Os sete gatinhos: Divina comédia em três atos e quatro quadros

by Nelson Rodrigues

A família Noronha parece ser tão normal quanto qualquer outra. No entanto, se esconde sob as aparências. Quatro das cinco filhas da família se prostituem para garantir a castidade e a boa educação da mais nova, Silene. Só que Silene não é a virgem que todos pensam ser, e nem seus pais estão livres de terríveis perversões.

Genres: Plays, Theatre, Fiction, Ebooks

131 pages, Kindle Edition

First published January 1, 1958

About the author

Nelson Falcão Rodrigues (August 23, 1912 – December 21, 1980) was a Brazilian playwright, journalist and novelist. In 1943, he helped usher in a new era in Brazilian theater with his play Vestido de Noiva (The Wedding Dress), considered revolutionary for the complex exploration of its characters' psychology and its use of colloquial dialog. He went on to write many other seminal plays and today is widely regarded as Brazil's greatest playwright.

Nelson Rodrigues was born on August 23, 1912 in Recife, the capital of the Brazilian state of Pernambuco, to Mario Rodrigues, a journalist, and his wife, Maria Esther Falcão. In 1916, the family moved to Rio de Janeiro after Mario ran into trouble for criticizing a powerful local politician. In Rio, Mario rose through the ranks of one of the city's major newspaper and, in 1925, launched his own newspaper, a sensationalist daily. By fourteen Nelson was covering the police beat for his father; by fifteen he had dropped out of school; and by sixteen he was writing his own column. The family's economic situation improved steadily, allowing them to move from lower-middle class Zona Norte to what was then the exclusive neighborhood of Copacabana.

In less than two years the family's fortunes would be reversed spectacularly. In 1929, older brother Roberto, a talented graphic artist, was shot and killed at the newspaper offices by a society lady who objected to the salacious coverage of her divorce. Devastated by his son's death, Mario Rodrigues died a few months later of a stroke, and shortly after that the family newspaper was closed by military forces supporting the Revolution of 1930, which the newspaper had fiercely opposed in its editorials. The ensuing years were dark ones for the Rodrigues family, and Nelson and his brothers were forced to seek work at rival newspapers for low wages. To make matters worse, in 1934 Nelson was diagnosed with tuberculosis, a disease that plagued him, on an off, for the next ten years.

During this time Rodrigues held various jobs including comic strip editor, sports columnists and opera critic. In 1941, he wrote his first play A Mulher Sem Pecado (The Woman Without Sin), to mixed reviews. His following play, Vestido de Noiva (The Wedding Dress), was hailed as a watershed in Brazilian theater and is considered among his masterpieces. It began a fruitful collaboration with Polish émigré director Zbigniew Ziembinski, who is reported to have said on reading The Wedding Dress, "I am unaware of anything in world theater today that resembles this." In the play, set while the female chief character is hit by a car in the street and undergoes surgery, the stage is divided in three planes: one for real life action happening around the character, another for her memories, a third for her dying hallucinations. As the three planes overlap, actual reality melds with memory and delusion[1].

Rodrigues's next play, 1946 Álbum de família (Family Album)- the chronicle of a semi-mythical family living outside society and mired in incest, rape and murder - was so controversial that it was censored and only allowed to be staged 21 years later.

In all, Rodrigues wrote 17 full-length plays. They include Toda Nudez Será Castigada (All Nudity Shall Be Punished), Dorotéia, and Beijo no Asfalto (The Asphalt Kiss, or , better, The Kiss on Asphalt[2]), all considered classics of the Brazilian stage. His plays are frequently divided in three groups: Psychological, mythical and Carioca tragedies. In his Carioca tragedies Rodrigues explored the lives of Rio’s lower-middle class, a population never deemed worthy of the stage before Rodrigues. From the beginning his plays shocked audiences and attracted the attention of censors.

In spite of his success as a playwright, Rodrigues never dedicated himself exclusively to theater. In the 1950s, besides writing the hugely successful column A Vida Como Ela É (Life As It Is), he also wrote soap operas, movie scripts, a

Reviews

[Adriana Scarpin · Rating 4 out of 5]

Ai gente, amo o Nelson Rodrigues, esse véio reacionário me faz rir quase tanto quanto a Hilda Hilst. Só fiquei decepcionada aqui porque o seu Noronha não pergunta quem foi que desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro como no filme do Neville d'Almeida.

[João Cavalcanti · Rating 5 out of 5]

JAMAIS pensei que um livro da faculdade fosse ser tão bom… que história perfeita. É tudo muito divertido, a leitura fluía tão bem que eu não conseguia parar de ler. O final é incrível, me pegou muito de surpresa. Amei de verdade!!!

[João Vicente · Rating 4 out of 5]

A família tradicional brasileira é um verdadeiro show de horrores.

[Amanto Moura · Rating 5 out of 5]

Não sei o que falar dessa peça, apenas que estou em choque com desfecho. Estava com saudades do autor e mesmo conhecendo não estava preparado para tanto, maravilhoso, eterno e único!

[Maria Carolina · Rating 4 out of 5]

Versão em livro do filme miss violence

[Tetê Macambira · Rating 3 out of 5]

An attempt by Nelson Rodrigues to construct a play from the Theater of the Absurd by the Brazilian fashion.
Carnivalization and the grotesque are very clear, including a section very similar to Eugène Ionesco's play, "Widow but honest".
A vision about the issue of virginity and its exploitation as a marketable product for marriage.

[Legosi · Rating 5 out of 5]

Um retrato bem fiel até sobre as hipocrisias da família tradicional brasileira sobre a suposta pureza e manutenção dessa moral e dos bons costumes descarrilha quando as expectativas sobre algum parente não e realizada. Nesse caso com a bendito culto a virgindade quer e gerado aqui em detrimento as outras filhas que trabalham como profissionais do sexo para bancar o futuro casamento da salvação da família que deveria ser Silene. Mas tudo descarrilha depois de a filha protegida de seu Noronha simplesmente matar uma gata prenha a pauladas no meio de todas as suas colegas de escola e ser expulsa; logo depois descobrirem que ele já não e mais virgem e esta gravida e mesmo assim segue negando veemente que todos estão mentindo. E depois disso o Seu Noronha simplesmente coringar e abrir um bordel com as filhas dentro da casa deles (risos pois isso e realista por mais).Achei um bom livro para iniciar na obra de NR mais talvez seja um pouco enfadonho por não ser um texto em narrativa comum/prosa e sim um texto para teatro. aqui temos o de sempre: criticas a classe media brasileira que se acha melhor que os outros, hipocrisias da sociedade e suas inconsistências e a sexualidade de forma mais explicita principalmente no que se diz a respeito das personagens femininas. E nesse livro em especifico acabei lembando do termo madonna-prostituta aonde alguns homens tem dificuldade de ver mulheres próximas a a ele como seres humanos e idealizam ela demais - sim, isso e um conceito de Freud. A pureza de Silene não se pode contestar obs:

QUEM FOI QUE DESENHOU

KARALHINHOS VOADORES

NA PAREDE DO BANHEIRO???

[Lua Brandão]

adoraria ver essa peça sendo encenada. para quem lê catando os contextos mais do que imaginando eles vividamente, esse formato enriquece a imaginação das possibilidades em cena. com um encaminhamento inevitável mas que não deixa de ser envolvente, brincando com as noções decatentes de status, família, casamento e virgindade como produto de barganha social.

[carol moura :) · Rating 4 out of 5]

nelson rodrigues sendo nelson rodrigues. leitura desconfortável, ácida e crua. mostra todas as camadas do indivíduo, os desejos e a real família, que não tem nada de tradicional brasileira - mesmo buscando a honra e moral. hipocrisias com holofote, mas ainda não consigo rir lendo rs. o final, o plot twist, maravilhoso.

[Ângelo · Rating 4 out of 5]

Em uma comemoração não intencional ao dia do teatro nacional, li essa peça alucinada e divertida de Nelson Rodrigues. É meio estranho chamar de "divertida": é cada baixaria, cada reviravolta chocante que duvido que a intenção fosse divertir. Mas é o efeito que ficou em mim ao ver as diversas tentativas do autor de gerar repulsa na sociedade da época.

[Ana Carolina · Rating 5 out of 5]

Essa peça é tão fantástica que não consigo fazer um elogia a altura. Ela conseguiu passar Valsa n°6 e é a minha favorita do Nelson.

[Grace 🎻 · Rating 5 out of 5]

This absurdist story is peculiar and unpredictable. I found it hard to put this play down once I picked it up! I would love to see it performed live.

[Thiago Nasi · Rating 5 out of 5]

É muito bom!?

[vica · Rating 5 out of 5]

loucoooo

[Eddypusrex]

Nelson Rodrigues não é nenhum Fassbinder, nem Bataille e nem Williams (nem Sirk, nem Verhoeven, etc.), infelizmente, mas um verdadeiro neurótico, com o bom e o ruim que isso denota. Mais uma vez fica clara até demais a identificação (culpada) dele com o Seu Noronha e isso enfraquece a peça como um todo, especialmente naquela virada que explicita a prostituição na vida sob a moral burguesa (mesmo com todo o conservadorismo do autor - de novo, um verdadeiro artista neurótico) em que o diálogo do patriarca parece uma variação pouco menos ridícula de um monólogo pretensioso, preguiçosamente niilista de um Coringa (li essa peça no mesmo dia que The Killing Joke então tava muito fresco). Ainda assim o final acerta em cheio (e é catártico e satisfatório precisamente porque já é quase inevitável desde o início) e muito da peça tem uma energia realmente interessante e potencialmente subversiva se dirigida pela pessoa certa. As rubricas eu nem leio, claro. Resta, finalmente, uma frustração pelas inúmeras possibilidades (muitas delas surrealistas, o que a peça rejeita apesar do Absurdo) que a peça deixa de lado a favor de um semblante de enredo que faz sentido mas em típica moda do Nelson perde tempo demais com intrigas... Hora de escrever minha própria versão

[FILIPE · Rating 3 out of 5]

O mais pesado do autor até agora.