As portas estavam trancadas. As janelas, também. Martinha Escobar carrega a culpa pelo desaparecimento da irmã Sofia. Tinha apenas quinze anos quando a menina de três desapareceu misteriosamente de casa. Tornou-se a principal suspeita. Dois anos depois, são encontradas as ossadas de uma criança e o ADN não deixa dú é Sofia. O caso é encerrado quando um suspeito confessa o crime. Treze anos depois, Martinha é agora uma respeitável jovem antropóloga forense. Durante as buscas por um menino desaparecido, um esqueleto é descoberto nas margens de um lago. Martinha é chamada a investigar e envolve-se mais do que espera — não apenas no caso, mas também numa inesperada exposição canina, ao lado do seu cão Castro Laboreiro, onde se cruza com duas mortes misteriosas e com um sem-abrigo amnésico. Enquanto o passado do estranho homem se entrelaça com segredos enterrados na história da própria família Escobar, Martinha mergulha num quebra-cabeça sombrio. No fim do caminho, não estão apenas as respostas para os novos crimes — mas também a verdade surpreendente sobre o que realmente aconteceu a Sofia.
Na sombra de Alice é um triller a não perder conta-nos a história de uma antropóloga forense na análise daquilo que parecer ser mais um crime mas vem desenterrar traumas e histórias do passado relacionados com o desaparecimento da sua própria irmã. Adorei o livro que nos conta em dois estilos diferentes o presente e passado que levou ao desaparecimento de uma criança há tantos anos atrás. Adorei recolher as pistas e tentar perceber quem seria o assassino. O final é surpreendente! A escrita é muito cuidada e elegante, os locais (imaginários) parecem qualquer vila que já conhecemos e gostei do final positivo da história. A Martinha merecia!
Recomendo este triller não por ser escrito por uma portuguesa, mas porque é realmente um livro bom e viciante. O fim surpreende!
Um livro entre o romance e o thriller, entre o presente e o passado, cheio de supresas e descobertas surpreendentes. Pormenores curiosos e inesperados que acompanham toda a história numa escrita bem delineada e perfeita. Uma livro cativante numa leitura viciante.
Há livros que nos prendem pela história, outros pelas personagens. Este faz as duas coisas. O ritmo é envolvente, preciso, e nunca nos perde pelo caminho. A alternância entre passado e presente está magistralmente construída, criando uma tensão crescente e reviravoltas inesperadas. As personagens são complexas, humanas e cheias de verdade — daquelas que deixam marcas. E, quando chegas ao fim, dás por ti com saudades… sobretudo da Martinha, que ainda me acompanha dias depois de fechar o livro. Fico à espera do segundo volume, curiosa por descobrir o próximo esqueleto no armário.
Martinha é uma antropóloga forense em Mora que, há 13 anos, enquanto adolescente, foi considerada suspeita do desaparecimento da irmã de 3 anos. No entanto, o caso foi encerrado dois anos depois, quando o corpo da pequena Sofia apareceu, tendo sido encontrado o culpado. Martinha aprendeu a viver o melhor que pode com todas as sequelas da situação. Quando é chamada a analisar umas ossadas que apareceram no fundo que um lago privado da Quinta do Solar, está longe de imaginar que os contornos da história envolvem a sua família! A narrativa alterna entre o presente e os anos 70, 80 e 90 do século passado. Não consigo comparar a escrita desta autora a nada que tenha lido até agora! Que original! Gostei muito dos comentários irónicos e fiquei a saber termos que desconhecia sobre anatomia humana! Por vezes, dei por mim a pensar que certas situações pareciam não fazer sentido, mas… tudo faz sentido no fim! Gabriela Domingues ganhou mais uma fã!