Majnun lives his life online in his grandparents' well-appointed home in the Brazilian capital. No school, no work--just bored in Brasilia. After falling in love with a married woman, however, he flees to Madrid with friends, intent on, well . . . something. Writing a historical novel about medieval Spain? Or perhaps converting to Islam and heading to North Africa? As Majnun floats through the crowds of Catholics, through encounters with legitimate medievalists, through romances, friendships, mosques, and palaces, his vague interests threaten to boil over into violent, even deadly action.
O livro de João Almino, Enigmas da primavera (Record, 2015) relata acontecimentos que se sucedem em 2011 a um jovem de 20 anos, morador de Brasilia. Entre esses acontecimentos, acompanhamos a viagem para a Espanha a pretexto de participar da Jornada da Juventude mas com o objetivo de estudar a história da presença árabe em Granada. "Queria ter vivido na Alhambra, em Granada". Desse interesse, o narrador o nomeia Majnun. O prefacio de J. C. de Castro Rocha nos informa que esse nome significa o louco de amor, epíteto de personagem histórico Kais que perdeu a razão quando a mulher por quem era apaixonado casou-se com outro. Assim, durante a sua viagem, ele prossegue as suas pesquisas na Internet (sempre munido de tablet, laptop e smartphone) idealizando essa Espanha medieval, ele se identifica com os nobres árabes que reinavam em Granada, devaneando com os outros rumos que a história poderia ter tomado se os árabes ainda dominassem Granada. Esse devaneio vai se transformando em delírio. Simbolicamente é também a história de um amor impossível entre Majnun e Layla medievais, uma paixão não correspondida que ele vive em Brasília com uma mulher mais velha e casada. Não se chamava Majnun, mas tinha encontrado a sua Laila. Tudo teria começado com a tentativa de elaborar suas origens? Com o pai morto e a mãe internada, são os quatro avós suas referências? O avô paterno tem origem espanhola, a avó paterna era palestina, de família egípcio e libanesa. Ele se identifica com o avô materno que é ateu, mas começa a idealizar uma outra vida: "E se eu me convertesse ao islã?" Acompanhamos desde o início a narrativa dos sonhos, devaneios e delírios desse jovem que não passou no vestibular de História, mas que se especializou (com a Internet) em uma determinada época histórica. Não se sente em uma encruzilhada, mas em uma autoestrada sem destino. Podemos fazer uma leitura histórica a partir dos acontecimentos da primavera árabe que iniciou na Tunísia e que são comentados no livro; ou sobre a crise da adolescência, ou sobre os delírios na síndrome que acomete turistas em lugares históricos
Este livro é sobre um rapaz chato e perdido, em busca de...?....religião? uma causa? um novo país? Nem ele sabe... e eu deixei rapidamente de estar interessada. Longas dissertações sobre o islamismo. A grande pergunta: há tolerância no islamismo? Eu preferiria ter lido um tratado sobre religiões, em vez de ler um suposto romance que não foi nem romance nem um livro instrutivo. Como tantos outros autores brasileiros, João Almino escreve para impressionar o leitor com seu intelecto, e não para entreter.