Noite na Taverna

by Álvares de Azevedo

Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852), escritor e poeta romântico, foi em tudo coerente com a arrebatada opção estética (o romantismo) que fez: genial, culto, precoce, construiu uma obra pequena, porém clássica, dentro da língua portuguesa e morreu de tuberculose aos vinte e um anos incompletos. Aos 10 anos já falava inglês, francês e latim. Cursou a faculdade de Direito em São Paulo e teve praticamente toda a sua obra publicada após a sua morte. Como escritor brilhante que foi e poeta original e talentoso, a qualidade da sua obra surpreende pela precocidade com que foi concebida. Discípulo dos românticos europeus, como Byron, Hoffmann e Shelley, seus textos refletem o ambiente de sua época, onde a literatura estava impregnada de pessimismo, ceticismo, morbidez e pressentimento da morte. Este Rimbaud tropical escreveu Noite na taverna, um clássico composto de sete contos ímpares na literatura de língua portuguesa, a genial coletânea de seus poemas, Lira dos 20 Anos, e outros textos como Cartas, a série humorística Spleen e Charutos, Poema do Frade, O Conde Lopo, entre outras obras. Discursos, 1849, foi seu único texto publicado em vida.

Contos:

"Uma noite do século"
"Solfieri"
"Bertram"
"Gennaro"
"Claudius Hermann"
"Johann"
"Último beijo de amor"

Genres: Classics, Fiction, Horror, Brazil, Short Stories, Gothic, Poetry

96 pages, Paperback

First published January 1, 1855

About the author

Alvares de Azevedo was a writer of the second brazilian romantic generation, also called Byronian generation. He spent his childhood in Rio de Janeiro where he began his studies. He came back to Sao Paulo to start on his Law School where he became known for his brilliant writings. He had the ability to learn languages easily and was recognized for his young and sentimental spirit. He couldn't finish his law school because of the tuberculosis he had, many times proclaimed as the disease of the century since many authors of this age died of it, although what actually came to kill him was the horse fall by his twenties.

Reviews

[Yeda Salomão · Rating 3 out of 5]

quem disse que românticos não podem gabaritar o código penal?

[Oziel Bispo · Rating 5 out of 5]

Vários amigos se reúnem em uma taverna. Como não poderia ser diferente , o encontro é regado a   muita bebida. Cada um é desafiado a contar uma história que lhes ocorreram em suas vidas até então. As histórias contadas por eles são macabras , hediondas, com muito sangue e mortes. As histórias muitas vezes são contestadas e desacreditadas por alguns dos amigos ouvintes mas a emoção, o calafrio  do narrador acaba por convencê-los.

Leia esse livro para se arrepiar com essas histórias de horror , mas muito bem contadas.

Álvares de Azevedo morreu com apenas 21 de idade em 1952 de tuberculose. Essas características foram uma tônica dos escritores do romantismo da época . Quase todos eles morreram muito novos, e suas escritas eram cheias da temática da morte. Para eles viver era um sacrifício, a morte uma  solução. Veja um poema de Álvares de Azevedo que foi escrito alguns dias antes de sua morte:

"Se eu morresse amanhã": "Se eu morresse amanhã, viria ao menos/ Fechar meus olhos minha triste irmã;/ Minha mãe de saudades morreria/ Se eu morresse amanhã!".

[Cristina | Books, less beer & a baby Gaspar · Rating 5 out of 5]

Fabuloso!!

Uma história tão simples e com um final delicioso! Como é que é possível que no séc XIX se escrevia sobre temas tão formas, como aborto, canibalismo, crime, incesto, ... de forma tão aberta?! Adorei o facto de a narrativa ser feita na voz das diferentes personagens, um grupo de bêbados, sentados à mesa de uma taberna, que vão contando histórias macabras, num clima gótico, de orgias e tendo sempre a morte como pano de fundo.

[Tábata Kotowiski · Rating 3 out of 5]

Mais um livro daqueles que levantam a questão: Afinal, o que é um bom livro? Basta ser bem escrito? A história ajuda? E a questão da moralidade?
Fiquei particularmente enojada com o conto de Claudius Hermann por conta da história em si. Isso o torna um livro ruim? Sinceramente, não sei. É a dúvida que tenho constantemente quando me deparo com livros tecnicamente bons mas com histórias preconceituosas, machistas, moralmente erradas. Passei pelo mesmo dilema com A Escrava Isaura. O que vocês costumam fazer nesses casos?

[Guilherme Passos · Rating 5 out of 5]

Senhoras e senhores... Que livro!

A história se passa num lugar não definido, pelo menos não geograficamente, pois ambientalmente não podia ser melhor descrito, é uma taverna, daquelas clássicas que se encontra em histórias de RPG e de noites boêmias do século XVII ao início do XX, com uma taverneira servindo desde aventureiros até amantes torturados pelas tristezas do sentir. Nesse lugar, amigos se encontram para contar de seus passados, um por vez, sendo que cada capítulo é dedicado a um personagem.

As histórias não poderiam ser mais deliciosas. Pra quem ama William Blake, Poe e toda essa galera byroniana (o próprio Byron em si) vai adorar cada caractere dessa obra. Devo citar aqui algumas características que se encontram por todo o livro:

- Uma relação muito íntima, bela, um tanto quanto surreal e macabra com a morte e a figura que ela representa;
- Reviravoltas sensacionais;
- Uma exaltação da figura da mulher no melhor estilo da segunda fase do romantismo. Aquele ser puro, frágil, indefeso, quase com status divino e inalcançável que todos os homens cobiçam e são capazes de atrocidades para ter ao menos um beijo de criatura de tão celestial. (pensar que por muito tempo, graças a ser tão viciado nesse estilo literário na adolescência, essa era a minha imagem de mulher);
- Boemia, conflitos e intrigas, mostrando o ser humano como algo cheio de paixões e vontades, egoísta e ambicioso;
- E claro, a juventude, algo tão ovacionado pelos românticos da Era Vitoriana, como visto em vários livros, sendo que o mais conhecido é o Retrato de Dorian Gray;
- Vocabulário riquíssimo, algo que nunca vi igual. Vários momentos tive que recorrer ao dicionário, embora no sentido da frase ali dava pra entender, mas eu fazia questão. O uso das palavras pelo autor impressiona em vários aspectos, pois pode parecer um exagero, mas tudo é magistralmente empregado e a própria escrita se torna um personagem da história. Pode parecer que eu esteja exagerando, mas em alguns momentos eu conseguia ler com vozes claras, entonações, suspiros e emoções de cada um dos personagens, dava até pra sentir cheiros e sabores.

Recomendo esse livro a todos, que gostem de literatura brasileira ou não, pois o caracterizo como algo sem bandeiras, não se pode encontrar ali características que o liguem a um país, apenas aos personagens. Esse livro também é bom para mostrar a um amigo seu que tem preconceito com literatura brasileira.

Leiam!

[Suellen Almeida · Rating 4 out of 5]

Beautiful! Disgrace is such a beautiful thing (when it doesn't happen to you).

[Lucas Pinheiro Silva · Rating 3 out of 5]

Bem legal. Apesar de ser classificado como ultra-romântico, é quase que uma desconstrução do romantismo brasileiro. Enquanto no gênero o amor é sempre a força maior capaz de corrigir qualquer mal, este não é o caso. Todos os personagens se entregam inteiramente a uma vida de amores e libertinagem e, em todas elas, o amor não é capaz de salvá-los. Ele os eleva, os purifica, os completa, mas é, por fim, sempre destruído pelas próprias ações e nódoas das personagens. O amor nunca é o suficiente para que, no final das contas, a vida das personagens termine em ruína e tragédia.

Destaque para o clima levemente assombroso. Coisas como necrofilia, incesto e estupros, que as personagens confundem com amor genuíno - e são devidamente punidos por isso em cada caso.

[Cindy Alanis · Rating 4 out of 5]

Não esperava encontrar personagens tão desgraçados e temas tão horrendos como estupro, incesto, necrofilia, canibalismo e por aí vai... Passada!
Esse livro foi uma ótima escolha pro mês do horror.

p.s: O conto mais nojento foi o "Claudius Hermann", sinceramente, eu queria explodir esse personagem.

[Laura · Rating 3 out of 5]

This author has died at age 20!!

Cinco amigos se reúnem durante uma noite de tempestade e, sob os efeitos do vinho e da atmosfera sombria, contam suas histórias macabras de paixões violentas e acontecimentos insólitos.

[Felipe Beirigo · Rating 5 out of 5]

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOKO DEMAIS. MACABRO, PROÍBIDO E PERTURBADO. TEM NECROFILIA, INCESTO, CANIBALISMO E VÁRIOS OUTROS ASSUNTOS MUITO FOFINHOS. LINDO.

[André Prado · Rating 4 out of 5]

Uma antologia de pequenos contos trágicos e viscerais, com uma ambientação imersiva e um final intrigante. Contendo temas pesados como necrofilia, canibalismo, estupro e incesto, talvez o que mais perturbe o leitor não sejam nem esses delitos em si, mas a forma como os protagonistas os romantizam de modo a até mesmo se colocarem como vítimas (de um amor desvairado), enquanto são os verdadeiros algozes. Não tive muitas experiências com obras ultrarromânticas, talvez os mais próximos que eu tenha lido sejam Edgar Allan Poe e Horácio Quiroga, porém Álvares de Azevedo nesta história me pareceu muito mais visceral e com um ritmo narrativo mais intenso. Espero agora ler as outras poucas obras que sua breve vida gerou.

[bella · Rating 1 out of 5]

eu odiei todos os aspectos desse livro

[Aline · Rating 4 out of 5]

Noites na Taverna é um livro romântico da metade do século XIX. Ele apresenta as características do Romantismo, começando por uma extratexto: o autor morreu de doença aos 21 anos. O amor é mostrado como força poderosa e destrutiva. O mal do século está presente nas personagens que cultivam a amargura, a melancolia. O homem romântico fala muito em religiosidade e se sente um pecador sem perdão pela vida desregrada que leva. O texto apresenta a evasão no espaço, ambientando a ação em uma Europa sinistra, e a
evasão na morte, a solução final para todas as dores.

O livro é dividido em sete capítulos que funcionam como contos. Nos contos de abertura e encerramento do livro o foco narrativo é em terceira pessoa, narrador-observador. Nos demais, a narração é feita pelo personagem que lhes dá título.

Uma noite no século - apresenta o cenário: em uma taverna, homens passam a noite entre mulheres, garrafas de vinho e histórias escabrosas.
Solfieri - vê uma mulher chorando e a leva até o cemitério, onde cai no sono. Tempos depois encontra a mulher dentro de um caixão e a paixão renasce.
Bertran - É abandonado por sua amada. Raptou e depois vendeu a filha do homem que o acolheu. Tenta se matar e mata o marinheiro que o salva. Sobe ao navio e se apaixona pela esposa do capitão.
Gennaro - Aprendiz de um pintor, apixona-se pela esposa do mestre e engravida a filha dele.
Claudius Hernnan - Apaixona-se por uma duquesa e decide drogá-la e sequestrá-la.
Johann - Desentende-se com um homem com quem jogava. Procura a amante do adversário, depois de matá-lo. É atacado pelo irmão da mulher e descobre que os conhece.
O último beijo do amor - A ação volta para a taverna. Uma mulher entra, reconhece Johann e o mata. Depois acorda Arnold, a quem havia abandonado no passado. Ela voltou para se matar. A despedida é trágica.

O imaginário romântico está presente até os dias atuais. a supervalorização do amor que leva à morte e à loucura, o espírito livre, rebelde e perturbado. Os contos descrevem situações grotescas que, infelizmente, de tão atuais nem assustam o leitor contemporâneo. Ou assustam assim que o leitor constata essa indiferença. A esrutura de contos torna a leitura fluida. O vocabulário da época e as construções sintáticas não apresentam grandes dificuldades.

Fonte de Pesquisa - Literuatura, de faraco e Moura.

[Vinicius · Rating 4 out of 5]

I was unsure whether to give this 3 or 4 stars...
Full of referencing to great worldwide known figures and ancient words/expressions, the reading is quite laborious, but the plot is worth it!

The story is very good and well structured (the ending is simply genius), full of emotions and turning points, plus a lot of gore, sex and death.
That makes the book 'cooler' in the eyes of people who think it's super boring to read those "ohh light of my world!" love stories... I mean, this book IS just like that, but the gore conceals it a little bit xD. I confess, though, that was the main reason behind this reading!

[Walter · Rating 4 out of 5]

Gente, que livro mais sombrio! É incrível que em pleno século XIX deixassem publicar uma obra que fala sobre aborto, necrofilia, incesto, suicídio e outros temas que até hoje são considerados de tabus pelo homem comum.
Noite na Taverna é fantástico pela imaginação do mestre Álvares de Azevedo. O autor mostra que o "byronismo" está impregnado em cada célula do seu corpo, e por isso, todos os contos tentam não só emular o clima gótico que tão em voga estava na Europa ocidental, mas também deixar sua marca pessoal.
Leiam-no!

[Marina Stein · Rating 4 out of 5]

death, rape, drugs, duels, drinking and suicide. what more could you want from álvares de azevedo?

[Conrado · Rating 4 out of 5]

Take a shot every time a corpse is introduced or a famous poet is mentioned.

[Jujuba · Rating 2 out of 5]

(2.0) (?????)
Esse foi o meu primeiro contato direto com o ultrarromantismo, bem como o primeiro de estilo gótico. Em resumo: Eca.
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Eu entendo o caráter sentimental, melancólico e idealista, ainda mais aflorado no que se designa Romantismo. A expressão romântica é evidente e a representatividade desse livro dentro do movimento é indiscutível. Na verdade, esse é um dos motivos pelos quais dei a segunda estrela, *foi o que salvou a leitura de uma repugnância completa*. A linguagem empregada é realmente interessante: intensamente poética. Quando colocada nas discussões filosóficas entre os amigos, o texto se desenvolve muito bem. Quando colocada, porém, sob situações de extrema violência, tudo se torna *um desgosto absurdo*.
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É uma obra gótica e, é claro, o macabro é a base da narrativa. Até tal momento, ótimo. Entretanto, os temas inseridos a fim de suscitar tal efeito foram narrados e detalhados de modo perturbadoramente nojento e, sob meu ver, desnecessário. Necrofilia, canibalismo, estupro, sequestro, assassinato; tudo isso banhado por uma descrição lírica (e assustadoramente romantizada: era de se esperar?)
Os personagens principais são irritantes e IMENSAMENTE babacas.
Ademais, ler tudo isso sob um olhar feminino é, no mínimo, assombroso. As mulheres são, quando não claramente classificadas entre imaculadas e virginais /vs/ perdidas e promíscuas, totalmente objetificadas.
Definitivamente, se o intuito foi causar horror, deu certo. Absolutamente nojento.

[Roberta Gomes · Rating 2 out of 5]

"— Blasfêmia — e não crês em mais nada: teu ceticismo derribou sodas as estatuas do teu templo, mesmo a de Deus?

— Deus! crer em Deus! sim como o grito intimo o revela nas horas frias do medo — nas horas em que se tirita de susto e que a morte parece roçar úmida por nos! Na jangada do naufrago, no cadafalso, no deserto — sempre banhado do suor frio — do terror e que vem a crença em Deus! — Crer nele como a utopia do bem absoluto, o sol da luz e do amor, muito bem! Mas se entendeis por ele os ídolos que os homens ergueram banhados de sangue, e o fanatismo beija em sua inanimação de mármore de há cinco mil anos! não credo nele!

— E os livros santos?

— Miséria! quando me vierdes falar em poesia eu vos direi: ai ha folhas inspiradas pela natureza ardente daquela terra como nem Homero as sonhou — como a humanidade inteira ajoelhada sobre os túmulos do passado nunca mais lembrara! Mas quando me falarem em verdades religiosas, em visões santas, nos desvarios daquele povo estúpido— eu vos direi — miséria! miséria! três vezes miséria! Tudo aquilo e falso — mentiram como as miragens do deserto!"

[Bárbara · Rating 5 out of 5]

Histórias macabras narradas pelos bêbados da taverna... Um bom livro, muito mais interessante do que o romantismo leve e bucólico de outros autores como Bernardo Guimarães e Visconde de Taunay. Alvares de Azevedo é um grande autor, que deu lindas expressões aos conflitos do romantismo no Brasil.

[Bruna Pasda · Rating 4 out of 5]

caralho é horrendo e incrível ao mesmo tempo

[Júlia · Rating 2 out of 5]

" Olá, taverneira, bastarda de Satan, não vês que tenho sede, e as garrafas estão secas, secas como tua face e como nossas gargantas?”


“Noite na Taverna” é um livro em que você precisa de uma análise crítica paciente sob ele. O começo da história é confuso e até se entender que são amigos em um bar contando causos antigos, demora muito tempo. 

É impossível negar toda a influência que Álvares de Azevedo teve no mundo literário brasileiro, mas também não vou falar que foi um livro fácil de ler, porque não foi. Eu precisei do auxílio do canal "Ler antes de morrer" que fez um vídeo de 20 minutos contando toda a história do Autor e como foi a trajetória até a publicação do livro.

Noite na Taverna consegue ser uma história forte, cheia de casos curiosos e que, com certeza, não é para qualquer um ler. Mas é intrigante ver como a mulher era tratada no século XIX, por exemplo, e ver como a sociedade mudou drasticamente. Álvares traz isso com normalidade e em uma melancolia sobre os homens europeus que vivenciam uma vida cheia de prazer e luxúria.

Não é o meu estilo de literatura. Claramente, eu só leria algo assim, caso alguém me pedisse e cá estou eu. As duas estrelas dadas, é mais pela dificuldade em que tive para tentar entender o que estava acontecendo e quando eu conseguia me situar, a história mudava de narrativa para um outro local. O ponto é que não é por não gostar do livro, que eu vou negar a importância que um autor tão jovem brasileiro, teve na história a ponto de ser um dos mais influentes da ABL e receber uma crítica literária de Machado de Assis. A real importância que este homem teve, é inexplicável e deve ser reconhecida com fervura pelo próprio povo brasileiro.

[igor · Rating 5 out of 5]

Fiquei impressionado com os assuntos tratados com tamanha fluidez, levando em conta o período da publicação. Além de que me atraiu bastante o clima gótico que há em todo o livro — não é atoa que essa geração ultrarromantica leva título de "Era Byroniana" — e do quanto o amor e horror se mostraram cada vez mais homogêneos em cada conto, assim, de fato, desconstruindo toda a idealização do que é "amar". Mas a escrita elevada de Álvares de Azevedo me faz necessitar de uma segunda leitura, para melhor compreensão e digestão dos diversos assuntos tratados e das filosofias que vagam feito nuvens tempestuosas de pessimismo, página por página. O que não é má coisa, é apenas sinal de que o Byron Brasileiro estava à frente de seu tempo.

[maria julia · Rating 4 out of 5]

Não sabia se eu iria dar 3 ou 4 estrelas porque ainda estou digerindo o livro. A narrativa é muito interessante e envolvente, por mais que Azevedo entregue histórias repulsivas e milhões de crimes cometidos pelos personagens principais, eu continuei querendo saber mais sobre as histórias por mais macabras que sejam. Ainda estou iniciando a literatura gótica e acredito que esse livro seja um perfeito exemplo desse gênero.

Além do mais, meu único problema com o livro foi realmente todos os crimes ocorridos e a forma como tratam mulheres na história, mas a base está realmente nisso então não seria justo da minha parte dar poucas estrelas por essa razão. O livro realmente é bom e o final é inesperado, e como é uma leitura rápida eu li tudo em poucas horas.

[Fanny · Rating 4 out of 5]

"Por quê? É que meu coração em meio às delícias de uma lembrança ciumenta, constantemente oprimida fria na felicidade presente vai procurar seus suplício no futuro e no passado."

Se eu não me engano esse foi o meu primeiro contato com Álvares de Azevedo, pro primeiro contato foi muito bom, e o modo como ele escreve, a obscuridade me lembrou muito da escrita de Edgar Allan Poe.

Bom... É uma antologia de pequenos contos trágicos e viscerais, com uma ambientação imersiva e um final intrigante. Contendo temas como necrofilia, canibalismo, violação e incesto, talvez o que mais perturbe o leitor não sejam nem esses delitos em si, mas a forma como os protagonistas os romantizam de modo a até mesmo se colocarem como os menores (de um amor desvairado), enquanto são os verdadeiros algozes.

[eduardo · Rating 3 out of 5]

O livro em si não é ruim, mas minha expectativa estava bem maior.
Como todo livro antigo, minha opinião é que a linguagem deve ser revista e devem existir versões atualizadas para melhorar a compreensão...

Enfim, sobre o livro: Alguns contos são bem ok, nada de espetacular ou horripilante (óbvio que é uma questão de como a gente vê as coisas hoje em dia, em sua época foi muito além do que a sociedade considerava adequado), já outros foram bem complicados de ler, como o de Claudius que literalmente retrata abuso sexual e uma manipulação gigantesca, gerando até uma espécie de síndrome de estolcomo.
De qualquer maneira, vale a pena por ser clássico.

[cadu · Rating 5 out of 5]

A escrita de Álvares de Azevedo é simplesmente maravilhosa. Durante a leitura, senti que a história fluía sob meus olhos sem muita dificuldade (coisa que não costumo passar ao ler clássicos, diga-se de passagem).

Agora sobre os contos, nada me preparou para o rumo que as coisas tomaram. Falo isso já tendo certa noção dos assuntos abordados no livro. O final me desarmou totalmente, ao mesmo tempo que já me era esperado de certa forma.

Em suma, foi uma leitura rápida porém marcante, Álvares de Azevedo é de fato um romântico singular.

[Cabritin · Rating 3 out of 5]

É uma obra bem absurda, os personagens falam demasiados despautérios, a liguagem é bem complicada e me perdi quem era quem, o nome das personagem são incrivelmente complicados; é curto, então vale a pena ler um nacional, mas não é um dos melhores não.

[Mateus]

ô saudade de uma taverninha cheia de história de necrofilia

[grace · Rating 4 out of 5]

único livro que a escola mandou eu ler q eu genuinamente gostei, o lance todo dark foi mo maneiro