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Que emoção? Que emoção!

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"As emoções, como são moções, movimentos, comoções, são também transformações daqueles ou daquelas que estão comovidos. Transformar-se é passar de um estado a outro: está então bem reforçada a nossa ideia de que a emoção não se pode definir como um estado de pura e simples passividade. É mesmo através das emoções que podemos, eventualmente, transformar o nosso mundo, na condição, é certo, de que elas se transformem elas próprias em pensamentos e em acções."

70 pages, Paperback

First published January 1, 2013

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About the author

Georges Didi-Huberman

204 books236 followers
Georges Didi-Huberman, a philosopher and art historian based in Paris, teaches at the École des Hautes Études en Sciences Sociales. Recipient of the 2015 Adorno Prize, he is the author of more than fifty books on the history and theory of images, including Invention of Hysteria: Charcot and the Photographic Iconography of the Salpêtrière (MIT Press), Bark (MIT Press), Images in Spite of All: Four Photographs from Auschwitz, and The Surviving Image: Phantoms of Time and Time of Phantoms: Aby Warburg's History of Art.

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Displaying 1 - 16 of 16 reviews
Profile Image for Laura Jamal.
38 reviews7 followers
August 23, 2021
"chorei de raiva (foi minha mae quem me explicou isso, e esse foi um dia importante, quando compreendi que podemos chorar de raiva como um primeiro passo para tomar a decisão de agir, de não se deixar explorar, de se revoltar)".

até hoje só li coisas do Didi-Huberman pra discussão acadêmica e em todas as ocasiões eu me surpreendi e fui looonge na reflexão sobre a vida e minhas experiências bem individuais. que autor!!!

"vocês poderão entender que os filósofos clássicos tenham a tendência - como o fortão da escola que zomba de você na hora do recreio porque você tem um jeito 'patético' - a considerar a emoção como uma fraqueza, um defeito, uma impotência. De um lado, a emoção se opõe à razão (que, de Platão a Kant, os filósofos em geral consideram ser o que há de melhor). De outro, opõe-se à ação (quer dizer, à maneira voluntária e livre de conduzir a vida adulta) [...] Devemos então, como dizia Darwin, deixar as emoções para as crianças, as mulheres, os loucos, os velhos e os selvagens? Não, não e não! Três vezes não. Eu bem disse a vocês que a filosofia era um campo de batalha. [...]

'Os seres vivos', escreve Hegel, 'têm o privilégio da dor". [...] As emoções, uma vez que são moções, movimentos, comoções, são também transformações daqueles e daquelas que se emocionam. [...] O que quero sugerir aqui - talvez rápido demais - é que, se não podemos fazer política efetiva apenas com sentimentos, tampouco podemos fazer boa política desqualificando nossas emoções, isto é, as emoções de toda e qualquer pessoa, as emoções de todos em qualquer um".

só pra lembrar:

1. emoção como algo social (simultaneamente externo e interno);
2. as emoções e suas manifestações em gestos estão localizadas em cenas de reconhecimento (as manifestamos para o outro - quase um elaborar a si mesmo);
3. potencial transformador (relação com os vaga-lumes - riso e lágrimas).
Profile Image for Jorge Garcia.
63 reviews203 followers
November 13, 2023
A dificuldade, se calhar, está em categorizarmos as emoções tanto na forma como no conteúdo: uma pessoa está triste mas a emoção não tem uma aparição, por exemplo, ou, está a chorar mas são lágrimas de crocodilo. É o melhor que se retira deste livro... Uma chamada de atenção, bem escondida, para se ter atenção à revelação, ou não, das emoções e tentar procurar a sua essência.
Profile Image for Breno Filo.
72 reviews3 followers
June 14, 2016
Maneira fabulosa de adentrar ao pensamento deste autor. Trazendo a tona um conhecimento em arte a partir das sensações que as imagens nos provocam, quando nos atravessam, me provocam a pensar o fenômeno artístico sob um paradigma completamente diferente, muito menos positivista e mais complexo! Recomendo muitíssimo!
Profile Image for guillemets.
124 reviews1 follower
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June 15, 2020
é sempre bom relembrar como a emoção nos afeta e vai afetar nossa arte
Profile Image for Filiz I. .
165 reviews15 followers
December 3, 2025
Huberman'ın Grizunun Kokusunu Almak ve Kabuklar adlı iki kitabını severek okuduğum için bu kitabı da çıkar çıkmaz edindim. Ancak bende diğerleri gibi bir etki bırakmadı. Öncelikle çok kısa bir metin. Kitap haline getirecek kadar bir argüman da içermiyor bana kalırsa. Huberman'ın, metinlerini görsellikle destekleyen bir tarzı var. Diğer kitapları da aynı çizgideydi. Bu kitapta duygularımızın dışa vurumuna değiniyor. Konularda derinlik göremediğimden (belki de metin çok kısa olduğu için) argümanlar yüzeysel ve havada kalmış izlenimi verdi bana. Byung Chul Han'ın da kitapları kısa ama onda hiç böyle hissetmiyorum. 🤔
Profile Image for Sara.
110 reviews
September 27, 2022
Está lindo, corto y liviano. Creo que es la transcripción de una conferencia; arranca diciendo que hay que dirigirse a los chicos entonces está escrito de un modo muy apacible. Lo tuve que leer para una materia, pero no fue un denso. No lo sentí como una obligación sino más bien como un gusto. Ojalá me ayude a poder vivir mis emociones más liberada, o a llorar en público 👀👀
Profile Image for Mônica Firmida.
22 reviews1 follower
March 3, 2024
Transcrição de uma palestra, provoca muitas reflexões interessantes, envolvendo artes, filosofia, psicologia...
Profile Image for Thiago Abercio.
74 reviews2 followers
February 21, 2024
Que emoção! Que emoção?, Georges Didi-Huberman • 2016

1 Ed., Editora 34 • 2021

nota 9/10

___

O que são as emoções? O historiador da arte e filósofo das imagens Georges Didi-Huberman nos questiona nesse pequeno ensaio que se baseou numa conferência pronunciada em 13 de abril de 2013 no teatro de Montruil, nos arredores de Paris. O título do livro já nos coloca um caminho a perscrutar: todos conhecemos e expressamos emoções, das mais simples às mais complexas, no entanto, somos nós que as "temos" ou são elas que nos "têm"? Nós as sofremos passivamente (o pathos) ou elas nos emocionam - moção -, nos movem à ação? As emoções nos isolam ou nos impelem a compartilharmos com o outro?

O historiador inicia o seu ensaio analisando a imagem fotográfica intitulada "Criança em pratos", imagem presente na obra The Expression of Emotions in Man and Animals, de Charles Darwin. A fotografia mencionada tirada no século XIX, em torno de 1870, mostra uma criança em prantos, sem entender muito bem o que está acontecendo, o que não a impede de expressar o que sente: o choro. A partir dessa imagem, Didi-Huberman nos diz que a emoção nasce como espanto [ponto de exclamação], de repente nos damos conta de que somos possuído por elas, [...] me espanto diante dessa experiência e, mais ainda, eu me espanto diante de sua intensidade". Logo em seguida o historiador nos afirma que o gesto de espanto pode ser um questão filosófica caso seja possível que ela se prolongue em uma pergunta: que emoção? O ponto de exclamação só pode ser filosófico até o fim se for seguido de uma pergunta.

Assim como Darwin, o historiador afirma que chorar é um ato primitivo, mas analisa esse princípio por uma razão distinta do que fora sugerida pelo escritor britânico. Para Didi-Huberman, as emoções fazem parte de nós, nos constituem e, ao contrário de uma compreensão que analisa as emoções como opostas à razão e à ação, elas nos movem. Percorrendo as ideias de alguns pensadores ocidentais como Hegel, Nietzche, Sartre, Marleau-Ponty, Freud e Marcel Mauss, o historiador sugere que as emoções são uma abertura para percebermos o mundo, um movimento para fora de si, ainda que ela esteja em nós - ela está em mim e fora de mim.

Citando Gilles Deleuze: a emoção não diz "eu"; ela não é da ordem do "eu", mas do evento. Nessa mesmo ponto de compreensão, diz Didi-Huberman que "[...] uma emoção que não se dirija a absolutamente ninguém, uma emoção totalmente solitária e incompreendida, não será sequer uma moção - um movimento -, será somente uma espécie de cisto morto dentro de nós mesmos".

Analisando imagens do célebre filme de Einstein, O encouraçado Potemkin, o historiador da arte nos diz que as emoções, assim como as imagens, além de nos moverem, nos transformam. A dor do luto, por exemplo, quando convertido em pensamento e ação, pode se transformar em cólera, e logo em seguida em desejo e ato revolucionário, uma busca por mudanças.

As emoções podem ser simples ou complexas, mas algo que podemos dizer a partir da leitura desse livro é que ela é um privilégio de todos nós, seres que choram, se alegram e se comovem. Esses gestos tão antigos, mas tão atuais, que estão presentes na história das artes visuais continua sendo reforçado por nós, os sujeitos da história, por excelência.

Recomendo a leitura! Ela é uma daquelas leituras pequenas, mas que nos trazem grandes reflexões.
Profile Image for Caio Maximino.
72 reviews1 follower
March 20, 2023
Um livro curto para limpar o palato para as leituras de 2023. A transcrição de uma palestra de Didi-Huberman sobre as emoções, mostra uma visão filosófica das funções das emoções e seu caráter coletivo. Como é um livro de Didi-Huberman, tem um foco talvez excessivo nas imagens da emoção - desde as expressões faciais em Darwin e na antropologia até a representação fílmica, fechando com o contágio e a transformação coletiva das emoções no "Encouraçado Potemkin". Esse foco imagético busca mostrar como as emoções são "moções", movimentos afetivos que nos tomam e nos impelem, mas também como a história cultural das emoções nos apresenta o quanto há de social nisso.
Profile Image for Fernando Oikawa.
11 reviews1 follower
July 9, 2022
A genialidade de Didi-Huberman neste livrinho de pouco mais de 60 páginas. Em tom de conversa, uma viagem pelo significado da emoção na história do pensamento ocidental: arte, ciência, filosofia. Deixo aqui só o ponto de partida do livro: "Nascemos chorando. Ninguém se lembra, mas que emoção deve ser, uma enorme emoção, essa de nascer, de vir ao mundo".
Profile Image for Raquel Thomé.
5 reviews
December 23, 2023
É um livro bastante interessante, com um olhar mais analítico para a emoção. Gostei!
Profile Image for Paulo Victor.
15 reviews
November 10, 2025
Uma leitura muito leve, o tom de conversação provém do fato de ser a transcrição de uma palestra. O livro faz refletir sobre o tema através de um processo de leitura muito cativante.
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