Neste volume, temos contos inéditos de Neil Gaiman, Patrick Rothfuss, Scott Lynch, Gillian Flynn... e do próprio Martin, contando uma história do passado de Westeros. Esse é o primeiro volume da edição brasileira de 'Rogues', coletânea organizada por George R. R. Martin e Gardner Dozois.
George Raymond Richard "R.R." Martin was born September 20, 1948, in Bayonne, New Jersey. His father was Raymond Collins Martin, a longshoreman, and his mother was Margaret Brady Martin. He has two sisters, Darleen Martin Lapinski and Janet Martin Patten.
Martin attended Mary Jane Donohoe School and Marist High School. He began writing very young, selling monster stories to other neighborhood children for pennies, dramatic readings included. Later he became a comic book fan and collector in high school, and began to write fiction for comic fanzines (amateur fan magazines). Martin's first professional sale was made in 1970 at age 21: The Hero, sold to Galaxy, published in February, 1971 issue. Other sales followed.
In 1970 Martin received a B.S. in Journalism from Northwestern University, Evanston, Illinois, graduating summa cum laude. He went on to complete a M.S. in Journalism in 1971, also from Northwestern.
As a conscientious objector, Martin did alternative service 1972-1974 with VISTA, attached to Cook County Legal Assistance Foundation. He also directed chess tournaments for the Continental Chess Association from 1973-1976, and was a Journalism instructor at Clarke College, Dubuque, Iowa, from 1976-1978. He wrote part-time throughout the 1970s while working as a VISTA Volunteer, chess director, and teacher.
In 1975 he married Gale Burnick. They divorced in 1979, with no children. Martin became a full-time writer in 1979. He was writer-in-residence at Clarke College from 1978-79.
Moving on to Hollywood, Martin signed on as a story editor for Twilight Zone at CBS Television in 1986. In 1987 Martin became an Executive Story Consultant for Beauty and the Beast at CBS. In 1988 he became a Producer for Beauty and the Beast, then in 1989 moved up to Co-Supervising Producer. He was Executive Producer for Doorways, a pilot which he wrote for Columbia Pictures Television, which was filmed during 1992-93.
Martin's present home is Santa Fe, New Mexico. He is a member of Science Fiction & Fantasy Writers of America (he was South-Central Regional Director 1977-1979, and Vice President 1996-1998), and of Writers' Guild of America, West.
Este livro é uma antologia de contos, com nomes sonantes como George Martin, Scott Lynch e Patrick Rothfuss. E sim, estou a referir os meus favoritos, porque, na verdade, foram aqueles de que mais gostei neste livro e que, para mim, são mesmo nomes sonantes, mesmo sabendo que todos os outros nomes presentes nesta antologia também o são.
Muito bem...
Todos os contos têm o seu interesse. Confesso que estava bastante curiosa para ler aqueles dos meus autores favoritos, e também o de Gaiman (outro autor que muito aprecio). E também posso afirmar que foram esses contos aqueles de que mais gostei.
Portanto, vou discorrer brevemente sobre todos os contos menos sobre os de Neil Gaiman, Patrick Rothfuss, George Martin e Scott Lynch.
Dos outros contos, aquele de que mais gostei foi do de Gillian Flynn, que mistura o suspense com algum terror e mistério, criando uma grande atmosfera visual e de emoção, com todo o mistério em redor da casa e também das personagens. Não gostei muito dos outros contos...achei-os interessantes, mas não fiquei fascinada...esperava mais.
Em relação ao conto de Neil Gaiman, gostei bastante, apesar de ter achado alguns momentos bastante estranhos e um pouco incoerentes. Já li outros livros do autor e sei que as suas histórias tendem a ser um pouco estranhas, mas sempre gostei muito dessa estranheza e nunca tinha achado nada incoerente, antes pelo contrário. Neste conto achei isso e fiquei um bocadinho dececionada. As personagens e o contexto são do livro Neverwhere, que tenho para ler, portanto espero compreender melhor este conto quando ler o livro.
Sobre Scott Lynch, tenho a dizer que esperava muito, muito mais. Esperava principalmente encontrar Locke Lamora e o seu bando e foi isso que me entristeceu quando vi que não havia Locke nenhum, apesar de já ter sido avisada. No entanto, é um bom conto, com muita ação e reviravoltas, bem ao estilo do autor, que tanto se diverte a contar as suas histórias e que faz com que isso passe para os leitores.
Quanto a Patrick Rothfuss...aqui está o meu conto favorito. Gostei imenso de rever Bast e Kvothe e todas as outras personagens que aparecem no conto e nos livros do autor. Gostei do pouco que mostra, mas já mostra muito, porque não se conhece muito sobre Bast e não costuma aparecer o seu dia a dia nos livro. Portanto, este foi um belo conto, que nos mostra o que Bast faz no seu dia a dia, apesar de não avançar nada em relação à história de Kvothe.
Depois, George Martin mostrou a sua veia mais relacionada com a narração de factos da vida das personagens, apresentando um conto onde não há diálogos nem ação direta das personagens, pois é como que uma crónica dos feitos de dois Targaryen que viveram alguns tempos antes dos acontecimentos narrados nas Crónicas de Gelo e Fogo. Está interessante por isso mesmo, porque acrescenta mais factos históricos a este mundo das Crónicas.
Em suma, é um livro para quem gosta de contos, de Fantasia, de histórias cujas personagens não são "certinhas" e "fofas", mas sim um bocado mais dúbias e interesseiras, como refere o título. Recomendo!
Ninguem me manda ler uma colectânea de vários autores, mas estava na estante dos"livros para ler" e lá fui. George R.R. Martin é de facto um amigo, pois à pala do seu nome faz publicar os amigos. Podia até servir para se ir explorar a partir daqui um ou outro autor. Não fiquei com esse propósito. Admiro a amizade nele mas abomino a falta de respeito pelos leitores, pelo menos por esta leitora que gosta de literatura fantástica. Do meu ponto de vista passou ao merchadising. Não sei até se não verei algum conto de algum amigo a ser oferecido com o happy meal da macdonald's na versão adulto, juntamente com um pin da guerra dos tronos. Lamento.
Deste livro pouco se aproveita. Existem duas histórias muito boas e o resto é realmente um monte de lenga-lenga. Como apreciador das obras de Sandman de Neil Gaiman, vos digo que o conto dele nesse livro não vale a pena a perca de tempo que o leitor terá. Atenha-se ao conto de George R. R. Martim e ao Qual é sua profissão de Gillian Flynn que são os contos que realmente valem a pena ler.
Bons contos, outros menos, mas surpreendentemente, o de George R. R. Martin foi o que mais me aborreceu, assemelhando-se a uma sucessão de casamentos e traições em Westeros, sem desenvolvimento de personagens.
Como o Marquês recuperou seu casaco - 3,5 Proveniência – 3,5 Qual é sua profissão? – 5 Um jeito melhor de morrer – 2,5 Um ano e um dia na velha Theradane – 5 A caravana para lugar nenhum – 2 Galho envergado – 4 A árvore reluzente – 5 Em cartaz – 3 O príncipe de Westeros ou o irmão do rei – 2,5
The Prince of Westeros and Other Stories is a relaunch by publisher Arqueiro in 2016. The book was first published by Saída de Emergency in 2015, and is an anthology of short stories that brings together great names in world literature. One fine day, our dear George R. R. Martin was bored with not writing The Winds of Winter and decided to invite a bunch of authors to write stories that involved a common theme: scoundrels. Each of the short stories that make up this book has this element that unites them, a character who likes to put people behind or make fools of them.
As much as the book sells itself as something very cool for fantasy fans, it is also possible to find some stories here that are not exactly fantastic or take place in the medieval period, as the cover shows. In fact, my big surprise was right there. Seeing that even with all the pomp of the cover illustration, the plots developed within the book go far beyond that, even surprising the author with stories that you would never imagine looking at this book.
The main surprise was perhaps seeing Gillian Flynn take a risk on a short story that shows her traditional writing cadence, but which has a much more “adult” tone. I put it in quotation marks because that is exactly the name this story got when it was turned into a book this year by the publisher Intrínseca. So, for those who may not know, the story told here by Flynn is exactly the same as the one that was released separately in 2016 under the title The Adult, when in the anthology it is called “What's Your Profession?”. Another author that I was dying to read again was Patrick Rothfuss. He wrote The Name of the Wind and The Wise Man's Fear and has been owing the third and final book for several years. Here he gives us back a little of the taste of that story by bringing Bast back in a new story focusing on the character.
But of course the big star of the book is Mr. from A Song of Ice and Fire, George R. R. Martin. With the tale titled The Prince of Westeros or the King's Brother, we already know that we will travel again to this immense and intoxicating world that the author created. In this story we will learn a little more about Daemon Targaryen, a young man positioned last in the line of succession since his older brother ruled. He did practically everything in his power to get the throne and it was at this time that the famous “Dance of the Dragons” took place.
His brother, King Viserys I Targaryen did not have sons in his first marriage and, due to his brother's unreliable and unstable personality, he proclaimed his daughter Rhaenyra as his heir, contrary to all the laws already proposed and of course, raising the wrath of the brother who, with the lack of an heir, thought he was just a few years away from becoming King.
For me, who has already read The World of Ice and Fire, nothing I read was a big surprise, since I went through that part there. Of course, things are more detailed here and there is a large amount of extra information, but nothing that would be surprising for anyone who already knew the history of all the Targaryen Kings and their adventures in the encyclopedia released two years ago. In addition to the three names already mentioned, the book also features short stories by the renowned Neil Gaiman and Scott Lynch. And some names that I didn't know yet, but who also set good stories, such as David W. Ball, Pall Cornell, Phyllis Eisenstein, Connie Willis and Joe R. Lansdale.
The stories range from medieval worlds that we already know and have become settings for other stories to new plots built within our contemporary world. I think diversity defines this book well. Both in the tone of the story and also in the settings and purposes of each one. The proposals are quite different, even though they have the element in common. Picking up a book that I thought would only bring more medieval tales within fantasy, and coming across something completely different, hidden behind this cover that is so reminiscent of Martin's stories, was a beautiful surprise and I highly recommend reading it for anyone who likes short stories. . I have some problems with the genre because I get very anxious about short stories and sometimes I think the plot isn't well developed. That's not the case here. With a few exceptions, like Flynn's, where I found the ending a bit abrupt, most manage to develop a concise story within the few pages allocated to them.
As we are talking about good names in world literature who have already shown what they came for with so many successful stories, it is difficult to think that, no matter how different the stories are from each other, there could be something here that is not extremely cool and unique. . And of course it is also very interesting to see how the same theme, such as Canalhas, can have a completely different unfolding according to each author.
Eu gosto de antologias para conhecer novos autores e gêneros que as vezes eu não me arriscaria a ler um romance (ou série, já que parece não existir livros únicos mais). Notei que a maior parte dos contos que gostei da história, mas não do protagonista, são os contos spin-off de romances que tais protagonistas já foram desenvolvidos no original. Meu favoritos são o da Gillian Flynn, Scott Lynch, Patrick Rothfuss e Connie Willis.
COMO O MARQUÊS RECUPEROU O SEU CASACO - NEIL GAIMAN Somos apresentados ao Marquês de Carabas (mesmo nome de outro vigarista bem conhecido: O Gato de Botas), mas aqui, a roupa usada é seu casaco e faz a sua pessoa. Esse casaco tem várias funções, como dar um ar de nobreza e dignidade que facilita a vida do Marques. Nesta história, para recuperar sua preciosa vestimenta, o Marques terá que escapar da vingança de um Elefante, ajudar um Cogumelo apaixonado e adentrar o perigoso território dos Pastores. Passa-se na Londres de Baixo, mesmo cenário do romance Lugar Nenhum de Gaiman, que eu não li, então tive a impressão que estava perdendo algo, mas no final, foi uma leitura ok.
PROVENIÊNCIA - DAVID W. BALL Trata-se de um mercador de artes justificando ao seu cliente a autenticidade da pintura "A Morte de Golias" de Caravaggio. Em mais de 400 anos, a obra passou pelas mãos de nobres, Igreja, nazistas e mafiosos, mudando de dono de maneiras pouco morais ou legalizadas. Ao ler esse conto ficava pensando: “Esse mercador de artes que não tem escrúpulos é um canalha... opa, mas esse cliente aqui é um clérigo corrupto, faz as “obras de Deus”, mas sempre garante sua parte... a final, quem vai tirar vantagem de quem?”
QUAL É SUA PROFISSÃO? - GILLIAN FLYNN Uma vidente, ou melhor, uma vigarista, narra seu envolvimento com uma cliente rica, dona de uma casa mal-assombrada e com um enteado adolescente e problemático. Acompanhamos a protagonista em seus rituais fajutos de purificação da casa e alguns detalhes que não pareciam relevantes, revelam-se são cruciais para amarrar as pontas. O final é plot twist em cima de plot twist, o que falam bem da Gillian Flynn por ai, não é exagero!
UM JEITO MELHOR DE MORRER - PAUL CORNELL Este conto se passa no século XIX numa realidade paralela, onde existe viagem no tempo e entre linhas do tempo de realidades diferentes. Jonathan Hamilton é um espião já quase em idade de se aposentar, mas é chamado a sua antiga escola onde seu oficial superior o apresenta a seu eu mais jovem de uma realidade diferente. Então ele deve matar ou morrer para não ser substituído. Foi difícil de ler, nem trama nem protagonista ajudam ao conto cativar o leitor.
UM ANO E UM DIA NA VELHA THERADANE - SCOTT LYNCH Nos apresenta à Amarelle Parathis, uma carismática ladra aposentada da vida do crime, que mora na cidade de Theradane, onde comprou o que chama de “santuário”, um tipo de asilo político, só que no lugar de ideologia política é crime mesmo o que ela cometia fora de Theradane. Numa bebedeira que tem (ela é muito porra louca, adorei isso), Amarelle acaba mexendo com uma poderosa maga da elite da cidade, que a chantageia e pede que no prazo de um ano e um dia, roube uma rua de outro mago inimigo; literalmente, pois a rua é um local que o mago armazena seu poder. Amarelle se “desasposenta” e com a ajuda de seus antigos companheiros, faz inúmeras tentativas de roubar a rua, algumas loucas e outras até mais astutas. Já estou com As Mentiras de Locke Lamora na TBR!
A CARAVANA PARA LUGAR NENHUM - PHYLLIS EISENSTEIN O personagem principal desse conto é Alaric, um bardo com o invejável poder mágico de se teletransportar. Ele acompanha uma caravana que atravessará o deserto cheio de mistérios e lendas. O líder da caravana lhe revela que farão uma parada no meio do deserto para adquirir uma iguaria especial muito bem paga pelas cidades do outro lado do deserto. Gostei da história, como mistério que se desenvolveu, mas o protagonista não é muito carismático (e ele é um bardo!?!!???), talvez também dependa de conhecer o romances principal desse personagem.
GALHO ENVERGADO - JOE LANSDALE Esse conto não tem fantasia nem elementos sobrenaturais, é um thriller de mistério. Hap Collins e Leonard Pine são dois amigos e detetives que têm que investigar o desaparecimento de Tillie, enteada de Hap, que tem o histórico de se meter com drogas e prostituição com gente da pesada. Contrariando o bom começo, o mistério se resolve no meio e o desfecho é uma confusão digna de seriado como Supernatural (só que sem o elemento sobrenatural). Mas os personagens Hap e Leonard são cativantes, um bem diferente do outro, mas trabalham bem em equipe e nos romances originais devem ser melhor explorada essa parceria.
A ÁRVORE RELUZENTE - PATRICK ROTHFUSS Este conto é protagonizado pelo Bast, ajudante da estalagem Marco do Percurso e aluno do Kote. Narra um dia de sua vida, fora da vista de seu mestre. O Bast, é um encantado, mas neste mundo isso não é algo normal, então ninguém sabe sua verdadeira natureza. No vilarejo, ele é conhecido pelas crianças por prestar favores em troca de segredos, favores e até objetos, que muitas vezes são de pouco valor ou não fazem sentido algum. Mas vamos descobrindo aos poucos que tudo que ele faz, é em prol de si próprio ou de seu mentor, o Kvothe. Esse conto se passa antes ao Kvothe contar sua história ao Cronista, que acontece n’O Nome do Vento, e não revela nenhum mistério da trama de Kvothe. Mas há um trecho onde o Bast vai contar à uma criança sobre o povo Encantado, falando sobre a natureza da magia deles. Só vemos que o Bast é muito esperto... teorias podem ser formadas, mas nada confirdado! Deu para acalmar a lombriga de Portas de Pedra rsrss.
EM CARTAZ - CONNIE WILLIS Esse conto é uma ficção especulativa, então é o conto desta antologia que mais dá para se tirar uma reflexão além da historinha dele. É a história de uma jovem, num futuro não muito distante, que vai à um complexo de cinemas com várias lojas e restaurantes de merchandising dos filmes. A garota passa por muitos obstáculos para conseguir entrar na sua sala de exibição, desde filas enormes e sessões esgotadas à funcionários do cinema que parecem impedi-la de entrar; para piorar, seu ex-namorado aparece e começa a falar sobre teorias da conspiração sobre o complexo de cinema. Este conto é um pouco difícil falar dele sem spoilers, mas ideia geral que eu acho que a autora quis passar é o questionamento de que o merchandising que nos consumimos, é muito maior do que consumimos da película, a história e a composição cinematográfica em si, nossa absorção e analise dos filmes, sem o apelo do marketing que sofremos antes.
O PRÍNCIPE DE WESTEROS OU O IRMÃO DO REI - GEORGE R.R. MARTIN Este conto vai narrar o reinando de Viserys I e O início do que viria a ser o conflito entre sua filha Rhaenyra e sua segunda esposa, Alicent Hightower, chamado Dança dos Dragões. Passa-se quando os Targaryens eram muito poderosos, todos os membros da família possuíam dragões. Daemon Targaryen é o irmão mais novo do rei, que pode não se notar, mas ele está por trás de muito do que rola neste conflito que é a pré-Dança dos Dragões, uma disputa pela sucessão ao Trono de Ferro, quando ele se alia a sua sobrinha Rhaenyra. Este conto está na forma de uma compilação de um meistre, acerca de uma pesquisa bibliográfica que ele fez em várias fontes de meistres da época do conflito. Esta forma de desenvolver a narrativa com alguém compilando a história, faz com que os personagens fiquem mais misteriosos e intrigantes, mas esta mesma forma de narrativa já foi usada no livro Mundo de Gelo e Fogo. Por mais que os textos de cada um não sejam iguais, são de certa forma duplicados. Eu gostaria mais se conto fosse no estilo normal do Martin. A segunda parte, que narra a Dança dos Dragões, é o conto A Princesa e a Rainha e está na antologia Mulheres Perigosas.
Para começar, lamento que o livro traduzido para português tenha metade dos contos da versão original. A tradução para português está, algumas vezes, mal feita e a sintaxe de algumas frases não faz sentido, está incorreta; em alguns casos, temos o início da frase em português do Brasil e o resto traduzido corretamente para português de Portugal. Estes são aspetos negativos que acho que devem ser salientados, mas que não têm grande importância para a compreensão dos contos, conseguimos ignorá-los.
Neste livro estão presentes vários géneros literários, e o facto de não haver 2 contos seguidos do mesmo género cria um certo equilíbrio ao longo de todo o livro. Houve apenas um conto que não gostei, Uma Forma Melhor de Morrer de Paul Cornell, porque é confuso (falarei dele mais à frente). Esta antologia levou-me a descobrir novos autores (eu só conhecia George R.R. Martin), que poderei ler algo deles futuramente. No geral, os contos são bons, são bastante agradáveis de ler e há alguns que eu não queria parar de ler, pois a ação desenrola-se de uma maneira frenética que nos leva a querer mais.
Como o Marquês Recuperou o seu Casaco de Neil Gaiman Eu gostei bastante deste conto, que acontece num mundo maravilhoso, onde nos é apresentado o Marquês de Carabás, um rapaz que tem um casaco mágico que perdeu. A ação desenrola-se na procura do seu casaco.
Proveniência de David W. Ball No início do conto, não estava a gostar muito, mas com o avançar da narrativa, comecei a gostar. Neste conto é contada a origem de um quadro de Caravaggio (não se o quadro existe na realidade, acho que o nome não é referido no conto) por um avaliador de arte, Max wolff, a um pároco colecionador de arte relacionada com a religião, Joe Barber. A história da origem do quadro, por quem passou e etc é interessante, mas o que realmente nos surpreende é uma revelação feita no final acerca de uma personagem.
Qual É a sua Profissão? de Gillian Flynn Neste conto é-nos apresentada uma rapariga que é uma falsa vidente, que engana as pessoas dizendo-lhes o que querem ouvir, mas então aparece-lhe como cliente Susan Burke, que vem triste. Susan conta-lhe os problemas que tem em casa e a vidente rapidamente a aconselha a fazer uma limpeza das energias, onde esteja presente. Assim, Suzan leva-a a sua casa e a vidente faz o seu trabalho, mas para chular mais dinheiro, diz que tem de vir mais vezes, mas rapidamente percebe que algo realmente estranho se passa na casa. A partir daí, a ação acontece de uma maneira frenética que não conseguimos parar de ler até acabarmos o conto. Este foi sem dúvida um dos meus contos preferidos desta antologia.
Uma Forma Melhor de Morrer de Paul Cornell Este foi sem dúvida, para mim, o pior conto do livro. No início, rapidamente se torna confuso, pois tanto é falado acerca do momento presente como é uma memória passada. No final, conseguimos compreender mais ou menos o que realmente se passou, mas entre algumas explicações de certas coisas no meio da narrativa torna-se confuso.
Um ano e Um Dia Na Velha Theradane de Scott Lynch Este é outro conto num mundo maravilhoso, em que a ação se desenrola À volta de Amarelle Parathis, uma ex-ladra que agora possui imunidade. Amarelle tenta enfrentar uma feiticeira enquanto está bêbeda. Quando acorda, essa feiticeira, Ivovandas, quer que Amarelle a faça algo por ela. O conto acontece à volta das tentativas de Amarelle e dos seus amigos para fazerem esse "serviço". Este também foi um dos meus contos preferidos.
A Caravana Para Nenhures de Phyllis Eisenstein Neste aventura, Alaric, um bardo que nasceu com a habilidade de se teletransportar, conhece Piros, um homem que faz várias vezes uma viagem pelo deserto acompanhado de vários homens para recolher algumas coisas para uma aldeia que vive no deserto. Alaric fica intrigado com o filho de Piros, Rudd, e pelas suas ações. A narrativa ocorre à volta de Alaric que vai nessa viagem com Piros. Está presente durante todo o conto uma cortina de mistério, que nos leva a querer ler mais e mais. Foi sem dúvida, também, um dos meus contos preferidos.
Galho Vergado de Joe R. Lansdale Temos aqui presente um thriller . A filha de Brett, namorada do narrador, desaparece e o narrador parte para descobrir o que aconteceu a Tillie. Uns dias mais tarde, não muitos, Leonard, irmão do narrador, junta-se a ele para desvendarem este mistério. Gostei bastante deste conto.
Árvore Reluzente de Patrick Rothfuss É-nos apresentado Bast, um rapaz que cobra uma mentira, uma desculpa, coisas assim do género, em troca de favores. É bastante comum as crianças fazerem-lhe isto, mas um dia (o dia do conto) Rike quer algo mais que uma simples desculpa. Acontecem várias coisas durante todo o conto relacionadas com Bast e ao mesmo tempo temos este pedido de Rike. Se calhar devido a este pedido, podemos considerar que é a ação principal do conto, mas ao mesmo tempo, o conto não tem algo que acontece centralmente.
Em Exibição de Connie Willis O que parece um simples ida ao cinema torna-se em algo mais. Lindsay adora cinema e as suas amigas Zara e Kett convidam-na para irem ao cinema. Lindsay aceita, mas Zara e Kett não podem ir às comprar antes do filme para não perderam a sessão, com aconteceu várias vezes anteriormente. Lindsay encontra o seu ex-namorado Jack no Drome e a ação desenrola-se à volta de algo que Jack anda a a investigar, onde Lindsay fica um pouco ignorante ao que ele está realmente a fazer. Achei o conto surpreendente e gostei dele.
O Príncipe de Westeros ou O Irmão do Rei de George R. R. Martin Este conto desenrola-se em Westeros, cenário da saga As Crónicas de Gelo e Fogo , à volta da vida de Daemon Targaryen, irmão do rei Viserys, contada pelo Arquimeitre Gyldayn. Uma vez que o conto é como se fosse a leitura das 'anotações' de Gyldadyn sobre a vida de Daemon, não há falas, mas isso torna a narrativa um pouco maçadora. Penso que se fosse um conto feito de uma maneira diferente, não seria maçador. No meio é narrada a vida de Rhaenyra, filha de Viserys, e a vida de Daemon. Para mim tornou-se confuso às vezes entender quem é quem pois há bastantes nomes, sendo que apenas fiquei a saber o nome das personagens referidas acima e de mais algumas. Embora nunca tenha lido nenhum livro de As Crónicas de Gelo e Fogo e tenha ficado desiludido com este conto, tenho vontade de ler As Crónicas de Gelo e Fogo . Atualização: Agora que comecei a ler a saga, reli este conto e gostei dele, pois tem interesse histórico para quem lê os livros de George R. R. Martin.
As altas expectativas pregam-nos partidas, e foi o que se sucedeu com este livro. Apesar dos nomes sonantes, não o considero um livro em nada superior aos nacionais Lisboa no ano 2000 ou Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa. Ainda assim, não posso classificar nenhum conto desta antologia como mau. Cada um à sua maneira, cada conto foi trabalhado de forma a mostrar ao leitor que as intenções dos protagonistas nem sempre são as que imaginávamos. E é na busca por esse patife encantador que autores tão formidáveis como George R. R. Martin ou Patrick Rothfuss conceberam estas Histórias.
A introdução do livro, pelo próprio Martin, soube apelar ao encanto da bandidagem na literatura e no cinema, e também alimentar as expectativas já por si elevadas em relação à antologia. Como o Marquês Recuperou o seu Casaco, foi uma pergunta à qual Neil Gaiman soube responder com a mestria que lhe é habitual. Habitado no mundo do seu livro Neverwhere, que ainda não tive oportunidade de ler, o Marquês de Carabás inicia uma aventura para recuperar o seu maravilhoso casaco, na insólita Londres-de-Baixo. Para aquilo que já li de Gaiman, e do que se esperava deste conto, achei-o um tanto ou quanto fraco, apesar de respeitar o proposto e deixar uma moral.
Proveniência, de David W. Ball, foi uma narrativa um pouco confusa em espaços temporais e até ligeiramente maçuda, de qualquer forma como amante de arte e de História não pude deixar de gostar de muitos dos factos apresentados ligados ao Renascimento e até ao período Nazi. O final acabou por deixar a claro o que a narrativa tinha confundido. Não foi de fácil leitura, mas surpreendeu. Por sua vez, Qual É a sua Profissão?, de Gillian Flynn, fez-me querer e muito ler os seus livros Em Parte Incerta e Lugares Escuros e Objetos Cortantes. Neste conto, conhecemos uma “punheteira” que devido a um problema no pulso começa a testar os seus dotes de charlatã, mas isso acaba por levá-la a uma casa possivelmente assombrada. A escrita da autora é deliciosa, e o seu conto foi um híbrido entre comédia e terror, brilhante em ambos os géneros. A parte final podia ter sido mais convincente, apesar disso o final em aberto veio coroar a história. Uma Forma Melhor de Morrer, de Paul Cornell, foi um conto que começou muito bem, com um interessante jogo de cartas, e acabou por ter um desfecho algo fraco. Trata-se de um conto de ficção científica, onde um agente secreto ao serviço de Sua Majestade encontra uma forma de si mais jovem num dos mundos em que o nosso se desdobra.
Pelas mãos de Scott Lynch, passamos Um Ano e um Dia na Velha Theradane. Bem, eu sou suspeito porque adoro a escrita e as histórias de Scott, mas este foi certamente o meu conto preferido da antologia. Repetindo a fórmula de sucesso da saga de Locke Lamora, numa perspetiva mais feminina, o autor apresenta-nos uma grande trapaceira e o seu bando aparentemente reformado, composto por uma maga e a sua esposa artesã mecânica e armeira (sim, esposa), um autómato e uma “funcionária pública” com escamas na pele e um sem-número de recursos nos brincos. Num mundo em que os feiticeiros se enfrentam pelo poder, de uma forma quase cómica, encontramos espécies que podiam ter saído de um Star Wars, uma estalagem feita no esqueleto de um dragão, diálogos divertidíssimos e uma missão quase impossível. A Caravana para Nenhures, de Phyllis Eisenstein apresenta um personagem comum na escritora, Alaric, um bardo que consegue teletransportar-se de um lado para o outro. Perseguindo uma cidade presumivelmente imaginária, onde as questões dos oásis e as drogas ganham predominância no enredo, assistimos a uma viagem pelos desertos. A escrita é boa e a própria premissa também, mas no fim fica a sensação que pouco aconteceu e nada prendeu o leitor.
O conto Galho Vergado de Joe R. Lansdale é um policial moderno e duro, com uma linguagem violenta (que se adaptou e me agradou) e uma escrita atraente, contando uma história de Hap e Leonard, uma dupla já conhecida deste escritor. Aqui, Hap vê a sua companheira desesperada pelo desaparecimento da filha, uma rapariga que, atraída pelo mundo das drogas e da prostituição, se viu parar em mãos pouco recomendáveis. Para salvar a garota, Hap recorre à polícia, que o aconselha a procurar fazer justiça pelas próprias mãos. A escrita é agradável, mas o protagonista pareceu um pouco chocho e algumas situações foram forçadas e estranhas, para além de tudo parecer um pouco cliché neste género de policiais.
Nunca li nada de Patrick Rothfuss, pelo que este Árvore Reluzente foi a minha estreia no mundo de O Nome do Vento. Confesso que esperava mais. A escrita é ótima, os diálogos cativantes, mas os personagens não me prenderam, o mundo apresentado provavelmente é o que de menos importa na obra do escritor mas não cativou nada, e as tramóias de Bast levaram tanto tempo a serem concluídas que me perdi completamente no meio de tantos recados e juramentos.
Connie Willis é outra das autoras que não conhecia e fiquei agradavelmente surpreso. Em Exibição é uma crítica contundente ao mercado cinematográfico, à frivolidade da juventude e ao mundo em que vivemos. De forma divertida, a autora mostra-nos um futuro não muito longínquo, em que o Homem de Ferro 8, Os Piratas das Caraíbas 9 e o Dr. Who estão nos cinemas, e uma jovem adolescente vê-se arrastada para um terrível complot que a impede de ver o filme de Natal que deseja. E se os filmes em exibição não estivessem realmente em exibição? Adorei a escrita e o desenrolar dos acontecimentos. Por fim, O Príncipe de Westeros ou O Irmão do Rei, de George R. R. Martin, não foi nada do que eu esperava. Trata-se apenas de uma nota documental sobre um período de Westeros em que Viserys e o seu irmão Daemon Targaryen conspiravam um contra o outro. Credível, tanto nos pormenores apresentados, como nas várias interpretações que existem para os mesmos factos históricos, é um conto importante para quem deseja saber mais sobre os períodos que antecederam a Dança dos Dragões onde Daemon desapareceu misteriosamente após o confronto com Aemond, no Olho de Deus, provavelmente morto. Sendo uma simples nota documental, foi agradável de ler mas teve nada de extraordinário.
Por fim, fica a ideia que é uma antologia agradável, mas um pouco abaixo daquilo que eu esperava. O conto de Scott Lynch ganha o ouro das minhas preferências, ficando Gillian Flynn com a prata e Connie Willis com o bronze. De facto, estes três contos foram muito melhores que os restantes, na minha opinião. A todos os que gostem de uma boa história de vigaristas, claro que recomendo.
Nunca vou esquecer desse livro aqui. É uma antologia sobre CANALHAS, sobre personagens safadões. Então você tem autores picas como Brandon Sanderson, Scott Lynch e Joe Abercombrie no mesmo livro. Parecia até partida beneficiente da CBF quando ainda tínhamos craques de sobra.
Então, depois de toooooodas essas histórias fodásticas, em que o livro vai acabar com uma nota S+, vem o George Martin com um artigo da Wikipédia que no futuro seria um trecho do livro "Sangue & Fogo".
Porra George Martin! Era para você ser o Ronaldinho do futebol, não o Vini Jr.!
Fora última história dele, EXCELENTE LIVRO! EXCELENTES HISTÓRIAS!
2 - Proveniência (David W. Ball) - 2 estrelas 3 - Qual é a sua profissão? (Gillian Flynn) - 4 estrelas 4 - Uma Forma Melhor de Morrer (Paul Cornell) - 2 estrelas 5 - Um Ano e um Dia na Velha Theradane (Scott Lynch) - 3,5 estrelas 6 - A Caravana para Nenhures (Phyllis Eisenstein) - 3 estrelas 7 - Galho Vergado (Joe R. Lansdale) - 3 estrelas 8 - A Árvore Reluzente (Patrick Rothfuss) - 3,5 estrelas 9 - Em Exibição (Connie Willis) - 4 estrelas 10 - O Príncipe de Westeros ou O Irmão do Rei (George R. R. Martin) - 2,5 estrelas
A maior vantagem foi ler vários autores que eu não conhecia. Meu conto favorito foi o primeiro, do Gaiman, e aí os outros me agradaram em graus variados. Acredito que seria melhor se eu conhecesse os personagens de antemão, mas paciência. Ah, apesar de eu não ter achado que todas as histórias são lá essas coisas, foram todas bem escritas.
Livro de contos, em sua grande maioria de autores consagrados no nicho de fantasia. Gostei de alguns, outros nem tanto, o que é normal sempre que leio livros com várias estórias diferentes. Quem está a pensar adquirir para ler algo mais sobre o conto de George R.R. Martin, saiba que não vai encontrar nada diferente ou a mais do que aquilo que está em Fogo e Sangue.
A antologia tem apenas parte dos contos da original e apenas alguns que realmente valem a pena. Para mim os de Gaiman, Rothfuss e Lynch se destacam; o resto dá para ler mas no final não são muito satisfatórios.
Um livro que me permitiu conhecer outros autores dentro do género. Na minha opinião os contos de Patrick Rothfuss, Scott Lynch, Gillian Flynn e Neil Gaiman estão muito bons, havendo entre os restantes um ou dois bastantes confusos e que dispersam a atenção do leitor.
Resolvi ler logo esse livro por um único motivo: saudades de Westeros. E O Príncipe de Westeros, conto sobre os Targaryens (mais precisamente Viserys I e Daemon Targaryen) conseguiu diminuir um pouco a minha saudade. Já quando se trata das "Outras histórias" não tive o mesmo prazer. Tem alguns nomes de peso tais como Neil Gaiman, Gillian Flynn, Patrick Rothfuss e Scott Lynch, mas além do conto do tio Martin, os únicos contos que realmente gostei foram o da Flynn (que já tinha lido antes), do Rothfuss, da Phyllis Eisenstein e do Joe Lansdale; os dois últimos não conhecia, mas valem à pena conhecer. Os outros cinco variaram entre monótono e desperdício de tempo.
O livro foi publicado em Portugal com metade dos contos (podiam pelo menos tê-lo dividido em duas partes), o que é pena. Ao longo do livro vamos encontrando alguma expressões esquisitas ( mal traduzidas). Todos os contos do livro vêm acompanhados de um texto introdutório sobre o autor e, grande parte deles são de personagens já criadas pelos escritores. Apesar de já ter ouvido falar de alguns escritores que vêm no livro, ainda não tinha lido nada de nenhum.
Como o Marquês recuperou o seu caso, Neil Gaiman A principal personagem desta história é o Marquês de Carabás, a quem roubaram o seu casaco multifunções. A história decorre numa Londres subterrânea com personagens sobrenaturais, e centra-se na recuperação do casaco do Marquês.
Proveniência, David W. Ball O negociador de arte pretende vender um quadro de Caravaggio. ao longo do conto vamos descobrindo quem é o negociador, até chegarmos a um coronel nazi da 2ª gueera mundial. Adorei o conto.
Qual é a sua profissão?, Gillian Flynn Um conto sobre as aparências e a aldrabice. A protagonista assume-se como prestadora de serviços, acabando por se envolver com gente ainda mais maluca que ela. Gostei deste conto, mas de alguma forma esperava um final diferente.
Um ano e um dia na velha Theradane, Scott Lynch Dois feiticeiros entretêm-se em jogos de poder, enquanto Amarelle e uns amigos (um grupo de antigos ladrões) se encontram num bar, desta forma, acabam por arruinar o encontro. Amarelle, bêbeda, decide ir procurar umas das feiticeiras de forma a ajustar contas, o encontro corre mal e, vê-se obrigada a roubar uma rua, tendo um anos e um dia para o fazer, de forma a sair ilesa da situação. Gostei deste conto, se houvesse um livro com estas personagens, sem dúvida que o leria.
Uma forma melhor de morrer, Paul Cornell Neste conto, Hamilton, encontra-se no final da sua carreira, sendo chamados pelos seus superiores para uma última missão: encontrar nutra dimensão uma versão mais nova de si próprio, que, se tornou uma ameaça ao rei. Não gostei particularmente deste conto, a história é um pouco confusa.
A caravana para nenhures, Phyllis Eisentein Alaric é um bardo que se junta a uma caravana que viaja pelo deserto a negociar mercadorias. Tem a capacidade de se teletransportar e pretende fazer uma canção sobre aquela viagem. Ao longo da viagem tem de lidar com o estranho filho do chefe da caravana, que ao longo do caminho vê uma cidade fantasma no horizonte e que tenta perseguir. No local onde deveria acontecer a troca de bens, são atacados. Gostei deste conto.
Galho Vergado, Joe R. Lansdale A filha da namorada de Hap desapareceu e, este decide ir procurá-la, pedindo ajuda ao seu amigo Leonard. A rapariga já esteve envolvida em prostituição, tráfico de drogas e, apesar de já ter sido tirada inúmera vezes dessa vida, acaba por voltar. As coisas não correm tão bem como o esperado e Hap e Leonard, acabam por fazer justiça com as próprias mãos, mas, no fim conseguem resgatá-la. Gostei deste conto, tem bastante ação e algum humor.
A árvore reluzente, Patrick Rothfuss A árvore reluzente, vai buscar Bast, uma personagem secundária de O nome do vento. Bast vai todos os dias para o pé de uma árvore, onde crianças e jovens o procuram para conselhos de determinados assuntos, trocando favores, segredos ou tarefas. Usa as informações que recolhe a seu prórpio favor. Bast é do porvo Fae (uma criatura mágica) e fica um pouco relutante em responder a uma pergunta que uma criança lhe coloca sobre o mesmo, pois, tem receio de revelar a sua identidade. Gostei deste conto, a personagem de Bast, é sem dúvida bastante interessante.
Em exibição, Connie Willis Este conto situa-se no futuro, ainda que não muito distante. Passa-se numa cadeia de cinemas no futuro, em que ir ao cinema é muito mais que ver o filme, desde as cafetarias temáticas, aos parques de diversões e às lojas de merchandising. A protagonista tenta ver um filme que está em exibição, mas devido a diversos problemas não consegue entrar na sala. Gostei bastante deste conto, estranhamente, se coisas deste género acontecessem num cinema atualmente, era algo que não me espantava muito.
O Princípe de Westeros. O irmão do Rei, George R. R. Martin Este conto surge como um relato histórico que antecede as Crónicas de Fogo e Gelo. É sobre o Rei Viserys I Targaryen e o seu irmão Daemon Targaryen, que é o canalha da história que, sempre teve aspirações para o Trono de Ferro, mas nunca lá chegou. É o relato das intrigas, paixões, ódios presentes na família. Estava bastante expectante de ler este conto, pois, apesar de ainda não ter lido as Crónicas de Gelo e Fogo, comecei a ver a Guerra dos tronos. Gostei do conto mas, acho que para quem não leu/viu a série pode ser um pouco desinteressante.
“Histórias de Aventureiros e Patifes” é, tal como a sinopse indica, um conjunto de contos de vários autores conhecidos e reconhecidos no mundo da literatura. A primeira vez que li a sinopse fiquei imediatamente interessada neste livro. Além do facto de juntar histórias de géneros que aprecio, juntava alguns autores que já conhecia e gostava, assim como outros que já estavam na minha lista de próximas leituras. Por isso, quando a editora Saída de Emergência cedeu um exemplar para leitura e opinião, comecei a ler mal tive oportunidade.
Antes de começar a falar sobre o livro em si, tenho de confessar que sempre julguei que era necessário ter uma mestria especial para escrever contos. Neste tipo de texto, os escritores têm de ser capazes de, em poucas páginas, transmitir o que as personagens são e o que as move, elaborar um universo credível sem se perderem em descrições excessivas e por fim, criar um ambiente de suspense que mesmo assim nos prenda à leitura.
Deste modo, devo dizer que achei que todos os autores que participaram nesta obra possuem estas qualidades. Em todos os contos me senti cativada e interessada pelas personagens, como se tivesse a fazer patifarias no seu mundo. Cada folhinha preta (cada conto é dividido por duas páginas pretas) era como a chamada para o avião que tinha como destino um novo mundo e um novo patife para seguir.
Contudo, não posso deixar de referir que, apesar de na edição portuguesa constarem 10 contos, na versão original existem 21 contos. E, tendo visto a qualidade destas histórias, fico curiosa com aquilo que as outras 11 narrativas nos podiam trazer.
Falando agora de algumas particularidades dos contos, tenho de referir que assim como nos livros cada pessoa tem o seu capítulo favorito, aqui também tive contos de que gostei mais e outros menos. Aquele que mais me ficou na memória destes dez foi o de Gillian Flynn. Esta história possuía uma personagem principal, como seria de esperar, não de todo perfeita mas muito credível, que se vê envolvida numa situação duvidosa, deixando-nos agarrados a cada linha para saber o que vai acontecer. Além disso, achei o final brilhantemente executado.
Não podia deixar de falar do conto de George R.R Martin, que insiste em fazer - nos sofrer com as personagens que decide matar e, também com o tempo que nos faz esperar para saber o destino daquelas que se encontram vivas (por enquanto!). A pequena história que nos traz nesta compilação fica um bocado aquém das minhas expectativas, mas mesmo assim permite matar um pouco as saudades do mundo da Guerra dos Tronos.
Apesar de só me concentrar mais neste dois contos na opinião, todos os que estão inseridos nesta obra são interessantes, bem escritos e construídos. Uma excelente colectânea, especialmente para aqueles que adoram mundos novos e personagens que, apesar de imperfeitas, fazem-nos enveredar na aventura com elas com um sorriso no rosto.
“How the Marquis Got His Coat Back” (Neil Gaiman): 4/5 “Provenance” (David W. Ball): 2/5 “What Do You Do?” (Gillian Flynn): 4/5 “A Better Way to Die” (Paul Cornell): 1/5 “A Year and a Day in Old Theradane” (Scott Lynch): 4/5 “The Caravan to Nowhere” (Phyllis Eisenstein): 2/5 “Bent Twig” (Joe R. Lansdale): 3/5 “The Lightning Tree” (Patrick Rothfuss): 4/5 “Now Showing” (Connie Willis): 3/5 "The Rogue Prince, or, a King’s Brother" (George R. R. Martin): 3/5
Best story: Tough call. I think I'll choose "What Do You Do?" because I really like Gillian Flynn, but “The Lightning Tree” and “How the Marquis Got His Coat Back” are just as great.
I quite liked this book, mainly because it allowed me to discover a lot of new authors, and that's always cool. :) There were some standouts that I reeeaally liked, but unfortunately there were also some stories that I found to be extremely boring and fell flat for me. So this leaves me at an average of 3 stars - but definitely worth the read. My favourite story was “The Lightning Tree” by Patrick Rothfuss. I had never read anything by the author but I absolutely LOVED these characters and plot. Gillian Flynn's “What Do You Do?” and Joe R. Lansdale's “Bent Twig” I really loved too. Good stuff!