Buenos Aires. Brasília. Anos 70, anos 80, 2006. Quatro mulheres, quatro mordidas. Uma neta adotada, uma mãe torturada, uma mãe adotiva e uma avó exaurida pela busca. Quatro pontos de vista entrelaçados em uma narrativa intensa e delicada, que joga luz sobre passagens sombrias da história recente latino-americana.Livro finalista do Prêmio Jabuti, categoria Romance.
Fui uma as colaboradoras do projeto, por indicação de uma amiga. Por colaboradora quero dizer, uma das leitoras que compraram o livro em site colaborativo, claro. Para ajudar o livro a se tornar real, não sei bem se é isso que devemos dizer, porque a gente sabe que ele já existia. Comecei a ler há alguns dias, uns 15, que foi quando ele chegou. Vi que era rápido de ler, mas, logo no começo eu já estava muito envolvida com os personagens, e comecei a ler bem devagar. Pode ser lido rapidamente, mas, não é o caso desse livro... não é livro de ler em uma sentada, sabe? É bonito demais. Real. Parece real, parece aqui dentro de casa, ou na casa ao lado. Cada uma delas em uma busca, cada busca com encontro e desencontro. Há muito não lia um livro assim. Simples e forte. Objetivo e real. Real demais. E hoje, no período histórico em que o Brasil se encontra, o texto, as histórias, no deixam pensando no que seria se tudo fosse de novo. Estamos condenados a repetir nossa história? Isso é de fato? Não importa a resposta. Mas, a leitura desse livro, sim, importa. Ele é lindo.
Leitura super envolvente. O livro é curto, mas não por isso deixa de engajar o leitor. Você se sente próximo dos personagens, a trama é forte e política. Indicaria pra todas e todos!
Tava achando muito bom, até a autora soltar um “pais adotivos e pais verdadeiros” …….. Achei que ia ser melhor que isso A história é um pouco confusa de primeira também, pq os nomes dos personagens são muito parecidos…. O livro em si foi bonito e eu estava achando legal, até o final duvidoso……. Mas é bem interessante,sim.
A história passeia por entre duas cidades que já fiz morada, Buenos aires e Brasília, resgato nas palavras das personagens meus sentimentos ao ter vivido em cada uma delas, mas resgato também alguns sentimentos de falta que parecem que guiam a minha jornada, sempre em busca de alguma coisa que eu não sei o que é, portanto talvez até já encontrado sem saber.
Acho que Mulheres que Mordem, para além da história muito bem costurada a respeito da ditadura, quer dizer.
O que cabe a nós? Se fazemos planos que não podemos concluir, se buscamos traços de identidade que não aprendemos a possuir e se o pouco que temos nos é tirado porque não se tem controle de nada nessa vida?
Conheci a Beatriz antes de conhecer o livro dela. Fui a uma roda de conversa em que ela participava e me interessei pela forma depretensiosa que ela contou, e talvez a mim especificamente quando fiz a pergunta, de como nascem seus livros. Comprei ele de natal pra minha mãe, mas acabei lendo antes dela. Iniciei hoje, as 16h da tarde e terminei hoje mesmo as 18h.
Faz tempo que não comento leitura aqui, mas esse livro me pegou tão de surpresa que resolvi escrever.
Peguei pra ler bem despretensiosamente, capa bonita e poucas páginas me pareceu ser bem o que eu precisava hoje. Nem sabia do que se tratava e por acaso veio o meu "prato" preferido: dramão familiar.
Eu amei ir conhecendo esses personagens e entendendo aos poucos o que tava rolando ali. É forte e triste, fiquei o tempo todo querendo resolver a situação, pegar os personagens e falar pra eles o que tava acontecendo, queria resolver, queria que fossem felizes, principalmente a Rosa.
3,5 Peguei esse livro sem saber muito sobre, só lembrava que tinha gostado da sinopse. Eu gostei dos 3 pontos de vista das mulheres e como as vidas delas foram afetadas pela ditadura argentina, mas achei que, quando rolava as revelações, ao invés da autora deixar pro leitor fazer as conexões, ela preferiu jogar muito na cara.
The book's main events demonstrate that life is full of coincidences. We dive into the atrocities of Argentina's military rule in the 1970s and then the recollections of four women of different ages.
The motto is about shattered families and the author tries to bring together characters whose activities have harmed each other's lives. I recognize that there are strange coincidences in life, but the work delivers many of them that seem improbable.
Uma narrativa conturbada, porque narrada sob o ponto de vista de mulheres sujeitas a difíceis e conflituosas situações. Um final sem soluções, uma história de dor provocada por um regime autoritário. Uma leitura para refletir.