„Wann würde man aufhören zu kämpfen, sich zu zerfleischen, und anfangen, einander Gutes tun zu wollen?“ – Irène Némirovskys Psychogramm einer Ehe
Mit „Zu zweit“, Irène Némirovskys großem Roman über die Anatomie einer Ehe, wird die deutschsprachige Edition ihrer Werke abgeschlossen. Wie in „Suite française“ zeigt sich die Autorin auf der Höhe ihres schriftstellerischen Könnens. Mit scharfem Blick und emotionaler Klarsicht untersucht sie den schwierigen Übergang einer rauschhaften Liebe in erfüllten Ehealltag und erforscht die Bande, die zwei Menschen über die Jahre zusammenhalten.
Irène Némirovsky was born in Kyiv in 1903 into a successful banking family. Trapped in Moscow by the Russian Revolution, she and her family fled first to a village in Finland, and eventually to France, where she attended the Sorbonne.
Irène Némirovsky achieved early success as a writer: her first novel, David Golder, published when she was twenty-six, was a sensation. By 1937 she had published nine further books and David Golder had been made into a film; she and her husband Michel Epstein, a bank executive, moved in fashionable social circles.
When the Germans occupied France in 1940, she moved with her husband and two small daughters, aged 5 and 13, from Paris to the comparative safety of Issy-L’Evêque. It was there that she secretly began writing Suite Française. Though her family had converted to Catholicism, she was arrested on 13 July, 1942, and interned in the concentration camp at Pithiviers. She died in Auschwitz in August of that year. --Penguin Random House
Ela cessara de acreditar que estava destinada à felicidade. Sabia que agora se encontrava vulnerável a todas as feridas.
Da última vez que li um livro da E-Primatur, queixei-me do monopólio masculino na colectânea “Medos”, onde não havia sequer uma autora russa para amostra. Como diz o ditado, cuidado com o que desejas. “Dois” de Iréne Némirosvky (Kiev, 1903-Auschwitz, 1942), editado no mês passado, deixou-me exaurida.
- Não é só por ela que choro. - Nós nunca choramos apenas pelos outros.
Némirosvky deve ter sido uma alma velha, pois não encontro outra explicação para uma mulher que morreu ainda não tinha 40 anos ter a capacidade de analisar um casamento como uma idosa sábia e amargurada.
A cama encontrava-se quente e macia, e esse calor partilhado, esse silêncio, essa paz precária entorpecia-os, unia-os como nunca no tumulto do dia ou no amor. Cada um deles sentia no outro pensamentos que lhes eram estranhos, que talvez fossem inimigos de si mesmos, do seu próprio bem-estar, do seu descanso, mas não tentavam penetrá-los (...), esperavam pacientemente que a noite chegasse, a noite mais sincera do que eles mesmos, e que libertaria o que os dois escondiam tão cuidadosamente, tão habilmente no fundo dos seus corações.
É com um frio bisturi na mão que a autora disseca a relação entre Marianne e Antoine, desde jovens amantes até formarem um casal na casa dos 30 já com três filhos. Num par de anos, a paixão desaparece; num par de anos, sentem-se velhos, como se o melhor das suas vidas já tivesse ficado para trás.
Fitou Antoine com inquietação: - Acha-me feia? - Nem pensar – respondeu ele sinceramente, porque já deixara de a ver. Um marido e uma mulher que já não reparam nos traços um do outro não efectuam o trabalho da mente que reside em comparar incessantemente a imagem que permanece na memória e a que os olhos detectam. Observam o sorriso e não o contorno dos lábios, a expressão e não o formato dos olhos, e isso durante 10, 15 anos...
“Dois” tem início na Primavera que se segue ao fim da Primeira Guerra Mundial, com um grupo de cinco jovens num quarto de hotel: os dois irmãos Carmontel, Gilbert e Antoine, o seu amigo Dominique, a namorada deste, Solange, e uma amiga comum, Marianne. Ainda que a narrativa se centre em Antoine e Marianne, em vários momentos voltamos a cruzar-nos com as restantes personagens, que criam um núcleo de tensão entre elas e também gravitam em torno do casal principal, com o mesmo desamparo face à passagem do tempo.
Em alguns, existe uma coexistência entre as idades da vida que às vezes são intoleráveis. Uma parte de si mesmo resigna-se, envelhece, mesmo antes da velhice; a outra permanece na adolescência, na juventude. É aí que reside a dificuldade.
Pelo desencanto dos protagonistas e pela atmosfera dos loucos anos 20, esta obra traz-me reminiscências de F. Scott Fitzgerald. O que têm em comum uma eslava e um americano? Paris, obviamente, e toda a vivência da geração perdida cuja melancolia e tragédia se infiltra na sua escrita.
“Se o termo envelhecer”, pensou Marianne de repente, “se pode aplicar a jovens da nossa idade, a Solange e a mim, então acabou!... Somos velhas! De nós as três, só Évelyne é ainda ingénua e feliz! ... Do amor conheceu apenas o melhor. Mas nós bebemos tudo até à última gota.
“Dois” expõe um casamento que, sem ser propriamente infeliz, mostra duas pessoas que, apesar do cansaço da rotina, das infidelidades e do confronto com a pequenez da vida, encontram o equilíbrio no afecto e se resignam ao convívio pela habituação...
“Esta não é a mulher que mais amei, mas quando morrer, faltar-me-á mais o que nos une do que a paixão. (...) Mas isto aqui pertence-nos... adquirido com esforço, acumulado lentamente, destilado como mel.
...fechando o círculo iniciado pelos pais de Antoine...
Eram mais tolerantes um com o outro do que quando eram jovens, mas o que deixamos de exigir da vida exige-se aos filhos.
...mas perpetuando em simultâneo o ciclo vicioso que é a família nuclear.
Tenho filhos, vejo-os todos os dias mais diferentes de mim, mais estranhos aos meus olhos, incapazes de ser felizes, o que é a única coisa que se lhes exige. (...) E depois, sujeitos a um destino como o nosso, o que terão de melhor que nós?
Non riesco ad avere un rapporto equilibrato con la Nemirovsky. Anche questa volta il libro mi ha lasciato sensazioni ambigue: per un verso ammirazione sia per lo stile limpido, con echi proustiani anche nel contenuto, sia per la ricchezza di riflessioni che scaturiscono dai suoi libri, indice di una maturità e di una saggezza di vita che in una giovane donna come era lei quando scrisse le sue opere lasciano davvero stupiti. In questo romanzo si riflette sull’amore e le sue mille forme, da quella giovanile che coincide con la passione e il tormento, come un fuoco che arde in una fiammata e poi si spegne all’improvviso, per trasformarsi in altro, l’amore coniugale, un sentimento adulto che nulla ha più del tormento dei sensi e del cuore che strazia gli animi, ma prende le forme della tenerezza e dell’amicizia che legano tra loro un uomo e una donna, facendo di due esseri uno solo, per la vita. Accanto a questa visione “saggia” ed anche banale, se vogliamo, dell’amore coniugale troviamo un diverso aspetto, quello “cattivo”, cinico e disincantato, per cui il matrimonio di Antoine e Marianne, i protagonisti, viene esaminato e sezionato dalla scrittrice per giungere alla conclusione che “ Due sposi, liberi l'uno verso l'altro, tolleranti, due sposi che si rifiutassero di rifugiarsi nel silenzio e nella menzogna, potrebbero essere due amanti, due ottimi amici, due compagni, ma cesserebbero di essere due sposi. Il matrimonio non ha bisogno della persona reale, bensì dell'apparenza, della maschera”. Si tratta di un tema caro alla Nemirovsky, forse per motivi autobiografici, che torna più o meno in altre sue opere, ad esempio ne Il calore del sangue. Tuttavia anche in questa lettura ho sentito una certa diffidenza che mi tratteneva ad abbandonarmi al fascino della sua scrittura, non saprei dire se dovuto ad una certa banalità di fondo dei pensieri o ad un mancato approfondimento dei temi trattati. Per non parlare di quanto sia brava la scrittrice a creare personaggi veramente odiosi, quale per primo il protagonista maschile, Antoine, rampollo di una benestante famiglia parigina, prima amante poi sposo di Marianne ( anche lei personaggio che non ha attirato affatto le mie simpatie), poi amante (non dico di chi per non spoilerare), marito e padre. Leggerò tutti i libri della Nemirovsky che ho in libreria, ma penso che non ne uscirò mai convinta (a parte Suite francese che mi ha folgorato).
Tengo la costumbre de esperar a leer tres o cuatro obras de un autor determinado para decidir si este podrá compartir lugar en la estantería de autores preferidos junto a otros de la talla de Federico García Lorca o Edith Wharton entre otros varios. Y con este cuarto libro puedo decir que Irène Némirovsky ya ha entrado en este pequeño Olimpo particular. Seguramente que todos los libros que leído de esta autora, nacida en Kiev y cuya lengua materna era prácticamente el Francés, “Dos” haya sido el que menos me haya gustado o me haya aportado algo nuevo. Y aún así le pongo sin ningún tipo de dudas las cinco estrellas sin quitarle ni una sola décima. Némirovsky me ha vuelto a cautivar con una historia sobre el éxtasis del primer amor y la juventud ,y la gris realidad que supone el matrimonio, temas que ya habían aparecido en otros textos suyos que he tenido la oportunidad de leer, donde están trabajados de una manera similar e igualmente impecable.
Marianne tiene 20 años y está enamorada de la vida y de su juventud. Antoine acaba de volver del frente de la Gran Guerra y vive sin ningún tipo de compromiso. Los dos quieren exprimir la vida lo máximo posible y encontrar la felicidad. Entablarán una azarosa relación sentimental que cristalizará en matrimonio. Pero la boda no supondrá el “ y vivieron felices y comieron perdices“, sino el principio de una anodina existencia, con un Antoine volcado en su trabajo mientras mantiene una relación clandestina con Evelyne, su propia cuñada, y con una Marianne que ve que una vez pasado el ardor inicial del amor, la realidad es mucho más dura y prosaica.
Como ya dije en anteriores reseñas, me maravilla la capacidad de Irène Némirovsky para hacer una historia tan compleja y sutil con una economía de medios narrativos. Bajo un titulo corto, simple y conciso subyace una novela bien estructurada y con un argumento bastante anodino y convencional que fluye y funciona perfectamente gracias a la inteligencia narrativa y la habilidad de su autora. Si hay algo que me parece envidiable en la forma de escribir de Némirovsky es que parece que se limita a narrar una serie de hechos, que es simplemente el medio por el que el lector puede saber de ellos. Pero en realidad tiene una voz muy potente y profunda, que se permite reflexionar por medio de sus personajes, con una esencia está en todas partes dentro de la obra. Su prosa es ágil y directa, pero no por ello menos incisiva, tiene una gran capacidad para introducirse en las mentes de sus personajes, para poner nombre y apellidos a todo lo que ellos sienten y piensan a lo largo de la obra. Y lo hace de una forma tan atmosférica que atrapa totalmente al que, consigue que sienta dentro de su piel lo mismo que los personajes.
Se trata de una novela llena de recovecos y matices, donde los detalles hablan con un lenguaje propio. No estamos solo ante el retrato psicológico de los personajes y ante una obra de corte histórico que nos transportara a la época de los Felices Años 20. “Dos” es también una obra de tintes filosóficos, que habla del amor, el matrimonio, la amistad, la búsqueda de la felicidad, la traición, el desengaño y la complicidad. Los personajes de la obra están perfectamente definidos y detallados de una forma directa y clara. Bajo su exterior sencillo y convencional son caracteres que esconden un interior de pasiones soterradas, con una psicología en la que el que dicen en voz alta no es tan importante como los significados que se ocultan tras sus palabras. Incluso los silencios tienen un doble o un triple significado, y acaban revistiéndose de la potencia de un grito que se amplifica para el lector como un eco invisible.
Irène Némirovsky nos transporta al periodo de la Francia de entreguerras, a un mundo ansioso por recuperar la alegría y la ilusión y dejar atrás los desastres de la Gran Guerra, con una juventud que busca desesperadamente recuperar el tiempo perdido e, incluso, las ganas de vivir y la capacidad de olvidar todo lo que les ha tocado vivir Némirovsky recrea una sociedad francesa hipócrita y ensimismada en su propio mundo, cuyos componentes parece que siguen adelante con sus vidas y cumplen con los roles establecidos que se suponen que deben seguir. Los personajes tienen una juventud alocada que parece augurar un futuro feliz y apasionante, y que desemboca en un matrimonio que les llevará a sentar la cabeza con trabajos estables a medida que sus hijos van naciendo y creciendo, paso previo para entrar en una tercera edad, en la cual su único papel es el de mirar con critica lo que las generaciones venideras están haciendo. Que es ni más ni menos que recorrer el mismo camino que ellos ya han seguido. Pero toda esa ruta convencional y trillada está pavimentada de muchos secretos, sentimientos encerrados en lo más hondo y muchas decepciones. Antoine y Marianne se casan sin apenas conocerse realmente, lo suyo tiene los visos de un impulso que va decayendo por su propio peso con el paso del tiempo. Lo cotidiano y la insatisfacción sin los que conseguirán que se vean realmente cuando dejen a un lado el ardor de la juventud, en un lento peregrinar que se siente tan antiguo como la vida misma. Un lento camino en el que los protagonistas, aunque no puedan creérselo, acaban convirtiéndose en lo que sus padres vivieron antes que ellos. Lo que nunca podrían haberse crédito, ni imaginado, que ironía . Esa es otra de las cosas de las que habla en esta novela, de las relaciones familiares, tan intensas y esquivas como lo pueden ser las románticas. Y en este camino el lector les acompañara también, conociéndoles a ellos y a todos los que les rodean de una forma intima y descarnadamente cercana.
El retrato psicológico de todos los personajes es amargo, y la crítica hacia la sociedad entreguerras profundamente ácida. La red de relaciones sociales, familiares y de amistad que se tejen en esta novela es tan embadurnadas con una patina gris, la patina que en el fondo tiene la vida real y que la autora representa con todos sus matices, con la precisión de con la que se hace una autopsia. Porque eso es “Dos”, una crónica sobre el ardor del amor y como este se va apagando lenta e implacablemente, como la vida real no es un cuento de hadas, no el matrimonio la panacea que aporta con su sola presencia de ansiada felicidad. Las familias son microcosmos mucho más complejos de lo que aparentan de cara a la galería, influenciadas y movidas por mil y una corrientes de diversa índole y condición. La amistad es algo no menos frágil, tan cambiante como las mareas. Y todos esos hilos, entre dejen la telaraña por la que se mueven los personajes de la obra y cuya directrices siguen, marcadas exteriormente por lo que se considera que es correcto. Pero que a veces no sirve para contener lo que realmente se desea y quema por dentro. Tal y como decía Aristóteles, los hombres buscan, en primer lugar, hallar la felicidad en sus vidas. Una necesidad que nos puede llevar a coger la ruta rápida, a entregarnos a lo que parece más sencillo, y que en esta novela es una carrera que los personajes recorren con una ansiedad que solo refleja su insatisfacción. Para ellos la felicidad no es un ideal, sino una urgencia. Ese es su drama.
Todo esto son hilos que no bastan, a veces, para camuflar un mundo complejo y a la vez tristemente vacío, cimentado en asuntos que siempre han acompañado al ser humano, lo que hace que esta sea una obra imperecedera, totalmente accesible para el lector moderno. La obra está escrita de una forma que puede resultar devastadora, pero no realmente cruel, ni absolutamente pesimista. El final es bastante pesimista, pero deja un pequeño resquicio para la esperanza. O algo parecido. La dicha nunca es tan simple y bonita como la pintamos en nuestra mente, y no suele ser constante o durarera; la vida no son más que pequeños momentos donde uno la encuentra. Y estos pueden llegar en formas humildes, como una somera sensación de compañerismo o con el llegar a entender o aceptar a quien tienes al lado. Porque al final, la felicidad se parece más a la serenidad que a la pasión. Eso es madurar y aceptar la realidad.
“Due”: già il titolo è alquanto emblematico, e in più vi ho ravvisato una certa dose di sarcasmo. Perché? Il romanzo narra la storia relazionale di due individui, Marianne e Antoine, dapprima amanti, finiscono per diventare, per motivi del tutto e volutamente incomprensibili, sia per il lettore che per il protagonista maschile, marito e moglie. I “due” non saranno mai davvero “due”, già dagli arbori della loro relazione; fino all’arrivo dei figli che inesorabilmente separano ancora di più Marianne e Antoine.
La vicenda si dipana intorno a questo interrogativo principale: possono due persone che apparentemente non hanno niente in comune, e che si sono scelti per motivi totalmente assurdi, finire per diventare buoni amici?
Ho trovato questa storia dolorosamente attuale, nonostante sia ambientato negli anni ‘20 e pubblicato nel 1939: soprattutto il maschio esce pressoché identico (seppur ovviamente molto meglio descritto) ai molti “meme” che si trovano online sui classici fuckboys. Omuncoli che non perdono occasione per tradire la compagna ma che impazziscono di gelosia se solo la vedono rivolgere il loro sguardo altrove. Mi pare quanto meno deludente che in 100 anni siano ancora queste le dinamiche tra partner.
Al di là di queste considerazioni, il libro mi è piaciuto moltissimo. Non riesco a trovargli nessun difetto, e addirittura ci sono intere frasi e molteplici passaggi di rara bellezza e intensità che ho sottolineato per rileggere spesso.
Davvero consigliato.
Leggerò sicuramente altro della Némirovsky, morta ad Auschwitz nel 1942 e che ci avrebbe sennò regalato molti altri romanzi indimenticabili come questo.
Un ritratto squisitamente impietoso e triste dei rapporti sentimentali. La visione di relazioni che non sembrano condurre alla felicità nessuno e, oltre a un filo d'amarezza e disillusione, lasciano nel cuore solo la nostalgia per i brevi tempi delle prime infatuazione, quando tutto sembrava possibile e l'amore appariva ancora prodigo di promesse.
Il romanzo “Due” racconta la storia di un amore che si trasforma con il matrimonio e i cambiamenti che la passione e l’amore subiscono al variare dell’età. I temi suggeriti dalla Nemirovsky sono: come fa la passione ad essere uccisa dall’abitudine, l’amore a trasformarsi in amicizia, l’attenzione e il turbamento durante il corteggiamento a spegnersi col tempo? Quando si finisce di tormentarsi e si comincia a provare un sentimento semplice come il bene?
L’inizio del romanzo descrive i giovani, i loro slanci, i balli, lo champagne, la sensualità, i baci. I primi contatti sono solo giochi, desideri che nascono, vengono soddisfatti e svaniscono in un attimo.
“Si baciavano. Erano giovani. I baci nascono in modo così naturale sulle labbra di una ragazza di vent’anni! Non è amore, è un gioco: non si insegue la felicità, ma un attimo di piacere. Il cuore non desidera ancora niente: è stato colmato d’amore durante l’infanzia, saziato di affetto. Che taccia, adesso. Che dorma! Che lo si dimentichi!”
Siamo negli anni immediatamente seguenti la fine della prima guerra mondiale. I protagonisti appartengono tutti alla borghesia francese, le ragazze sono spensierate e credono nell’amore assoluto e vedono il matrimonio e i figli come obiettivo per la realizzazione. Antoine e Marianne, i due protagonisti, dopo un innamoramento travagliato si sposano. Marianne ci mette poco a capire che l’amore idealizzato non c’è più. E che la giovinezza sfiorisce e quella felicità continuamente attesa viene continuamente posticipata.
"Intanto, si sentivano all'inizio, alla vigilia di ogni cosa. Domani, tutto sarebbe stato ancor meglio! Ma i giorni passavano, la vita passava, e il meglio non arrivava. Quei domani continuamente attesi, e che continuamente, chissà perché, deludevano, erano ciò che alla fine faceva sfiorire la gioventù."
Antoine è il primo a tradire la moglie, trascinato da una passione travolgente per la cognata, mentre la moglie lo seguirà a breve avendo una relazione con il suo primo spasimante. Ma questo non riuscirà a distruggere il loro rapporto. La vita è dura, c’è il lavoro, ci sono i problemi economici, ci sono i figli da seguire, scelte da fare, la malattia, i complicati vincoli familiari. Tutto questo contribuisce a legare i due coniugi, che quando si trovano a casa diventano una cosa sola, anche se i contatti sono rarefatti, gli sguardi sono rari:
“Un marito e una moglie non vedono i lineamenti l’uno dell’altro, non compiono quel lavoro mentale che consiste nel paragonare di continuo l’immagine rimasta nella memoria e quella che hanno davanti agli occhi in quel preciso momento. Guardano il sorriso e non il disegno della bocca, l’espressione e non la forma degli occhi, e questo per dieci, quindici anni…Poi, a un tratto, una sera, una sera come le altre, lui legge, lei cuce, e uno dei due alza gli occhi; l’altro, sentendo quello sguardo su di sé forse domanderà:” Che c’è? Che hai?”. Il primo risponderà: “Niente”, oppure “ti amo”, o qualcosa di altrettanto automatico, ma in realtà, per un attimo, l’uomo o la donna hanno realmente visto, e a volte hanno dovuto fare un impercettibile sforzo, per riconoscerlo, il volto di chi condivide con loro la vita.”
Il matrimonio per la Nemirovsky non è un legame di amore tra due persone, ma un vincolo che si crea per necessità e a cui, con il passare del tempo, ci si abitua. Marito e moglie sono due persone che si stimano, che hanno bisogno uno dell’altra, che hanno bisogno del vincolo del matrimonio come sicurezza, come tranquillità, che tornano a casa dall’altro in ogni caso, qualunque cosa succeda. L’importante è mantenere l’apparenza, non alterare il fragile equilibrio su cui si regge l’unione, certamente non felice, ma tranquilla. Non è un legame che punta alla felicità, bensì alla serenità.
“Il legame coniugale è tanto più forte quanto più si basa sull’ipocrisia, sulla costrizione. Due sposi, liberi l’uno verso l’altro, tolleranti, due sposi che si rifiutassero di rifugiarsi nel silenzio e nella menzogna, potrebbero essere due amanti, due ottimi amici, due compagni, ma cesserebbero di essere due sposi”
Il romanzo è tutto qui. Nell’analisi continua, dolorosa e precisa delle personalità e dei legami di queste due persone attraverso i loro pensieri, le loro sensazioni e le loro emozioni. E la Némirovsky è bravissima, sobria ed elegante in questo. Ed ha uno stile lineare e limpido che è impossibile non apprezzare. Anche se la sua posizione qui è decisamente negativa e malinconica.
Molto brava a scrivere la Nemirovsky. Anche se su alcune cose non mi ha convinto. Innanzitutto per la visione a mio parere un po' troppo pessimistica, che traspare in tutto il romanzo ("Sono donna e destinata a soffrire", "Non si piange mai solo per gli altri"); secondo perché non riesce a separarsi da una scrittura molto femminile, ossia molto emotiva, molto attenta al dettaglio, molto legata all'aspetto relazionale anche quando descrive personaggi maschili. Infine perché tende a rappresentare tutti i personaggi con pensieri forse troppo maturi per la loro età; i due protagonisti sono trentenni ma ragionano come se ne avessero il doppio.
Dopo la lettura a ciascuno di noi non rimane che riflettere e dire se la visione della Nemirovsky del matrimonio si coniuga con la nostra esperienza personale….
Lucido e spietato, disincantato e a tratti anche tenero romanzo sull'amore e sulla ricerca della felicità. Dalla passione che brucia e ferisce (col dolore dell'attesa e il tormento della gelosia) al tiepido sentimento che unisce una coppia, ormai lontano dal desiderio tipico dell'innamoramento, ma forse per questo più solido e rassicurante. E al solito la vita che scorre, rapida e inesorabile, stemperando umori e stati d'animo, sostituendo al cinismo e all'arroganza dell'età giovanile la ricerca di una pace e di una serenità che solo i gesti ripetuti del quotidiano sembrano assicurare. La passione si trasforma in amore, l'amore in affetto e l'affetto in amicizia, mentre la vita si affolla di ombre che tendono a superare il numero dei vivi che ci circondano. E ci si addormenta in due, uno accanto all'altra, uniti nel breve istante che precede il sonno per dividersi ancora una volta nei sogni. Ma alla fine subentra la consapevolezza che quello che si cercherà nell'ultimo istante non sarà il volto della passione, bensì quello della consuetudine.
La mia sarà un'opinione impopolare visto il clamore che si è scatenato in questi ultimi anni intorno alla Nemirovsky, ma questo libro non mi ha convinto. La qualità della scrittura è alta, la prosa dell'autrice è elegante e allo stesso tempo scorrevole, ma il romanzo è freddo, quasi asettico. L'introspezione è portata a livelli talmente estremi che i protagonisti perdono qualunque scintilla di vivacità per diventare semplici studi psicologici: invece di parlare sentenziano ed invece di vivere contemplano l'esistenza perdendosi in riflessioni filosofiche; ogni tanto qualcuna di queste riflessioni è interessante, ma per lo più sono abbastanza banali ed alcuni concetti sono ribaditi fino allo sfinimento. In realtà riflettendoci bene di avvenimenti ne succedono parecchi (matrimoni, tradimenti e perfino lutti), ma nessuno di essi ci coinvolge minimamente e quello che resta alla fine del romanzo è poco o nulla. Una volta terminata la lettura sono rimasta con una sensazione di incompiutezza e di insoddisfazione e la domanda che mi è sorta spontanea è stata: quindi, tutto qui?
Um marido e uma mulher que já não reparam nos traços um do outro não efectuam o trabalho da mente que reside em comparar incessantemente a imagem que permanece na memória e a que os olhos detectam."
Este romance de Irène Némirovsky tem como cenário a Paris dos loucos anos 20. Antoine um solteirão sedutor e egoísta conhece Marianne, uma jovem de 20 anos, que se apaixona por ele mas não é correspondida. Marianne e Antoine seguem o caminho traçado pelas convenções burguesas - casamento e filhos - o caminho percorrido pelos seus pais. Fiel ao seu estilo Irène Némirovsky disseca a paixão e a sua lenta decomposição. Surpreende pela modernidade da sua escrita, nomeadamente pela forma muito directa com que aborda o prazer sexual, o aborto, a traição, o casamento de fachada e por considerar o casal como a negação da individualidade, ao mesmo tempo que o considera como refugio e uma prisão. Dois é um romance de uma precisão implacável, quase brutal, que não dá espaço para ilusões.
"Esta não é a mulher que mais amei, mas quando morrer, faltar-me-á mais o que nos une do que a paixão. A paixão parece uma dádiva de Deus - demasiado bela para ser verdadeira. "
Mi sono approcciata alla scrittura di Irène Némirovsky molto tardi; inutile dire che me ne sono completamente innamorata. Il romanzo in questione racconta l’amore in modo diverso a come mi ero abituata a leggerlo nei vari classici, è un amore fatto di passione travolgente e consumante, un sentimento quasi fine a se stesso dipinto di nero e negatività - a differenza di come viene ritratto nei classici romanzi rosa - Vengono messe sotto i riflettori le vicissitudini di una qualunque coppia vincolata dal matrimonio e dà la possibilità al lettore di potersi fermare e riflettere capitolo dopo capitolo.
Marianne e Antoine sono i protagonisti, attorno ai quali gravitano altri personaggi che, gradualmente, influenzano e lasciano la loro impronta nei due. Ho provato pena per lei e odiato lui, inizialmente; dopodiché ho odiato lei e provato pena per lui, e poi ancora viceversa. Una costante montagna russa di sentimenti per i due giovani. Ci ritroviamo a dover affrontare assieme a ognuno passioni, invidie, desideri, rinnegamenti, odio, tristezza, rassegnazione, serenità e ognuno di loro darà una personalissima versione di quel che è un sentimento così complicato come l’amore. Sarà pressoché impossibile per il lettore non concordare e rivedersi in almeno uno dei personaggi.
In fin dei conti, provo una grandissima compassione per loro e una profonda ammirazione per la scrittrice. (Divorerò tutti gli altri suoi scritti, sperando non deludano le mie aspettative)
Un libro che ho fatto molta fatica a leggere. Abbandonato, ripreso, letto poco per volta insomma. Mi è piaciuta la prima parte, l’amore giovanile tra Marianne ed Antoine, poi post matrimonio il mio interesse è scemato. L’ingresso nella vita amorosa di Antoine da parte di Evelyne mi ha un po lasciato perplessa: proprio la sorella della mogie doveva scegliere come amante? Non c’era nessun altra? La parte sulla malattia di Solange non l’ho molto apprezzata, anzi mi pareva forzata nel libro. Boh. Magari il prossimo della Nemirovsky mi conquisterà!
Malinconico, riflessivo, parla di relazioni e della giovinezza che scorre inesorabile. Non sempre le relazioni sentimentali sono la chiave della felicità, magari ti danno un breve attimo di piacere ma poi possono essere proprio esse a renderti infelice. Qui un gruppo di giovani, nell'immediato primo dopoguerra va alla ricerca della passione e del piacere in relazioni spesso infedeli. Gli anni dopo la guerra, già di per sé difficili, hanno acuito il senso di insofferenza generale per la vita. Non si riesce a trovare la pace, la felicità, le relazioni sono spesso travagliate e recano tanta sofferenza, talvolta poco dopo ci si annoia o non ci attrae più la persona che abbiamo accanto. L'amore esiste davvero o è solo un'utopia? Considerando che è stato scritto circa un secolo fa, le sensazioni, i pensieri e le emozioni descritte possono riflettere pienamente anche il vissuto di una persona nei tempi attuali, mi è sembrato davvero moderno.
"Solo la gioventù sa come vola il tempo. Più tardi, ci si abitua alla brevità della vita, come alla malattia, alla sfortuna, ma a vent'anni ogni istante che passa lo si vorrebbe trattenere, stringerlo a sé."
"Domani, tutto sarebbe stato ancora meglio! Ma i giorni passavano, la vita passava, e il meglio non arrivava. Quei domani continuamente attesi, e che continuamente, chissà perché, deludevano, erano ciò che alla fine faceva sfiorire la gioventù."
«Non voglio piangere» si disse, mordendosi le labbra a sangue «e non piangerò. È finita, adesso. Finirà. Ci si deve passare. È il primo amore, e il primo amore è sempre un fallimento».
"Non voleva più rivederla, e lei... Oh, morire piuttosto che chiedere: «Quando? Dove? Domani?». Mille volte morire! Ma non scadere nella stima di lui, non mostrarsi inferiore quanto a dignità, freddezza, pacata razionalità. La loro relazione diventava una sorta di lotta sorda fra due nemici che volevano mostrarsi di forza pari, ma la più debole era sempre lei."
«Non ho bisogno di nessuno», mormorò con aria di sfida rivolgendosi a un interlocutore invisibile «mi piace star sola... Ma mi annoio, ecco tutto... Oh, come mi annoio!...»
«So di essere molto esigente, e quello che pretendo mi rende la vita difficile. Non sono mai soddisfatto né degli altri né di me stesso. L'amore lo concepisco unicamente come qualcosa di assoluto, e deve racchiudere in sé, perfette, la fedeltà, la comprensione e l'amicizia. Non immagino niente di diverso. Né lo accetterei.»
“Si baciavano. Erano giovani. I baci nascono in modo così naturale sulle labbra di una ragazza di vent’anni! Non è amore, è un gioco: non si insegue la felicità, ma un attimo di piacere. Il cuore non desidera ancora niente: è stato colmato d’amore durante l’infanzia, saziato di affetto. Che taccia, adesso. Che dorma! Che lo si dimentichi!”
Ah, quanto è fugace la passione degli amori giovanili!? Lo capiscono a proprie spese Antoine e Marianne, Solange e Gilbert, e in modo ancor più drastico la povera Evelyne, protagonisti di questo romanzo della Nemirovsky. Siamo in Francia. La Grande Guerra è finita da poco e la joie de vivre inebria i giorni e le notti spensierate di questi ragazzi borghesi, tra balli, champagne e amori passeggeri. Ad un certo punto, però, sopraggiunge irrimediabilmente quell’età in cui ci si deve emancipare dagli anziani genitori, assumere le proprie responsabilità, mantenersi e creare un nucleo familiare proprio. Ma crescendo, tutto si trasforma. Il matrimonio diventa una gabbia che tutto rinchiude e tutto soffoca, lentamente, nell’abitudine. Gli anni passano, la bellezza fisica sfiorisce, nuovi doveri finiscono col fagocitare le energie ma, pur di non far svanire del tutto quel miraggio chiamato felicità assaporato anni prima, si cerca rifugio in relazioni clandestine che riaccendano la fiamma della passione. Ogni scelta, però, ha un suo prezzo da pagare… Un romanzo dai toni cupi, che non lascia certo spazio all’ottimismo e alla speranza, ma, ancora una volta, un romanzo scritto magistralmente e capace di analizzare in modo spietato ma altrettanto realistico le dinamiche di coppia. Il bilancio, alla fine dell’esistenza dei protagonisti, ci lascia con un’immensa malinconia e con la consapevolezza dolce-amara di essere stati solo per breve tempo un unico corpo tra le lenzuola ma due anime distinte e lontane nel viaggio della vita.
«La donna che ho amato di più non è questa, ma al momento di morire mi mancherà di più ciò che unisce noi due che la passione. La passione sembra un dono di Dio, ‘troppo bello per essere vero’. Sentiamo che ce la concede solo per un po’ di tempo, ma questo sentimento è nostro... conquistato con fatica, fatto crescere lentamente, distillato come un miele. E, un giorno, ci toccherà abbandonare anche questo. Che peccato...”.
È una triste e desolante visione della vita di coppia, quella descritta da Irène Némirovsky, oppure è solo realistica e lucida consapevolezza? L'innamoramento in Due è un fuoco violento, forse fatuo, che si accende all'improvviso, capace di ustionare, di scatenare passioni incontenibili, di condizionare irrimediabilmente l'esistenza con la sua fiamma; fiamma che è destinata a mutare, a spegnersi forse, oppure a trasformarsi, inesorabilmente. L'amore coniugale, attraverso le vicende delle giovani coppie che Irène Némirovsky segue, descrive e mette a nudo senza pietà, è la brace generata da quel fuoco: tanto più il fuoco sarà stato alimentato, tanto più la brace sarà capace di riscaldare e nutrire i due coniugi senza trasformarsi in cenere, perché il loro amore, nel corso della vita, non potrà mai essere uguale a se stesso e al suo folgorante inizio. Poco importa se nella coppia subentreranno rancori e incomprensioni, amanti o figli a cercare di dividerli: l'amore coniugale resterà sempre lì, a riscaldare i due innamorati di un tempo, incapaci di ritrovare l'uno negli occhi dell'altro l'antica fiamma che lo accese, ma impossibilitati allo stesso tempo di rinunciare a quel nuovo tepore che li avvolge. Il loro amore sarà come una parabola geometrica che inizia altissima per poi scendere lentamente: sempre più in basso, sempre più giù, fino quasi ad un passo dalla fine, fino a quel vertice dal quale, invece, ripartirà con energia per arrivare ancora più in alto: un amore rigenerato ma ugualmente potente.
Non riesco a fare a meno di chiedermi quanto ci sia di autobiografico in questo romanzo. Irène Némirovsky ci ha abituati a riconoscere in tutti i suoi scritti i riferimenti ai fatti reali della sua breve esistenza, ma questa volta non riesco a venirne a capo: anagraficamente innanzitutto, ancora troppo giovane per aver vissuto in prima persona tutte le fasi in cui racchiude la parabola della vita di coppia, ma anche poco rispondente alla realtà se riferito al rapporto tra i suoi genitori. Come fa a scavare così a fondo, ad essere così spietata nel mettere a nudo le debolezze e le ipocrisie umane ed essere allo stesso tempo così calda e compassionevole? Come riesce ad essere Uomo quando ne descrive istinti, irrazionalità ed egoismo e allo stesso tempo Donna con tutte le sue insicurezze, debolezze e vanità? Come riesce a cogliere essenze e sfumature che non si limitano all'esteriorità ma scavano a fondo nella psiche? Come può invece, stando almeno alle cronache e alle note biografiche, essere stato il suo un matrimonio felice e immune da crisi? È un romanzo maturo e intimista Due che sarà difficile accettare, per la sua apparente cinicità e durezza, se non si sarà capaci di comprendere il fatto che l'amore è un sentimento mutevole, duttile, plasmabile; è un romanzo apparentemente privo di incanto, diabolicamente realista, forse incomprensibile per chi non riesce ad accettare che la trasformazione in amore non sempre è un fallimento, ma un "male necessario", e che a scaldare il cuore per tutta la vita non è mai la fiammata improvvisa di un momento, ma un fuoco lento alimentato costantemente, giorno dopo giorno, da tanti piccoli ramoscelli. È un romanzo senza tempo, che pur necessitando di una contestualizzazione ben precisa, per meglio comprenderne le dinamiche sociali e la rappresentazione di quell'euforia post-bellica della gioventù francese del 1920 cui fa riferimento, si colloca al di là di ogni inquadramento temporale, attraversando i confini della natura umana ancor prima che quelli geografici o sociali. Due è l'accettazione del cambiamento, della diversità, della trasformazione, in un certo senso (ma non necessariamente) anche del tradimento: come diavolo facesse Irène Némirovsky ad averlo già compreso, in maniera così nitida e scevra da ogni tentazione di giudizio, a soli trentatré anni, è un dubbio che non mi potrò mai togliere.
“ Non esiste il ricordo in sé, ma il suo sapore la sua vicinanza, il brivido del già visto, quel riflettersi del passato come nel presente, come il riflesso dell’immagine sulla superficie di uno specchio… “
È un mondo fatto per due come le confezioni dello yogurt. Dentro l’amore c’è una punta d’odio e viceversa. ❤️
Avevo parecchie aspettative: commenti entusiasti; io stessa avevo un ottimo giudizio della Némirovsky per altre sue cose che avevo letto; invece ne sono rimasta delusa e, a dir la verità, ho proprio faticato a finire questo romanzo-trattato... poco romanzo e poco trattato. L’impressione è stata di un contenitore debole e superficiale di situazioni e di sentimenti: banali gli schemi e gli intrecci…; freddi gli amori e i tradimenti…; assenti poesia e partecipazione! la Némirovsky voleva arrivare a dire qualcosa sui rapporti a ‘due’: ha detto qualcosa (qualcosa!), ma senza anima! Oltretutto… ho incontrato una strana e inconsueta fatica nella lettura (colpa di traduzione?): soggetti sottintesi che cambiavano inaspettatamente da un periodo all'altro e mi costringevano ad una fastidiosa frammentazione; diverse volte le frasi sono rimaste ambigue… anche dopo una riflessione più attenta: lui, lei?? chi, cosa?? Insomma, Madame Irène questa volta mi ha tradito: 'Due' stelle di protesta!
Negli "update status" un paio di casi di ...ambiguità.
La vita è una continua, inesauribile tensione alla quale gli esseri umani sono destinati a soccombere. Ci stringe in una morsa, ci getta in una frenesia senza tregua, una spirale senza inizio né fine in grado di incendiare anche gli animi più calmi.
Questa tensione è così dolorosamente nostra, i suoi confini sono così sfumati e indefiniti, che è difficile comprendere quanto di ciò che facciamo appartenga davvero alla nostra anima e quanto, invece, ci venga bisbigliato all’orecchio dalla voce ammaliante e corrosiva di questa volontà dirompente e tirannica.
Le sue catene, dolorose e pesanti, ci spingono a terra, finché non siamo costretti a strisciare nel fango, a sporcarci con la nostra stessa passione, con le fantasie alimentate da attimi di felicità rubata, mentre la vita continua a scorrere indefessa e fedele a sé stessa.
Sono solo attimi, fragili istanti, quelli che possiamo rubare all’esistenza, quelli in cui essere davvero noi stessi, in cui ammettere le nostre fragilità e i nostri difetti. Possono durare minuti, a volte ore, a volte ancora, se si è più fortunati, settimane: il tempo, però, è sempre quello di un battito di ciglia, nell’istante in cui non si vede nulla e, poi purtroppo, si torna ad osservare la realtà, osservare sé stessi e rimpiangere ciò che non sarà mai.
Dos es una novela tristísima sobre la pasión, el desamor, la fidelidad y la infidelidad, la rutina del matrimonio y sobre ese algo que hace que permanezcas casado a pesar de todo. La historia transcurre en el París de los años veinte y se centra en la relación entre Antoine y María, dos jóvenes que tontean, flirtean, pasan noches de pasión de esas que parece que no se acabarán nunca y se acaban casando para descubrir que ya no se atraen pero que lo que toca es estar casado. Seguir casado. Pasan los años, llegan los hijos, se hacen mayores y los dos son conscientes de que viven juntos pero sin hablarse de verdad, viven sabiendo que no se conocen, que no se hacen felices y sobre eso construyen su vida. Sobre eso y sobre el recuerdo de lo que en su día fueron. No se lo dicen pero los dos viven con la esperanza vana de recuperarlo. Esa tensión, ese equilibrio casi de malabaristas está muy bien construído. Nemirovsky además es una maestra perfilando personajes que nunca son ni blancos ni negros. Siempre son gente con la que, aunque no quieras, encuentras algo que reconoces en ti. Son poco edificantes, a veces rastreros, otras codiciosos o cobardes o vengativos, rasgos que te gustaría no ver en ti pero que en el fondo sabes que están.
´«Las pasiones de nuestros padres no nos interesan hasta que han muerto –ellos y sus pasiones–. Sólo entonces adquiere las proporciones de un irritante misterio, no antes: mientras los corazones que las contienen siguen latiendo, pasamos a su lado con indiferencia».
Parigi, anni ‘20. Marianne e Antoine sono una coppia appartenente all’alta borghesia. Lei ha un rapporto conflittuale con i genitori e una rivalità con le sorelle. Lui è reduce dalla prima guerra mondiale e ne è rimasto talmente segnato da non voler più fare niente nella vita. Vivono ogni attimo come se fosse l’ultimo, passando da una festa all’altra e cercando il piacere. Dopo il matrimonio, però, la situazione cambia. Il grande amore tra Marianne e Antoine si spegne lentamente, lasciano il posto a qualcos’altro:
“Gli anni di vita in comune avevano compiuto, quasi all’insaputa degli sposi, il loro lavoro segreto: di due esseri ne avevano fatto uno solo. Potevano scontrarsi, a tratti odiarsi, ma erano uno, come due fiumi che hanno mescolato il loro corso.”
Con, sullo sfondo, una Parigi reduce dalla guerra, Irène Némirovsky ci presenta un intreccio di relazioni amorose e familiari nel corso di oltre un decennio. Tutti i personaggi - dai giovani che pensano solo al presente ai genitori perennemente preoccupati per il futuro dei figli - sono fragili, tormentati, pieni di contraddizioni e cercano una sorta di “felicità”, intesa come pace interiore. Ma solo alcuni ci riescono, ed è qui che entra il gioco il numero “due”. Pur concependo il matrimonio come un legame basato sull’ipocrisia, sul silenzio e sulla menzogna, l’autrice ci mostra come l’unione coniugale possa essere l’unico modo per sopravvivere, per non soccombere alla malattia e alla morte. E, per farlo, non si avvale solamente della storia tra Marianne e Antoine, ma anche di quella dei loro genitori, dei loro fratelli e dei loro amici: quando non si è in due, i personaggi finiscono per non farcela e soccombere...
È il primo libro che leggo di Irène Némirovsky e mi ha affascinato, sia come stile - molto scorrevole e raffinato - che come tematiche - un mix di psicologia e sociologia estremamente attuale. Non vedo l’ora di leggere altro di suo.
L'unico complimento che posso fare a questo romanzo è sicuramente di essere scritto in maniera superba. Non avevo mai letto nulla della Némirovski, e mi rendo conto che sa scrivere. Quanto al contenuto, purtroppo non mi ha trasmesso la stessa sensazione. Non solo non sono riuscita a immedesimarmi in nessuno dei personaggi, ma neanche a comprendere nessuno dei loro pensieri e sentimenti. Mi sono sentita estranea a tutto, ho visto scorrere sotto i miei occhi solo parole, situazioni e considerazioni assolutamente lontane da me, troppo ciniche e disincantate per potermi appartenere...
Ammettere una realtà d'amore e di vita come quella dei protagonisti di DUE vuol dire ammettere che l'amore non esiste e che la vita non è altro che disperazione e tristezza.
Non sono una persona sentimentale, anzi direi che il romanticismo mi fa storcere il naso. Preferisco che un uomo mi inviti a bere una birra, piuttosto che mi faccia vedere un tramonto. Questo per dire che normalmente non apprezzerei tutti gli amori, le passioni e i tradimenti che l’autrice ci narra, ma mi ha fatto riflettere su quanto la donna sia, troppo spesso, alla mercè degli uomini e quanto ne soffra. Ora non credo questo fosse l’ intento della Nostra e, anche se all’inizio, mi ha annoiata poi è riuscita ad attirare la mia attenzione. Marianne e Antoine potrebbero essere una qualsiasi coppia di sposi: grande entusiasmo iniziale con tanto di passione travolgente, seguita da un assestamento, ricerca d’ individualità con conseguente tradimento, litigi ed, infine, nel più fortunato dei casi, l’ accomodamento e l’acquisizione della serenità. In questo senso è davvero moderno!
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Com uma escrita de uma delicadeza a toda a prova, Irene Nemirovsky deixa-nos um retrato do princípio dos anos 20 em Paris. As mentalidades e estilos de vida da época são, magistralmente, retratados através de personagens bem construídas cujas aspirações, amores e desamores fazem a progressão da história. Acima de tudo, retrata-se a passagem da paixão pré-marital para o comodismo e convivência pós-casamento em pessoas que, pelos padrões actuais, são muito jovens. Isto pareceu-me o mais fascinante, a par da forma de, veladamente, descrever os encontros mais íntimos. A ler, definitivamente, na “onda” dos clássicos.
Je me suis trainée sur ce roman à tous les points de vue ! Je n'ai pas du coup apprécié le style, que j'ai trouvé lourd et ampoulé, même en me rappelant constamment que ce roman a été écrit il y a plus de 80 ans. J'ai trouvé les personnages peu sympathiques, superficiels, inconstants et indécis ... autant dire que j'avais fortement envie de leur secouer les puces ! Du coup, mon impression générale est loin d'être positive (mais peu de participantes de mon club lecture l'ont aimé ... la majorité a eu le même ressenti que moi !)
Storia di due, che sono un uno, senza anima. Dalla passione dei 20 anni al conformismo sentimentale che si cerca nel matrimonio, passando per il fervore del desiderio nascosto ma non troppo dell’amore extraconiugale. Siamo uno nell’infelicità e nella comodità delle apparenze, siamo due nella libertà di amare quel momentaneo momento di felicità.
Poderá um amor viver de memórias? As aparências compensarão uma vida infeliz? Poderá uma amizade sustentar um casamento?
Passado em Paris, no pós-guerra, nos anos 20, Dois, é um romance de paixão, casamento, vida familiar, declínio e falsas aparências. Némirovsky foi exímia no detalhe, a explorar as relações interpessoais. O retrato pessimista do amor, do casamento está em exaltação. Actos de conveniência ocupam o lugar do amor, na hora do "sim". A cadência temporal ganha ênfase, com comportamentos transversais a várias gerações. Vemos um desfiar de vidas em que os sonhos dão lugar às obrigações e responsabilidades. Amores que não vingaram no tempo, outros que (re)nasceram, desejos inusitados que despertaram. No fundo, é um retrato brilhante da passagem da vida e de como ela nos transforma. A escrita de Némirovsky é soberba, com apontamentos poéticos, com uma mestria na análise comportamental, uma autêntica psicologia de relações. Escrito há um século e tanto em comum com a actualidade. Há paradigmas que se agarram às sociedades. Instalam-se e libertam-se muito muito lentamente, repetindo-se no tempo.
Não conheço a editora E-Primur mas adorei o livro bem dimensionado e com uma boa grafia. Conheço Irène Némirovsky que considero imperdível nas suas análises comportamentais e humanas. Curiosamente li no verso do livro como temas: guerra dos sexos, decadência, comportamentos, vida familiar, casamento, psicologia e falsas aparências. Nem mais, é isso tudo e era exatamente o que me apetecia ler.
A história passa-se nos anos 20, no pós guerra com Antoine e Marianne, um casal em que as emoções e os sentimentos decompostos numa escrita virtuosa e escorreita não deixam de fazer eco no leitor. Diferentes perspectivas numa relação que se vai transformando ao longo do tempo.
É extraordinário como tudo o que li de Irène é muito bom. Talento ímpar de uma boa observadora que compreendia a natureza humana e não a denegria apesar de tudo o que viveu. Uma excelente contadora de histórias. Que romance inebriante.