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A Poeira da Glória: Uma (inesperada) História da Literatura Brasileira

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Em "A poeira da glória", Martim Vasques da Cunha desmonta as teses sustentadas pela repetição da crítica, rechaça o estilo que falseia a sensibilidade moral e recoloca as ideias no lugar ao apontar como e quando a ideologia política envenenou a imaginação artística. O ensaísta mostra em detalhes como o país foi brutalizado pela paranoia e mistificação a respeito de si mesmo, de tal maneira que se transformou em um grande "Carandiru intelectual", o paraíso distópico onde a realidade brasileira gira em falso.

630 pages, Paperback

First published October 28, 2015

10 people are currently reading
102 people want to read

About the author

Martim Vasques da Cunha

6 books18 followers
O jornalista Martim Vasques da Cunha é um dos criadores da revista cultural "Dicta&Contradicta". Possui experiência na área de ciência política, filosofia da religião e história da filosofia. É graduado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas) e mestre em ciências da religião pela PUC- SP.

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2 (4%)
1 star
4 (9%)
Displaying 1 - 9 of 9 reviews
Profile Image for Marcos Junior.
353 reviews12 followers
November 20, 2015
Que esse livro não esteja sendo discutido agora é a maior demonstração de que seu diagnóstico está absolutamente correto: a cultura brasileira foi destruída.
Profile Image for Cicero Marra.
353 reviews23 followers
July 27, 2017
A nossa literatura é composta de uma maioria de autores que, ao encararem o abismo das grandes questões existenciais, preferiram a fuga, o auto-engano ou a projeção raivosa de suas incoerências no mundo (vide José de Alencar, Machado de Assis, Lima Barreto, a maior parte dos modernistas, Sérgio Buarque de Holanda, Antônio Cândido etc). Apenas uma minoria (Cecília meirelles, Nelson Rodrigues, Otto Lara Resende, Guimarães Rosa, Joaquim Nabuco entre outros) reconheceram humildemente o desafio existencial, criando, dentro de seus limites, obras que podem ser julgadas de acordo com um padrão moral superior ou universal.
Profile Image for Rodolfo Borges.
252 reviews3 followers
June 27, 2019
Reflexões (ou lamentos) sobre a incapacidade da literatura brasileira, que estaria calcada mais em valores estéticos que morais, de libertar o pensamento nacional de conchavos políticos e das amarras da burocracia e do compadrio. Só parecem sair ilesos, entre os autores analisados, Cecília Meireles, Otto Lara Resende, Joaquim Nabuco e Alberto da Cunha Melo — Nelson Rodrigues, Guimarães Rosa e Graciliano Ramos saem com escoriações. A expressão Carandiru intelectual é particularmente boa.
Profile Image for Victor Hugo.
18 reviews
September 29, 2018
Há tempos buscava um livro assim. Particularmente gostei bastante dos capítulos de Joaquim Nabuco (pouquíssimo valorizado, vou buscar ler mais livros dele!!), Nelson Rodrigues e Guimarães Rosa - com aquela pequena, mas significativa participação de Suassuna.
Profile Image for Anderson De castro.
45 reviews
September 17, 2016
Impressionante o trabalho de pesquisa do autor que revirou de forma muito lúcida a história literária brasileira. De forma crítica e embasada demonstrou com seus estudos e pesquisa muito mais do os textos escritos podem revelar e levantou toda a poeira da Glória onde por muito tempo fomos cegados e doutrinados a exaltar pura e simplesmente sem questionar.
Sem duvidas uma obra para inquietar a mente e provocar um desejo quase obrigação de reler tudo.
Profile Image for Claudio.
76 reviews6 followers
June 6, 2018
Mais importante do que concordar com todas as análises contidas no livro é passar a enxergar a literatura brasileiro sob outra perspectiva, mesmo que para isso seja preciso sacrificar algumas vacas sagradas do cânone oficial. Uma leitura estimulante e um exercício salutar de autoanálise. A rica bibliografia nos permite explorar vários outros autores, alguns deles fora do radar da intelligentsia local.
Profile Image for Allenylson Ferreira.
80 reviews
January 22, 2021
O livrou do qual irei escrever um pouco é, digamos assim, difícil de escrever sobre. Por quê? A Poeira da Glória é um gigante de mais de seiscentas páginas em que o autor, Martim Vasques da Cunha, analisa nossa literatura de forma crítica. São vários ensaios reunidos e que deu como resultado uma fonte de pesquisa para todos aqueles que se interessam pela literatura brasileira. Mas, o livro não é qualquer livro que tenta explicar e analisar os autores do nosso cânone literário. O autor vai além, e toca na ferida de muita gente. Desmascara, posso dizer assim, a intenção de um Jorge Amado, Sérgio Buarque de Holanda, Graciliano Ramos, entre outros. É um daqueles livros que você não se dá conta do que está lendo até parar um pouco, tomar um fôlego, e retornar à leitura com mais calma e atenção. Pedi esse livro por causa dos excelentes elogios que o autor recebeu de escritores, filósofos, professores e pensadores que sigo nas redes sociais. Estava querendo ler o tal livro que o Francisco Razzo, Jonas Madureira, Rodrigo Gurgel tanto falavam. Qual foi a minha surpresa quando a editora Record me manda a lista de livros para escolher alguns para ser resenhado. Claro que não hesitei, A Poeira foi uma das minhas escolhas — que me consumiu meses e meses até concluir a leitura. Foram quase quatro meses para concluí-lo, e quando concluí, meu coração e intelecto agradecia.

Mas do que se trata o livro? Bem, eu podia só dizer que é uma história da literatura brasileira, mas é muito mais que isso. É uma análise, uma análise bem crítica mesmo, que não poupa nem Machado de Assis, que, segundo o autor, é um dissimulado. Cunha nos explica o que levou Assis a ser um dissimulado para poder escrever suas obras mais célebres. Por todo o livro, entre todos os autores que são objetos do estudo de Martim, vemos que a literatura para eles era uma ferramenta política. E também a busca por uma identidade nacional que os leva a um desespero e fuga da realidade, fazem com que se atenham ao Belo e se esqueçam do Verdadeiro.
Profile Image for Filipe Oliveira.
49 reviews
June 11, 2023
O autor-narrador é uma espécie de Riobaldo às avessas, na biblioteca. Meio assustado, perdendo-se em divagações confusas, sem conseguir dar clareza ao que defende, abstrai-se a ponto de confundir quando um escritor reconhece o mundo tal como este é e quando, ao fazê-lo, influencia de maneira niilista uma geração.

Percorrendo corredores de livros, esse Riobaldo citadino vai a costurar, oralmente, os retalhos que mais gostou de ler, enquanto um gravador registra sua verborrágica fala.O leitor precisa sentar-se e ouvir a transcrição, sem edição, cortes que qualquer escritor, preocupado em comunicar-se, faria.

Do meio para o fim, percebe-se que o nosso Riobaldo quer ser alçado a "João Batista da poeira". A soltar gafanhotos, sua causa monoteísta quer apenas uma coisa: a glória.
Displaying 1 - 9 of 9 reviews

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