Numa bela manhã de primavera, um desconhecido chega à aldeia. Vem da Lusitânia, essa terra ensolarada a ocidente da Hispânia que se encontra também sob o jugo de Roma. E trata-se de um antigo escravo com quem já nos tínhamos cruzado em O Domínio dos Deuses, que veio pedir ajuda aos nossos irredutíveis Gauleses pois conhece os potentes efeitos da Poção Mágica. É o começo de uma nova aventura para Astérix e Obélix!
Ao fim de 40 volumes, finalmente temos uma aventura na nossa Lusitânia. Achei divertidíssimo. Todas as referências são deliciosas. Só dispensava aquela parte dos pastéis de nata.
Endlich mal wieder ein Asterix, wie ich ihn liebe. Voller Wortwitz und Anspielungen, wie einer Orgie mit den größten Unternehmern des römisches Reiches: Marcus Zuckergus, dem Kontrolleur sämtlicher Papyri, dem Wagenproduzenten Vauvepolos, dem helvetische Banker Steuertrix und nicht zu vergessen Elonmus. Der Zenturio heißt Pistorius und die Kneipe in der lusitanischen Hauptstadt Vaso da Gama. Nur der arme Obelix leidet unter der ständigen Melancholie der Lusitanier und ihrer Leidenschaft für Kabeljão. Ich habe mich herrlich amüsiert. Und mit der Geschichte des lusitanischen Freiheitskämpfers Viriato habe ich auch noch etwas gelernt.
Ó pá, ouçam bem, malditos romanos! O povo unido jamais será vencido! Prisioneiro MCMLXXIV
Os livros de Astérix, confesso, nunca me encheram as medidas, mas não seria portuguesa se não cedesse à curiosidade de saber o que viu e o que achou da Lusitânia o indomável gaulês... E, ó pá, vou até fingir que não enterrei 10€ nisto, porque o que ri desde que abri este livrinho até que valia mais uns cêntimos! Acredito, aliás, que pouquíssimos leitores (que não os fãs) não tenham sido levados pela mesma fatalidade masoquista de saber como nos vêem os irredutíveis gauleses que resistem agora e sempre ao inimigo, e arrisco dizer que ainda menos sairão defraudados da leitura (há aqui um apelo particularmente forte para o leitor português). O bacalhau e o pastel de nata estão cá, a saudade e a melancolia também, tal como o fado e as falácias históricas, a hospitalidade e a verborreia, entre um cento de pequenos outros apontamentos e estereótipos que funcionam precisamente pelo excesso cómico. As tiras são delicadas e pintadas com a luminosidade excecional do sol peninsular, o enredo é divertido, os trocadilhos são bem pensados para dar umas alfinetadas nos poderes instituídos e, pelo meio, ainda se encontra espaço para o comentário social (com uma piscadela de olho aos immigrants portugais e a Lio*) e umas referências ao crescimento dos discursos extremistas, ao capitalismo e ao monopolismo económico. E tudo isto nasce de um álbum de viagens e de uma caricatura de Fernando Pessoa**. Vamos ser francos, é um cliché de 48 páginas, mas divertidíssimo!
Astérix: ...limita-te a parecer Lusitano... Obélix: A parecer lusitano? E como é que se parece lusitano? Astérix: Tenta pôr um ar triste e alegre ao mesmo tempo!
* A tradução deste volume deve ter dado água pelas barbas e, inevitavelmente, há o que se ganha e o que se perde nesse processo. Neste caso, é uma referência à cantora e atriz luso-belga, Lio. Uma de várias homenagens simpáticas dos autores que, ironicamente, se perdem por questões culturais. ** Boulquiès (Tristês, na tradução portuguesa) é uma personagem originalmente pensada por Uderzo como caricatura de Fernando Pessoa que, apesar de não saber cantar, logo num dos primeiros volumes destas aventuras, O domínio dos deuses, se oferece para recitar qualquer coisinha.
Astérix na Lusitânia: entre o humor, a história e a saudade
Cresci a ler Astérix. Aprendi expressões, história e humor com esta banda desenhada que, livro após livro, me levava a viajar sem sair do lugar. Tenho quase toda a coleção, t-shirts, meias, peluches — e um carinho especial por personagens que vão muito além do herói principal. Talvez por isso, quando soube que a nova aventura se passava na Lusitânia, senti muita curiosidade… e algum receio. Quando o nosso país entra no universo de uma obra tão icónica, o espelho pode ser generoso — ou exagerado.
Astérix na Lusitânia é especial desde logo pelo cenário. Portugal surge aqui através de referências facilmente reconhecíveis: o fado e Amália Rodrigues, os pastéis de nata, as lojas de azulejos, a calçada portuguesa e até um eléctrico puxado a cavalos. Há um olhar atento sobre símbolos culturais que fazem parte do imaginário português, ainda que filtrados pelo humor característico da série. A pedreira que o Obélix imagina servir para menires, mas afinal é para a calçada, é um desses momentos em que a piada funciona precisamente por cruzar o mundo gaulês com a identidade local.
As personagens continuam a ser o verdadeiro coração da história. Embora Astérix dê nome à série, é difícil não olhar para o Obélix como a figura mais humana e emocional. Grande, forte, sensível, acompanhado sempre pelo pequeno Ideafix, ele representa aquele contraste delicioso entre força e fragilidade. Na Lusitânia, esse contraste acentua-se: ao mudar de visual, o Obélix sente-se deslocado, incapaz de se reconhecer sem as suas tranças. A perda da aparência habitual torna-se quase uma perda de identidade. Há também a fome — constante — que o acompanha nesta viagem. O bacalhau aparece vezes sem conta, mas não o satisfaz. Falta-lhe o javali, a comida que o liga à sua aldeia, ao conforto, à pertença. E aqui, a fome deixa de ser apenas física. É simbólica. O Obélix pode estar rodeado de boa comida, mas sente falta daquilo que o define. É uma leitura subtil, mas poderosa, sobre o que significa estar fora do nosso lugar.
Talvez não seja por acaso que o Obélix se apaixona por uma rapariga chamada Saudade. O nome não é inocente. É quase uma declaração de intenções dos autores: condensar numa personagem aquilo que tantas vezes se associa à identidade portuguesa. A Saudade, aqui, não é apenas romance — é melancolia, memória, ausência. É o tom que atravessa muitos dos lusitanos retratados, que falam frequentemente de forma triste ou derrotada em que até Obelix se queixa de estar a ficar deprimido.A explicação histórica surge associada à época de Viriato, como se a resistência e a perda tivessem deixado uma marca profunda no povo.
Asterix: Ó pá, somos os novos cozinheiros. Obelix: E eu estou ó pá triste de tanta alegria.
O humor, como sempre, está presente — e nem sempre funciona da mesma forma. A repetição exagerada de certas expressões, como o “ó pá", soa forçada e quebra um pouco a naturalidade do texto. Lembra-nos que este é um olhar estrangeiro sobre Portugal: divertido, atento, mas por vezes excessivo. Ainda assim, há achados brilhantes, como quando o Obélix descreve os portugueses como “tristes de tanta alegria". A expressão, embora dita em tom de brincadeira, capta algo surpreendentemente verdadeiro: a capacidade de rir, de cantar, de celebrar, mesmo carregando um peso invisível.
Obelix: Peixe seco, vinho ácido... é impressão minha, ou eles têm um problema com a alimentação?
Vinhorrosês: Ó pá, na Tasca do Vasco da Gama descobrem-se novos mundos.
A dinâmica clássica da aldeia gaulesa mantém-se intacta.O ferreiro que não suporta ouvir o bardo cantar e ameaça espancá-lo, as discussões constantes que acabam sempre da mesma forma: à pancada — e, no fim, num grande festim. É esta repetição ritual que dá conforto ao leitor e reforça a sensação de regresso a casa, mesmo quando a história nos leva para longe.
E os Romanos que não podem faltar.
Como em todas as aventuras de Astérix, aprende-se sem sentir que se está a aprender. Entre trocadilhos, exageros e situações absurdas, há história, há cultura e há observação social. Astérix na Lusitânia não é apenas uma visita a Portugal; é um retrato humorístico — por vezes exagerado, por vezes certeiro — de como um povo é visto de fora.
No final, fica a sensação de um espelho ligeiramente torto, mas reconhecível. Vemo-nos ali: resistentes, irónicos, melancólicos, hospitaleiros. Talvez mesmo “alegres tristes”. E, como sempre no universo de Astérix, tudo termina à mesa, em celebração, lembrando-nos que, apesar das diferenças, há coisas que são universais: a amizade, a partilha e a capacidade de rir de nós próprios.
Uma ótima história cheia de referências Lusitanas carregadas de bom humor e muita melancolia! Ainda deu para aprender sobre o famoso Garum o condimento romano que era produzido por estas bandas. Mas, oh pá, desesperei um bocado com a quantidade de Oh pás!
Fico a pensar o quanto de liberdade artística tem cada uma destas traduções e como seria o texto original, uma vez que há tantas referências da cultura nacional e até de expressões portuguesas no texto da edição Portuguesa
Diesem und noch viel mehr, aber diesem hauptsächlich, begegnen unsere Freunde Asterix und Obelix, wenn sie in Asterix in Lusitanien nach dem antiken Portugal aufbrechen, um dort einem Händler aus der Patsche zu helfen, der fälschlich bezichtigt wurde, Julius Caesar mit importiertem Garum [1] vergiftet haben zu wollen. Momentan schmachtet er in einem Verlies und wartet dort auf seinen Auftritt im Circus. Allerdings genügt es nicht, ihn einfach aus dem Gefängnis zu befreien, sondern angesichts der Tatsache, daß er angeblich Caesar habe vergiften wollen, müssen Asterix und Obelix auch seine Unschuld beweisen, da Caesar ihn ansonsten wieder aufspüren würde. Das ist erzählerisch schon einmal eine sehr gute Prämisse, denn sie erfordert seitens Asterix‘ auch ein listiges Vorgehen, anstatt es ihm einfach zu ermöglichen, sich auf seinen Zaubertrank zu verlassen.
Während unsere Freunde sich an die Befreiung des Händlers Schãoprozes machen, tauchen sie in die Kultur vor Ort ein, die vor allem von der Saudade, dem typisch lusitanischen Weltschmerz, geprägt ist, welcher sogar einem Trupp Römer die Lust am Kämpfen vergehen läßt. Auch Obelix gelingt es, die Saudade zur Perfektion zu entwickeln, so daß nach seiner Darbietung derselben ein römischer Legionär seinen Argwohn verliert und spricht: „Auf einmal hab ich Lust, auf einem arthritischen Esel durchs Avernerland zu reiten.“ Allerdings treffen die beiden Helden auch auf eigene Landsleute, nämlich das Rentnerehepaar Mandarfjanix und Flottebine, die mit ihrem Wohnwagen durch Europa reisen und ab und zu ihre Wut über moderne Entwicklungen aus dem Bauch lassen. Aber auch ein gerüttelt Maß an Kapitalismuskritik findet sich in Asterix in Lusitanien: Hinter dem Komplott um Schãoprozes steckt nämlich der römische Präfekt Fetterbonus, der seinem Vetter Croesus Lupus, einem Farum-Monopolisten, und nicht zuletzt sich selbst einen Dienst erweisen möchte, indem er die unliebsame lusitanische Konkurrenz ausschaltet. Auf seiner Yacht Davos veranstaltet Fetterbonus eine prachtvolle Orgie, zu der neben Caesar auch Geschäftsgrößen wie Marcus Zuckergus, Vauwepolos oder Elonmus geladen sind. Sehr amüsant ist auch der Besuch Asterix‘ und Obelix‘ in der Firma des Croesus Lupus, wo sich Asterix erst ein Kundenkonto anlegen und dann durch den Spießrutenlauf der Paßwortauswahl – mit Zahl und Sonderzeichen – gehen muß. Als vermeintliche Vertreter der Werbeagentur Veni, vidi, vendidi nehmen die zwei Gallier an einer Marketingsitzung teil, deren Leiter dem Obelix nachgerade postantiken Humor bescheinigt und seine Rede mit lateinischen Modewörtern – cerebrum tempestas – würzt.
Alles in allem ist Asterix in Lusitanien für mich der bislang gelungenste Band der post-Uderzo-und-Goscinny-Ära, denn er steckt voller Wortwitz, Situationskomik und zeitgeschichtlicher Anspielungen und erzählt dabei eine spannende und wendungsreiche Geschichte. Gekrönt wird er noch dadurch, daß die zwei Gallier zwischendurch immer wieder in die Rolle von Lusitaniern schlüpfen, was dem Obelix so gar nicht gefällt, da er findet, die lusitanische Frisur verschaffe ihm eine zu hohe Stirn.
Mein Lieblingspanel ist ein Beispiel eben der angesprochenen Situationskomik: Auf Seite 32 wird gezeigt, wie sich Asterix und Obelix als Lusitanier verkleidet Zutritt zu dem Gefängnis verschaffen wollen, in dem Schãoprozess festgehalten wird. Auf einen Wachtposten treffend, erklärt Asterix kurzerhand, sie seien die neuen Köche und stellt sich als Armdesgesetzes und Obelix als Infettfrittiertes vor, worauf dieser, vor dem Wachtposten aus seiner Rolle fallend, aufbraust: „Hä?! Wieso bin ich jetzt Infettfrittiertes?!“
Kurzum, Asterix und Obelix sind in diesem Album wieder in Höchstform, und so gönnt man ihnen denn auch das auf der letzten Seite obligatorisch stattfindende Bankett mit Wildsão statt Kabeljão.
[1] Garum war mir vorher nicht bekannt. Es handelt sich um eine Soße aus Fisch, der stark eingesalzen in der Sonne fermentiert wurde, und war ein sehr beliebtes Würzmittel in der antiken römischen Küche. Obelix mag es nicht. Überhaupt scheint er der lusitanischen, wildschweinarmen Küche nicht sehr zugetan zu sein, wenngleich er an einer Stelle sagt, es müsse einfach sein, daß, wenn man ins Ausland reist, man auch die lokalen Spezialitäten verkostet. Damit meint er allerdings die römischen Legionäre, die in Lusitanien stationiert sind.
Asterix in Lusitanien (Portugal). Klassisches Rezept: ein Lusitanier kommt mit einem Handelsschiff in das bekannte namenlose Dorf und bittet um Hilfe, Asterix und Obelix fahren nach Lusitanien um zu helfen. Wieder ein lokaler Herrscher der gerne Cäsar werden möchte und diesen per Trick besiegen will, was unsere Freunde irgendwie verhindern. Nette Sprachspiele mit den emotionalen, traurigen Lusitaniern, Fado und Verkleidungen. Ein besserer neuer Asterix. Erstmals auf englisch und digital gelesen
E os nossos heróis vão até à Lusitânia ajudar quem precisa e resolver um caso de corrupção no molho preferido de César. Uma compilação de anedotas, contadas com o carinho dos autores onde se busca a essência lusitana. Diverti-me a ler esta caricatura do nosso povo e ainda me ri por saber como nos vêem os autores desta banda desenhada. Mas foi feito com carinho e está tudo lá, com os exageros necessários. Deixou-me um sorriso na cara e isso é o importante!! :-)
Deze nieuwe Asterix heeft niet de rijkdom van de klassieke albums, maar het heeft de sfeer en de tekenstijl van de oude verhalen (knap gedaan!). Tegelijk hebben de makers met een modern vleugje maatschappijkritiek en geestige woordgrappen ook een eigen richting ingeslagen.
As a Portuguese, ancient Rome enthusiast and archaeologist, this adventure took me on a journey back in time to old Olissipo and all the references 10/10 ✨
I always purchase a new Asterix and generally these comics rarely fail to entertain me. This time I felt bored, looking for things to do while reading. Asterix, Obelix & Idefix travel to Lusitanie, Portugal in Roman times in order to save a friend from the greed of a group of people who also aim at Ceasar. Yes the story is funny, but it feels like the story is too slow at times. It certainly is not one of the better stories in recent times.
Ein neuer Asterix! (Hab ich diesmal viel zu spät mitbekommen)
Fast ganz Europa ist von den Römern erobert – auch Lusitanien, das wir heute unter dem Namen Portugal kennen. Julius Cäsar schätzt an diesem westlichen Protektorat das dort produzierte Garum, eine würzige Soße aus Fisch. Als er jedoch nach einer Lieferung Garum das Bett hüten muss, stellt sich die Frage, ob man eine der Flaschen vergiftet hat, um den unbeliebten Besatzer zu ermorden. Ein unschuldiger Garumhersteller wird zum Entsetzten seiner Familie verhaftet. Als man im gallischen Dorf von diesen Vorkommnissen hört ist sofort klar, dass man den Lusitaniern zur Hilfe eilen muss – und so machen sich Asterix und Obelix auf den Weg, den in Ungnade gefallenen Schãoprozes zu befreien und die Frage nach dem vergifteten Garum aufzuklären. ______________
Netter Comic, war ganz lustig. Mir tut es auch einfach leid, dass diese neuen Asterixbände gar nicht schlecht sind, aber trotzdem einfach nie an die Bände heranreichen werden, die man als Kind hundertmal gelesen hat. Einfach, weil die gemeinsame Geschichte zwischen mir und diesen Comics fehlt.
Mir hat dieser Band überraschend gut gefallen. Es gibt eigentlich nicht viel Neues im Asterix-Land: Die Zeichnungen orientieren sich sehr genau am großen Vorbild, es gibt die üblichen Zutaten (römische Legionäre, Piraten, Cäsar, ein errötender Obelix usw.) es gibt viel Wortwitz und treffend karikiertes Lokalkolorit (z.B. die melancholischen Lieder und ihre Auswirkungen auf die römischen Legionäre). Vor fünfzig Jahren wäre ich begeistert gewesen, aber auch jetzt hatte ich noch meinen Spaß…
Não sou nenhum expert ou fã incondicional das BDs de Asterix. Li algumas em criança e diverti-me imenso com os filmes. Mas tal como outras BDs clássicas franco-belga, são personagens que nos estão constantemente na memória pois crescemos com elas ou a ouvir falar delas.
No entanto esta nova BD despertou me logo o interesse por ser a primeira em que estes nossos “amigos” vão passar por terras Lusitanas. Todos os clichês e estereótipos portugueses estão lá, seja *oh pá* pela melancolia, *oh pá* pelos pastéis de nata, *oh pá* pelo fado, ou *oh pá* até pelo “O povo unido jamais será vencido”.
Foram páginas divertidas que me fizeram rir e guardar com carinho está na coleção. Aos fãs irá agradar certamente, aos não tão fãs despertará curiosidade!
Ó pá, gostei! Depois de ler alguns volumes da dupla original, senti alguma diferença, tanto nas cores como na narrativa, a qualidade não é a mesma. Mas, diverti-me, algumas piadas fizeram-me dar gargalhadas, gostei de ver muito dos clichés portugueses e das referências à nossa cultura, e é sempre agradável ver os nossos heróis a salvar o dia. Um ponto negativo: não sei como é a versão original, na versão portuguesa há demasiados "ó pá's", o que se tornou cansativo, é certo que utilizamos esta expressão, mas não de cada vez que abrimos a boca.
Viel Lob für diesen Asterix von allen Seiten. Der Wahr- und Einfachheit halber schließe ich mich an - nach der “Weißen Iris” ein echter Höhepunkt der Reihe in jüngerer Zeit. Mit bewährten Zutaten, aber vielen Seitenhieben auf den Zeitgeist, kritischer und kindlicher Witz halten sich die Waage, liebevoll ausgestaltet in Nebenfiguren, Namensgebung, Sprache und Details. Wenn sich das Duo als Portugiesen verkleidet und Obelix unbeholfen versucht, ein melancholisches Lebensgefühl zu imitieren, ist das herrlich. Viel gelacht. Ich lese Asterix, seit ich lesen kann und hab große Lust, mal wieder ein paar ältere Bände hervorzukramen
Há muitos anos que imaginava uma aventura de Astérix e Obélix na Lusitânia, achava até uma desfeita eles nunca cá terem vindo. Na minha ideia, a história envolveria normandos que trariam o seu peixe de águas frias (o bacalhau) para a Gália e os gauleses trariam para a Lusitânia, conservado em sal, que os lusitanos acabaram por adoptar como prato nacional (tal como os bretões/ingleses fizeram com o chá trazido pelo Panoramix).
A história acabou por ser diferente, mas envolve muito bacalhau (que o Obélix detestou) à mesma.
Impossível comparar com a era Uderzo/Gosciny, mas ainda assim este álbum está bem conseguido e tem bastante piada.
Claro que está cheio de clichês sobre os portugueses, mas quem se espanta ou indigna com isso nunca leu nenhum Astérix.
Gostei:
Da subtilidade do humor, do eléctrico 🚃 XXVIII em Olisipo, do revolucionário MCMLXXIV, do mini-Ronaldo com o número VII, da pedreira que faz calçada portuguesa, a aldeia de Zepovinhum que parece as Azenhas do Mar…
A história bem contada e com piada, os piscares de olhos a temas actuais, como a imigração, ou os gauleses cruzarem-se com compatriotas turistas na Lusitânia…
Não gostei:
De vários aspectos da tradução (verdade que alguns trocadilhos no original são impossíveis de traduzir), mas… era preciso pôr os portugueses todos a dizer “ó pá” a toda a hora? (não sei como está no original). Sobretudo, irritou-me sobremaneira terem mudado o nome a várias personagens. Como podem o Abraracourcix ou o Assurancetourix ter outros nomes, se sempre foram conhecidos assim, mesmo se os trocadilhos originais se perdem na tradução? Ou o campo romano de Petibonum passar a chamar-se outra coisa qualquer, ou Babaorum passar a babacomrum? Não faz sentido.
A transcrição literal de fados que existem mesmo (em vez de adaptações).
O “relooking” “politicamente correcto” do Baba, o negro dos piratas. Perdeu toda a piada. Ainda por cima, agora até diz os RR…
Apesar de tudo, gostei bastante. Talvez o melhor da era pós-Uderzo, o que até nem é muito difícil.
Amanhã, encontro com os autores!!
Depois, quero ler a versão francesa para dar a minha opinião final.
...verificar que o album dedicado à Lusitânia é uma homenagem e brincadeira muito divertidas, certeiras, e com gags e situações muito bem conseguidas, como os disfarces dos nossos heróis. O livro é engraçado, a história é boa e, no meu modesto ver, é provavelmente o melhor álbum desde que Uderzo pendurou o lápis. (Já quanto ao génio de Goscinny, nada a fazer, era imbatível). Desde a agulhada à "novariquice", às homenagens (ou coisa parecida) que fazem o nosso bacalhau e pastéis de nata, tudo funciona. É uma alegria ter um bom álbum de Asterix para ler e reler, sem ter de chorar pela genialidade da dupla original, que embora ainda imbatível, tem aqui uma história digna de se considerar uma sucessão bem conseguida. Se são fãs, não percam. Se não são, deviam ser. Opá, recomendo muito!!
Une nouvelle expédition en Lusitanie riche de jeux de mots, de références très actuelles ou non. De quoi sourire à chaque page tout en appréciant l'épopée que les 2 gaulois réalisent en venant au secours d'un autre peuple. Une recette gagnante comme dans les autres albums.
Eu sei que normalmente faço as reviews em Inglês - e ainda hei de deixar umas palavras - mas este livro é para os Portugueses (ou para cá quem vive e nos conhece), por isso vai em português!! Honestamente, eu acredito que quem não gostou falta-lhe um bocadinho da alma ou do coração, falta-lhe a felicidade da vida e da imaginação!!! Verdadeiramente a perguntar-me se este livro faz o meu top 5 do ano!!! Asterix e Obelix são sempre divertidos, mas aqui é uma atenção ao detalhe espetacular, existe piadas mais simples e baseadas no estereotipo, mas são as referências mais detalhadas que fazem o livro, são as datas que são importantes e todos nós conhecemos - mas são tão especificas que eu me pergunto quanto eu perdi nos outros volumes por outros sítios. É o tipo de livro que te traz mesmo muita felicidade!!! Aproveitem e leiam!!!
***
For English speakers, Asterix and Obelix continue to be a joy and so much fun!!! And this one set in Portugal makes it even more perfect, with unique and really fun references overall!!! I think if you don't really know Portugal, some ideas will go over your head, but it will still be a really good time!!! I really adored this so much!!!
No está mal. Chistes sobre los tópicos portugueses y alguna vuelta interesante (como el que Obélix no quiera comer pescado) No sorprende, pero sigue siendo entretenido.
Another mediocre album. The script was enjoyable and I liked that we saw our heroes explore new places. But unfortunately Fabcaro's humor is at Ferri's level. That is, miles behind Goscinny's humor. And an Asterix album without succesful jokes and gags is mediocre, as I said at the beginning.
Ich habe mir den neuen Asterix-Band kurz nach der Veröffentlichung gekauft und hoffte, dass es nach dem schwachen Band 40 mit Band 41 endlich wieder aufwärts geht. Und tatsächlich: Mein Gebet wurde wohl erhört. Dieser Band ist deutlich gelungener als sein Vorgänger. Auch wenn er nicht ganz an die klassischen Abenteuer heranreicht, bietet die Geschichte doch sehr gute Unterhaltung.
„An einem schönen Frühlingsmorgen taucht ein Fremder namens Schnurres im Dorf auf. Er kommt aus Lusitanien, dem sonnenverwöhnten Land westlich von Hispanien, das ebenfalls unter der Herrschaft Roms steht. Schnurres bittet die unbeugsamen Gallier um Hilfe, da er die mächtige Wirkung des Zaubertranks kennt. Sein Freund Schãoprozes wird verdächtigt, Caesar vergiften zu wollen! Dahinter steckt ein Komplott, das Asterix und Obelix aufdecken müssen. Sie reisen ins heutige Portugal, bekannt für seine Gastfreundschaft sowie Fado, Fliesen und Fischgerichte. Eine Herausforderung für Obelix, denn mit Kabeljau kann er so gar nichts anfangen.“
Besonders gefallen haben mir die Dialoge, die mit einem Akzent versehen wurden, der wunderbar zur portugiesischen Sprache passt. Das zentrale Thema des Bandes, nämlich dass Caesars Wein vergiftet werden soll, wirkt wieder viel stimmiger für eine Asterix und Obelix Geschichte als das Szenario des letzten Abenteuers. Fabcaro findet hier einen soliden Mix aus Wortwitz, kulturellen Anspielungen und charmanten Absurditäten, der gut zur Reihe passt.
Die Zeichnungen sind wie gewohnt sehr stark. Sie transportieren eine schöne Portion Nostalgie und sind lebendig und detailreich. Man merkt, dass das künstlerische Team weiterhin ein gutes Gefühl für den typischen Asterix-Look hat.
Alles in allem ist “Asterix in Lusitanien” ein gelungener und unterhaltsamer Band, der alte Fans zufriedenstellen dürfte und den man mit seinen 48 Seiten auch bequem noch vor Jahresende weglesen kann. Ein erfreulicher Schritt nach vorne für die Reihe.
Wenn ihr andere Rezensionen von mir sehen wollt oder nach anderen buchbezogenen Inhalten sucht, schaut auf meinem Blog vorbei: https://sachareads.com 🙂
Ein sehr gelungener Band. Spannende und witzige Geschichte mit gewohnt vielen Anspielungen in die unterschiedlichsten Richtungen - kulturell, historisch, politisch. Berlusconi, Musk und Zuckerberg, Kritik am Tech-Kapitalismus, kulinarische Klischees, ein besonders begriffsstutziger und wieder einmal in eine Frau vernarrter Obelix, liebevoll eingearbeitete Details zu Portugal und Lissabon uvm. Alles, was das Herz begehrt.