UM DIÁLOGO APAIXONADO SOBRE O VALOR E SEUS MUITOS SIGNIFICADOS
Desde que o homem pensa, estamos em busca de valores absolutos, tais como o bem, o sagrado, o justo e o belo. Nossa vida, afinal, depende de escolhas, e para fazê-las precisamos de fundamentos que nos sirvam como guias. É para falar sobre esses fundamentos – e sobre aquilo que nos faz livres para escolher entre os muitos caminhos que a vida oferece – que Clóvis de Barros Filho e Júlio Pompeu fazem neste livro um diálogo sobre o valor. Com a linguagem que já se tornou sua marca – direta, apaixonada e inimiga do bom-mocismo –, eles trazem as raízes filosóficas desse conceito para o nosso dia a dia e mostram a importância de entender o que é o valor em um mundo onde predominam os homens incapazes de transcender o próprio umbigo – em uma palavra, os canalhas. Como atribuir valor a uma obra de arte, paisagem, conduta humana? O que nos faz dizer que uma pessoa é mais bonita que outra, ou que uma ação é melhor que outra, ou ainda que um funcionário é mais útil que outro? Para viver e conviver, é preciso o tempo todo responder a perguntas como essas, uma vez que não há nada que façamos sem supor quanto valem as coisas. E, mais do que isso, é preciso entender que não existem referências aceitas por todos, e que por isso estamos sempre escolhendo com base em interesses pessoais, o que nos leva constantemente ao conflito. É para nos ajudar a viver com a consciência dos valores que nos guiam que este livro foi escrito. Ou os compreendemos e assumimos as rédeas de nossa existência, agindo de acordo com esses valores, ou então nos deixamos devorar por eles e vivemos uma vida cujas referências são estranhas a nós mesmos.
Clóvis de Barros Filho é professor livre-docente pela ECA- USP. Palestrante há dez anos e consultor de algumas das principais empresas em atividade no Brasil, é autor de Ética na comunicação e coautor de A vida que vale a pena ser vivida e A filosofia explica grandes questões da humanidade. Júlio Pompeu é professor universitário, filósofo e palestrante. Doutor em psicologia pela UFES, é autor de Somos maquiavélicos e coautor de A filosofia explica grandes questões da humanidade.
A ideia deste livro é bem simples: dialogar sobre ética e moral sem rodeios, por meio de reflexões trocadas entre os dois autores, seguindo um formato bem explorado no mercado editorial.
Poderia render um podcast. Quem sabe assim, as interações e os improvisos que os autores tentaram empregar soariam menos artificiais. Após algum tempo, o formato se tornou cansativo e engessado. Quanto à misoginia, lamentável.
★★★
La idea de este libro es bastante simple: dialogar sobre ética y moral sin rodeos, a través de reflexiones intercambiadas entre los dos autores, siguiendo un formato bien explorado en el mercado editorial.
Podría convertirse en un podcast. Quizás así, las interacciones y los improvisos que los autores intentaron emplear sonarían menos artificiales. Después de un tiempo, el formato se volvió tedioso y rígido. En cuanto a la misoginia, lamentable.
★★★
L’idea di questo libro è piuttosto semplice: dialogare su etica e morale senza giri di parole, attraverso riflessioni scambiate tra i due autori, seguendo un formato ben esplorato nel mercato editoriale.
Potrebbe diventare un podcast. Chissà, forse così, le interazioni e gli improvvisazioni che gli autori hanno cercato di impiegare suonerebbero meno artificiali. Dopo un po’, il formato è diventato noioso e rigido. Quanto al sessismo, deplorevole.
★★★
The idea of this book is quite simple: to discuss ethics and morality straightforwardly, through reflections exchanged between the two authors, following a format well explored in the publishing market.
It could turn into a podcast. Perhaps that way, the interactions and improvisations the authors attempted would sound less artificial. After a while, the format became tedious and rigid. As for the misogyny, lamentable.
As conversas entre os autores não são conclusivas, mas reflexivas,por não trazer uma resposta final sobre nossa "canalhice". Mostra que de fato não somos 100% canalhas, mas quase sempre agimos como tal. Conclusão: livro incrível!
O que esperar desse livro? Comece pelo final : "Sempre alguém poderá pretender – com consciência disso – fazer prevalecer o próprio interesse particular em detrimento da convivência, em detrimento do outro. Um outro conhecido, como no caso da esposa ou do colega de república, ou um outro genérico, como o usuário vindouro do vaso sanitário num banheiro de rodoviária. Incapaz de abrir mão, de transcender o próprio umbigo, o próprio prazer, glória ou reconhecimento. Alguém que persegue metas e resultados a qualquer preço, com sangue nos olhos e faca nos dentes, num cio eterno. Sem valores, confunde esterco com marrom glacê. Acumulador convicto, afoga-se no acúmulo. Oscila entre a frustração pela riqueza do outro e o medo de perder o fruto de sua indignidade. Este é o canalha, que, reunido com outros em bandos, constitui o público-alvo deste livro."
Uma das mais lindas, reflexivas e leves obras filosóficas que já li. Professor Clóvis e Professor Júlio, são verdadeiros mestres do pensamento, que com linguagem simplista mas muito completa desenvolvem temas extremamente sensíveis e complexos, demonstrando sem papas na língua, a verdadeira complexidade e estrutura linear dos valores discutidos e as óticas que o cerceiam.
I think it’s a good introduction to some Stoic ideas. The book isn’t about Stoicism, but as you read it, you notice a lot of Stoic thinking throughout.
Novamente estou aqui para enaltecer o trabalho do Professor Clóvis de Barros Filho. Pois sim, leria satisfeita até as suas listas de supermercado!
Brincadeiras à parte, Somos Todos Canalhas trata-se de um diálogo entre os dois autores acerca dos valores que permeiam nossa vida. Nos levam pela mão através de períodos de pensamentos filosóficos que tratam de moral, ética, conduta, etc. Pincelam conceitos e explicações de forma linear, desde os primórdios do pensamento até os conceitos recentes atribuídos aos valores.
O livro é dividido em 5 partes, Gregos, Cristo e os modernos, Utilitarismo, Fidelidade e Tolerância. Sendo que os capítulos são, na verdade, diálogos entre os dois autores, nos quais cada um faz uma contribuição que é posteriormente desenvolvida ou rebatida pelo outro.
Adorei o formato, adorei as histórias (como sempre, Clóvis sabe nos encantar) e adorei a forma descontraída com a qual esses professores conseguem nos ensinar, mas sem fazer com que pareça uma aula, mas apenas uma conversa descontraída.
Não se engane, este livro não é um manual de filosofia, nem posssui essa pretensão. Porém, apresenta de forma muito agradável de ser lida, vários conceitos e problemas da filosofia…. recomendado!!
Nesse diálogo entre os professores Júlio Pompeu e Clóvis de Barros Filho, você encontra os motivos nos quais o homem (e a filosofia) se fia para atribuir valor às coisas. A grande sacada é que o valor das coisas é sempre inferido pela comparação com outras coisas ou balizado por ideias subjetivas de natureza ou divindade. Somos canalhas porque o valor, que se pretende universal, é sempre subjetivo.