Animais que fazem contas, as probabilidades de ganhar um jogo de futebol, cálculos para um bom casamento, a maneira mais justa de organizar eleições, jogos de sorte e azar, os dias da semana, o trânsito… a matemática existe em todas estas coisas e muitas mais. Mas sempre existiu e não se via? Ou os homens inventaram‑na e começaram a aplicá‑la a tudo? E quem é que se lembrou de usar a letra x (e não outra qualquer) para resolver problemas? Apesar de ser mais famoso pelo talento com os números — é especialista em sistemas dinâmicos e teoria do caos —, Marcelo Viana responde a tudo isto com palavras, graça e exemplos, enquanto contador de histórias que podem, uma após a outra, da Antiguidade até aos nossos dias, promover um reencontro entre leitores curiosos e esse pequeno monstro chamado matemática, que, na verdade, está sempre mais perto de nós do que gostamos de reconhecer.
Marcelo Viana é um matemática luso-brasileiro conhecido pelo seu trabalho na teoria dos sistemas dinâmicos.
Marcelo Viana nasce no Rio de Janeiro a 4 de Março de 1962, filho de imigrantes portugueses. Passa a infância e juventude em Portugal, onde nascem seus dois irmãos e onde gradua-se em Matemática pela Universidade do Porto. Pela classificação final alcançada recebe o prémio "Ciências Exactas", outorgado pela Fundação Eng. António José de Almeida, além de outros prémios académicos. É então que regressa ao Brasil para realizar o doutoramento no IMPA (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) sob a orientação de Jacob Palis Jr., vindo a defender a sua tese "Atratores estranhos em variedades de dimensão arbitrária", em 1990. De então para cá vem desenvolvendo a sua carreira no IMPA, onde é actualmente Pesquisador Titular. Em 1993 é-lhe atribuída uma Guggenheim Fellowship, pela prestigiada Guggenheim Foundation de Nova Iorque, através da qual faz um estágio de pós-doutoramento na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e na Universidade de Princeton. Vem prosseguindo diversas linhas de pesquisa em Sistema Dinâmicos, especialmente: teoria matemática de sistemas caóticos; atractores estranhos e suas propriedades geométricas, dinâmicas, estatísticas; teoria das bifurcações, fenómenos homoclínicos, dimensões fractais. Tem cerca de vinte artigos originais de pesquisa publicados em revistas internacionais (incluindo Acta Mathematica, Annals of Mathematics, Inventiones Mathematicae, Publications Mathématiques de l'IHES) e uma dezena mais submetida para publicação ou em preparação. Mantém colaborações com pesquisadores em diversos centros internacionais, que visita com regularidade (KTH de Estocolmo, Universidade de Dijon, ETH de Zurique, Universidade de Paris-Sul). Participa nas principais reuniões científicas na sua área, totalizando cerca de trinta comunicações a congressos realizados em diversos países (incluindo Estados Unidos, Rússia, Japão, Alemanha, França, Holanda). Em 1994 foi distinguido com convites para falar perante o International Congress of Mathematicians e o International Congress of Mathematical Physics, as principais reuniões científicas em Matemática e em Matemática-Física. Essa distinção foi reiterada quatro anos depois com o convite para proferir uma Palestra Plenária no International Congress of Mathematicians de 1998. Tem uma já extensa experiência de ensino no nível de graduação, na Universidade do Porto, e de pós-graduação, no IMPA, onde lecciona regularmente cursos de doutoramento, mestrado ou iniciação científica. O seu primeiro estudante de doutorado defendeu a tese em 1997. Actualmente orienta as teses de outros oito alunos do IMPA. Em 1995 foi eleito membro do Conselho Diretor da Sociedade Brasileira de Matemática. No IMPA é Coordenador do Departamento de Atividades Científicas. Em 2015, tornou-se director do IMPA. É membro do Corpo Editorial das revistas Nonlinearity, Dynamics and Stability of Systems e Ergodic Theory and Dynamical Systems. É, moderadamente, botafoguense e frequentador esporádico da praia do Leblon. Gosta de ler e de escutar música, tendo gostos muito variados (com preferência por Bach e Pink Floyd).
Se Carrie Bradshaw gostasse mais de números do que de homens ela teria escrito isso.
( o livro é um pouco repetitivo, o que faz sentido pq na coluna ele não pode esperar q vc tenha lido os outros textos q falam sobre o msm assunto , mas dava pra ter adaptado melhor pro livro ficar mais fluido)
+ bastante referência a área de estatística
- teorias em si ( não era o foco, a fofoca era o foco)
Vou ser honesto. Sou demasiado estúpido para perceber grande parte daquilo que o livro trata.
É o que é. Ainda assim, a minha incapacidade não me impediu de aproveitar a leitura.
São crónicas bem escritas, acessíveis a todos e que tratam o tema da matemática de forma leve e próxima, fomentando o interesse e a curiosidade.
Não é o tipo de livro que costumo ler, mas à medida que a sombra da finitude aumenta a consciência da ignorância torna-se mais assustadora. Como tal, nunca é tarde para correr atrás do prejuízo.
Uma excelente aposta da Tinta da China, como de costume. Leria mais 900 páginas com gosto.
O livro é uma coletânea de histórias sobre matemática (e matemáticos/as) que o autor já publicou em um jornal. É um bom livro, lembra muito a ideia do "Guia dos Curiosos". Tem histórias legais e outras maçantes, mas como cada uma é rapidinha, você acaba passando rapidamente pelas mais chatas.
Uma coisa que poderia melhorar é que algumas histórias (bem poucas, na verdade) tem algumas questões e o autor não traz a resposta. Seria legal se tivesse um apêndice com essas soluções, economizaria o tempo de pesquisá-las depois para conferir.
O livro é uma leitura agradável e leve, ideal para quem deseja explorar os diversos aspectos da matemática sem o peso de fórmulas complexas. Marcelo Viana transforma a evolução dos números em crônicas cativantes, humanizando os grandes gênios e seus contextos históricos. É uma ótima leitura para quem gosta do tema e busca uma narrativa fluida, que conecta descobertas ancestrais aos desafios da modernidade de forma envolvente e acessível.
Gosto sempre de ler sobre ciência, e sobre esse ogre da matemática, de uma forma leve e cheia de histórias apetitosas. Não sei se entendi os problemas, e não sei resolvê-los, mas foi uma bela aventura!