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Esquerda e Direita: Guia Histórico Para o Século XXI

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O que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata‑se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos?

Esquerda e direita: Guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. Os novos desafios da democracia perante as escalas europeia e global ditam a necessidade de reinventar a política.

Inspirado em dois diálogos com estudantes e escrito em tom coloquial, este guia histórico para o século XXI explica porque é possível outra soberania, e como construir o movimento para a conseguir.

112 pages, Paperback

First published May 1, 2015

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About the author

Rui Tavares

49 books488 followers

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Displaying 1 - 30 of 169 reviews
Profile Image for Sara Ponte.
116 reviews12 followers
April 4, 2021
Quem me dera ter lido este livro mais cedo.
Bases necessárias para qualquer cidadão, e que não são assim tão difíceis de se explicar, mas, por alguma razão, não são consideradas como essenciais no ensino básico/secundário.
Profile Image for Ricardo Guerreiro.
Author 5 books7 followers
August 25, 2017
Para a quantidade de conceitos e informação, o tratamento teria de ser mais profundo, sistemático e ordenado. Aprendi coisas interessantes e úteis mas sensação geral era de estar perdido numa amalgama de conceitos, muitas vezes aparecidos sem uma introdução adequada, e apenas exemplificados por acontecimentos históricos e/ou experiências conceptuais. O texto é baseado no guião de uma conversa/palestra e daí talvez o seu carácter informal mas sinto que poderia ter usufruído muito mais da mesma quantidade de texto, houvesse o tal tratamento mais simples, sistemático e aprofundado.
Profile Image for Sérgio.
111 reviews31 followers
May 11, 2021
Esquerda e Direita: Guia Histórico Para o Século XXI, de Rui Tavares, resulta de dois debates – na Universidade de Verão do PSD, contra Miguel Poiares Maduro, e na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, contra Pedro Mexia – subordinados aos temas, “Fazem ainda sentido a esquerda e a direita?” (TAVARES, p. 9); e o que significa, hoje em dia, ser deste ou daquele espectro político, respectivamente.

O ponto de partida de Tavares resume-se no acto de provar a actualidade da validade da distinção do espectro político em dois campos norteadores, a esquerda e a direita. Esta necessidade de prova deve-se à cada vez mais pronunciada ideia de que tal distinção não só já não faz sentido, como prejudica entendimentos políticos de largo alcance num mundo cada vez mais complexo. Ora, é curioso constatar que este discurso é defendido, quase sempre, por pessoas que anteriormente se colocaram, ou podiam ser definidas como sendo de, direita. A presente obra é uma proposta de desconstrução desta ideia, que, segundo Tavares, mais baralha do que esclarece.

Assim sendo, porque baralha mais do que esclarece o esbatimento da distinção destes dois campos políticos? Tavares desenvolve a resposta a esta questão com base na argumentação de que tal distinção constitui os pontos cardeais da política, o seu Este e o seu Oeste, sem os quais qualquer navegação para chegada a bom porto é impossível. Isto é, esquerda e direita são pontos de referência relevantes, num eixo onde há um centro e duas extremidades, constituindo, assim, uma “dupla dinâmica e em constante actualização e interacção que disputa entre si a melhor forma de entender a sociedade e de governar [o] mundo” (TAVARES, p. 33), por contraste com as velhas formas, do Antigo Regime, de divisão e mundividência, de lealdade em relação a linhagens, vassalagem e suserania, a dinastias e/ou fés religiosas contrastantes.

Como se definem, então, esquerda e direita? Para Tavares, essa é uma resposta complexa, dada a fluidez característica, em constante mutação, dos eixos que são estes dois campos políticos. Não há, portanto, uma definição categórica e imutável, o que não constitui, de todo, uma fraqueza ou incompletude destes conceitos. Pelo contrário, é precisamente esta mutabilidade que torna sucessivamente válida esta distinção na política, desde o seu surgimento durante a Revolução Francesa.

Mas, se uma definição definitiva, passo o pleonasmo, não é possível, podem fazer-se aproximações. Perante tamanha fluidez, Tavares recorre ao conceito de “ar de família”, de Wittgenstein, para eleger a aproximação, entendida no sentido de uma busca qualitativa e interpretativa, como o carácter definidor destes campos. Esquerda e direita implicam, antes de mais, uma visão dicotómica do tempo, com a última a ter o passado como referência, que tenta a todo o custo preservar, e a primeira a olhar o futuro como o seu objectivo. Um entendimento antagónico da igualdade ajuda, também à aproximação. Citando Norberto Bobbio, Tavares apresenta a esquerda como defensora dos seguintes elementos: “por natureza, os seres humanos são mais iguais do que desiguais; as desigualdades entre seres humanos podem ser alteradas; poucas ou nenhumas desigualdades têm uma função positiva; cada vez mais desigualdades desaparecerão ao longo da história”. Quanto à direita, também segundo Bobbio, esta sustenta que: “por natureza, os humanos são mais desiguais do que iguais; poucas formas de desigualdade poderão ser alteradas; a maioria das desigualdades desempenha uma função positiva; não existe nenhuma direccionalidade na sua evolução” (TAVARES, p. 52).

O “ar de família” da esquerda e da direita não ficaria completo sem uma interpretação dicotómica da liberdade. Seguindo Isaiah Berlin, Tavares define a interpretação da direita como uma liberdade negativa, isto é, o homem é livre de restrições, melhor dizendo, constrições, que lhe permitam, por exemplo, “abrir uma empresa, contratar ou despedir gente” (TAVARES, p. 54), independentemente do Estado, num conceito que pode ser categorizado como “não-interferência”. Enquanto isso, a definição da esquerda será de uma liberdade positiva. Neste sentido, o homem é livre para realizar os mesmos propósitos atrás descritos não apesar do Estado, mas precisamente porque o Estado, ou outra entidade, o muniu de uma série de competências educativas, de protecção social, laboral e, possivelmente, apoios financeiros com vista ao alcance destes objectivos. É de notar que as diferenças na interpretação da liberdade se baseiam em visões opostas da natureza humana: com a direita a ter uma visão pessimista, que obriga à desconfiança e vigilância; e a esquerda a defender uma visão optimista, de “superação das desigualdades e injustiças pela acção humana” (TAVARES, p. 47).

Definido o “ar de família” da esquerda e da direita, importa alargar os pontos cardeais do referencial político, para que se tornem numa verdadeira Rosa dos Ventos, abarcando melhor, assim, a diversidade no seio destes dois eixos. É isso mesmo que Tavares faz ao propor um eixo Norte/Sul, autoritário/libertário, ao eixo Este/Oeste, direita/esquerda. Estamos perante quatro quadrantes: esquerda autoritária, esquerda libertária, direita autoritária e direita libertária. Num ponto mais avançado da obra, Tavares sugere um terceiro eixo, o das colaterais, à volta das dimensões de comunitarismo, “que pode ter várias versões [como] nacionalismo, nativismo, localismo, isolacionismo”; e cosmopolitismo, “que também pode ser internacionalista, federalista, universalista” (TAVARES, p. 99). Aos quadrantes anteriores é necessário sobrepor as novas dimensões, formando sectores, num total de oito, em que a esquerda, ou direita, autoritária podem ser comunitaristas ou cosmopolitas e outro tanto para a esquerda, ou direita, libertária.

Rui Tavares não esconde a sua orientação política, que define como “esquerda libertária, ecológica e internacionalista” (TAVARES, p. 47), entenda-se, cosmopolita. Após dotar o referencial político de pontos de apoio para facilitar o posicionamento, discussão e acção na esfera pública, Tavares parte para uma breve defesa de que, de todos, é a esquerda que melhor poderá enfrentar os problemas que o século XXI exige de nós. Para Tavares, a esquerda tem todas as condições, devido ao seu carácter e às suas características, de apresentar-se como a pedra basilar na construção política do futuro.

Talvez a principal falha a apontar à obra seja a sua exiguidade. É verdade que, com o seu pequeno ensaio, Rui Tavares nunca pretendeu esgotar a discussão do tema em questão. Contudo, um maior e mais abrangente aprofundamento teórico, bem como um desenvolvimento mais composto e exemplificativo das suas propostas políticas, para o papel da esquerda no nosso século, beneficiariam sem dúvida a obra, tornando-a mais robusta e convincente.

Referências

TAVARES, Rui (2020) – Esquerda e Direita: Guia Histórico Para o Século XXI. 4.ª ed. Lisboa: Tinta-da-China.
Profile Image for Ensaio Sobre o Desassossego.
428 reviews219 followers
July 14, 2025
Este livro surge de duas conversas que Rui Tavares teve em que se debateu se ainda fazia sentido no mundo actual a distinção entre esquerda e direita.
É uma breve reflexão sobre a importância dos termos "esquerda" e "direita", que existem para nos situarmos e para explicar qual é a nossa posição relativa a tantos temas e ideias.

Rui Tavares dá um breve contexto histórico, em que explica que a divisão entre esquerda e direita nasceu em 1789 em França. Na Assembleia, os opositores do rei dirigiram-se para a direita da sala - mas ficavam à esquerda do rei eram, portanto, "a esquerda" - e os defensores do rei iam para o lado esquerdo - mas como ficavam à direita do rei passaram a ser "a direita". E é interessante porque é esse ainda hoje o esquema adoptado por muitos parlamentos.
"Se não se tivesse consciência de que os deputados discordavam não sobre uma mas sobre várias coisas, e que discordavam sobre elas de forma consistente, os termos "esquerda" e "direita" não teriam pegado, nem se teriam perpetuado de uma forma que talvez surpreendesse os constituintes franceses de 1789."

Como Rui Tavares escreve, esquerda e direita são conceitos abrangentes, flexíveis, capazes de agregar sentidos e de se adaptarem a diferentes disputas e controvérsias. "O que há na esquerda e na direita foi atribuído pela história."

Rui Tavares, além de deputado, é historiador e este é um livro essencialmente sobre História. No entanto, não estejam já a temer e a associar História com tédio. De uma forma bastante simples e com uma escrita acessível, é um livro muito interessante e elucidativo.
Profile Image for Sofia Navalho.
30 reviews13 followers
January 24, 2023
Rui Tavares conta brevemente a história de como surgiu a democracia e prossegue, explicando as grandes diferenças das “famílias” de esquerda e direita. Questionando alguns problemas do nosso dia a dia mas também dando as soluções que acha serem as melhores. e, quer se concorde com a sua visão política quer não, ler este livro só acrescenta.
Profile Image for Maria João Pupo C.
12 reviews2 followers
April 23, 2021
Um livro que me despertou o apetite para o aprofundamento do contexto histórico em que se surgiram os conceitos políticos antagónicos de direita e esquerda.
Entrei nesta galopante viagem e, rapidamente, me apercebi de que a direção do volante estava enviesada para a esquerda.
Esta percepção, inicialmente ténue, torna-se flagrante a meio do livro.
Uma tentativa de visão imparcial que, no final, é completamente corrompida pela espada esquerdista.
Alerta aos novos desafios e conquistas passadas da democracia. Só é pena a visão global ser distorcida pela cegueira num dos olhos - o direito.
Profile Image for Inês .
20 reviews4 followers
Read
March 14, 2021
"Talvez o maior legado moral das tragédias do século XX seja a obrigação partilhada, na esquerda e na direita, de combater esta visão do fim da política. (...) Devemos recuperar a ideia de que esquerda e direita nos serviram e continuarão a servir para superar as nossas divisões tribais e sectárias do passado, as nossas lealdades clientelares a senhores feudais, as guerras mercenárias contra ou a favor de dinastias e impérios - e não para repetir tudo isso, apenas com novas etiquetas."
Profile Image for Catarina.
4 reviews2 followers
August 7, 2022
Tinha outras expectativas para este livro, pois achei que a dicotomia esquerda/direita seria melhor explicada. A informação encontra-se desorganizada, causando algum desinteresse no tema, e apesar de admitido pelo autor, a diferença de explicação dada sobre o que é a esquerda e a direita é bastante "biased".
Profile Image for Joana  .
169 reviews126 followers
Read
March 14, 2024
Um livro fino ideal para quem quer perceber o contexto histórico do aparecimento da direita e da esquerda.
Achei elucidativo, interessante e aprendi algumas coisas que não fazia ideia.
Não é um livro imparcial mas o pr��prio autor refere isso várias vezes no livro.
Recomendo.
Profile Image for Tatiana.
139 reviews3 followers
October 13, 2025
Achei a primeira parte muito interessante. A segunda não entendi bem mas de certeza que também é muito boa!
Profile Image for Miguel Romisio.
5 reviews2 followers
December 30, 2020
Uma leitura breve e interessante.

Sem esconder as suas ideologias políticas, o autor apresenta, de forma descomplicada e em grande parte imparcial, a relevância de utilizar os conceitos de esquerda e direita no espectro político, bem como algumas das ideologias e causas que definem ambos os quadrantes.
Profile Image for João Baixinha.
8 reviews
March 20, 2021
Rui Tavares procura mostrar a importância crescente dos conceitos políticos de esquerda e direita nos dias de hoje como orientadores da sociedade.
O livro apresenta outras informações úteis sobre a esquerda e direita no séc. XX e as visões para o futuro de uma soberania global. Contudo, penso que deveria ser mais linear e organizado na explicação, ficando a impressão de que qualquer informação pode aparecer em qualquer lugar do livro, acabando inevitavelmente por se tornar confuso para o leitor.
Profile Image for Sílvia.
66 reviews
November 2, 2021
Quem me dera ter o Rui Tavares a falar de história e/ou teoria política 24/7
Profile Image for Carolina Ramos.
107 reviews5 followers
April 20, 2021
Livro muito útil, fácil de ler e claro, apesar de ter havido pequenas partes que não apanhei tão bem por falta de conhecimento histórico meu.

Este livro está mais ou menos dividido em duas partes: na primeira o autor tenta descrever o mais imparcialmente possível o que caracteriza os dois pontos cardeais da política, esquerda e direita; e na segunda fala dos desafios políticos atuais posicionando-se já à esquerda. Gostei especialmente da primeira parte e de toda a perspetiva histórica incluída.

"(...) a dupla esquerda/direita não traz mais do que uma etiqueta sem um sentido original (...), é precisamente o facto de elas terem sido, a priori, vazias de conteúdo que as tornou flexíveis, capazes de agregar sentidos e de se adaptarem a diferentes disputas e controvérsias."

"A visão da natureza humana (...) é a diferença operativa para muitos autores: a direita teria uma visão pessimista da natureza humana, obrigando a uma sociedade regrada e coerciva, e a esquerda uma visão otimista da natureza humana, que lhe permitira esperar pela superação das desigualdades e injustiças pela ação humana."

"Num ensaio célebre, Isaiah Berlin distingui dois tipos de liberdade: a liberdade negativa («livre de»), que hoje é mais associada à direita, e a liberdade positiva («livre para»), mais associada à esquerda." - para a direita é uma liberdade vista como não interferência, desde que não se seja impedido de fazer algo (como abrir uma empresa, por exemplo pelo estado); para a esquerda a liberdade necessitaria de bem mais do que isso, poderia precisar, por exemplo, de ajuda para concretizar o seu potencial.

"Acontece que, nos piores momentos de crise do século XX, a supremacia dentro de cada campo ideológico foi tomada por quem considerava que a vitória dos seus dependia do esmagamento total dos outros. Esta é uma atitude de poder mas, num certo sentido, não é uma atitude política. Diria mesmo, é uma atitude antipolítica. A política, na sua dimensão de relação com os outros, tem sempre um certo aspeto de jogo."

A primeira vez que ouvi falar deste livro foi no podcast Sobretudo, episódio "Esquerda e Direita, com Rui Tavares" - aconselho muito, o discurso do Rui Tavares é uma espécie de teasing/resumo do livro, e completamente claro. A forma simples dele explicar assuntos complexos é incrível. Link: https://open.spotify.com/episode/1Lr2....
Profile Image for Joana.
899 reviews22 followers
February 24, 2024
Com as eleições legislativas cada vez mais próximas, eu decidi finalmente pegar e ler este livro. Começo por dizer de que gosto bastante como está organizado, que apesar de ter origem em dois debates, os textos em si são um reflexão dos mesmos, por isso existe uma maior conversa.
O primeiro texto tem uma maior conversa com a história - a origem dos termos esquerda e direita é bastante interessante - e com o presente e a utilidade/necessidade destas distinções (perante tantas outras). Enquanto o texto claramente privilegia uma vertente de esquerda, o inicio deste texto tenta mostrar medidas/pontos-de-vista dos dois lados, e eu só outra vez relembrada a incapacidade de compreensão que eu tenho pela direita, porque de todas as enumeradas, eu não vejo mérito em nenhuma (ao ponto que eu estava achar que deviam estar a ser exageradas e depois lembrei-me que "não, é mesmo aquilo").
O segundo texto em si já tem uma maior perspetiva para o futuro, e para a existência de uma política e uma coerência para além da nacional, de haver uma conversa para a criação de entidades políticas europeias e globais, e aqui entra a conversa interessante da particularidade que estes ideais podem diferenciar de país para país, cultura para cultura.
A sério, uma ótima reflexão para quem quer pensar um pouco mais nesta dicotomia.
Profile Image for Tiago Silva.
39 reviews3 followers
January 5, 2022
Rui Tavares consegue traduzir conceitos não triviais de caracterização da esquerda e direita políticas para linguagem corrente. O enquadramento histórico também auxilia o autor nesta mesma tradução e o tom informal da escrita é para mim uma excelente adição ao texto. Acho que é um bom livro para quem acha que "não percebe nada de política" e quer aprender o que são afinal a 'esquerda' e a 'direita', mas é também um excelente livro para quem acha que já sabe algo ou muito de política. Livro de leitura obrigatória que, na minha opinião, deveria constar do plano curricular do ensino secundário (juntamente com o seu paralelo á direita, visto que Rui Tavares é de esquerda - algo que nunca esconde e faz até questão de referir várias vezes).
13 reviews2 followers
February 12, 2024
A comprehensive review of the concepts of left and right, from their origins with the French Revolution in 1789 to the present day, when global politics are more significant than ever. The author exhibits a noticeable bias towards the left, as acknowledged by himself, yet effectively presents the clear facts and ideas concerning the two political ideologies.
Profile Image for catarina.
8 reviews1 follower
January 14, 2022
Vou apenas destacar uma passagem que, por acaso nem é do Rui Tavares, mas é transcrita neste livro:

"A obra principal do fascismo é o aperfeiçoamento e organização do sistema ferroviário. Os comboios agora andam bem e chegam sempre à tabela. Por exemplo, você vive em Milão; seu pai vive em Roma. Os fascistas matam seu pai mas você tem a certeza que, metendo-se no comboio, chega a tempo para o enterro."
Fernando Pessoa

Fascismo nunca mais! Importam agora os comboios com destinos fixados numa Europa com mais futuro, mais igualdade, mais pedagogia e sempre com os carris assentes na liberdade.
Profile Image for Paulla Ferreira Pinto.
265 reviews37 followers
March 25, 2018
Tendo presente que emergiu de duas conversas e que nele o autor fez questão de preservar o tom coloquial da sua génese, não se pode esperar que este livro constitua um aprofundado estudo sobre a história, momento actual e futuro prognosticado e "prognosticável", da dicotomia ideológica em tema.
Consideradas as limitações acima referidas, parece-me obra completamente conseguida, bastante instrutiva e elucidativa, a fazer desejar que o autor se debruce mais demoradamente sobre a questão e ofereça ao público o resultado das suas reflexões.
Profile Image for Catarina.
2 reviews
April 2, 2020
"quando não há outras grandes divisórias religiosas, étnicas ou linguísticas; quando não se vive num pais colonizado ou em guerra; quando uma ditadura não obrigou todos os democratas a juntarem-se, independentemente das suas mundividências; quando a politica não é dominada apenas por rede clientelares ou esvaziadas pela corrupção e o carreirismo - nesse caso, é para a divisão entre esquerda e direita que as sociedades tendem a gravitar, como ferramenta para exprimirem as diferentes visões que as orientam"
Profile Image for Vasco Silva.
32 reviews4 followers
February 26, 2020
"Devemos recuperar a ideia que esquerda e direita nos serviram e continuarão a servir para superar as nossas divisões tribais e sectárias do passado, as nossas lealdades clientelares e senhores feudais, as guerras mercenárias contra ou a favor de dinastias e impérios - e não para repetir tudo isso, apenas com novas etiquetas"
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Profile Image for Carolina Gaspar.
27 reviews1 follower
January 17, 2021
Um livro breve mas elucidativo sobre a origem da distinção esquerda-direita na esfera política, sem esconder o viés do autor.

"Como em todas as famílias, não temos de gostar de tudo o que os nossos parentes fazem. Podemos até rejeitar certas características familiares que trazemos em nós. Mas não podemos negar que temos essas características e esses parentes. "

"O poeta Fernando Pessoa escrevinhou o seguinte: a obra principal do fascismo é o aperfeiçoamento e organização do sistema rodoviário. Os comboios agora andam bem e chegam sempre à tabela. Por exemplo, você vive em Milão, seu pai vive em Roma. Os fascistas matam seu pai mas você tem a certeza que, metendo-se no comboio, chega a tempo para o enterro."
Profile Image for Mariana Coimbra.
52 reviews5 followers
February 4, 2021
Num mundo cada vez mais polarizado, onde se torna difícil discutir de forma neutra e justa as duas faces da moeda, a abordagem inicialmente imparcial e factual deste livro é uma lufada de ar fresco, abordando conceitos aparentemente opostos de uma forma complementar e sem a superioridade moral a que (infelizmente) já nos habituámos.
A história e evolução dos conceitos "esquerda" e "direita", a sua adaptação a cada contexto histórico-político, a sua pertinência e a sua falibilidade, e mesmo o segmento final onde o autor tende mais para a esquerda e faz uma ode à Europa, tudo isto torna este livro pequeno de leitura fácil uma leitura obrigatória para uma sociedade mais informada e sobretudo tolerante.
O livro apenas peca por ser demasiado curto, ou se focar apenas na Europa. Seria interessante aprofundar a secção mais contemporânea e até perceber como os conceitos se estão a adaptar noutros países longe do Ocidente, como é levemente mencionado.
Profile Image for Luis Almeida.
20 reviews
July 8, 2023
Aqui o nosso gajo da liberdade (ahaha perceberam? Livre? Lol) tenta explicar o porquê da dicotomia Esquerda e Direita ser extremamente importante nos dias de hoje. Acho que é um livro bastante okay. Só não gostei que num livro de 105 páginas ele tenha começado a falar das suas opiniões políticas e abandonar LITERALMENTE a tese do livro. Acho que de resto fez um bom trabalho a manter a sua ecleticidade quando descrevia a Direita e a Esquerda
Profile Image for David.
206 reviews6 followers
January 27, 2022
O início é bastante interessante, mas há uma secção no meio que fica um pouco seca demais (estranho, considerando ter por base conversas coloquiais).

No geral, tem ideias interessantes, avisos feitos que se concretizaram, e uma perspetiva de esquerda (que o próprio autor trata de avisar estar presente).
Profile Image for Inês.
111 reviews
March 12, 2022
Uma reflexão sobre a dicotomia esquerda/direita, sobre o seu papel, importância, e perpetualidade. Um livro que é marcado pela posição do autor em termos de esquerda/direita, libertalismo/autoritarismo, comunitarismo/cosmopolitismo, é uma contextualização histórica da política moderna e a imaginação da perspetiva futura, do que poderá vir a ser.
Profile Image for Sofia Coelho.
138 reviews6 followers
March 26, 2021
2.5. Acabei por só me interessar realmente pelo último terço do livro. Talvez tivesse uma ideia diferente daquilo que seria abordado, apesar de considerar o título bastante fidedigno ao conteúdo.
Profile Image for Ana Filipa Figueiredo.
23 reviews1 follower
May 16, 2024
importante e pertinente, independentemente da visão política!!!
one love rui tavares <3 fico eternamente grata por ter finalmente alguém com quem me identifique no parlamento ❤️💚🖤
Displaying 1 - 30 of 169 reviews

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