O primeiro imperador do Brasil foi um personagem que entrou nos livros de história, e no imaginário do brasileiro, cercado por uma aura a um só tempo caricatural e enigmática. Muito se fala do grito às margens do Ipiranga, da sexualidade exacerbada e do jeito impaciente que lhe rendeu a pecha de monarca dificil e de pouco tato politico ...
Em 2010, durante pesquisas documentais para a biografia da Marquesa de Santos, Paulo Rezzutti encontrou no arquivo histórico da Hispanic Society of America em Nova York 94 cartas inéditas do imperador D. Pedro I para sua amante Domitila de Castro do Canto e Melo, a Marquesa de Santos. Em 2011, organizou a obra Titília e o Demonão, cartas inéditas de D. Pedro I à Marquesa de Santos, publicado pela Geração Editorial.
Prosseguindo seus estudos sobre a Marquesa de Santos, publicou em 2013 a obra Domitila, a Verdadeira História da Marquesa de Santos finalista, na categoria biografia do Prêmio Jabuti de 2014 e do 2º Prêmio Brasília de Literatura de 2014. Em setembro de 2015, lançou pela editora LeYa a obra D. Pedro, a história não contada. A obra foi vencedora, na categoria biografia, do 58º Prêmio Jabuti de Literatura, em 2016.
Em 2012, devido aos seus conhecimentos a respeito da família imperial brasileira, participou como consultor do trabalho da arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel, que estudou os remanescentes humanos dos primeiros imperadores do Brasil sepultados na Cripta Imperial do Monumento à Independência, em São Paulo. Como arquiteto, Rezzutti foi o responsável técnico pelo trabalho de retirada do esquife da Imperatriz D. Amélia, que se encontrava emparedado no local.
É autor de diversos artigos a respeito da história do Primeiro Reinado e seus personagens, bem como a respeito de História de São Paulo. É colaborador da Revista Aventuras na História, Revista de História da Biblioteca Nacional, Revista Carta Fundamental, Revista História Viva, entre outras.
Em 9 de julho de 2012, tomou posse como membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e, em dezembro de 2015, foi nomeado membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes.
The story of the first emperor of Brazil is not what is commonly known. D. Pedro I (IV of Portugal) has passed to the history as a promicuous libertine, but there is more to this character than the gossip. In fact, as the author shows, D. Pedro was a talented man in politics even if he was a impulsive and hot-headed sometimes. History in Brazil has not been fair to him, even in life he was forced to abdicate the throne and be exiled from the country he helped to gain independence. But in order to keep his word and never harm Brazil, he preferred to leave the country that to fight for his right.
Obra sensacional que entra a fundo na obra do de nosso primeiro imperador. O autor tem uma escrita fluída e muito agradável de se ler. Li tanto a versão impressa quanto ouvi a versão do audible e posso atestar a fidelidade dos materiais, não há muita diferença. Recomendo!
Uma das coisas que mais me chamou a atenção na minha viagem recente à cidade do Porto foi como se falava de D. Pedro IV (o nosso D. Pedro I) com orgulho.
Sempre gostei bastante de história, mas fazia alguns bons anos que não lia nada sobre história brasileira. Puxando pela memória, me veio uma grande anedota à mente: mulherengo, pouco estudado, atrapalhado, teve desarranjo no dia da independência.
Mas esse não parecia ser o mesmo D. Pedro sobre o qual eu ouvia em cada museu. Ouvi hstórias fantásticas sobre o cerco da cidade do Porto. Seu corpo está sepultado no Brasil, mas seu coração está na cidade do Porto. Isso me parecia uma grande história.
Então, em casa, peguei a biografia de D. Pedro, escrita por Paulo Rezzutti, que estava parada na estante. E descobri que D. Pedro é muito mais do que a anedota que gravei na memória. Que a história da independência do Brasil não é vergonhosa. Que a história do cerco da cidade do Porto é realmente fantástica. Sim, mulherengo e pouco estudado, mas um ser humano e um ser político muito maior do que o retrato simplório que lhe pintam.
Tomando emprestadas as palavras de Rezzuti: "Bertold Brecht escreveu: 'Miserável país que não tem heróis. Miserável país aquele que precisa de heróis'. Aparentemente, o Brasil encontra-se no limite entre dois tipos de países miseráveis a que o dramaturgo alemão se refere. Os brasileiros têm o hábito de jogar quem se destaca na lata de lixo da história nacional; ao mesmo tempo, de lá retiram homens e mulheres limpos e brilhantes quando de alguma necessidade política ou quando é preciso reafirmar algo tão vazio quanto efêmero".
Biografia fantástica e muito bem escrita. Recomendo demais.
Obrigatório a todos os brasileiros e essencial para os estrangeiros! Fiquei impressionado de ver como nosso primeiro imperador foi um figura historicamente importante e influente no mundo. O mais interessante da leitura é ver como d. Pedro foi, acima de tudo, humano. Errou, acertou, foi teimoso, tomou riscos e amou incondicionalmente os filhos. Temos, principalmente no Brasil, a tendência de endeusar nossos heróis, tratá-los como criaturas imaculadas, quando na verdade eles também cometem erros e mudam de opinião e fazem tudo aquilo que nós também fazemos. No fim, essa foi uma leitura inspiradora. Espero que gostem tanto quanto eu
Os brasileiros têm o hábito de jogar quem se destaca na lata de lixo da história nacional; ao mesmo tempo, de lá retiram homens e mulheres limpos e brilhantes quando de alguma necessidade política ou quando é preciso reafirmar algo tão vazio quanto efêmero. A ilação de Paulo Rezzutti acopla-se perfeitamente à figura do biografado: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim, ou, simplesmente, Pedro I do Brasil (ou, também, Pedro IV de Portugal).
De fato, em “D. Pedro: a história não contada. O Homem revelado por cartas e documentos inéditos”, Rezzutti traz a riquíssima história do homem que, em menos de 36 anos de vida, “reinou” em dois mundos: Brasil e Portugal, América e Europa. Sem dúvidas, não há na história do mundo um monarca que melhor represente a tensa transição entre o absolutismo e o liberalismo. Foi nesse contexto, pois, que o português mais brasileiro de todos os tempos viveu e aconteceu.
O mérito do livro reside no fato de tirar Pedro I do lugar comum a que foi relegado pela história comum. Muito mais do que a figura que bradou a Independência às margens do Ipiranga meses após o “Dia do Fico” (duas meias-verdades), Pedro I era um humanista contraditório e impulsivo que, mesmo sendo autoritário e grosseiro, fez tudo que estava ao seu alcance pelo que entendia ser o bem do Brasil e dos brasileiros. Suas contradições e falhas, por óbvio, são muitas, mas não retiram do “Rei Soldado” o caractere de um dos maiores brasileiros da história (mesmo sendo originariamente português!!!).
A narrativa do livro flui de forma fácil para descrever o turbilhão de ações de Pedro em sua curta vida. De príncipe Português à fuga para o Brasil; da adolescência abreviada à regência da “colônia”; da Constituição à abdicação do trono; da fuga do Brasil à Europa a suas excursões pela França e Inglaterra; da briga pelo trono português (contra o irmão Miguel e pela filha Maria II) à morte enquanto regente de Portugal. Não há dúvidas, ao fim, que um dos maiores “brasileiros” da história merece muito mais atenção do que costumeiramente temos dado. Leitura mais do que recomendada: essencial.
3,5/5. O biografado é um personagem/personalidade imensamente interessante e necessário de nossa história, mas a biografia que prometia ser tão mais profunda, apenas se mostrou "correta". Foi interessante, no entanto, conhecer um pouco melhor da história de D. Pedro I após a abdicação. E uma constatação é que o Brasil é uma história que se repete constantemente, haja vista que a política em sua época e principalmente após, continua a mesma, governo de alguns que pensam apenas em seus próprios interesses. Infelizmente.
Dom Pedro II, filho de Dom Pedro I e Dona Leopoldina, foi o último imperador do Brasil e assumiu o trono aos cinco anos após a abdicação de seu pai em 1831. O livro "A história não contada" de Paulo Rezzutti destaca a jornada de Pedro II desde sua infância até seu exílio em 1889, após a Proclamação da República. A obra começa com a descrição angustiante da partida da família real para o exílio, evidenciando a indignação de Dom Pedro I diante do golpe que depôs seu governo. O autor divide a narrativa em quatro partes, abordando a infância e adolescência de Pedro II, seu reinado no Brasil, sua relação com o mundo e finalmente, seu exílio e morte. Desde jovem, Pedro II demonstrou uma maturidade notável, que se revelou essencial diante das dificuldades enfrentadas, como a luta contra o tráfico de escravos e os conflitos internacionais, como a Guerra do Paraguai. O texto desenvolve a complexidade de seu reinado, que, apesar dos desafios, foi marcado por um apoio popular significativo, refletindo a origem de um líder preparado para governar um Brasil em transformação.guerra devastadora, a Guerra do Paraguai, na qual Dom Pedro II se envolveu diretamente, atuando pessoalmente e se dedicando ao recrutamento e à logística militar. Esta guerra, que durou cinco anos e resultou na morte de cerca de 50.000 soldados brasileiros e mais de 150.000 paraguaios, deixou o Brasil fortemente endividado e foi vista como um dos fatores que contribuíram para a decadência da monarquia. Embora tenha enfrentado desafios políticos e econômicos, Pedro II se destacou ao longo de seu reinado, especialmente em sua vida pessoal, que foi marcada por um casamento arranjado com Dona Teresa Cristina, uma princesa italiana. Apesar da decepção inicial com a aparência da esposa, ele cumpriu suas obrigações familiares e tiveram quatro filhos, dos quais apenas duas filhas sobreviveram. Dom Pedro II cultivou um ambiente familiar relativamente estável, mas ele também teve romances extraconjugais, embora com menos escândalo que seu pai. A dedicação a suas filhas e suas interações com elas revelam um pai zeloso que se envolvia ativamente na educação das meninas. Também conhecido por seu patrocínio às artes e ciências, Dom Pedro II era um intelectual ativo, fluente em diversas línguas e interessado em múltiplas áreas do conhecimento. O livro sublinha o legado notável de Dom Pedro I, incluindo sua contribuição para a abolição da escravidão, refletida na assinatura da Lei Áurea em 1888, quando já estava enfermo. A figura de Dom Pedro II apresenta-se como um polímata, um homem cujo interesse variado por cultura, ciência e educação contrasta com a percepção limitada que muitos têm sobre ele atualmente. O autor aspira que mais pessoas se interessem por sua história e sua importância na formação do Brasil moderno. O retrato de Pedro II como um líder envolvido e entusiasta pela educação e bem-estar do povo brasileiro é um aspecto central da narrativa, que enfatiza a relevância de seu legado em um contexto histórico muitas vezes negligenciado. Ele faleceu em exílio, uma parte triste da sua história que marca o fim de um período complexo nas relações sociais e políticas do Brasil.Dom Pedro II faleceu em 5 de dezembro, após complicações decorrentes de pneumonia, enquanto estava exilado na França. Nos dias que precederam sua morte, ele manifestou planos para retornar ao Brasil e celebraria seu 66º aniversário. Embora houvesse sinais de melhora, sua condição se deteriorou rapidamente. Sua última frase, atribuída por um historiador, foi um desejo de felicidade para o Brasil, refletindo seu amor pelo país mesmo em seus últimos momentos. Durante seu exílio, enfrentou dificuldades financeiras, geralmente hospedado em hotéis luxuosos que geravam altas dívidas. Seu falecimento gerou uma onda de manifestações de luto no Brasil, em contraste com o governo republicano, que tentou minimizar a importância de sua morte e controlar o descontentamento popular. O povo brasileiro, no entanto, demonstrou afeto por Dom Pedro II, desafiando as tentativas do governo de ignorar a sua significativa perda. A figura do ex-imperador era vista como um símbolo de continuidade e de uma monarquia amada, o que despertava temor no novo regime republicano sobre as possíveis repercussões dessa morte. A importância de Dom Pedro II como líder é reafirmada nas reações do público, que se manifestou em várias cidades, fazendo uma reflexão sobre a necessidade de conhecer sua história dentro do contexto de sua época, sem anacronismos.
Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, também conhecido como D. Pedro I do Brasil (1798/1934) viveu pouco. Morreu com apenas 36 anos no mesmo lugar em que nasceu, no palácio de Queluz em Portugal. Mas viveu intensamente. Sua vida, repleta de grandes emoções e reviravoltas é o tema deste ótimo livro. O autor – Paulo Rezzutti – é arquiteto, historiador, escritor, pesquisador e membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Nascido em 1972 especializou-se em temas ligados ao Primeiro Reinado (1822/1831) no Brasil. De sua lavra são também os interessantes “Titília” e o “Demonão”: Cartas inéditas de D. Pedro à Marquesa de Santos” e “Domitila: a verdadeira história da Marquesa de Santos”. Sua proposta neste livro é construir um panorama bem amplo da vida de D. Pedro e mostrar o “homem por trás do mito”. Na minha opinião ele foi bem sucedido em suas pretensões. D. Pedro não é uma figura fácil de analisar em função de suas contradições. Português de nascimento, brasileiro por adoção. Pai zeloso e amoroso, marido infiel. Dotado de uma formação basicamente ligada ao absolutismo mas defensor do liberalismo. Monarquista convicto que renunciou a duas coroas. Defensor do liberalismo que enveredou pelo autoritarismo. “D. Pedro: a história não contada” dá conta de abordar a contento todos esses elementos. O ritmo é ágil e prende a atenção. O autor opta por uma linguagem desprovida de “tecnicismos” de natureza acadêmica e a obra, dessa forma, é acessível para todos os interessados em uma boa e informativa leitura. Alguns podem até criticar o autor em função de sua opção, em vários momentos, em esmiuçar a vida amorosa/sexual de D. Pedro, com destaque para seu caso escandaloso e público com Domitila de Castro Canto e Mello (1797/1867), sua “amante oficial” que recebeu de D. Pedro o título de “Marquesa de Santos” assim como mordomias e propriedades. O autor destaca, ainda que, de acordo com várias fontes, D. Pedro teve 43 filhos e filhas, com duas esposas e várias amantes. Mas, purismos à parte, um pouco de “porno-história” também diverte e não faz mal a ninguém. Além desses aspectos nada edificantes o autor descreve e analisa com bastante precisão os dilemas políticos e ideológicos que marcaram a trajetória de D. Pedro enquanto figura-chave no nosso processo de emancipação política e primeiro governante do Brasil emancipado assim como os motivos que o levaram a renunciar ao trono do Brasil em 1831. Além disso o autor descreve com minúcias o melancólico final da vida de D. Pedro, em Portugal, onde morreu vítima de tuberculose em 1834, após sua participação nas intensas lutas que garantiram o direito da sua filha – D. Maria da Glória (1819/1853) – ao trono de Portugal. Ótima pedida!
Fica bem claro que o biógrafo é um defensor ferrenho de Pedrão e tem em vista a retomada dessa figura como herói nacional. À parte as críticas que seguem a essa constatação, é um bom livro. Embasado em uma longa pesquisa, e que vai além do Dom Pedro da Independência e da Marquesa de Santos (apesar do “a história não contada!!!” ser um sensacionalismo daqueles). Eu não fazia ideia dos detalhes da volta para Portugal, por exemplo, que são muito interessantes. Acho que são bons livros pra se ter (os dessa coleção), tem várias curiosidades legais de compartilhar em sala de aula. A escrita é fluida, acho que bem acessível para os não historiadores, mas o livro é extenso. Me cansei de Dom Pedro várias vezes durante o mês, deixei ele de lado pra ler outra coisa, e aí logo voltava. Acho que em breve leio o de d. Leopoldina, aproveitando o bicentenário da independência pra saber um pouco mais dela.
Este livro contempla a história de um dos maiores líderes que o Brasil já possuiu, rico em detalhes e a cada parte você fica com vontade de ler mais e mais. Aprendemos história de maneira porca na escola, neste livro que eu vim entender como foi o primeiro reinado, parece que eu conheci D. Pedro I pessoalmente, é triste que o único império consolidado da América Latina se esvaiu com a República que parece ter prazer em jogar no lixo tudo que foi feito no passado por grandes personalidades como o próprio D. Pedro I, a leitura vale a pena e com certeza é interessante conhecer como foi a história com a ajuda de várias cartas que este livro apresenta; @Paulo Rezzutti deve ser de longe o maior historiador do país, obrigado pela grande obra!
Livro muito esclarecedor acerca da figura de D. Pedro IV. Aqui fala-se efetivamento do Homem, enquanto pai extremoso, marido nem sempre fiel mas respeitador, amante fugoso e que terá deixado mais de 40 filhos. O acesso a muitas das cartas escritas pelo Imperador e por aqueles que o rodearam reforça a imagem de um homem que escrevia não apenas para ser lido, mas igualmente para ser lembrado. Foi realmente um personagem extraordinário, complexo, de muitas personalidades e paixões, mas que não deixava ninguém indiferente. A galeria de imagens é muito boa. Interessante o penúltimo capítulo acerca dos filhos legítimos e reconhecidos pelo Rei.
É revelador ver além dos casos extra conjugais, que tão amplamente são divulgados. Entender que o SMI tinha uma forte convicção liberal e que, dentro da sua humanidade, tentou manter tanto o Brasil quanto Portugal longe de um regime absolutista, sendo inclusive, um dos receios de seu augusto pai D. João VI. Nossos homens públicos são, como todos nós, multifacetados, cheios de acertos e erros, de glórias e vexames, e é bom que possamos ver o todo e não somente um ou outro aspecto (sendo quase sempre os mais pejorativos).
Uma excelente leitura para recordar muitos aspetos da história de Portugal e do Brasil do século XVIII. Para lembrar as lutas entre absolutistas e liberais. Um livro agradável e de grande interesse histórico, não só pela forma escorreita como são contados alguns episódios mais pitorescos, mas também pelos inúmeros documentos históricos mencionados.
Você sabia que a venda de documentos falsos online tem sido uma solução eficiente para quem busca praticidade e agilidade no processo de obtenção de documentos oficiais e importantes? A nossa empresa oferece uma vasta gama de documentos, garantido o cumprimento das exigências exigidas pelos órgãos competentes. Nos conheça!
O que mais me chamou atenção nesse livro foi a forma que o autor escreveu, de forma simples e voltada pra todos os públicos. Impossível deixar de ler, a cada página você fica preso a uma nova descoberta.
Adorei esse livro, escutei através do audible, com uma interpretação excelente. É revelado um homem cheio de falhas e virtudes, esclarecedor e muito instrutivo sobre a história do Brasil e de Portugal. Super recomendo !!!
Fiquei muito impressionada com a qualidade da pesquisa nesse livro. Aprendi tanto, e mudou completamente minha percepção sobre muitos dos participantes da história do Brasil, dando a muitos uma profundidade humana que faltou nas inúmeras aulas de história.
Quase 130 anos depois da sua morte, Dom Pedro II ainda intriga os historiadores, como segundo imperador da única dinastia do velho mundo que conseguiu reinar nas Américas, e mais ainda os políticos, especialmente os brasileiros que sonham as vezes do que poderia ter acontecido se um golpe militar desajeitado não tivesse acabado com a coroa brasileira dos Orleans e Bragança. Num personagem tão conhecido, Rezzuti conseguiu escrever uma biografia completa, agradável de ler e cheia de informações e anedotas as vezes pouco conhecidas. Com fatos, o livro mostra a visão e a grandeza de Dom Pedro humanista, poliglota falando até hebraíco, abolicionista estranhando a segregação americana, partidario do trabalho e do voto feminino, convicto da força da educação, tolerante dialogando com rabinos ou imams, francófilo ferrenho chocado pela ocupação alemã. Nas surpresas do livro, a intensidade intelectual das tres viagens fora do comum durante os quais o imperador encontrou não somente toda a realeza europeia, mas também grandes nomes de Roosevelt a Vitor Hugo, Darwin ou Bell. Sem perder o rigor do historiador, o autor descreve com muita emoção a triste deposição e o lamentavel banimento da familia imperial.