é constante, mas nunca gratuita: cada cena contribui para o peso emocional da história. O autor aborda um tema pesado — como deve ser abordado — sem ligeireza nem concessões fáceis. É um livro duro, por vezes desconfortável, mas que, paradoxalmente, transborda esperança: a ideia de que, mesmo num mundo cruel, bastam alguns poucos “peões” que se importem verdadeiramente para fazer a diferença. Foi o primeiro livro que li do autor… e agora não há volta a dar. Vou ter de ler todos os anteriores. Mais uns quantos a entrar diretamente para a minha TBR. Parabéns, Miguel. Que livro.
Gostei bastante do livro. A escrita é excelente e o caso policial está todo muito bem construído.
Não chegou às 5 estrelas porque considero que faltou equilibrar um pouco a balança com tanta tragédia. O caso policial em si já era bastante trágico. Para mim o resto precisava de alguma luz em vez de tanta escuridão e tragédia.